História MITW - Você Me Pertence (Em Correção) - Cap 1- 10:48

Tarik -

Sério? Não poderia esperar eu chegar em casa? — a chuva começava  a cair sobre seus cabelos negros que logo estavam encharcados pela chuva fina que caia. Tarik passa em frente a uns dos restaurantes mais requisitados da cidade que tinha uma ampla janela que dava vista para a rua que recebia agora a chuva fina que a qualquer momento poderia virar uma tempestade, ele corre atravessando para o outro lado indo se abrigar em um ponto de ônibus que não havia ninguém.

Olha em meu relógio de pulso que já marcava 10:48 da noite, e isso já era muito tarde para mim, mas a chuva não da trégua só parece piorar, me sento observando pela ampla janela do restaurante bem a minha frente do outro lado da rua, varias pessoas bebendo e comendo ao som de um piano e violinos, acho os achava patético, um puro clichê não conseguia imaginar como conseguiam pagar tão caro num prato de comida que nem vai da pra forrar o estomago!

Mikhael -

Mais um dia nesse inferno a parte, pois foi esse inferno que me deu a fortuna que tenho hoje, por mais um dia totalmente derrotado e alastrado de cansaço, mais não acaba aqui, ainda tenho um encontro de negócios hoje a noite com um dos meus futuros sócios num dos restaurantes mais requisitados da cidade. 

Chego em casa me despi de minhas roupas, fui direto para o banheiro, tomei meu banho e logo me sequei e me vesti pois não estou tão adiantado assim. Tenho que ser mais pontual. Coloco uma roupa formal e um tanto social. Já no restaurante com meu futuro "sócio", ele  insistia para que eu bebesse, mais não sou muito fã de álcool quando estou a trabalho, o tempo passa e eu só querendo sair daqui e ir dormi na minha cama enquanto penso olhando pra rua, que recebia uma garoa fina que a qualquer momento poderia virar uma tempestade segundo a Meteorologia.

Quando vejo um garoto ou uma garota? Correr e atravessar a rua e se abrigar da chuva que estava começando a engrossar. Fiquei um bom tempo observando aquela pessoa sentada do outro lado da rua se encolhendo por conta do frio e provavelmente suas roupas molhadas. Durante esse tempo, fiquei totalmente alheio as baboseiras jogadas a mim, como se eu realmente me importasse!

— Bom adorei fazer negócio com Sr.. mas eu preciso ir. Então amanhã você pode passar em minha empresa pra assinar os papeis para fechar negócio amanhã? — o mesmo assente em concordância — Passar bem.

Saio o mais rápido possível, sem ao menos dar mais um dedo de proza, quando o mesmo fazia menção de começar a falar novamente.

Tarik -

Essa situação estava ficando patética, estou muito cansado andei a tarde inteira atras de algum emprego e nada, estou com frio, com fome e com muito sono fora que amanhã tenho que acorda sedo pra ir pra escola. Minha mãe deve esta  preocupadíssima por essa minha demora. Ela sempre fica. Mas eu a entendo, aflição de esperar alguém quando se já é tarde da noite. Esses pensamentos me rodeavam enquanto um carro se aproximava, pra ser mais específico uma BMW prata, nisso meu corpo todo petrificou mas não pelo frio.. O carro parou a minha frente eu permaneci sentado até que o vidro baixou revelando um moreno de olhos  verdes..

— Hey.. — a voz rouca e aveludada do rapaz se fez presente aos meus ouvidos, em consequência a aquele timbre meu corpo arrepiou e não foi pelo frio. O tal rapaz, ficou me fitando por um pequeno rompante, meus olhos negros tentavam buscar por sua face, a pouca iluminação não ajudava muito.

— P-pois não? — Me repreendo profundamente por gaguejar, mas qual é, quem não ficaria se um carro parasse perto de ti a essas horas? 

— Eu vi que você estava ai a um bastante tempo, não quer uma carona? — ele perguntou e me lembro do que minha mãe havia  me falado.. "Pra não aceitar nada de estranhos". Mas algo me diz que esse cara não parece ser o tipo de pessoa que vá me fazer mal ou tentar me estuprar. 

— É..sem querer ser grosso..m-mas já sendo. — pigarreio brevemente limpando a garganta — Oque me garante que você não vai abusa, sequestrar ou mesmo me estuprar? — digo olhando enquanto ele levanta uma das sobrancelhas e me olha com um sorriso ladino..

