POV Roxana
Louise já se tinha teletransportado e Arthur foi logo atrás.
-Bem gente, vemo-nos na academia- disse Adam.
Pisquei os olhos umas cinco vezes ao ver Adam a desaparecer assim do nada.
Ok, já me bati, blisquei, tentei acordar, mas não posso acordar porque aparentemente é tudo real.
-Agora somos nós- avisou Luiz- anda lá, tu primeiro!
-Não posso ir-respondi.
-Como assim não podes?
-Não posso ir sem o Midnight.
-Midnight?
-O meu gato. Não vou sem ele.
-Não prescisas dele!
Olhei para o Luiz como que a dizer "sabes que não me podes obrigar".
-Pronto, está bem. Ganhas-te! Vamos lá buscar esse gato.
Fiz a dança da vitória com Luiz me olhando estranho.
POV Luiz
Corremos por entre campos e várias casas. Roxana vive numa aldeia bem mais longe do que pensava. A casa era de um cimento amarelado e tinha dois andares.
-Bem, eu já venho- disse ela a empurrar a porta de madeira.
-Despacha-te lá com esse Madnight.
-É MIDnight- ouço-a gritar lá de dentro e não cosegui evitar um sorriso.
Aí ela sai e aparece com um gato preto de olhos amarelos ao colo.
-Já podemos ir ou princesinha ainda precisa de ir de carroça.
-Podemos ir- diz ela num tom seco. Eu sei que não gosta que lhe tratem assim.
POV Roxana
Rezamos, quero dizer juntamos as mãos e dissesmos mentalmente algo como: " Abre-te meu guia para a sabedoria" e aparecemos á frente de um edificio todo branco.
-Niguém cá fora-comenta Luiz. Boa, chegamos atrasados!
-Não é assim tão mau.
-Para mim é! Sou assistente da Diretora e delegado. Se chegar atrasado que figura vou passar? Tenho uma repútação a manter.
- E que tal, se em vez de te lamentares, fossemos já, antes que seja AIMDA MAIS tarde?
Entramos.
Viramos por vários corredores e salas, uma confusão, mas parece que Luiz sabe para onde nos dirigir.
Econtramo-nos em frente a uma porta de madeira avermermelhada. Ouvia-se do outro lado uma voz feminina animada.
Abrimos a porta e avançamos.
Uma mulher loira olhou para nós.
.-Oh Luiz! Já estava preocupada contigo- depois virou-se para um grupo de alunos á sua frente- esse é o Luiz, meu assistente e delegado da turma A.
Finalmete ela me viu e ao Midnight.
-Menina, os animais de estimação deviam ir para a sala animal.
-Desculpe não sabia.
Enquanto a diretora falava observei a sala. As paredes eram avermelhadas e os móveis antigos. Um espelho enorme com adornos a ouro estava colocado atrás de nós e via refletido nele uma mesinha com uma flor estranha numa jarra que não devia estar lá.
Midnight sentiu o meu desconforto e roçou a sua cabeça no meu braço. Centrei-me na loura e prestei atenção ou que dizia.
-.Bom, já sabem aqui no andar de baixo fica tudo que é ligado á aprendizagem: salas de aula, sala de professores, atendimento.......e no andar de cima são as vossas instalações: quartos, salas de convivio e cantina.
Ela contiuou a falar que se precisassemos de algo ou ajuda era só pedir.
A achei bastante simpática.
No final todo mundo se dirigiu para o hall de entada onde estava pregado a um placard um papel com as distribuições escritas:
Turma A:
Adam Acker/ Adeen Keroshane Nevra -quarto nº120
Alysha Walady/ Arthur Stefanik Delano- quarto nº121
Aurora de Martel/ Connor Gabriel Walsh- quarto nº122
Gemma Lucille Miller/ Isaack Novak- quarto nº123
Julliette Dobereinier/ Laudrey Harrera- quarto nº 125
Louise Vanderpool/ Lucy Andrus- quarto nº126
Luiz Sherwood/ Nick Holand Lee- quarto nº 127
Roxana Yandel/ Wayne Gordon Blake- quarto nº128
Reparei que os nomes estavam organizados por ordem alfabética . Não percebi aquela quebra do quarto nº123 para o nº125. O que aconteceu ao quarto nº124?
