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História Mom, is you? - ¤ Se sangra, pode matá-lo ¤


Escrita por: Mariasz_spf

Notas do Autor


Hello world!

Desculpem a demora... ♬ E lá vamos nóóósss...♪
Bem... Sim, os demônios fazem referência a Supernatural ;)
Nos vemos lá em baixo...

Capítulo 3 - ¤ Se sangra, pode matá-lo ¤


[Ilsan]

{09 de março de 2010}

- O que é isso Raphael? - pergunto quando o mesmo me entrega uma carta.

- É... Isso estava nas coisas que sua mãe salvou do incêndio antes de se tornar aquilo... - ele encara o chão.

- Obrigada Raph... Muito obrigada... - pego a carta de sua mão e ele sai do quarto, me deixando sozinha com a carta.

Covarde... Por que você não lê de uma vez?

[Seul]

{30 de dezembro de 2014}

Eu entrava em casa após a cansativa festa de aniversário de Taehyung. Eu vou para meu quarto e - como estava sem sono - resolvo ver as coisas entulhadas na caixa de vermelho veludo que estava debaixo da minha cama há 5 anos, onde guardo tudo que acho importante, ou tudo que não tive coragem de realizar.

Ao abrir a caixa, vejo um envelope. Pego-o com cuidado, a carta parecia ser "antiga". O envelope continha dois nomes, um na frente - Louis Beacken -, e um atrás - Ashley Gregory. Abro o envelope com cuidado e lá dentro, havia uma carta.

"Caro Louis...

Quando esta carta chegar até você, provavelmente já estarei morta... Eles estão na casa. Eu previ sua vinda, mandei Karina para a casa de Jacely, uma amiga de longa data.

Eles pegaram Letícia. Me ajude Louis por favor, o que são essas coisas? Estou na biblioteca, estarei lhe mandando 3 livros... Encontre um jeito de detê-los, encontre um jeito de se salvar e de salvar sua filha... Por favor Louis...

Com carinho, um adeus de sua irmã...

Ashley"


[Washington, The Amazon Street]

{23h 59min}

Um homem - moreno, vestindo um sobretudo marrom, de aproximadamente 47 anos - corria de alguém, digo, algo.

Uma mulher muito bonita - de cabelos e olhos negros, com uma pele extremamente pálida - o perseguia.

{00h}

Um grito.

Abafado e amedrontado.

A mulher não estava mais lá. O homem, já não residia mais o corpo. Aquele homem que corria - dono do grito de pavor - já havia esvaído sua alma para a quinta dimensão.

O corpo aberto.

O cérebro exposto.

Os olhos arregalados.

O demônio de olhos brilhantes que me trouxe ao mundo...

- Hey Paola... Acorde... Por favor acorde... - escuto a voz de Jungkook.

...

Me sento na cama com rapidez. Eu estava em meu quarto.

- Pensei que não te veria viva novamente... - Jeon me abraça e eu retribuo seu abraço, mas... Do que ele estava falando?

- Como assim? Eu... - finalmente percebo a presença de mais pessoas no quarto: Maria - a baixinha raivosa de cabelos ondulados -, Namjoon - o idiota que ama Maria e maltrata Kook -, Juliane - bem... Penso que seja ela, a loura misteriosa, alta e bonita do julgamento -, e por último... Um homem pálido, de cabelos negros e olhos de uma cor indecifrável.

- Ela não se lembra Jungkook... Bestas como aquelas podem apagar a vida de um humano... - o homem se pronuncia.

- Ah... Claro... - eu continuo o encarando com a mesma cara de dúvida - Você quebrou o recorde da Bela Adormecida... - ele ri.

- Como assim? Por quanto tempo eu dormi? - a lembrança da carta atrapalhava minha memória. Todos se entreolham. As meninas saem e o homem fala alguma coisa para Jungkook. Ele aperta minha mão com força e sai da sala.

- Quatro dias... - diz Namjoon fechando a porta.

- Quatro dias o que? - pergunto e o "homem pálido sem nome" senta no espaço vago da cama.

- Você está dormindo há 4 dias... - ele fala - Me chamo Christopher, eu te salvei da sua mãe naquele ataque ao quartel general...

- Você está mentindo... Foi Raphael quem me salvou... - eu falo.

- É uma memória implantada... Raphael é um Nephilim, sua esposa e o filho nem imaginam... Eu te entreguei para ele... - ele fala tranquilamente - Minha querida... O que você sentiu enquanto esteve dormindo? - ele pergunta.

- Não sei... Tive alguns sonhos... Lembranças talvez... Mas, como eu dormi? O que houve? - pergunto tentando me levantar, mas Namjoon, agora em pé ao meu lado, empurra meu corpo ao encontro das barras da cabeceira da cama.

- Do que você lembra exatamente? - "homem pálido sem nome", vulgo Christopher, pergunta.

