História Mitw- How I Met Your Father... - The Pessimistic Boy Has Scars On His Soul...

Jv-crianças o meu maxilar estava tenso a cada segundo que se passava naquele refeitório. Seu tio Batista estava cercado por quatro brutamontes que estavam avançando na direção dele... Eu sinceramente achei que ele estava acabado...

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O clima estava tenso...

Nenhum grilo ousava fazer barulho naquela situação...

Eu queria ajudar o batista, mas sei que se eu fosse pra lá acabaria apanhando também...

Dênis-você vai pro hospital gracinha... -Dênis diz partindo pra cima de batista.

Um soco é desferido na direção dele, mas de repente só vemos batista abaixar e desviar do soco, infelizmente pro Dênis ele estava muito rápido, portanto a inércia fez o trabalho dela e ele continuou o caminho até cair no chão por causa do pé do batista...

As pessoas riam daquela situação, ninguém havia humilhado Dênis daquela maneira. Batista apenas se levantou e olhou pra Dênis que estava se levantando.

Felipe-é melhor deixar isso pra lá... Não vale o meu tempo... -ele diz e recoloca o capuz andando na direção da saída do refeitório. Dênis estava espumando de ódio.

Dênis-ME TRAGAM A CABEÇA DELE!-Dênis grita pros brutamontes que estavam do lado dele e os mesmos correm na direção de Felipe.

O mesmo para e se vira a tempo de perceber os socos e chutes que os dois lançavam contra ele, ele desviava de alguns, mas às vezes tomava socos no rosto e no tórax.

No menor sinal de cansaço dos dois Felipe pegou uma bandeja de metal na mesa e colocou na frente do rosto fazendo com que um dos garotos socasse a bandeja com força.

O grito de dor dele foi bem audível.

O outro atacava furiosamente enquanto Felipe calmamente desviava dos golpes do segundo e bloqueava as investidas.

Felipe avança supreendendo o garoto fazendo-o se assustar e tropeçar na bandeja no chão e caindo no mesmo com força...

Os outros dois avançavam e Felipe suspirou e assumiu uma posição defensiva enquanto os dois avançavam.

Numa distância correta Felipe começa a correr na direção da parede.

Os dois eram mais rápidos, mas batista não parava.

Quando a parede havia chegado Felipe fez algo inimaginável.

Ele botou os pés na parede como se fosse caminhar nela e se impulsionou nela se jogando como um canhão na direção dos dois.

Ele se agarrou no joelhos dando um giro no ar e esticou as pernas pra dar uma voadora dupla nos dois garotos que foram lançados longe pelo impacto.

Batista conseguiu cair sem se machucar enquanto respirava ofegante.

Todo mundo estava vibrando com aquela luta, não era sempre que algo assim acontecia...

Dênis, vendo que todos os seus companheiros foram derrotados, resolve partir pro próximo nível...

Ele puxa um canivete de porte médio do bolso e avança sobre o Felipe.

O mesmo arregala os olhos vendo a arma, ele não parecia estar muito seguro disso.

Dênis avançou e desferiu diversos golpes no dorso de batista, ele desviava pensando no que poderia fazer.

Infelizmente o cansaço bateu sobre o Felipe e o mesmo acabou levando um corte vertical de baixo pra cima no braço, o sangue começou a escorrer.

Todos pararam de gritar...

Até mesmo Dênis estava surpreso pelo que ele tinha feito. Acho que ele tinha ficado cego pela raiva...

Felipe, por outro lado, estava encarando o braço vendo o sangue escorrer...

A feição, que antes era mais de preocupação, virou uma expressão de raiva de repente.

Ele saiu correndo na direção de Dênis que tremeu, mas ainda assim atacou.

Felipe desviou da facada por pouco sendo atingido apenas na bochecha.

Ele chutou as partes baixas de Dênis fazendo-o se contorcer no chão.

Acho que todos os homens fizeram um gemido de dor coletivo nessa hora.

Não bastando ele foi pra trás dele e pegou um dos braços e o girou até estar quase acima da cabeça de Dênis.

Ele gritava de dor como nunca havia visto alguém gritar antes... Era bem sinistro...

Leon-O que está acontecendo aqui?!- Diretor havia chegado...

Como se fosse um jogo de tênis todas as cabeças se voltaram a uma única direção...

Nilce-essa conduta é INACEITÁVEL!- a vice-diretora diz com uma prancheta- Os dois pra direção!-ela diz e batista larga o Dênis que chorava por causa da dor.

Todos deram passagem pra ele que apenas recolocou o capuz e saiu andando...

Mas o que foi que acabou de acontecer aqui?

-QUEBRA DO TEMPO-

Eu estava preocupado...

