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História Mobile (2 temporada) - Capítulo 36


Escrita por: Skinof e ForeverEvril

Notas do Autor


Vou começar pedindo mil desculpas. Esse capítulo devia ser da @ForeverEvril e mantivemos a esperança de que ele sairia logo, mas agora até o computador dela quebrou e ficou tudo mais difícil. Talvez não tenha ninguém aí, mas enfim, a gente vai tentar terminar essa fic kkkkkk Mil desculpas novamente, imprevistos ocorrem.
Espero que gostem.
Boa leitura!
Beijos

Capítulo 36 - Capítulo 36


Fanfic / Fanfiction Mobile (2 temporada) - Capítulo 36

P.v. Avril

 

A menina corria muito, o máximo que as suas pernas pareciam aguentar. Esse sonho era diferente dos outros, eu não ouvia seus pensamentos e nem sentia o que ela sentia. Eu era uma mera expectadora, o que não era de todo ruim. Atrás dela, com um marchado, um rosto muito conhecido por mim corria atrás dela. Mesmo que eu suspeitasse dele, vê-lo naquela situação era bem pior.

Pelo nervosismo, a menina tropeçou em uma falha na calçada. Ela caiu com tudo no chão e logo encheu os pulmões pronta para gritar uma última vez por ajuda. Brendon apenas riu da sua tentativa. Ele levantou o marchado um pouco acima da sua cabeça e depois o desceu rapidamente direto para o peito da garota. Esse foi apenas o primeiro golpe. Ele puxou o marchado do corpo da garota enquanto ela gritava de dor e mirou em sua cabeça. Após a segunda machadada, a garota não chorou e nem gritou mais. Seu rosto agora estava partido ao meio e ela estava inconsciente.

Brendon não parou por aí, ele continuou a deferir golpes contra a garota por pura diversão. Ele parecia bem com aquilo, sorria e maltratava ainda mais o corpo da garota enquanto sangue jorrava para todo lado. Sua roupa e seu rosto estavam sujos, mas ele não parecia se importar.

Acordei com o coração acelerado. Sentei-me rapidamente na cama e logo olhei para o lado, mas eu estava sozinha. Desde a nossa última briga, Brendon não dormia comigo. Já eram duas noites dormindo completamente sozinha. Será que Brendon ficou com tanta raiva pelas minhas acusações que decidiu matar sem nenhuma proteção apenas para me fazer sofrer mais? Não, não podia ser. Ele tinha um álibi para a noite da morte da Michely... A não ser que ele tenha encontrado Michely depois de sair do bar.

Levantei da cama e fui até a cozinha para beber um pouco de água. Passei tão rapidamente pela sala que só o notei na volta. Brendon estava deitado no sofá, aparentemente no sétimo sono. Ele possuía uma garrafa de uísque ao seu lado e sua roupa estava limpa. Quer dizer, limpa na medida do possível. Ela fedia a bebida e a cigarro, assim como o próprio Brendon. Talvez tenha sido apenas um sonho dessa vez, talvez ele não tenha feito nada.

Subi novamente para o meu quarto e tentei manter a calma. Respirei fundo diversas vezes e enfim decidi tentar dormir novamente. Deitei-me e puxei a coberta para cima do meu corpo. Respirei fundo uma última vez e depois desliguei o abajur que ficava em uma mesinha ao lado da cama. Passei alguns segundos encarando o breu, eu ainda não estava pronta para dormir, mas era preciso, pois poucas horas depois eu deveria sair para ir ao trabalho.

Uma estranha sensação tomou conta de mim. Puxei mais a coberta para cima do meu corpo e fechei os olhos, mas a sensação não passou. Quando abri meus olhos novamente, eu o vi. Por alguns segundos, eu vi o assassino e sua famosa máscara a poucos metros de mim. Gritei e liguei rapidamente o abajur, mas ele simplesmente sumiu.

– Tudo bem, mãe? – perguntou Evan assim que abriu a porta.

Neguei com a cabeça e abri os meus braços em chamado para ele, o qual logo entendeu. Evan veio em minha direção e deitou em meus braços. Eu o abracei forte e deixei algumas lágrimas escaparem.

– O que aconteceu, mamãe?

– Eu tive um pesadelo, apenas isso. Por favor, durma comigo hoje.

– E o papai?

– Ele está dormindo no sofá.

Evan suspirou desapontado e saiu dos meus braços. Pensei que ele fosse embora, mas ele deitou ao meu lado e passou um braço pela minha cintura enquanto outro foi diretamente para o meu cabelo.

– Eu fico com a senhora hoje. Posso perguntar por que brigaram dessa vez?

