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História Mito - (Romance Lésbico) - Capítulo 01


Escrita por: Lyra_Ansatsu

Notas do Autor


Já tinha essa história a um tempo martelando na minha cabeça, sempre que tentava escreve-la sentia que estava faltando alguma peça, mas quando terminei esse capítulo percebi que estava incrível (modéstia a parte kkk), ainda estou procurando a peça que falta, embora mesmo assim decide postar e ver o que acontece.

Capítulo 1 - Capítulo 01


Fanfic / Fanfiction Mito - (Romance Lésbico) - Capítulo 01

Arquia tinha um olhar frio, seu rosto não demonstrava nenhum sentimento, cada movimento seu era calculado. A noite já tinha caído, e mesmo estando um breu a morena tinha uma boa visão de onde estava. Prestava atenção. Escutava cada folha que caia das arvores ao seu lado toda vez que o vento passava por elas, os arbustos que se mexiam pelos animais que andavam pela área, estava ciente de tudo a sua volta. Encostada em um arbusto respirou fundo e posicionou o arco, colocou uma flecha e mirou. A sua frente tinha uma clareira onde se encontrava um homem enorme, seus braços tinham vários gomos como se fossem tumores, as veias ficavam a amostra, tinha vestes de peles de animais, ao seu lado um enorme machado, parecia pesar muito, com toda certeza um único golpe seria fatal. Ele estava de costas para ela, sentado em uma pedra comendo um pedaço de carne do tigre selvagem que tinha acabado de assar na fogueira a sua frente.

Respirou fundo. Puxou a flecha sem pressa, e por um momento tudo ficou devagar. Parecia que o roçar da flecha em seu rosto poderia ser escutado. Em uma agilidade surpreendente soltou-a, voou cortando o ar, dançando em meio a escuridão, até atingir o alvo. Atravessou a sua nuca, ele caiu no chão de costas, quebrando a parte que tinha as penas na flecha, fazendo sua agonia ficar ainda maior. Ela saiu dos arbustos e chegou perto, a expressão do homem era de completa agonia enquanto se afogava em seu próprio sangue, observou por um tempo o sofrimento dele, pensou quantos já não teria sofrido daquela forma na frente dele e pedido por misericórdia e ele negou, abusando de sua vítima, roubando-a e depois matando, nem sempre nessa ordem. Ele já tinha feito muita coisa nessa vida e essa é a consequência. Percebendo que ele ainda respirava, tirou uma flecha da aljava nas costas a colocando no arco, apontou para testa do sujeito, então soltou, aquilo era um ato de misericórdia, mesmo achando que ele não o merecia. Os grunhidos pararam e o único barulho que ficou foi do vento nas arvores, mas ela ainda o observava. Seus olhos agora estavam vazios, no entanto sua expressão era de agonia e ficou imaginando "Será se morrerei de tal forma?”, mas então disse a si mesma "Não, Minha morte com toda certeza será pior, bem pior."

>>><<< 

Caminhava pelas ruas da cidade como uma sombra. Usava um casaco preto que ia até seus pés, arrastando no chão, tinha um capuz que estava cobrindo todo a sua cabeça, fazendo uma sombra parcial sobre seu rosto. Quem a olhasse só poderia ver sua boca. Já estava amanhecendo quando parou na frente de um edifício que tinha dois andares, era um ponto de troca. Feroignia, esse era o nome do lugar. Tinha um desse em todas as cidades do reino de Cinéreo, depois de pagar a taxa de inscrição para eles e preencher alguns dos seus requisitos, pode pegar missões em qualquer um dos seus pontos. Claro se concluir a missão recebe a recompensa e paga uma pequena taxa para estabelecimento, mas eles já descontam antes de lhe entregar. 

Algo fez barulho lá dentro, então a porta se abriu e um rapaz saiu bocejando. Ele parou. A olhou um pouco confuso então reparou que com sua mão esquerda ela segurava um saco com algo dentro, seus olhos arregalaram quando viu as manchas vermelha e o rastro de sangue que deixou na rua.

– Vivo ou morto, certo? – sua voz saiu roca, em um tom frio. 