Estava no meu quarto após a briga do Felipe com o dênis que teve que ir pro hospital...

Pelo visto batista tinha rompido os ligamentos no ombro do dênis...

De repente a porta abre e eu vejo o batista entrando no quarto e me vendo.

Felipe-você?-ele diz como se fosse algo ruim.

Jv-eu... -eu digo e ele bufa.

Felipe-só me deixa em paz... -ele diz e coloca a mochila na cama enquanto entrava no banheiro.

Após lavar o rosto ele se senta na cama soltando um gemido de dor.

Jv-você está bem?-eu pergunto preocupado, nem eu sei porque...

Felipe-o que você acha?-ele pergunta com irônia.

Eu chego perto dele e vejo alguns pequenos hematomas no rosto dele.

Jv-isso não está bonito... -eu digo e ele me empurra pra longe dele.

Felipe-não fica perto de mim... Só me deixa em paz... -ele diz e se vira pra deitar.

Eu o impeço e puxo a manga do moletom dele e vejo que o corte ainda estava aberto, ele tenta me socar, mas eu o impeço com o braço.

Jv-você está machucado! Para!-eu digo e ele puxa o braço.

Felipe-isso não é nada... Acredite eu já estive bem pior... -ele diz cabisbaixo.

Jv-só... Só me deixa fazer um curativo nesse braço e no seu rosto... Eu prometo que te deixo em paz... -eu digo e ele fica emburrado.

Ele não parecia que ia deixar isso acontecer.

Jv-olha, se você não fizer um curativo essa porra pode infeccionar... E aí você vai ter que ir no hospital... Quer mesmo correr esse risco?-eu digo e ele desvia o olhar e aperta o cenho com os dedos.

Felipe-tá... Mas me deixa em paz depois... -ele diz e eu sorrio em resposta.

Eu vou até o banheiro e pego um kit de primeiros-socorros.

Eu abro a maleta e começo passando o álcool, não podia deixar isso infeccionar senão seria uma merda foda depois...

Jv-olha, vai arder pra cacete, mas você aguenta... -eu digo preocupado e ele revira os olhos.

Felipe-eu não sou de porcelana caralho... Vai logo-ele diz e eu reviro os olhos.

Começo a passar o álcool e a esfregar com uma haste com algodão na ponta pra tirar a sujeira que pudesse estar alí, batista fecha os olhos por causa da dor, vê-lo assim não foi muito confortável...

Jv-o que aconteceu na direção?-eu perguntei tentando distraí-lo da dor.

Felipe-nada... Eles falaram bobagens e eu escutei... Disseram que o meu comportamento era “Bárbaro” e que esse tipo de coisa não era aceita no colégio... -ele diz e eu começo a passar uma pomada cicatrizante que, pro azar do felipe, era a base de álcool...

Jv-Eles te deram alguma punição?

Felipe-eles... -ele para pra gemer de dor- Eles disseram que como era a primeira vez que isso acontecia iriam relevar... Mas se voltasse a acontecer eu seria suspenso ou até mesmo expulso... -ele diz e eu termino com a pomada e coloco a gaze pra fechar o curativo.

Jv-Por que ficou com tanta raiva quando ele te cortou?-eu pergunto e ele bufa.

Felipe-O QUE É QUE VOCÊ QUER HEIN?!-ele pergunta com um tom mais alto me fazendo ficar assustado.

Jv-como assim?

Felipe-o que você quer de mim?!-ele pergunta e eu me levanto ainda confuso.

Jv-eu não quero nada ué... -eu digo e ele ri com desdém e se levanta ficando frente a frente comigo.

Felipe-mentira... Todo mundo quer alguma coisa... Ninguém faz nenhuma boa ação sem um motivo egoísta por trás... -ele diz e sai da minha frente.

Jv-acha que eu sou assim? Nem me conhece!-eu digo e ele mais uma vez ri com desdém de costas.

Felipe-não se ache tão especial... -ele diz e se vira pra mim- Todos os seres humanos são assim... Todos só querem saber de si mesmos... Enquanto o seu mundinho estiver confortável está tudo bem... -ele diz pesadamente.

Jv-isso não é verdade, existem pessoas boas por aí... Pessoas com boas intenções... -eu digo e ele ri mais uma vez.

Felipe-na minha experiência não existem pessoas boas de verdade... Eu só sei que o inferno está cheio de pessoas com boas intenções... -ele diz e sai pela porta.

Mas o que esse garoto tem meu Deus...?

Como alguém pode ser tão pessimista...?

Mas... Será que eu devo ir atrás dele?

Eu sinto o meu telefone vibrar.

Era uma mensagem do Mike...

“precisamos conversar...”

#BUTTERFLY EFFECT#