História Mitw- How I Met Your Father... - Revelations on a Park Bench...

Tarik-crianças, depois de eu ter me acertado com o seu pai eu finalmente consegui ter uma boa noite de sono... Mas não durou muito tempo...

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Eu acordo com o som de batidas na porta da nossa casa, eu olho pro teto ainda tentado identificar onde eu estou eu quem sou eu...

“sete fucking horas da manhã... Eu juro que se forem testemunhas de Jeová eu vou enlouquecer...”-eu penso enquanto me levanto ainda com cara de sono até a porta.

Eu destranco a porta e sinto um corpo jogado em cima de mim.

Cellbit-PAC! ACORDA QUE EU TENHO QUE TE CONTAR O QUE ACONTECEU!-cellbit diz (grita) enquanto ainda estava em cima de mim.

Pac-e precisa fazer isso às sete da manhã em cima de mim...?-eu pergunto e ele se levanta me ajudando a levantar e trancando a porta.

Cellbit-desculpa, é que o felps teve que trabalhar e eu não podia ficar lá na casa dele sem ele estar né?

Pac-peraí, você dormiu na casa dele?-eu pergunto e cellbit assente.

Cellbit-acho que dormir foi a última coisa que fizemos paczito... -ele diz com um sorriso malicioso no rosto e eu arregalo os olhos.

Ok, agora eu acordei...

Pac-VOCÊS TRANSARAM?!-eu pergunto segurando ele nos ombros.

Cellbit-sim senhor-ele diz orgulhoso.

Pac-meu Deus cellbit seu piranha!-eu digo e ele ri-vem aqui e me conta tudo... -eu digo e o nós sentamos enquanto a cafeteira preparava o café.

Cellbit-ele me ofereceu pra passar a noite lá até a chuva passar, só que a chuva não passou e então rolou um clima... E o resto é história... -ele diz e nós rimos.

Pac-caralho cell... Se deu bem... E me diz, ele é bom na cama?-eu pergunto e cellbit deita a cabeça no meu colo.

Cellbit-ele é o melhor que eu já vi... -ele diz e sorri involuntáriamente.

Pac-ooooowwwnnnt ele está apaixonado... -eu digo e cellbit me taca uma almofada.

Cellbit-não é nada disso... Só que... Ah sei lá... Ele foi tão legal comigo e com você, ele me fez tão bem esses dias... Acho que sem ele eu não teria aguentado ficar do seu lado... -ele diz e eu aperto a bochecha dele.

Pac-é, você definitivamente não está apaixonado... -eu digo e ele ri.

Cellbit-tá eu admito... Talvez eu esteja gostando dele um pouquinho...

Pac-UM POUQUINHO?!- eu digo mais alto-amigo você tem um precipício por esse garoto e nem percebeu... -eu digo e cellbit cora.

Cellbit-mas chega de falar de mim... -ele diz se levantando e olhando pra mim- vamos falar de você... O que foi fazer no shopping ontem que não pode ficar em casa?-ele pergunta e eu gelo.

Acho que ainda não estava na hora de falar sobre o que aconteceu.

Pac-n-não foi nada demais... Só dei uma saída... -eu digo olhando pros lados.

Cellbit-tá bom... Até parece... Bem, se não quer me contar só pode significar uma coisa... -ele diz e se levanta.

Pac-o quê?

Cellbit-envolve algum peguete seu... -ele diz e sai rindo da minha cara.

Eu suspiro de alívio, pelo menos cellbit não era esperto o suficiente pra deduzir corretamente...

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Cellbit-EI!-cellbit diz dando um tapa no braço de Tarik.

Tarik-o quê? Você sabe que é verdade... -ele diz esfregando o braço.

Julie-e você pai?-Julie fala com Mike que observava a cena- O que você estava fazendo nessa época?

Mike-bem, no dia seguinte eu tinha ido até a casa do jv pra averiguar essa história dele ter falado com o pac, estava tudo muito mal contado, então eu fui confrontá-lo.

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Eu estava chegando na casa do jv, eu queria muito descobrir como ele soube das câmeras de segurança que aparentemente estavam na escola...