Apontou para o cartaz em um mural do lado de dentro do estabelecimento, onde havia muitos outros e todos os tipos de missão, para o mais corajoso ao mais tolo dos aventureiros. O rapaz olhou na direção apontada, no cartaz havia o rosto de um homem. Aparentava ter uns trinta anos, cabelos aparados, tinha um sorriso sanguinário nos lábios, quase dava para ver a sua sede de sangue. O rapaz ficou um pouco confuso então pareceu entender.

– E-E-Espere um pouco... v-v-vou chamar o gerente! - correu para dentro de novo, era possível escutar eles conversando.

– Está falando sério?! – cada vez suas vozes ficavam mais próximas, então um homem já de idade usando calça e uma sobretudo de seda apareceu na entrada junto do mais novo – Meu subordinado está dizendo que você pegou o "Lenhador"?! – ganhou o apelido por matar suas vítimas com o machado, depois de fazer o que quisesse com elas.

– Veja por si mesmo – com a voz rouca soltou o saco, quando tocou o chão se abriu mostrando o corpo inerte que ali se encontrava, era possível ver os buracos das flechas na garganta e na cabeça

– É.... verdade... está morto! – o homem ainda não parecia acreditar, pois o "Lenhador" já tinha matado todos que foram atrás dele. Era quase como uma besta, sem controle, qualquer um que o enfrentasse, era partido ao meio ou esmagado pelo outro lado do machado, sua força era descomunal.

– Você o matou com.... flechas?! – se aproximou mais perto do corpo – como fez isso, muitos foram atrás dele, alguns arqueiros também mas apenas um voltou e sem o braço esquerdo, ele contou que o lenhador parecia poder sentir sua presença, como uma fera que sente o cheiro da presa.

– Não importa como, mas sim que o matei – a olhou por um momento, como se tentasse decifrar algo, se virou em direção a porta.

– Tem razão, vou pegar sua recompensa. Sofio pegue o corpo e o arraste para dentro, e depois vá chamar os guardas, eles cuidaram do resto – O homem tinha razão, o Lenhador era como uma fera. Um animal. Mas para o azar do criminoso Arquia era a caçadora, e quando ela escolhia sua presa nada a impedia.

Depois de pegar sua recompensa foi para pousada em que se hospedou, ficava na parte marginalizada da cidade, onde só se encontra a escória e os coitados que não tinha para onde ir. Quando entrou no quarto foi logo tirando as vestes e todas as armas escondidas pelo corpo. Sua pele era branca, olhos pretos e cabelos escuros, soltos iam até um palma acima da bunda, seu corpo era esbelto, definido com músculos mas nada visível, eram sutis, na barriga havia pequenos gominhos, era possível ver algumas cicatrizes. Pegou uma toalha e duas pequenas adagas, foi para o banheiro, colocou uma adaga ao seu alcance em cima de uma prateleira. No chão tinha um balde com água, começou a se limpar.

Já estava vestida, usava uma calça de couro colada, uma blusa de couro, por cima um espartilho, um conjunto de botas, e por fim um casaco que ia até os pés, mas não chegava a tocar o chão. Preta era a cor de todas as peças que ela vestia, o preto era como uma segunda pele, uma camuflagem.

 A recompensa pelo lenhador duraria um mês, mas ela não ficaria esse tempo todo sem fazer nada, por isso quando pagou a estalagem e comprou suprimentos. Ajeitou uma mochila com tudo e saiu rumo a Feroignia. Ao entrar no local as conversas pararam e os cochichos começaram, coisas do tipo "de novo, como ela fez isso?" ou "não tem nem um mês e ela já subiu de categoria outra vez". Mas pouco importava tais comentários, algo mais relevante chamou sua atenção, um cartaz, que dizia "Animal feroz exala morte por onde passa", o dinheiro era bom, e já tinha o visto três semanas atrás quando chegou na cidade, entretanto ao se trabalhar como caçador de recompensa se começa de baixo e na época ela era "uma estrela", no entanto agora sua posição era de "três estrelas" e o cartaz também, e ele parece bem interessante.

– Talvez dessa vez valha a pena a caçada - sussurrou enquanto arrancava o papel do mural.