- Jungkook me levou para a biblioteca... E falou uma coisa sem sentido... - o homem solta uma risada nasal e Namjoon fecha a cara.

- Bem... É que... Não era Jungkook... - ele me fala.

- Como assim não era Jungkook? - pergunto, eu acabo de vê-lo, como não era ele?

- Bem... Era um leviatã... Quando Deus criou o mundo, antes dos humanos, ele testou Bestas nomeadas Leviatãs. Tais bestas, devoravam ao mundo e a si mesmo. Percebendo que jamais saíram da discórdia, nosso Senhor os trancafiou no purgatório, porém, um anjo chamado Castiel, em busca de poder, engoliu o purgatório, trazendo ao mundo tais bestas... Ele assumem a forma que quiserem, assumiram a forma de Jungkook após ele trazê-la para cá... - ele sorri fechado - Bem... Acho melhor você e Namjoon conversarem um pouco, você não se lembra de mim, será mais fácil dizer à ele como se sente... - o homem se curva, beijando minha testa, e vai até a porta, acena com a cabeça e sai.

- O que ele tem na cabeça em achar que eu vou desabafar - faço aspas com os dedos - com você?

- Não sei... Maria não quis, Juli não te conhece, Jungkook está triste... Fui a única opção... - ele se senta em minha frente, com um sorriso. Caramba... Ele tem covinhas!!! Paola se controle... Se controle... Não, pera... Se Christopher quer que sejamos amigos, eu tenho que começar isso de algum jeito...

- Você tem covinhas... - falo fofa apertando suas bochechas.

- Nunca reparou nisso? - nego com a cabeça - E em todas as vezes que passava o recreio fingindo ler pra me encarar, não percebeu? - coro com o que ele havia dito. Como assim ele sabia? Se bem que era claro que passei o fundamental inteiro apaixonada por ele... Mas superei isso...

- Eu deixei de fazer isso no ano passado... E eu ficava com Jimin e Jungkook... Eles me faziam parar de olhar para você... - rio e ele sorri fraco.

- E afinal, como conheceram V? - perguntou.

- O Tae? - ele parece pensar - Ok, ok... Vamos ao início... Kim Taehyung, é apelidado de V porque literalmente está sempre certo, ele sempre tem "vitória" nas discussões... E além do mais... Ele é muito fofo... - eu iria continuar, mas ele interrompe.

- Pedi como conheceu ele... - fala com uma voz séria.

- Calma aí estressado... - rio e ele parece relaxar um pouco - Ele chegou este ano na escola, foi expulso da antiga escola após armar uma guerra de comida no refeitório. Eu literalmente trombei com ele... Meu projeto de química morreu ali, mas ele me ajudou a remontar... Então viramos amigos... - falo.

- Trombaram? Sério isso? - ele ri - Parece aqueles filmes americanos... Os dois trombam, se apaixonam e vivem um grande amor... - ele ironiza.

- Ele realmente não é de se jogar fora... - brinco e o vejo ficar extremamente sério - Que foi?

- Não gosto dele... Algo me diz que... Não posso confiar nele... - ele diz - Me fale um pouco sobre você... - o miro desentendida - Ah... Podemos ser amigos... - ele fala rindo.

- Então me diga pessoa que pode ser meu amigo... O que quer saber sobre mim? - pergunto.

- Bem... Primeiro uma pergunta... Você sabe o que é um leviatã? - ele pergunta.

- Você -enfatizo - Sabe? - arqueio a sobrancelha e ele gargalha.

- Sei... E pelo jeito... Você não sabe... - ele ri.

- Não sei o que? Que existem coisas mais antigas que almas no purgatório? Que existem bestas trancafiadas no purgatório e que essas bestas não tem piedade nem de sua própria espécie... E que estas bestas podem ser qualquer um de qualquer lugar, com o mínimo DNA que for.. - falo e ele fica um tempo em silêncio.

- Esqueceu a parte que sangram negro... - ele parece convencido com minha explicação - Sabe como matá-los?

- Avaliando meus conhecimentos... - penso um pouco - Eles não podem ser mortos...

- Se sangram pode matá-los... - ele fala simplista.

- Como fomos de Kim Taehyung, deus oculto da beleza, para Leviatã, demônio que sangra negro? - rio e ele me acompanha com um sorriso.

- Tem razão... - ele parece pensar - Não tem medo do que sua mãe pode tentar fazer? - perguntou ele.

- Bem... Já vi mortes demais... Não pretendo ver a minha... - rio - Ela... Pode ser o que for, mas é minha mãe...

- Ela está atrás de você... E como eu disse ontem a noite, não é para uma conversa de mãe e filha... Ela é um Wendigo² agora... Ela matou mais pessoas do que o número de amigos que você tem... - ele fala.

