P.O.V Cellbit
Buuurp! Que frio está aqui fora. Ainda bem que saí de casaco, tênis e calça jeans, senão estaria congelando.
Me bate uma tristeza ver essas pessoas felizes e contentes. Parece que eu sou a ovelha negra daqui. Elas correm, riem, conversam... ai ai, nunca vou ser assim. Acho que minha vida teve a predestinação de ser triste, solitária e dolorosa. Já perdi tanta gente, tantos amigos. E tudo isso é culpa minha. Oficialmente, eu não tenho mais amigos agora, nenhum mesmo! Todos que eu tinha foram embora.
Nossa, que vento forte! Da onde está vindo isso tudo? Simplesmente, do nada! Ventos como esse são tão bons. Vou levantar desse banco e caminhar por ai, curtindo a brisa revigorante. Dá para fazer um clipe sad com isso!
Levanto do banco e começo a caminhar pelo parque. Coloco minhas mãos nos bolsos do casaco e fico admirando a paisagem. Um dia nublado, como o de agora, até que combina com esse parque.
-Luisa! Cuidado com o rapaz! - Diz um homem do meu lado direito.
Olho para o lado do som e, sem perceber, uma garota bate de cabeça em mim. Coitada!
-Ai meu Deus! - Digo assustado. -Ei você está bem? - Pergunto me abaixando a garotinha distraída.
-Estou sim, tio! - Ela me diz com um sorrisinho meigo no rosto. Crianças são tão puras!
-Me desculpa por isso. - Um homem fala para mim. Provavelmente o pai dela. - Ela é muito agitada e corre para todo canto.
-Imagina! Nada de mais aconteceu! - Respondo com um sorriso fingido para não mostrar minha tristeza.
Deixo a garotinha de pé e volto a minha caminhada. Ouço e vejo pássaros me sobrevoando. Eles estavam indo ao sentido contrário pelo qual eu ia. Devem que estão emigrando para um novo ninho ou coisa do tipo. De repente, a ventania aumenta e quase me faz cair no chão. Isso é estranho. Me equilibro e volto a andar normalmente.
Começo a ouvir algumas pessoas gritando e sons de passos correndo. Algumas pessoas passam por mim como se eu, simplesmente, fosse invisível. Olho para o horizonte e vejo o motivo de pelo qual elas corriam e gritavam: tinha um tornado vindo em nossa direção. Quando olho para o tornado, sinto o pulsar do meu coração. Ele deveria estar a uns 500 metros de nós e estava se aproximando cada vez mais. O vento faz meu gorro preto sair da cabeça e eu tiro minhas mãos dos bolsos. Quando o primeiro projétil sai do tornado, percebo que devo correr. Correr muito mesmo! Que ideia idiota, não é? Correr só quando perceber que corre um perigo muito grande. Rafael! Um tornado é um perigo muito grande! Às vezes não entendo minhas próprias decisões.
Dou meia volta e começo a correr. Corro como se não houvesse amanhã. Acho que nem Usain Bolt me ultrapassava aqui. Outros projéteis são lançados mais a minha frente e ao meu lado e vou os desviando.
-Luisa! Volta aqui! - Dizia um homem. Ah não, era aquele homem que alguns minutos atrás.
Olho para os lados ainda correndo e vejo que Luisa estava correndo em direção ao tornado. Eu tenho que salvá-la.
Mudo minha direção e vou em direção a Luisa. Ela era realmente uma garotinha muito animada e elétrica. Não posso deixa-la morrer. Aperto mais a minha corrida e começo a sentir uma dor no diafragma. Por favor, isso agora não. Coloco um dos meus braços em volta do diafragma e aperto, buscando aliviar a dor. Adianta? Não. Por que adiantaria? Sinto o vento do tornado ficando ainda mais forte, o que diminui a minha corrida.
-Vem cá garotinha! - Grito para ela.
Ela olha para trás e volta a correr. Oh não, o vento do tornando está começando a me levantar. Não, não, não! Não posso morrer agora. A garotinha olha para mim, que estava bem encima dela, com um sorriso psicopata e depois some. Essa garotinha não é uma garotinha qualquer.
