História Mokushiroku (Apocalipse) - Capítulo - 3

- Se eu soubesse que iríamos andar POR CINCO DIAS, eu não teria saído daquela casa... – Gajeel fala visivelmente frustrado.

- Pare de reclamar, cacete! Isso é pelo bem de todos. Aquele loiro ainda está vivo pelo bom coração do Gray que pediu pra deixarmos ele vivo. Ele pode ter se soltado e deve estar vindo atrás de nós.

- Idaí se ele vier atrás de nós? Fizemos um buraco na cabeça dele e pronto, sem incomodações.

- Meninos, parem!!

- Hmf.. – O rosado e o moreno maior se olham.

- Ali! Uma cabana. – A loira aponta.

- Pelo jeito que está... Não deve ter ninguém ali há bastante tempo.

- Natsu! Por favor!

-...

Todos olham pra ele.

- Ok, tudo bem! – Ele suspira. – Mas amanhã acordem cedo para voltarmos pro caminho!

- Hai! Arigatou, Natsu!!

2 horas depois...

Estava um lindo pôr-do-sol do lado de fora da cabana, mas já que não podia sair por causa dos zumbis, Juvia ficou olhando da janela de um cômodo que podia ser uma cozinha.

Logo entra Gray procurando por qualquer coisa que fosse ajudá-los na jornada.

- Onde acha que vamos parar? – A azulada pergunta dando um susto no moreno.

- Como assim?

- Sabe, só caminhamos, somos como nômades. Eu odeio ser nômade. Se é pra ficar em um lugar, é pra ficar o tempo que for necessário. Natsu não deve entender isso já que não ficamos nem 15 horas em um lugar.

- Bem, quando se está em um apocalipse zumbi, não é seguro ficar num lugar por tanto tempo.

- Armadilhas são feitas com muita facilidade, pegue duas dúzias de toras grandes e faça espinhos. Poxa você nunca viu The Walking Dead?

- Eu... Vi só a 5° temporada. Uns cinco episódios.

Ela suspira. – Mas isso não importa agora, não é? É cada um com suas habilidades e se não for bom o suficiente... Acaba com a barriga aberta com as entranhas sendo comidas por essas merdas podres.

- Pra uma garota você é durona.

- Pff... Idiota. Nesse inferno que estamos vivendo, tem que ser realista e não esperar nada. Se Deus nos deixou nesse inferno, foi por que merecemos.

- E bem realística... – Ele se aproxima por trás dela.

- Gray, não.

- Hm? Você não quer? – Ele sorri.

- Não é que eu não queira... É que a Wendy pode entrar aqui a qualquer hora. Quer traumatizar a garota?

Ele ri. – Vem comigo, vasculhando esse lugar, achei uma coisa escondida.

- Você não presta. - O moreno puxa a azulada até uma pequena sala, fechando a porta em seguida. – Um tipo de despensa.

-... Ah desculpe, eu não achei um lugar melhor, pois estamos num inferno na terra. Perdoe-me.

Ela ri, aproximando os lábios dos dele. Logo os dois começam um beijo feroz e cheio de intensidade. O moreno começa a tirar o casaco da azulada descendo os beijos para o pescoço fazendo a mesma gemer baixo.

15 minutos depois...

- G-Gray-sama... AH! – a azulada aperta os ombros do moreno com força enquanto ele se apoiava na parede atrás dela, a estocando com mais força.

- J-Juvia... – o moreno arfava e suspirava.

- Kyaah, Gray-sama! Gaah...

Na sala ao lado...

- Eles tentam se esconder pra fazer isso, mas é a mesma coisa do que eles estivessem fazendo na nossa frente!

- Cale a boca, Gajeel. – Levy fala enquanto recarrega as poucas armas que sobraram.

- Lucy-san, por que está tampando meus ouvidos?! – A mais nova vira sua cabeça para a loira.

- Para você não ouvir coisas... Desnecessárias.

- É que eu preciso alimentar a Charles!

- Bem, ela pode esperar uns minu- - A loira escuta uma batida forte na pequena sala que Juvia e Gray estavam.

- PAREM COM ESSA PUTARIA AÍ, MERDA! TEM CRIANÇA AQUI!! – O rosado grita voltando para a sala.

Logo os dois voltam vestidos. – Idiota! – O moreno da um tapa na cabeça do rosado.

- Idiota é você, sabe que tem criança acordada ainda e fica de putaria. Não sabem gemer baixo, não?

- Acho que você vai poder alimentar a Charles, Wendy. Vai lá! – A loira sorri para a azulada menor.