Eu dei bom dia pro porteiro que já me conhecia já que eu ia diversar vezes por lá, ele abriu o portão e eu me direcionei ao elevador.

Chegando no quarto andar eu vi o jv acabando de abrir a porta da casa dele e então eu o abordei.

Mike-jv. -eu o chamo e ele se vira abrindo um meio sorriso.

Jv-mike, oi amor... O que foi?-ele diz abrindo a porta e me deixando entrar-Por que está aqui tão cedo?-ele pergunta.

Mike-não consegui dormir direito... -eu digo, era verdade... Eu estava com uma crise fudida de insônia fazia alguns dias...

Jv-caramba... Que merda... Se quiser eu tenho alguns calmantes pra te ajudar a dormir, se quiser pode ficar por aqui mesmo... -ele diz e eu nego.

Mike-não obrigado, na verdade eu vim pra te fazer algumas perguntas... -eu digo e ele abre um sorriso malicioso enquanto se aproximava.

Jv-vai me fazer um interogatório senhor policial...?-ele diz e pega no colarinho da minha camisa- Eu fui um menino mal?-ele pergunta maliciosamente e eu me afasto dele.

Mike-é serio jv... Não é hora pra isso... -eu digo e ele revira os olhos indo em direção a cozinha.

Jv-então o que foi Mike? Desembucha... -ele diz enquanto começa a picar alguns temperos que ele havia comprado.

Mike-vocÊ foi falar com o pac ontem?-eu pergunto e ele para de cortar os temperos, mas logo volta.

Jv-sim, eu disse que iria falar com ele... Por quê?-ele pergunta sem se virar.

Mike-porque ele me contou que você entregou a ele um pen-drive com algumas imagens que provavam a minha inocência... -eu digo e ele ainda não se vira.

Jv-sim... Eu disse que iria te ajudar homem... E foi o que eu fiz... Ainda não entendi qual é o problema... -ele diz e eu vou até ele e o viro fazendo-o me encarar.

Mike-o problema é que eu não faço ideia de como você conseguiu esse pen-drive e como você conseguiu essa informação... E pior... Se aquele pen-drive mostrar o que... O que eu fiz... O que você acha que o pac vai pensar em relação a mim? O que você acha que vai acontecer?!-eu digo e apertando os ombros dele.

Jv-mike... Se acalme... O pen-drive tinha apenas as imagens da escola... Só isso... E eu consegui conversando com um colega que trabalha na segurança da escola... Não tem porque fazer tanto alarde... -ele diz e se solta dos meus braços- Que tal ao invés de você ficar fazendo a porra de um interrogatório você simplesmente confiar em mim? Precisa realmente vir até a minha casa às sete da manhã pra ficar me interrogando como se eu estivesse te enganando? Sério Mike, um relacionamento é mantido a base deconfiança, se você não confia em mim pode sair por aquela porta e me deixar em paz... -ele diz e aponta pra porta aberta.

Ai que merda... Eu acabei falando demais com o jv... Ele foi tentar me ajudar e eu acabei estrgando tudo...

Mike-jotinha... Desculpa... Eu não... Eu não quis desconfiar de você... -eu digo e jv sai da cozinha me deixando falando sozinho-jotinha... Por favor, não me deixa falando sozinho... -eu digoe ele abraça os braços dele.

Jv-Mike... Me deixa sozinho... -ele diz e eu suspiro.

Mike-tá... Me desculpa... -eu digo e saio pela porta da frente...

Eu desço até o térreo do prédio e ando até o parque do bairro...

Eu resolvo me sentar por um momento e acabo sentindo as lágrimas preencherem os meus olhos...

Eu não aguento e acabo chorando no meio do parque...

As pessoas passavam, mas eu nem me importava mais... Eu estava precisando extravazar o que eu estava sentindo...

???-O que houve?-uma mão repousa sobre o meu ombro e eu olho pra cima vendo um garoto de pele morena como a minha e de cabelos encaracolados, ele parecia preocupado...

Mike-nada... -eu digo secando os olhos e fungando, ele se senta ao meu lado.

???-não parece “nada”... Parece que você precisa de alguém pra conversar... -ele diz e eu volto a sentir as lágrimas nos olhos- Me conta o que houve...-ele diz e eu suspiro.