Pronto, agora eu irei morrer. Olho para baixo e só me vejo distanciando cada vez mais do tornado. Olho para a frente com meus olhos bem quase fechado e vejo a placa de um carro vindo em minha direção e...
-Aaahhhhh! - Dou um grito que poderia ser escutado a quilômetros de distância.
-Hey, Cellbit, eu estou aqui. Eu estou aqui. Shhh. - Uma voz aconchegante tentava me acalmar. Era Felps?
Eu só sabia chorar mais nos ombros dele. Ele me mandava respirar com a boca calmamente e eu seguia suas dicas. De pouco em pouco eu ia me acalmando.
-Fique calmo, tá? Eu estou aqui. Não precisa mais tremer os dentes. - Ele me dizia enquanto passava as mãos em meus cabelos e apalpava sua mão em meu rosto.
-O que está acontecendo? - Perguntava Pac sonolento.
-Nada. Cellbit teve um pesadelo. Pode voltar a dormir. - Felps dizia baixos para não acordar mais ninguém.
Eu me acalmei com seus chiados e carinhos. Me senti seguro com ele. Acho que eu gosto dele. Eu não sei.
P.O.V Felps
(6 horas depois)
Acordo com Pac me chamando. Ele quer que eu levante logo para tomarmos o café da manhã. Que horas são? Tateio minha cama e a mesinha ao lado da minha cama em busca do meu celular. Achei! Ligo ele e aquela forte luz vem aos meus olhos. Cego? Parcialmente. Olho as horas e são 9:29. Passo a mão em meu rosto, respiro fundo e me despreguiço. Coloco o celular na mesinha ao lado da cama e vou ao banheiro. Faço minhas necessidades básicas e vou à cozinha, de onde vinha um cheiro horrível de queimado. Acho que alguém esqueceu algo no forno.
-Pac, eu te disse para abaixar o fogo! - Dizia Mike com raiva.
-Me desculpa! Eu queria fazer as torradas mais rápido! - Pac tentava se explicar com uma voz de raiva também. Os dois parecem um casal brigando. Dou umas risadinhas nasais.
-Bom dia, gente. - Digo coçando o olho esquerdo.
-Bom dia. - Diz Pac e Mike com raiva.
-Bom dia! - Diz Cellbit muito alegre.
-Uhmm, que fedor de queimado! - Exclamo abanando uma mão na frente do rosto.
-Foi o Pac que queimou com nosso café da manhã! - Diz Mike pegando a forma de torradas queimadas e a colocando na pia. As torradas ficaram realmente torradas! Poderíamos colocar aquilo num saco de carvão que ninguém notaria a diferença.
-Mike, eu já disse, queria que elas ficassem prontas mais rápido. - Exclama Pac fechando o forno e o desligando.
-Quanto mal humor gente! - Digo. Cellbit concorda comigo balançando a cabeça do outro lado da mesa. - Então, cadê o Pk? E o Calango? - Pergunto me sentando na cadeira.
-Eles foram comprar pão, já que o Pac queimou os únicos pães que tínhamos. - Diz Mike lavando a forma queimada de Pac.
-Olha Mike, isso foi um acidente, tá legal? - Dizia Pac quase chorando. Acho que Pac é canceriano. - Ninguém neste mundo é perfeito, e eu também não sou! - Pac diz e vai embora para o corredor. Provavelmente iria para o banheiro. Espero que ele não se corte.
-Pac, volt.. - Diz Mike parando de lavar a louça e indo em direção a ele.
-Ei, Mike. Deixa ele. Ele não vai querer falar com você agora. Espera um pouco. - Digo interrompendo ele.
-Arhh. - Exclama Mike e volta à pia. - Eu fui muito grosso? - Pergunta Mike chateado.
-Se você foi? Nossa, você foi muito grosso com ele. Como ele disse, foi um acidente, cara! Você não deveria agir daquela forma. Mas fica tranquilo. Ele tam... - Digo, mas sou interrompido por Cellbit.
-bém disse que ninguém é perfeito! - Cellbit completa minha fala. Ele me olha de canto e dá um sorriso de canto. Prever o futuro é uma coisa boa.