Enfim, parece que vou ficar com um tal de Wayne Blake e vamos ficar no quarto nº128.
Sendo o "R" já estou habituada a ficar no fundo das listas.
Senti uma mão tocar-me, virei-me e vi que era Louise.
-Pena que vamos ficar em quartos diferentes.
-Verdade- respondi- ao menos conheces a tua colega de quarto?
-Lucy Andrus? Nem por isso. Só espero que não seja uma demónio. Se não for, por mim tudo bem!
-Os demónios são assim tão maus?
-É contra eles que os anjos combatem. Eles só fazem maldades no mundo e são uma raça muito fria e insencivel. Sinceramente, admirava-me que algum algum metesse cá os meus pés.
-Então porque é que a Academia está aberta á receção de demónios?- perguntei confusa.
-Porque a assebleia dos anjos, como santinhos que são, acreditam que podem existir alguns bons e que podem ensinar-lhes coisas boas.
-Já conheces-te algum?
-Não, mas já ouvi muitas histórias.
Estava tão concentrada a pensar nos demónios que nem reparei num tipo mesmo á minha frente e esbarrei-me contra o peito dele. Ao levantar a cabeça deparo-me com uns lindos olhos asiáticos escuros.
-Desculpa- apressei-me logo a desculpar-me.
-Não peças desculpas. É incrivel a quantiade de desculpas que as raparigas tem para sentir os meus músculos.
-Desculpa?- digo meia confusa e ofendida. Não estava mesmo á espera daquela resposta.
-Já disse que não precisas de pedir desculpas. Vemo-nos nas aulas, boneca!
-Viste a lata daquele tipo?
- Hahaha- riasse a Louise-. esse é o Nick vais te habituar....Bom, eu não queria deixar-te sozinha mas tenho de ir desfazer as malas e acho que devias fazer os mesmo.
-Tens razão- concordei.
Ia a subir as escadas de diamante e fiquei perplexa a olhar. O corrimão era igual mas de rubis.
Um rapaz no topo da escadaria observava-me meio que a rir.
Quando viu que tinha reparado nele, fingiu-se de sério, mas aqueles olhos castanhos não enganam.
-Perdida nas pedras perciosas? Aposto que não és vampira ou elfa de certeza.
Não, não sou. Como sabes?
-Eu sei tudo- respondeu num sussuro e a piscar um olho.
-Conta! -exijo.
-Pronto, cuidado com a raiva! Deves ser lobisomem.
-Por acaso é lobimulher, só para tua informação!
-Que seja. Temho de ir. Adiós!
Ele virou-se para ir embora.
Espera- digo mais alto do que o esperado e umas quantas pessoas ficam paradas a olhar- que foi não tem mais nada que fazer?
Elas continuaram o seu caminho.
-Uau! Esvazias o sitio mais de pressa que o Nick em noite de karaoke!
-Eu queria pedir-te que me levasses ao meu quarto.
-Já? Sem primeiro encontro encontro para nos colhecer-mos melhor, nem nada?- diz irónico.
-Tu percebes-te. Só quero que me leves á porta porque não sei onde fica.
Nesse momento aparece Luiz antrás do rapaz que deu um sato assustado e quase tocava o rosto do que acabara de chegar ao virar-se para trás.
-Já dá saltinhos Connor? Não é por mal, mas eu não gosto de ti assim....
Ri.
-Assustei-me só isso.
-É essa a ideia, my frrriend!
Sorri ao ouvi-lo carregar no "R".
-Estou a ver que já conheces a Roxana. Cuidado , agora já somos três feiticeiros a competir!
-Feiticeira? Não, ela disse era lobisomem.
Sorri maldosamente.
-Enganaste-me ! Ai, se te meto as mãos em cima.....