Mike-já sentiu alguma vez como se a sua vida estivesse desmoronando? Como se tudo aquilo que você batalhou pra ter e pra manter começasse a desaparecer? Como um castelo de areia na praia... -eu digo olhando pro chão.

???-pra falar a verdade sim... -ele diz e eu me supreendo- Uma pessoa que eu me importo está morrendo... Não há mais esperança pra ela... -ele diz sério e olhando pro chão também...

Mike-quem?-eu pergunto e ele se vira pra mim.

???-minha mãe... Ela é a única família que eu tenho... E ela foi diagnosticada com câncer de mama fazem dois anos... -ele diz sério e olhando pra frente.

Mike-poxa... Sinto muito... -eu digo e ele sorri.

???-é... Eu também sinto...-ele diz e solta uma lágrima solitária- Descobri hoje que ela só tem mais alguns meses de vida... E que não há nada que eu possa fazer... -ele diz com um olhar distante.

Mike-e por que está aqui? Ao invés de estar com ela?-ele vira pra mim.

???-eu a visitava todos os dias da semana durante todos os meses desde que ela descobriu o câncer... Eu não comia... Não estudava... Não trabalhava... Eu não fazia nada além de ficar com ela durante esse período... Eu perdi 17 quilos e já estava desenvolvendo anemia ao ponto de ter parado no hospital... Ela me proibiu de vê-la enquanto eu não melhorasse... Ela me disse que não era capaz de melhorar sabendo que eu estava me matando pra ficar com ela... Ela disse pra eu estudar, comer, me formar e trabalhar... Disse que só sabendo que eu estava bem ela poderia melhorar... Com o tempo eu fui visitando ela menos vezes, eu estava muito atarefado, eu queria visitá-la mais, porém ela mesma disse que mesmo no leito de morte ela se preocupava mais comigo do que com ela... Com o tempo eu acabei descobrindo uma coisa... Sabe o quê?-ele pergunta e eu nego.

Mike-não... O quê?-ele sorri.

???-a vida continua cara... Mesmo que tudo pareça estar ruim e que nada tem solução... O mundo não para... O tempo não para... E a melhor maneira de melhorar é seguir em frente... Afinal é só depois de uma tempestade que se vê o arco-íris... -ele diz e seca as minhas lágrimas com os polegares.

Logo em seguida vemos um vendedor de sorvetes aparecendo pelo parque com as crianças atrás.

???-você está precisando de um sorvete... -ele diz e vai até o sorveteiro e compra duas casquinhas, uma de morango e outra de chocolate, ele me entrega a de morango- Espero que goste...-ele diz e começa a tomar o sorvete.

Mike-por que me comprou esse sorvete?-eu pergunto e ele ri.

???-Não há nada que não melhore com sorvete... -ele diz me fazendo franzir as sobrancelhas- Sorvete sempre faz você se sentir melhor...-ele dize tomando o sorvete dele com vontade.

Mike-é... Acho que não posso discordar disso... -eu digo e tomo meu sorvete-Afinal de contas qual o seu nome?

???-Felipe... Mas o meu apelido é Felps... E o seu?-ele pergunta.

Mike-Mike... -eu digo e ele franze a sobrancelha.

Felps-mike de que?

Mike-lynniker... Por quê?-eu pergunto e ele parece olhar pro céu.

Felps-nada não... Bem, foi um prazer te conhecer Mike, mas eu tenho outra coisa pra fazer, espero ter te ajudado... -ele diz se levantando.

Mike-sim, ajudou muito... -eu digo e estendo a mão pra ele-obrigado felps...-ele sorri e aperta a minha mão.

Felps-não foi nada... -ele diz e se despede saindo do parque enquanto eu o olhava...

Gente... Esse cara saiu do nada e depois que eu disse meu nome ele parecia me conhecer... Será que...? Não, isso é impossível... Não havia ninguém lá...

Só sei que está de manhã e eu não tenho mais com quem falar...

Pac deve estar dormindo, Jv está irritado comigo... Não faço ideia de pra onde ir...

Só espero que essa crise se resolva...