- Realmente... - penso em um jeito de descontrair - Eu tenho 3 amigos, não deve ser muito difícil... - rio.

- Ei... Sou seu amigo agora... E sei mais sobre você do que Jimin e que... Esse tal Taeyang... - ele fala.

- É Taehyung... - rio - E tens certeza que me conhece melhor que eles?

- Hoseok jogava um charme em cima de Kehlani da sua turma... Não era difícil saber coisas sobre você... - ele ri.

- E por que te interessa saber coisas sobre mim?

- Porque... - ele suspira - Eu... Sabia sobre sua mãe... Queria te dar a ajuda que nunca tive e... - ele suspira novamente - Jungkook e Jimin sempre foram próximos, mesmo sem Jimin saber sobre o nosso mundo... Eu tinha meus amigos, amigas... - o interrompo.

- Fã-clube... - reviro os olhos e ele continua.

- Eu sabia que tinha algo errado em você... Uma vez comentei isso com Chris... Ele falou que eu deveria me aproximar de você se quisesse descobrir algo... Mas... Eu não conseguia... E não sabia o motivo... Para Jungkook foi tão fácil... - ele solta um riso irônico - Ele é o caçula da família, o filho que todos querem ter... O filho que minha mãe queria... Passei a vida toda tentando ser melhor que ele... Até que... Já não havia mais sentido... Logo depois que entrei naquela escola, eu... Consegui o que queria... Mas... Ela já não estava mais aqui para mim provar isso... Eu sabia que você dava o seu melhor por algum motivo... Talvez um motivo parecido com o meu... - ele fala.

- Seu pensamento não está completamente errado... - continuamos conversando assim por um longo tempo.

--> Por: Jungkook.

Eu estava na biblioteca agora. Tentando achar algo que me ajudasse...

- Cronos... - escuto e me viro, mirando Juliane na porta da sala. Antes que eu perguntasse, ela fala - O Deus do Tempo... Li algo sobre ele no acampamento de verão da escola... - ela ri.

- Ah... Claro... Mas o que ele tem a ver com as mumificações? - pergunto.

- Que mumificações? Eu apenas vi o livro que estava lendo e julguei ser algo envolvendo Cronos... Conheço o jeito dele se matar... Conte-me mais sobre o que está ocorrendo... - ela se senta na poltrona vermelha à minha direita.

- Não tem nada sobre isso por aqui... - ele levanto indo para meu quarto. Ela entende o recado e me segue.

...

Eu abro o baú que ficava aos pés de minha cama e lhe mostro as fotos e recortes de jornal, sobre casos do tipo.

- Será algum tipo de vampiro? - ela pergunta.

- Não... - suspiro - Começou em 1937... Depois outros casos ocorreram em anos aleatórios... Pessoas comuns, comuns até de mais... Costumam ser mortas no quarto beco... Quatro pessoas em cada um dos anos... - falo e ela assente. Provavelmente chocada ou com desdém.

...

Conversamos por um longo tempo naquela noite. Vezes conversávamos sobre coisas aleatórias, vezes sobre os assassinatos... Se for mesmo Cronos, o que há com as vítimas?

Pego as manchetes de jornal e começo a relê-las. Enquanto revirava os papéis, recordo um caderno - diário para ter-se exatidão. Meu pai escreveu um diário de caça. Talvez haja algo útil. Retiro o diário do fundo so velho baú e miro as datas...

A primeira, é abril de 1987.

A última, dezembro de 2003.

Começo a ler as últimas páginas, dezembro de 2003 foi quando Jeon Jiwoong morreu, e foi também a última aparição do "Deus irritadinho".



{ Dezembro de 2003, 19 }

 Caro diário de caça... Chegou a hora de mandá-lo para casa... Durante tantos anos, fostes meu único amigo. Um tormento é saber que jamais verei Bonj-eul e Jungkook. Cronos está irritado. Os deuses gregos costumavam ser fortes. Eram fortes quando os gregos lhes eram devotos e lhe alimentavam com fé, porém agora precisam de força vital... As pessoas que estão morrendo estão perdendo o tempo e envelhecendo graças a Cronos, em questão de segundos... Se algum dia, este diário chegar às mãos de alguém... Para matá-lo é preciso uma estaca de carvalho, com a ponta de flecha queimada em sangue de cordeiro... E lamento não ver meu filho crescer... Mas meu tempo acabou...



Lágrimas embaçavam meus olhos. Não sei o real motivo, apenas lembro que "voltei à realidade" com um grito agudo de socorro... E eu reconhecia aquela voz...

Juli...


Notas Finais


É isso...
Espero que tenham gostado...
Beijos de arco-íris com uma pitadinha de leite...
Até o próximo capítulo...

¤ SPOILER DISFARÇADO ¤

"Nós somos crianças, culpando os outros por nossa dor..." - Blue, Big Bang.


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