História Moments - Eu tenho algo melhor!

Há alguns dias Emma tem notado que sua caçula estava inquieta. Ela sempre flagrava a filha olhando fixamente para si e para a prefeita, na maioria das vezes quando a família estava reunida em frente à TV. No começo ela achou que a menina estava chateada, pois as duas estavam demasiadas ocupadas com os problemas que o último vilão causou e não tinham tempo de paparicá-la.

- Soph, eu quero falar com você! – avisou ao ver a loirinha subir as escadas.

- O que houve? – Regina perguntou antes que Emma se levantasse.

- Não sei, mas vou descobrir agora. – respondeu no mesmo tom sussurrado, levantando-se e seguindo com a pequena até o quarto, que a mesma insistiu para que pintassem de lilás.

Sophia, apesar de ter apenas sete anos, era uma garota muito esperta. Henry adorava dizer que ela havia o puxado, mas ambos sabiam que isso era impossível, pois os óvulos usados na inseminação eram de Regina.

- Sobre o que você quer conversar, mommy?

- Você quer me falar algo? – a loira perguntou calmamente esperando por aquela reação.

E lá estava! Sophia tinha um biquinho fofo nos lábios enquanto olhava para qualquer lugar, menos para Emma.

- Não... – murmurou.

- Você está mentindo para mim. – acusou cautelosa, tudo o que não queria era intimidar sua filha.

- E-eu... – a loira abaixou a cabeça, suas orbes castanhas estavam marejadas.

- Hey, Soph... Não precisa chorar. – Emma, que se abaixou ao lado da pequena, estava apavorada. Os bracinhos de Sophia rodearem seu pescoço em um pedido mudo para que Emma a carregasse, o que a xerife fez imediatamente – Você quer que eu chame a Regina?

É claro que a loira queria resolver isso sozinha, mas ela entendia que a menor tinha mais afinidade com a outra mãe.

- Não. – por um momento Emma ficou feliz ao pensar que sua filha escolhera se abrir com ela, mas diante do silêncio, seu sorriso murchou ao constatar que Sophia estava recusando-se a falar.

- Você sabe que eu só quero ajudar, certo? – perguntou, recebendo um aceno positivo, instigando-a para que continuasse a falar – Então você precisa dizer o que há de errado para que eu possa te ajudar.

Sophia ponderou por alguns segundos antes de pedir que Emma a colocasse no chão. A cabeleira loira de Soph cobria seu rosto pequeno, enquanto a mesma procurava por algo em seu guarda-roupas.

Rapidamente ela voltou com um livro de contos de fadas, que ela e Regina haviam comprado quando foram para Boston sem Emma e Henry. Soph também tinha o livro, mas preferia esse. Com rapidez, a loira foi passando página por página, parando sempre no final feliz e mostrando-os à Emma.

- Viu, mommy? – a menor questionou, recebendo um hesitante balançar de cabeça, fazendo-a bufar. Por isso preferia conversar com sua mamãe Gina, ela era esperta. A pequena voltou para a página em que Branca de Neve recebia um beijo de amor verdadeiro e acordava, em seguida a da Cinderela, depois a Pequena Sereia, depois a Bela Adormecida. – E agora?

Novamente Emma negou, vendo Sophia ficar irritada. Ela murmurou um "vamos de novo" e fez menção de voltar a folhear o livro, mas Emma segurou sua mão, impedindo-a.

- Não é mais fácil você me dizer? – perguntou, vendo a filha suspirar dramaticamente antes de concordar.

- Todas elas têm um príncipe. Até mesmo a Cinderela, que nem é uma princesa! – Emma e Regina já haviam conversado com Sophia a respeito da relação das duas e a menor pareceu entender. A xerife ficou dividida, essa era um conversa em que Regina deveria estar presente, mas a loira queria lidar com isso sozinha – Você também é uma princesa, então por que não tem um príncipe?

A loira pensou bastante e Sophia esperou pacientemente até que ela tivesse uma resposta:

- Você tem razão, eu não tenho um príncipe, mas – Emma aproximou-se, cobrindo a boca com uma das mãos, fazendo a pequena aproximar-se ansiosa. Sophia adorava segredos e estava muito curiosa em saber o que sua mãe lhe confidenciaria – eu tenho algo melhor!

- Algo melhor...?

- Sim, uma rainha! – a xerife piscou divertida ao ver o sorriso da menor.