Levou ao balcão onde acertou com a moça sobre pegar o serviço, ali era assim, ninguém pegava uma missão acima da sua posição, se você era "duas estrelas" e a missão três não era aceitável, a não ser que tivesse acompanhando alguém que tivesse o tanto de estrelas do cartaz.

>>><<< 

Caminhava em uma estrada de terra puxando as rédeas do cavalo com a mão esquerda enquanto a mochila ficava no ombro direito, já estava quase escurecendo tinha viajado por dois dias depois que deixou a cidade, parou em frente a um muro enorme feito de tijolos grosseiramente colocados em cima um do outro, bateu em um portão de aço que tinha uma pequena janelinha no centro dela, então ela se abriu e ali apareceu os olhos de um rapaz.

– O que deseja? – era claro que estava engrossando a voz.

– Sou um caçador de recompensas, e preciso passar por essa cidade – ele se calou, pareceu estar pensando.

– Então prove! - falou de forma ousada.

– Aqui – puxou a gola da sua camisa e mostrou uma tatuagem entre os seios, era menor que um punho, uma mão quase se fechando com uma chama dentro, como se estivesse contendo o fogo. Todos os caçadores tinham um, era a única forma de comprovar que trabalhávamos para a Feroignia.

– Espera um pouco – a janelinha se fechou.

– Claro, vou adorar esperar – resmungou. Depois de um tempo o portão de madeira se abriu.

– Pode passar Caçador – o rapaz disse abrindo passagem para que entrasse na aldeia.

Escolheu uma estalagem que tivessem um estabulo para colocar a montaria. Depois de subir para dá uma olhada no quarto deixando as coisas lá. Desceu. No andar de baixo tinha bebida e comida para quem pagasse. Se sentou em uma das cadeiras vazias do balcão, pediu algo para comer. Assim que seu pedido chegou um barulho estrondoso invadiu o local fazendo todos se calarem, um homem tinha sido arremessado no balcão a alguns centímetros dela.

– E É ISSO QUE ACONTECE SE ME DESAFIAR! – aquela voz cada vez mais se aproximava, até que parou ao seu lado – Então ainda vai querer?! – ao notar que tinha alguém ali ele se virou com sua boca deformada por uma cicatriz, sorriu cheio de malicia.

– Me desculpe se interrompi o seu dejejum, mas não esperava encontra uma dama nesse buraco onde só tem vermes! – ele colocou uma mão sobre no ombro dela e levou a outra para o prato, mas antes que ele pudesse toca-lo, ela rapidamente enfiou a faca que segurava na mão dele até o cabo. O homem gritou. No entanto ela não o deixou reagir, pegou a mão que estava em seu ombro e passou por trás das costas dele e com um pequeno movimento quebrou o braço do sujeito que deu outro grito, o empurrou contra o balcão. Mesmo que ele fosse forte não poderia resistir, e com um agilidade passou uma pequena adaga no pescoço dele, fazendo o sangue descer como uma cascata vermelha que brotava de seu pescoço e percorria todo o seu peitoral, soltou o homem se afastando, ele caiu no chão se afogando no próprio sangue, se sentou na cadeira pronta pra voltar para sua refeição e então percebeu algo.

– Estaleiro – o sujeito que ficou todo o tempo apenas olhando, pareceu se assustar ao ouvi-la se referir a ele – quero uma faca, a outra está inutilizada no momento – falou apontado para o objeto que ainda estava enfiando na mão do agora cadáver. Enquanto ela ficou lá embaixo ninguém ousou dize nada, os únicos barulhos eram das pessoas a quem o estalajadeiro pediu ajuda para tirar o morto de dentro da estalagem. No entanto assim que ela saiu todos começaram a falar, gritar, a cantar e tudo que se poderia imaginar. Em lugares como esse a morte era algo normal, no momento você pode estar vivo, cheio de energia e no outro morto no chão de um lugar qualquer com a pele pálida sem vida. Em meio ao corredor do único andar de cima ela olhava para mão que tirou a vida daquele homem, e pensou quando foi que parou de sentir qualquer remorso.