-Já? Sem primeiro encontro para nos conhecer-mos melhor, nem nada?!
Ele manda-me um olhar de mau, mas não aguenta muito e logo caí no riso.
-Segue-me- disse o Luiz também meio a rir.
Segui-o pelo andar de cima, parece que só sei andar atrás dele.
A passagem era dividida em cinco corredores destiandos um para cada turma e dentro de cada corredor os quartos das respetivas turmas.
-É o úiltmo da esquerda- imformou o meu "guia".
Avanço para o corredor da esquerda, abro a porta e vejo uma rapariga ruiva bem vestida a beijar um tipo qualquer.
-Que queres? Não és desta turma, desaparece!- disse ela na sua voz estridente e altamente perigosa para qualquer tipo de vidro.
-Ok....-digo devagar.
Ia a sair e ela resmuga:
-Feicha a porta, *aralho!
Ao passar pela porta ainda a abro mais e levanto o dedo do meio sem olhar para trás, o que é pena porque queria ver a cara dela nesse momento.
Ao aparecer de novo á sua frente, Luiz desata-se a rir. Olho para ele muito séria com os braços cruzados, mas aparece a rapariga a fechar a porta trás de nós com um estrondo e junto-me com ele a rir.
-O nosso afinal é o.....*risos* da direita!
-Pois só afinal....
Passamos por vários quartos com os números em cima das portas em placas de ouro.
-Olha, o que aconteceu ao quarto nº124?- pergunto.
A porta tinha um papel pendurado a dizer "Perigo! Não entrar" e tinha uma corrente com cadeado a travar a maçaneta.
-Não sei. Mas tem muitas histórias sobre esse quarto: um feitiço inquebravel que mata ou magoa quem aí entrar- responde Luiz, mas muda a voz para um tom mais sussurado- ou uma alma penada de alguem que morreu nesse quarto e que nunca mais pode sair-faz imtação de eco-sair....sair...nunca mais..mais...mais!
-Ok já percebi, podes parar de me tentar assustar? É que não é tarefa fácil isso....
-Vamos ver! Prometo que um dias destesvou te pregar um susto tão grande que até vais tremer até ao final dos teus dias....dias..dias!
-E quando é isso...isso...isso?
-Não posso dizer, estragava a surpresa- diz com um sorriso manhoso.
Entramos no quarto 128 e estava lá um rapaz. Começo a achar que só os rapazes decidiram aparecer.
-Hey Wayne! Vou deixar aí a Roxana por tua conta. Ela não sabe nada sobre esse mundo.
-Assério?
Wayne era um rapaz MUITO alto, caracois ruivos e com uns olhos verdes intenso dos quais não conseguia afastar o meu olhar.
Luiz abandona a sala.
-Oi- começo.
-Oi! Então não sabes nada sobre este mundo.
-Nem por isso- respondo- só me contaram ontem á noite! E olha que surpresa das surpresas: eu também faço parte desse mundo! E agora nem avisei niguem em casa, sim, a minha familia humana de que desapareci a rezar para aparecer numa escola de seres sobrenaturais. Mas pensando bem, mesmo que tivesse avisado não iam acreditar. Nem eu mesma acreditaria se....
-És muito faladora-interrompe-me num tom cortante- não me lembro de te ter perguntado como tinhas aqui chegado e muito menos se avisas-te alguem ou não!
-Gosto de preencher o silêncio- respondo com um sorrido sarcastico- e ainda por cima ainda estou meia baralhada com isto tudo das últimas horas.
-Novamente, não perguntei isso!
Estava a começar a ficar irritada, mas controlei-me.
-E eu não me lembro de te ter perguntado isso-respondi a entrar no jogo.
-Nem eu me lembro de te ter perguntado se me tinhas perguntado se eu te tinha perguntado.
-Nem eu me lembro se tu perg...sabes que mais? Já estou farta desta conversa!
Wayne fica a rir-se de mim e mando-lhe uma almofada para a cara.
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