Falando em prever o futuro, eu tenho que começar a montar o dispositivo que irá ajudar o Cellbit a ver o futuro melhor. Eu tinha dito para ele que iria fazer, agora eu vou fazer.
-Chegamos! - Anuncia Pk e Calango abrindo a porta do apartamento.
-Graças a Deus. Não aguentávamos mais essa fome. Cadê os pães? - Diz Cellbit indo pegar a sacola da mão do Calango. - Uhmm, cheiro de pão fresco.... delícia!
Nos organizamos na mesa para tomar o café, mas Mike sai para ver como está o Pac.
P.O.V Mike
Espero que não tenha machucado ele. Eu não queria isso. Eu estava muito furioso, pois não tinha comido nada no dia anterior e estava faminto. Podiam me dar uma pedra que eu estava comendo.
Abro a porta do quarto com cuidado para não acordar o garoto, já que Felps disse que ele deve acordar naturalmente. Vou em passos silenciosos até o banheiro e bato na porta.
-Pac, abre aqui, por favor! Preciso usar o banheiro. - Digo silenciosamente entre a porta e o batente.
Me apoio no batente da porta de cabeça para baixo. De repente, Pac abre a porta rapidamente, pega meu rosto e me dá um beijo.
-Eu te perdoou pelo que aconteceu. Só por favor, não faça aquilo de novo. - Pac diz com a mão na minha nuca. Estávamos com as nossas cabeças apoiadas uma na outra.
-Me desculpa. Não quis te magoar. - Dou um abraço nele. - Vamos tomar café? - Encerro o abraço e o encaro.
-Vamos sim!
Quando meu viro para sair do quarto, vejo uma luz muito forte apontando para meus olhos. Coloco meu braço na minha frente.
-Quem são vocês? - Pergunta alguém. É o garoto que salvamos na noite passada.
-Pac, vá chamar o Felps agora! - Peço silenciosamente para Pac e o mesmo vai. - A gente te salvou na noite passada, se lembra? - Digo me aproximando vagarosamente dele.
-Vocês me salvaram do que? - Ele pergunta.
Ele perdeu a memória? Ah, qual é!
-Olha, um amigo meu vai chegar e ele vai explicar melhor as coisas. Eu não sei muito bem o que aconteceu. - Tento explica-lo.
Felps chega bem na hora e acende a luz do quarto. Estava todo mundo naquele quarto.
-O-o que vocês querem comigo? Por favor, não me batam! - O garoto diz se recolhendo na cama, ficando em posição fetal, criando um campo de força roxo ao seu redor. Que campo de força lindo!
-Deixa que eu falo. - Felps toma partida. - Ei, - Diz se aproximando do garoto. - Não precisa ter medo. Não estamos aqui para te bater, mas para te ajudar!
-Quem são todos vocês e o que querem comigo? Eu não fiz nada dessa vez. - O garoto tenta se explicar. Tá batendo uma dó dele.
-Eu me chamo Felipe, - Diz Felps apontando para si. - mas todos me chamam de Felps. E esses são todos o meus amigos. - Ele diz apontando para nós. O garoto olha assustado para cada um de nós.Eu aceno para ele e ele parece ficar mais assustado ainda. - A gente te salvou na noite passada de um.. - Felps para no meio. Talvez falar que era um anj.. - anjo que queria te matar. Você se lembra? - É, pelo visto, "anjo" não faz diferença na conversa.
-Provem! - O garoto insiste e se recolhe mais ainda na bolha de campo de força.
-Érg, uhm. - Felps olha para os lados e tenta achar alguma coisa para provar. - Bom, não temos muitas provas disponíveis no momento. - Felps diz com um sorriso tímido.
-Então como vou saber se vocês não estão mentindo? - Ele pergunta encarando. Ela é "corajosa" ela.
-Você vai ter que confiar. Além do mais, se quiséssemos te bater, ou matar, teríamos feito isso quando tivemos oportunidade. Sem falar que não colocaríamos você em uma de nossas camas e eu não iria fazer uma poção para te curar. - Diz Felps fortemente. Até que fazia sentido esse argumento.
-O que vocês querem, então? - O garoto baixa sua guarda e desliga a lanterna do celular.