>>><<< 

Antes de amanhecer ela já estava na estrada, a única coisa que se via era um vasto e quase infinito campo verde. Viajou quatro dias e quatro noites, de dia cavalgava, e a noite acampava. Quando chegou na aldeia já estava amanhecendo, os primeiros raios de sol cortavam a escuridão que agora já não se via. No lugar era possível ver várias casas de todo tipo e tamanha era claro que havia um número considerável de pessoas morando ali.

– Bom dia! – um senhor já de uma certa idade mas que mostrava um sorriso cheio de energia que muitos diriam ser encontrados apenas em um rapaz – o que faz tão longe de casa moça, com essas roupas com certeza não é dessas bandas! – Falava estendendo a mão em sua direção.

– Não, não sou, venho aqui a trabalho – apertou sua mão soltando logo em seguida - sou o caçador de recompensa que ficou com o serviço que vocês mandaram ao Feroignia – seus olhos arregalaram, a olhou de cima a baixo, então depois do espanto ter acabado disse:

– Veio para acabar com a besta que roda nossa aldeia! – não era uma pergunta. Seus olhos e boca sorriam com a própria constatação.

 – Sim, se pudesse me informar sobre tudo o que aconteceu desde o começo agradeceria.

– É claro! Me siga vou lhe explicar tudo e acomoda-la enquanto isso – saiu na frente mostrando o caminho enquanto a morena a seguia.

Depois de um tempo andando pela aldeia, o senhor que Arquia acabou descobrindo ser o Ancião do lugar, era alguém que já tinha acumulado uma certa experiência de vida e era colocado na chefia para resolver os problemas. O ancião contou que uma criatura vinha a noite e se camuflava a escuridão, poucos foram os que viram a criatura mas afirmam que seu dentes eram enormes e que o monstro tinha mais de dois metros, ele também falou que por onde a criatura pisava as plantas morriam e não era possível mais plantar nada no local.

>>><<< 

Suas vestes eram pretas, fazendo-a se misturar com a noite, se escondeu no canto mais escuro do terreno e esperou, nunca demonstrava nenhum sinal de cansaço ou irritação, sempre paciente. Foi quando viu uma criatura de longe correndo no campo, suas patas eram enormes e seu corpo deveria ter uns três metros ou mais, onde ele pisava ficava negro, mastigava tudo que encontrava pela frente, dá cerca de madeira as ferramentas de arar a terra. 

De onde Arquia estava abaixada, coberta pelos arbustos, tinha uma ótima visão do pescoço da fera, respirou fundo, nunca tinha visto algo como aquilo, confusão a dominou, franziu o cenho, não importava o que era, tinha que mata-lo, essa era sua única certeza. Arquia sempre usava laminas e seu arco, raramente recorria a magia, mas não achava que sua espada surtiria algum efeito naquela criatura. Colocou as mãos em posição, chamas azuis apareceram e começaram a moldar um arco e uma flecha até gralharem forma, então mirou, puxou a flecha o máximo que pode, mas antes de solta-la seus olhos e da criatura se encontraram, e aquilo foi o suficiente para a flecha errar o pescoço e acertar uma das patas traseira da criatura que grunhiu, e saiu correndo rumo a Floresta Algia.

Não havia tempo para hesitação, saiu correndo atrás da fera, a Floresta não era longe, poderia chegar lá correndo em meia hora, sua flecha ainda estava na perna dela e a estava usando para rastreá-la, sentindo sua própria magia. A Floresta Algia era dividida em duas partes uma perigosa e a outra mortal, e a fera estava na parte mortal da floresta. Ao adentrar o fez com cautela, sabia exatamente onde estava seu alvo, quanto mais entrava na parte mais escura, mais estranho e errado o lugar ficava, cada parte do corpo lhe dizia pra recuar, mas não poderia fazer isso agora. A criatura estava mais à frente era só seguir. Continuou. Então uma luz ofuscou sua visão, aos poucos foi se acostumando com a claridade excessiva, foi ai que percebeu que se encontrava em uma clareira, no entanto a luz vinha de um ser deitado no chão, uma bela mulher, de cabelos loiros, a pele branca quase alva, seus olhos demostrava certa sonolência, eram azuis claro beirando ao cristalino, coberta por um vestido branco que ia até seus pés, no entanto tinha um rasgo na lateral, ia até a metade da sua cocha e a parte descoberta no seu tornozelo era onde uma flecha repousava.