— Olha, eu só to tentando ser legal. — ele fala abrindo a porta do carro — Você acha que eu um cara famoso e mundialmente conhecido faria isso? E também isso seria um desastre para minha carreira, Todos saberem que sou um estuprador de menores, hum, acho que você deveria aceitar por que parece que essa chuva, e me parece também que não vai passar uma alma viva nesse ponto e essa chuva pode se prolongar a noite toda..

— Sim, acho sim, nunca se sabe né! E "famoso e mundialmente conhecido"? — Digo a ultima parte totalmente confuso, ele quer me dizer que é algum tipo de magnata, famoso ou algo do tipo? 

O rosto antes desconhecido pela pouca luz, me surpreende quando ele chega um pouco mais perto do banco do passageiro, seu maxilar marcado, o queixo bem acentuado com as mais belas íris verdes como verdadeiras esmeraldas autenticas.

— Não me fale que nunca ouviu fala de mim? — ele sorri malandro, repuxando um lado do lábios, acentuando o pequeno buraco na bochecha — Bom se aceita a carona te conto quem eu sou.. 

Nesse momento olho para um lado depois para o outro, judiando de meu lábio inferior por nervosismo, adentro dentro do veiculo com certo arrependimento, me sentia desconfortável pelo fato de nem conhecer a pessoa que esta me ajudando, mas logo o silencio é quebrado ele.

— Bom, qual é seu nome?! 

Ele diz dando a partida no carro e me olhando logo em seguida. Respondo, mas me martirizo pelo meu tom fino indiciando o quanto estou tenso.

-É.. m-meu nome é T-tarik, Tarik Pacanhan.. 

Digo sem ao menos olhar em seus olhos, apenas vendo de canto ele sorri soprado, deve esta me achando um tolo infantil.

— Bonito nome e diferente, o meu é Mikhael Linnyker prazer em  conhecê lo Tarik..

Sinto o rubor começar a subir para minhas bochechas, não sei lidar com elogios ou coisas do gênero, mas ele diz sem tirara a atenção da direção.

— V-você é b-bonito, não! Se-eu nome também é b-bonito, isso que q-quis dizer, n-não que você seja feio mas.. Ai Deus. 

Colo o rosto entre as mãos totalmente corado, ele sorri de um jeito diferente, parecia encantado. mas ele quebra esse clima de vergonha. 

— Bom poderia me dizer onde o senhorio mora? 

Ele pergunta um pouco divertido, permito-me sorrir minimamente, passo meu endereço ao mesmo que segue em direção. O caminho foi bem tranquilo conversamos e contamos coisas um ao outro. Mikhael falava de suas empresas e propriedades que tinha espalhadas por ai e isso me entediava, enquantoeu falava de seus amigos e especificamente de seu amigo que eram melhores amigos. Mas ele pareceu não querer aprofundar-se naquele assunto, trocando rapidamente para outro.

— Oque você fazia na rua a essas horas? New York pode ser bonita e acolhedora durante o dia mas a noite é muito perigoso sair sozinho..

Meus dedos se enroscam uns aos outros, seria certo conta da minha intimidade, para um estranho digamos, que conheci a vinte minutos? Não sei se devo mas..

— B-bom, é que lá em casa, as coisas apetaram então preciso procurar um emprego pra ajudar minha mãe então desde que meu pai..

Sai mais como um desabafo do que uma informação normal, ele rapidamente enxuga uma das lágrimas teimosas, odeia ter que lembrar de seu pai. Mas parece que tudo ultimamente retem a isso.

— Tudo Bem não precisa me responder. Bom chegamos..

Sorrio em total agradecimento, se chegamos até minha casa e ele não fez nada, é porque realmente é uma boa pessoa. Mas se tenta agora eu posso grita.

— Obrigado pela carona Mikhael "famoso e mundialmente conhecido".. 

Sairia do carro, exceto por uma mão, que com um aperto leve segura meu pulso.

— Mike, me chame de Mike, é..sera que podemos nós ver outra vez? 

O olho confuso, oque ele queria com me vê novamente? 

— Bem, talvez sim, talvez não. E como você me disse minutos atras "você é muito ocupado". 

Digo rindo e ele não exita e não contem de mostrar aqueles belos dentes brancos e perfeitamente alinhados.

— Posso dar um jeito nisso. Alias não sou tão ocupado..

Disse como quem acaba de mentir sorrindo safado, mas não entendo porque..

— Pode né, tá, então até qualquer hora Mike, obrigado pela carona.

— De nada.

Ele parece ser legal, vejo seu carro partir assim que adentro em casa, quem sabe nos nós esbarramos por ai novamente.. Quem sabe..