Seus pés doloridos irrompiam sangue, mas aquela era a menor das dores.
Encarou o nada com os olhos marejados e gritou o mais alto que pôde.
Já havia transformado tudo em volta num caos, mas aquilo estava longe de saciar o ódio que lhe infligia.
Os guardas encaravam a cela, achando estranha a quietude desta. Pensavam, decerto, que a ingratidão do homem ali ia muito além do que ousaram imaginar.
Mas era somente mais um de seus truques.
A situação daquele que, em seu próprio prognóstico, tomaria o trono, era digna de pena.
Deplorável.
A culpa era de Thor e Odin. Eram sempre os dois quem deterioravam o que lhe era importante. Sempre seriam eles.
Sim, ele ousou se permitir à aceitação do pensamento de que ela era importante.
“— Então eu não sou sua mãe?
— Você não é.”
Admitir tal coisa desconsiderava todas as suas ações.
O Deus das trapaças nunca volta atrás e foi por essa razão que ele sussurrou novamente:
— Você não é.
Mas as palavras foram mais custosas de sair do que em seu último encontro.
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