– Eu não quero falar sobre isso.

– Tudo bem...

Não trocamos mais nenhuma palavra após isso. Evan continuou me abraçando e acariciando o meu cabelo. A luz do abajur ficou ligada por uns cinco minutos até que Evan se inclinou e a desligou. Quase falei para ele deixá-lo ligado, mas com ele ali, eu já me sentia melhor, talvez não precisasse mais do abajur. Além disso, com o abajur ligado, talvez o Evan não conseguisse dormir e eu não queria prejudicá-lo. Assim como eu, ele tinha compromissos mais tarde com a escola.

Quase meia hora depois, eu finalmente adormeci.

 

P.v. Evan.

 

O café da manhã tinha sido difícil àquela manhã. Meu pai, que apenas levantou do sofá e sentou a mesa comigo e com a minha mãe, manteve-me calado e com o olhar baixo. Ele até olhou para mim em alguns momentos, mas não olhou nenhuma vez para a minha mãe. Minha mãe até soltou alguns olhares para ele, alguns o analisando, mas parecia evitar olhar para ele também. A briga deles deve ter sido bem séria.

Não aguentando mais aquela situação, peguei uma maçã e me levantei para ir logo à escola. Minha mãe até me ofereceu carona e pediu que eu ficasse um pouco mais, mas eu não aguentava mais aquilo. Vê-los naquele estado era deprimente. Ver o meu pai daquela forma mais ainda. Peguei o meu skate e o usei para ir até a escola. Eram cerca de oito quarteirões, mas eu não me importava, seria tempo e distancia o bastante para eu me recuperar daquele clima ruim do café.

Meus pais sempre foram o exemplo de casal para mim e até para outras pessoas. Cathy mesmo dizia que queria ter uma relação como a que os meus pais tinham algum dia. Agora, eles estão assim. Sei que todos os casais possuem altos e baixos, mas o baixo deles agora estava quase chegando ao núcleo da terra.

Eu sentia mais dó do meu pai. Não era só o lado amoroso que parecia despencar, mas todo o resto. Meu pai estava mergulhado em uma enorme fossa e eu sabia que precisava ajudá-lo, só não sabia como. Talvez, se ele e a minha mãe fizessem as pazes, ele tivesse mais força para se erguer e recomeçar. O problema é que as brigas com a minha mãe só pioravam tudo.

Minha mente estava tão concentrada no problema dos meus pais que eu nem parei quando cheguei a esquina e bati com tudo em uma garota que surgiu do nada. Eu fui com tudo para o chão e ela também. Ralei meus antebraços no asfalto e quase fui atropelado. Puxei o meu corpo rapidamente para a calçada novamente e assisti o meu skate sendo destroçado por um caminhão.

– Mas que merda! – falei com raiva e depois coloquei ambas as minhas mãos na minha cabeça.

Olhei para a garota ao meu lado. Aquele cabelo era inconfundível. Ela também tinha caído sobre o asfalto, mas o seu lado estava parado, então ela não correu um risco tão grande quanto o meu. Ela recolheu o seu skate e já estava se colocando de pé ao meu lado. Preparei-me para os seus xingamentos, mas, ao contrário do que eu esperava, ela me estendeu a mão.

– Você está bem? – perguntou-me.

Segurei a sua mão e a usei como apoio para levantar. Verifiquei meus arranhões no antebraço e depois a encarei.

– Isso não é nada demais, meu skate que já era.

Olhei para a estrada e lá estava os restos do meu bebê. Senti vontade de xingar novamente, mas me contive.

– E você? – perguntei quando voltei a olhar para ela. Ela apenas assentiu em resposta.

– Estou bem. Sinto muito pelo skate.

– Eu também.

– Estava indo para a escola de skate? – apenas assenti a sua pergunta. – Ainda faltam duas quadras, posso ir a pé com você. Claro, se a sua mãe não for brigar com você depois. Não quero colocar o filhinho da mamãe em problemas.

Suspirei. Estava até demorando.

– Hayley, por favor, não estou com paciência para isso. Se quiser ir comigo ok, se não quiser, já pode ir na frente.

Comecei a andar e ela me seguiu.

– Já está assim tão cedo?

– Não comecei bem o dia.

– Eu também.