Arquia recou um pouco, não estava acreditando naquilo, sem sombra de dúvida a flecha era sua, mas o seu alvo era uma fera não aquela mulher deitada no chão, se acalmou, decidiu se aproximar.

- Me mate... por favor – aquelas palavras a surpreenderam, seus alvos pediam para viver não para serem mortos. E a loira não era seu alvo – rápido enquanto... ainda posso reprimi-lo – aquilo tudo era novo e confuso, Arquia se abaixou, viu algo brilhar no pescoço dela, sentiu um impulso de tocar, mas parou, um arrepio gélido percorreu sua espinha, "o que tinha sido aquilo?" pensou.

– Eu disse... para fazer... agora é tarde – em menos de um minuto sombras envolveram a bela mulher, quando elas se dissiparam sobrou apenas uma fera a sua frente. Dessa vez seus olhos tinha uma ira quase apalpável, rugiu fazendo todas as arvores em volta tremer, e em um instante atacou a morena com uma das patas a arremessando para longe, rolou pelo chão enquanto o ar escapava dos seus pulmões, ficando de quatro começou a se levantou com certa dificuldade.

Manter distância foi a primeira ação que Arquia tomou, recou para o mais longe possível da criatura até chegar do outro lado da clareira, só que essa distância não era suficiente, não com aquela criatura. O que tinha acontecido? Ela nunca teria baixado sua guarda e nem deixado a chance de matar tal ameaça, não iria hesitar uma terceira vez, agora não haverá brechas. Estava de frente para fera, a criatura em um movimento rápido pulou diminuindo a distância entre elas. Respirou fundo, provavelmente tinha quebrado algumas costelas e deveria ter algum sangramento interno, só que antes de se preocupar com os ferimento tinha que lidar com o causador deles primeiro.

A criatura se aproximava lentamente como se estivesse apreciando cada momento da sua caçada, só que antes de tomar qualquer ação agressiva, Arquia usou sua agilidade e sumiu diante dos olhos da fera, que começou a olhar de um lado para o outro, se aproximou surgindo bem diante de seu focinho, a morena a olhava com um olhar frio. Como um predador. E por um momento ela viu medo na fera que recou, mas então seus olhos brilharam de ódio, e com uma pata lançou um golpe na origem da sua ira, no entanto ela impediu, colocou o braço na frente do golpe o segurando.

Segurou a pata da fera a puxando para baixo em direção ao chão, e com isso o pescoço da fera ficou ao seu alcance, antes que a atingisse com a outra pata, com um punhal que surgiu das suas chamas azuis, enfiou com toda a sua força em um cristal negro que ficava pendurando por uma corrente da mesma tonalidade no pescoço da fera. 

A besta começou a sentir dor, seus rugidos eram grotescos. Arquia só tinha feito uma pequena fissura no cristal, e dessa fissura sombras começaram a aparecer e estavam se agarrando ao seu braço como tentáculos, já cobriam seu antebraço todo indo até o cotovelo, só que também havia a dor, era um frio queimava onde as sombras estavam. Em um grito de dor suas chamas azuis envolveram seu braço queimando as sombras, as usou para envolver o cristal nas chamas o fazendo queimar até virar pó. Seu braço pendeu ao lado do corpo, estava dormente e tinha uma cor preta a sua volta, embora estivesse dolorido ainda conseguia mexe-lo, então olhou para frente, a fera em uma explosão de luz e sombras havia virado mulher outra vez. A loira caiu desmaiada sobre Arquia, que sem saber porque colocou o braço menos ferido nas suas costas a segurando, e sem perceber começou a admirava as feições tranquilas da mulher, seus cílios longos e loiros, sua pele pálida, tudo nela parecia perfeito. Então um barulho a tirou de seu traze e se deu conta de onde estava, pegou a loira nos braços e rumou para fora daquele lugar. 

No entanto ela mal sabia que uma criatura grotesca com o cheiro da morte impregnando em si, observava tudo o que tinha acontecido. E tinha sido o autor do ruído que a fez sair dali.

 


Notas Finais


Se forem comentar peguem leve, eu aceito críticas, mas só as construtivas.
Então leiam e me digam o que acharam.


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