História Mitw- How I Met Your Father... - Dry Tears Over a Bloddy Sweetshirt...

Tarik-Crianças, exitem poucas vezes na vida em que experimentamos uma dor de verdade...e infelizmente essa pra mim era uma delas...Após o amigo de seu pai e o grupo dele terem de deixado naquele estado eu só me lembro de ter acordado na maca da enfermaria do internato, eu realmente não lembro como fui parar lá...

Mike-mas eu lembro...eu que tive que te levar pra lá...

Tarik-então conta como foi...

Mike-ok...

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Sabe quando você está com um aperto no coração? Você não tem motivo, só sabe que algo está errado, é quase como se fosse um abalo na força... Era assim que eu me sentia...

Eu olhava pros lados não via o pac em lugar nenhum...que estranho...estou vendo o rafael, mas nem sinal do pac...

Mike-gente, eu tenho que ir...depois eu falo com vocês...-eu digo deixando o pessoal confuso, não dá tempo de explicar...

Eu chego perto do Rafael e o cutuco no ombro, ele se vira e acaba criando uma carranca assim que percebe a minha presença.

Rafael-o que quer?-ele diz ríspido.

Mike-você viu onde está o pac?-eu pergunto e ele revira os olhos.

Rafael-fica longe dele Lynniker...se chegar perto dele...

Mike-Vai fazer o que? Me bater? Estou falando isso porque ele sumiu...

Rafael-ele só foi tomar um ar...

Mike-20 minutos atrás...que ar foi esse que ele foi tomar?-eu pergunto cruzando os braços e ele revira os olhos.

Rafael-tá...ele tá demorando um pouco, mas não deve ser nada...

Mike-você é inútil mesmo...-eu digo e me afasto dele e indo em direção ao pátio exterior...

Haviam poucos lugares na escola que em que não havia pessoas, os alunos geralmente preenchiam os salões e os pátios a todo momento...

Mas em nenhum desses lugares eu encontrava o pac e nem alguém que o tivesse visto...

Passaram-se uns quinze minutos e nada...eu comecei a ficar preocupado...onde aquele garoto se meteu?

Então eu tive um relance, havia um lugar em que eu ainda não tinha ido...mas é porque ninguém vai lá...não é possível que ele esteja lá...bem, não custa tentar...

Eu vou até os fundos da escola, lá havia um lugar em que os alunos não iam mais, eu nunca soube direito o porquê, mas sempre escutei as pessoas em relação a lugares assim...

Chegando lá eu encontrei uma árvore, a única naquele lugar, e então eu vi...

Eu saí correndo na direção da árvore e só parei quando tive certeza de que a visão que eu tive era verdadeira...

Pac estava caído no chão com o moleton todo sujo de sangue...o pac-man no moleton agora estava todo ensanguentado por algum motivo... eu apenas senti o meu coração bater mais rápido enquanto me ajoelhei pra checar os...os sinais vitais...

Ele estava vivo, mas eu não sabia por quanto tempo...ele estava molenga e com a respiração fraca e vacilante, eu senti uma pontada no coração...Eu não fazia ideia do que fazer!

Eu comecei a sentir a minha respiração ficando cada vez mais pesada e fraca, eu hiperventilava e começava a me desesperar.

“asma? Mas eu não tenho asma desde os dez anos...”-eu penso enquanto caia sentado no chão.

Até que eu me dei conta...

Pac estava quase morrendo alí...não havia tempo pra me desesperar, a vida dele dependia de mim...

Eu me dou um tapa forte no rosto pra me tirar desse transe e respiro fundo sentindo os meus sentidos voltarem aos poucos.

Eu me ajoelho e pego pac com todo cuidado no estilo noiva tentado ao máximo não machucá-lo.

Começo a andar pelo colégio na direção da enfermaria, algumas pessoas viam me perguntar o que houve, mas eu tive que ignorar eles totalmente pra dar atenção ao que era importante...

Eu entro na enfermaria e a enfermeira que cuidava do local no horário veio correndo na minha direção.

Enfermeira-ai meu Deus o que houve com ele?-ela pergunta enquanto o coloco numa maca.

Mike-e-ei não sei! Eu o encontrei caído e sangrando na grama...não sei como isso aconteceu!-eu digo e ela pega o estetoscópico e começa a examiná-lo.