Depois de alguns passos em silêncio, Hayley começou a puxar assunto sobre a escola. Respondi-a normalmente, mas logo depois estávamos conversando como antes, como velhos amigos. Assim que chegamos ao quarteirão da escola, encontrei o olhar raivoso de Andy sobre nós. Hayley não o viu, mas ele estava apoiado na parede de uma loja que ficava em frente à escola. Eu não resisti, queria irritá-lo mais ainda, então coloquei meu braço sobre os ombros de Hayley enquanto ela ria e eu também. Ela me olhou com uma sobrancelha arqueada e tirou o meu braço do local, mas Andy já não estava mais lá para ver.

– Só porque estamos nos falando, não quer dizer que te dei essas intimidades. – disse ela.

– Eu sei, foi sem querer. Foi quase como instinto. – defendi-me cinicamente.

Ela me olhou por mais alguns segundos com a sobrancelha arqueada, mas depois voltou ao normal. Ela começou a comentar sobre uma série que estava vendo e eu procurei por uma última vez por Andy, mas não o achei.

Ainda estava cedo, então sentamos em um dos bancos da escola para esperar a aula começar. Hayley tirou um chocolate da bolsa e o dividiu comigo.

– Sabe... – começou ela enquanto encarava o chocolate. – Eu sinto falta dos meninos e de você. Eu não propus aquela brincadeira no seu aniversário por mal, eu mesma quase me ferrei muito lá... É que eu e os meus amigos da minha antiga escola gostávamos muito de brincar com essas coisas. Nada demais nunca nos aconteceu, acho que isso nos incentivou a sempre buscar por mais. Eu sinto muito, eu não queria que nada daquilo acontecesse. Quer dizer, muito massa ter aparecido um fantasma, mas não todo o resto.

– Nós aceitamos, nós também temos culpa. Você não estava brincando sozinha. Os meninos e eu também sentimos a sua falta. Sempre que quiser se aproximar e sair com a gente, pode.

– Talvez, qualquer dia desses, eu faça isso. – disse ela enquanto me encarava com um sorriso. Em seguida, ela mordeu o chocolate em suas mãos.

– Você mexia muito com o sobrenatural com os seus antigos amigos?

– Sim. Era muito legal, mas a nossa escola e a nossa localidade eram bem menos obscuras.

– O que quer dizer?

– A cidade está cheia de energias negativas por conta das mortes que estão ocorrendo. Além disso, essa escola em si é obscura. O incêndio que ocorreu aqui e matou vários alunos ainda atrai coisas ruins. Você não sente? – mesmo que eu tenha sentido um arrepio naquele momento, apenas neguei com a cabeça. – Pois eu sinto. Tem algo ruim aqui ainda.

Dylan surgiu a nossa frente com um enorme sorriso.

– Que legal ver vocês conversando novamente. – Ele sentou ao meu lado após cumprimentar a mim e a Hayley com um toque de punhos. – Vocês fizeram o trabalho de filosofia? Entendi porra nenhuma daquilo.

O assunto sobre a energia ruim da escola morreu ali. Hayley e eu tiramos as dúvidas de Dylan sobre o trabalho e depois fomos todos juntos para a sala. Aos poucos, os meninos foram chegando. Andy também chegou e Hayley foi cumprimentá-lo do outro lado da sala. Observei-os de longe, ele segurou o punho dela quando ela tentou voltar como se pedisse que ela ficasse, mas ela puxou o braço com delicadeza, falou alguma coisa e se voltou para nós novamente. Andy me encarava com raiva, mas eu me sentia tão bem que nem me importei. Eu não gostava de admitir, mas eu sentia bastante falta da Hayley. Tê-la de volta tinha sido a única coisa boa no meu dia. Quer dizer, tê-la de volta e ver o Andy enciumado do outro lado da sala.

Hayley chamou o Andy para passar o intervalo com a gente. Ela disse que ele não teria com quem ficar e ela não queria deixá-lo sozinho. Justin quis reclamar, mas todos concordaram. Foi um pouco tenso no inicio, Andy realmente não queria estar ali, mas, aos poucos, ele foi se abrindo e conversando com os garotos.

Ao fim do dia, fomos todos para as pistas de skate que ficavam próximas ao colégio. Até o Andy foi. Ele grudou na Hayley direto, parecia até que queria marcar território. Tentei não me estressar com isso, Andy me irritava, mas eu tinha preocupações demais para me importar com mais isso. Isolei-me numa pista mais afastada e fiquei fazendo umas manobras lá. Algumas vezes, encontrei o olhar da Hayley sobre mim. Em um momento, ela foi até mim e perguntou se estava tudo bem. Eu respondi que era apenas raiva por ter perdido o meu skate mais cedo. Eu estava usando um skate alugado, era realmente irritante. Ela fingiu acreditar e voltou para onde o Andy estava.

Quando o sol já estava se pondo, fomos todos para casa.



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