- Vamos dormir logo, precisamos ir para Crocus o quanto antes. – O rosado fala se levantando.

- Do que adianta? Quando chegarmos lá, podem muito bem nos prenderem.

- Não adianta nada se não tentarmos! Vamos dormir logo.

Logo quando amanhece, o pequeno grupo vai em direção á Crocus. Como sempre, uma caminhada sem pressa e calma. Até demais.

Enquanto isso em outro lugar...

A ruiva se remexe na grande cama, logo sendo abraçada por braços fortes pela cintura. Ela vira metade de seu tronco para trás recebendo um sorriso de “Bom dia”.

Ela se solta do abraço se espreguiçando. – Bom dia.

O azulado também se espreguiça, se levantando. – Bom dia. Acordou cedo hoje.

- Foi uma surpresa pra mim também...

- Cuidar de um grupo tão grande tá te deixando cansada?

- Humf... Consigo cuidar desse grupo com os olhos fechados... Só me preocupa o fato deles atacarem novamente.

- Ah... Aqueles que se auto-intitulam Crocus?

- Sim.

- Eles têm bastante gente, mas de cérebro não tem é nada. Conseguimos vencer eles aquela vez, por que não conseguiremos de novo?

- Acho que você tem razão.

- Eu sempre tenho razão, por isso sou o 2° no comando aqui. – Ele se aproxima da ruiva para lhe dar um beijo.

De repente alguém bate na porta. – O que foi?

- Srta. Scarlet, um pequeno grupo apareceu aqui no portão. Deixo-vos entrar?

-... Sim. Eu vou falar com eles daqui a pouco.

- Hai.

- Quem será que são? – O azulado pergunta.

- Não sei, mas se é pequeno poderemos mantê-los aqui. O que acha? Mais um nunca é de mais?

-... É, pelo menos teremos mais pessoas pra conseguir recursos.

- Vamos. – Ela da um selinho no azulado. – Temos que nos vestirmos pra falarmos com eles.

15 minutos mais tarde...

- Lucy-san, por que estão olhando para nós? Essas pessoas grandes.

- Devem ser os guardas de segurança, sabe? Pra impedir os monstros de entrar.

-... A-Ah. Eles são pessoas gentis então. – A azulada sorri. Logo, o segundo portão daquela fortaleza se abre.

- Olá! – A ruiva anda apressadamente para perto do pequeno grupo. – Nossa, que grupo pequeno! Bem, de qualquer forma, me chamo Erza. Erza Scarlet. E esse daqui ao meu lado é o Jellal. O que devo a honra de ter vocês aqui?

- Olá. Sou Natsu, essa é a Lucy e os outros são Gray, Juvia, Gajeel, Levy e Wendy.

- E Charles, Natsu-san! – A azulada fala.

-... E Charles. Estamos indo para Crocus. – De repente, os guardas sacam suas armas e apontam para a cabeça do grupo. –Eh...

- São de Crocus? Vocês só podem ser muito burros de virem aqui se são de um grupo inimigo. – Jellal fala.

- Eh? Não! Não somos de Crocus! – Lucy anda um pouco para frente tendo todas as armas apontadas para ela. – Nós fomos atacados por eles.

- É verdade. Vamos para lá pra ver se pelo menos, um pouco de recurso eles nos dão. – O rosado fala.

Os demais ali do recinto começam a gargalhar. – Vocês pensaram nesse plano? Por que acham que o grupo que atacou vocês vai dar algum recurso?

- Eh... – O rosado devia o olhar para o chão, sem graça. – Não pensamos nisso muito bem...

- Bem, vamos deixar isso de lado, não é mesmo? Por que não ficam aqui? Aqui tem suprimentos, roupas, armamento... E ótimo pra viver aqui.

Os olhos dos demais do grupo brilharam.

- Desculpe, acho que não é uma boa idéia... Nós sempre nos deslocamos... O melhor jeito de sobreviver é sempre andar.

- Não. O melhor jeito de sobreviver é sobreviver sozinho. – Erza fala. – Mas não vamos discutir sobre isso. Por que não ficam aqui alguns dias? Parece que vocês não dormem direito á meses.

- E é verdade.

- E, além disso, crianças em fase de crescimento precisam se alimentar bem. – Ela se agacha, sorrindo para a pequena Wendy. – Está com fome, pequena?

- H-Hai! – Wendy sorri para Erza . – Arigatou!

Erza se levanta fazendo sinal para que lhe seguissem. – Ah, e bem-vindos á Fairy Tail.

Continua...