Enfermeira-ele está muito ferido...temos que levá-lo pro hospital...-ela diz e pega o telefone ao lado da cama.

Eu me sento na cadeira ao lado da maca enquanto ela falava no telefone.

Eu penteio os meus cabelos com os dedos enquanto encarava o teto.

Logo eu olho pra pac...ele parecia tão calmo...tão sereno...tão...tão morto...

Enquanto eu o observava pude ver que no rosto dele havia uma lágrima seca...ele estava coberto de hematomas por todo o rosto...quem teria feito isso? Eu juro que quando eu descobrir eu...não...não mike...você não é mais assim...você se curou...deixe esse sentimento ruim ir embora...

Logo a ambulância chega ao internato e, é claro, foi uma algazarra entre os alunos, poucas vezes uma ambulância parou no hospital, e se parou significava que alguém morreu...

Médico-garoto, você vai com ele pro hospital?-o médico que estava na ambulância me pergunta, eu sei que deveria avisar o cellbit, mas o pac corre risco de morte, não posso demorar aqui.

Mike-sim...

Médico-então vamos...-ele diz e eu subo na ambulância enquanto o motorista acelera pela estrada.

Logo chegamos no hospital e eu sigo até o quarto...

Médico-daqui você não pode passar...-o médico diz me impedindo de entrar.

Mike-mas eu preciso vê-lo doutor!

Médico-sinto muito, mas precisamos nos concentrar aqui...-ele diz e me deixa plantado no corredor...

Eu vou até a cantina e pego um copo d’água pra me acalmar...

Eu sinto alguém me puxar pela camisa e vejo que é uma garota de cabelos loiros e olhos azuis.

???-moço, tá tudo bem?-ela diz e eu me assusto.

Mike-sim...por quê?

???-você tá machucado?

Mike-não...

???-é que tem sangue na sua camisa...-ela diz apontando pra minha camisa que tinha uma mancha vermelha... era o sangue do pac.

Mike-ah sim...é o sangue de outra pessoa...de um amigo...ou quase...

???-como “ou quase”?

Mike-é que ele não gosta de mim por conta do meu passado...

???-o que você fez?

Mike-eu fui um imbecil com um amigo...

???-mas você ajudou o seu quase amigo não ajudou?

Mike-sim...

???-então ele vai gostar de você...quem não gosta de quem salva a sua vida?-ela diz otimista e eu sorrio.

Mike-tomara...eu quero me livrar do que eu era...quero me livrar de todo esse karma...

???-ele vai gostar de você...tenho certeza...-ela diz com um sorriso bonito no rosto, ela me trazia calma...mas eu nem sabia o nome dela.

Mike-qual o seu nome?

???-é Jéssica...Jéssica Strauss-eu estendo a minha mão pra ela.

Mike-é um prazer conhecê-la jéssica...meu nome é mike...-ela aperta a minha mão.

Jéssica-pelo visto você ainda se culpa do que fez...-ela diz sacudindo as pernas no banco.

Mike-é...acho que sim...

Jéssica-mas como você quer que as pessoas te perdoem se nem você se perdoa?

Mike-eu sei...mas é difícil simplesmente deixar isso de lado...

Jéssica-não, não é... mike, culpa é como um saco de tijolos...tudo o que você tem que fazer pra diminuir o peso é deixá-lo de lado...

Mike-é...acho que você tem razão...talvez eu devesse começar a esquecer isso...parar de me remoer...

Jéssica-é! Abre um sorriso, levanta a poeira e dá a volta por cima...é assim que funciona-ela se levanta e olha pra mim.

Mike-tá, eu vou tentar...obrigado jéssica...você é legal...

Jéssica-eu sei, eu sou um amor de pessoa...agora vai ver como está o seu quase amigo...-ela diz e sai pelos corredores do hospital...

Gente...o que acabou de acontecer...

Médico-Mikael Lynniker?-o médico me chama.

Mike-sim...

Médico-bem...temos notícias sobre o estado dele...

Mike-e como ele está?

Médico...-infelizmente...o paciente sofreu sérias pancadas na cabeça e corre o risco de ter traumatismo crâniano...ele entrou em um estado de comatose e não sabemos quando ele irá acordar...-ele diz e eu sinto os meus joelhos fraquejarem...

“não,não,não,não,não,não,não,não”.

Mike-ai meu Deus...