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História Mixed Feelings - Don't share your secrets


Escrita por: Liliyth

Notas do Autor


Desculpem a demora em postar outro capítulo! Prometo que vou tentar ser mais rápida das próximas vezes!

Capítulo 3 - Don't share your secrets


Cerca de duas semanas se passaram desde aquele dia entre Tracer e Widowmaker, não porque uma das duas quisessem, mas talvez porque o tempo fosse algo necessário e que pudesse ajuda-las a pensar. Tracer, por um lado, achava ruim manter tudo isso que ocorria entre as duas em segredo, mas entendia que isso, caso viesse à tona, seria um fardo pesado de mais para que Widowmaker conseguisse suportar, quem sabe o que fariam com ela. Contudo, do ponto de vista da outra, isso jamais poderia ser revelado, ela já corria risco de vida pelo simples fato de não ter matado tanto Tracer quanto Lúcio. Para todos já estava claro que o rendimento da assassina já havia caído, e por isso, Reaper estava presente.

Por trás do manto negro e da máscara que assustava até o mais impassível dos seres, havia um ser que não era capaz de ser compreendido. Não temia nada, não sentia nada, apenas seguia ordens, até que decidisse que era a hora de parar e seguir seu próprio caminho. Essa é a verdade sobre Reaper. De qualquer forma, mesmo não se sabendo muito sobre sobre a vida pessoal dele, podemos citar que sua única "amiga", se é que podemos chamar assim, é Widowmaker. Ele viu todo o processo de transformação dela, desde que era uma humana relativamente comum até se tornar a assassina que é hoje. Foi ele quem ajudou a mulher a se tornar tão boa como é hoje, e também é por esse motivo que ele ficou responsável por entender o motivo da queda de seu rendimento.

Há dias Widowmaker estava dentro do quarto sem sequer sair para falar com ninguém, ou pra realizar qualquer missão que lhe era dada. Claro que todos ficaram alvoroçados com o sumiço repentino da mulher, que era a maior fonte de lucro e quem mais tinha sucesso para eles, agora o que lhes restava era confiar na capacidade de Reaper.

POV Widowmaker

- Posso entrar? - as três batidas na porta ecoaram para dentro.

Perguntar quem estava do lado de fora era inútil, sua voz era inconfundível. Claro que eu não tinha escolha, não poderia ficar escondida pro resto da vida, tenho quase certeza que já atraí atenção de mais para mim, e não posso deixar de me perguntar como Tracer está lidando com tudo isso, mas tenho quase certeza que para ela tem sido mais fácil, a Overwatch sempre foi mais "liberal". Talvez ela tenha mantido esse segredo apenas para ela, ou talvez aquele gorila já saiba de tudo, só espero que isso nunca chegue aos ouvidos de ninguém mais.

- Entre.

Reaper atravessou a porta, e se recostou sobre ela. Não posso ver seus olhos, mas tenho certeza de que mantinha seus olhos em mim. Evitei me mover muito, vou pelo menos tentar me manter tranqüila. Virei a cabeça levemente pra ele, fitei-o por poucos segundos e depois voltei-a ao travesseiro, olhando o teto branco do quarto. Meu corpo estava na sala, mas minha mente pairava sobre muitos assuntos ao mesmo tempo, principalmente sobre Tracer e o que ocorreu há um tempo atrás.

[POV OFF]

Aquele contato entre os lábios de ambas as mulheres foi algo inesquecível para ela, não tinha certeza dos seus sentimentos, mas sabia que aquilo não era correto, tampouco permitido. Não pelo fato de serem duas mulheres, mas sim pelo fato de não poderem estar juntas, algo trivial, mas que lembra a história de Romeu e Julieta. Talvez fosse esse caminho que ela quisesse seguir, o mesmo caminho da história de Shakespeare, quem sabe as duas pudessem fugir juntas. 

Mandou esses pensamentos pro fundo de sua mente, e focou-se em ouvir o que Reaper tinha a dizer. Se ela pudesse, seria sincera, se não pudesse, não dividiria seus segredos. 

- Você está ao menos me ouvindo? - a voz grossa do companheiro surgiu de dentro de sua mente. Se Reaper pudesse falar direto da mente de alguém, Widowmaker não sabia.

- Oui.

- Eu lhe perguntei por que você tem agido de maneira estranha durante todo esse tempo?

Ela refletiu durante alguns instantes, queria responder algo que fosse concreto mas que não atrapalhasse sua vida em nenhum quesito, mas se deu de cara com uma árdua tarefa. Não tinha como não revelar seu envolvimento com Tracer se quisesse apresentar algo concreto. Para não se envolver em problemas, decidiu se evadir da pergunta suavemente.

- Eu não tenho agido de forma estranha, só preciso de um tempo sozinha.

- Você está sozinha faz duas semanas, e suas duas últimas missões não tiveram êxito. Tracer está viva, assim como Lúcio. Tenho certeza que algo você tem, só estou esperando você decidir se vai parar de desviar de minhas perguntas ou não.

Widowmaker sentiu seu coração acelerar, pela primeira vez estava sentindo medo de conversar com Reaper. Ela queria contar a ele mais do que qualquer coisa, queria poder se abrir com alguém, mas ela morreria se descobrissem. Por um lado, precisava de um ombro amigo, mas por outro, não sabia mais em quem confiar.

- Está bem, - Reaper levou sua mão para dentro do capuz. - vou te deixar mais a vontade. - tirou dali uma pequena escuta e a destruiu com o punho. - Já não tem ninguém nos ouvindo, você pode me contar o que for.

A mulher se sentou na cama e deu dois tapinhas de leve para que ele viesse a seu lado, Reaper obedeceu. Ela olhou-o com os olhos trêmulos, e pela primeira vez mostrou um sentimento para ele. Contudo, não foi nada surpreendente para ele, que já vinha suspeitando de muita coisa há bastante tempo. Reaper já tinha uma mínima noção do que se passava, sabia que ela e Tracer tinham algum envolvimento, só não estava muito certo do que era. Mas bastou apenas esse olhar, para que ele compreendesse, Widowmaker não precisou dizer uma palavra sequer, e ele já havia entendido praticamente tudo.

- Já entendi. - ele sussurrou. - Vamos dar um jeito nisso, só me dê um tempo e eu te ponho pra fora daqui em segurança. 

Ela assentiu, sentia-se feliz, mas insegura, não tinha certeza de absolutamente nada, mas confiava nele. Só queria se ver livre da tarefa de matar pessoas por motivo nenhum, pela primeira vez, ela sentia a liberdade próxima, mas decidiu não cantar vitória antes do tempo.

 



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