-Nós só queremos saber como você conheceu o anjo. - Diz Pac.
-Eu não sei bem. Ele simplesmente apareceu para mim quando eu estava chorando no banheiro da escola. - Diz o garoto se acomodando melhor na cama.
Pac cochicha algumas coisas no ouvido de Felps. Ciúmes bateu bonito aqui.
-Érg, será que você poderia ser mais específico? - Felps sugere.
-Específico como? - O garoto franze a testa.
-Ah, você sofria bullying? Ou sofre? - Pergunta Pac.
-Bem, eu... - O garoto dá uma pausa, respira fundo e continua. - Por favor, não contem para os meus pais. - O garoto pede.
-Não contaremos! - Digo.
-Primeiramente, meu nome é Void.
P.O.V Void
"-Desde minha infância, eu era o excluído da turma. As outras crianças só brincavam comigo quando a professora pedia para eles brincarem comigo. Era basicamente uma coisa forçada. O tempo foi avançando, eu fui crescendo até que levei minha primeira surra na escola.- Diz Void passando a mão na maçã do rosto. Provavelmente foi ali que levou seu soco. - Os diretores aqui do Japão são muito rigidos e quase expulsaram o garoto que me bateu. - Ele dá um sorrisinho. Suas pernas estão como se fossem de índio. Elas batiam para cima e para baixo, acho que ele tem ansiedade. - Quando contei para os meus pais, eles não ficaram nada felizes e me bateram também. Eles diziam que era para eu aprender alguma coisa.
-Que saca... - Diz Calango no meio. Olhamos para ele e ele parou na hora. - Desculpa - Diz tímido.
"-Nos próximos seis meses eu fiquei bem na escola. Ninguém me perturbava e eu não perturbava ninguém. Após esses seis meses, o diretor morreu de câncer. A escola ficou sem aula por uma semana em luto. Quando pisei naquela escola, vi que nada estava igual. As coisas tinham mudado la´, eu podia sentir. Quando estava caminhando estranhando o lugar, um garoto veio e me deu um soco bem na bochecha. Depois ele subiu encima de mim e me bateu mais ainda. Ele dizia que a culpa era minha de o pai dele ter morrido. Eu tentava me defender, mas era impedido por ele. Um senhor da limpeza tinha conseguido apartar a situação. Fomos para a diretoria. Quando chegamos lá, a diretora simplesmente me puniu, ao invés de punir ele. - Ele diz com um tom de indignação. Imagino. Todos nós ficamos de boca aberta na mesma hora.
-Essa diretora é... arg - Diz Pk.
-Pois é. Tive que fazer a limpeza da escola por durante muito tempo. Não sei como ela não foi demitida por mandar uma criança fazer tarefa de adulto. E foi ai que as coisas começaram a ir de mal a pior. Os garotos e garotas de lá me zombavam, jogavam lixo em mim, me xingavam - Ele respira fundo. - Foi uma época difícil. Porém, as coisas pioraram mesmo foi quando eu tinha 13 anos. Nessa idade, eu comecei a descobrir mais de mim, e foi ai que eu perdi o meu "BV" com um garoto. - Diz ele. Ele parecia um contador de histórias.
-O que é "BV"? - Pergunta Cellbit
-Boca Virgem, Rafael! - Diz Pac. Hahaha
-Mas eu não deveria ter feito isso, pois tinham garotos filmando a sala que estávamos. Uma das piores decisões da minha vida foi ter beijado aquele garoto naquele maldita escola. - Ele respira fundo e continua. - Depois que a escola toda sabia daquilo, o bullying foi universal. Todos me zoavam, inclusive o garoto que beijei. Me xingavam e até ameaçavam. Sempre que chegava em casa, eu me trancava no quarto e chorava litros. Acho que com a quantidade de lágrimas que já chorei, poderia encher uma piscina olímpica.
-Nossa cara, EU não pensava que tudo isso aconteceu com você. Se você quiser parar a história, não tem problema. - Diz Felps comovido. O pessoal e comove tão fácil com essas histórias, não é?!
-Não tem problema. Eu sempre quis contar isso para alguém, e acho que vocês podem me ouvir. - Diz ele com um sorriso de leve no rosto. - Eu nunca tive amigos e, agora, nunca que eu iria ter mesmo, pensei. Fiquei aprisionado na minha bolha. Eu buscava ignorar as pessoas, deixa-las em segundo plano, mas era difícil. Até os professores me faziam chacota da turma. Quando tinha 15, eu não consegui suprir toda essa carreta de críticas e eu.. - Ele respira fundo e enxuga os olhos. - bem, tentei em matar. Assim como todo adolescente depressivo tentaria fazer. - Todos ficamos pasmos no mesmo momento - Eu subi na cobertura do meu prédio e tentei me atirar de lá e acabar o sofrimento dessa vida. Quando me joguei do prédio, eu não caí como eu esperava cair. Eu fiquei revestido por uma bolha roxa. No primeiro momento eu pensei que tivesse morrido, mas depois, essa bolha se locomoveu e voltou a cobertura do prédio. Quando saí de dentro da bolha, eu simplesmente fiquei tentando entender o que tinha acontecido. Fiquei uns 10 minutos assim até que meu pai chegou e me viu ali. Ele me pegou pelo pulso e me levou para dentro de casa. Acho que nem meus pais queriam que eu tivesse uma vida social. - Ele respira fundo mais uma vez. - E, por fim, aconteceu algumas coisas há algumas semanas atrás, quando eu completei 16 anos. Lembram daquele garoto que me bateu por eu ter, supostamente, matado o pai dele? - Ele nos pergunta.
-O aparvalhado? Sim, lembramos. - Digo.
-Apar.. o quê? - Pergunta ele franzindo as sobrancelhas.
-Ninguém aqui nunca viu Strange..- Pergunto com um olhar inacreditável, mas Pac me interrompe.
-Aparvalhado é tipo falar que alguém é um idiota, babaca ou tolo. Continuando - Diz Pac
-Bom, - Ele enxuga uma lágrima que caía do seu olho. - ele matou pai. Ele disse que foi uma vingança e que agora estamos quites. - Ele olha para baixo e chora um pouco.
-Ei, não chora. Não precisa falar mais nada. - Diz Cellbit o abraçando. Enquanto ele o abraçava, vi Felps desviando o olhar, até que ele me encara. Dou um sorriso.
-Ele podia me tratar mal, mas eu o amava. - Diz Void em meio as lágrimas. Ficamos assim por uns 2 minutos até ele se recuperar. - Por fim, - Ele funga o nariz. - eu me encontrei chorando no banheiro da escola, lembrando desse momento, até que esse anjo apareceu. Eu me escondi imediatamente atrás do campo de força, mas ele disse que eu não tinha o que temer e que estava ali para me ajudar. Até ontem éramos amigos, mas agora ele está desaparecido e não acho que ele queira falar conosco. - Ele diz.
Depois dessa mega conversa que tivemos, alguns dos garotos ficaram lá ainda conversando com ele. Provavelmente sobre os poderes. Olho para o lado e vejo Pac e Felps indo para a porta conversaram baixo. O que eles estão tramando? Vou até perto deles.
-O que está rolando aqui? - Pergunto abraçando Pac.
-A gente tem que saber mais sobre como Alan se autonomeava. Esperamos que a resposta dele não seja a que estamos esperando. - Diz Pac preocupado.
-E como ele não deveria se autonomear? - Pergunto.
-Você vai ver! - Diz Felps. Fomos em direção a Void.
-Void, só nos responde uma última pergunta. - Diz Pac.
-Como que ele se nomeava? Alan? - Diz Felps.
-Alan? Nunca! Ele dizia que Alan era um nome horrível. - Diz Void. - Por quê?
Felps e Pac se entreolham preocupados. Vejo que a perna de Pac está começando a balançar, como se estivesse ansioso para algo.
-Então, como ele se chamava? - Pergunta Pac sério. Seu olhar transmitia preocupação e medo.
-Sanfity. - Diz ele com todas as letras. Essa entidade está com Alan?!
Pac arregala os olhos e uma lágrima cai imediatamente, coloca a mão na boca e sai em disparada para o banheiro. Felps e eu vamos atrás dele no mesmo momento. Por favor, que não dê nada errado...
Continua????
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