História Mon Crazy Love - Gastina(parada) - 3. Projeto Feminino de Matteo?

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[...]
— Mas não é legal ficar naquele quarto! — Nina se levantou.

— Vamos garota, acho que já incomodou demais. — ela pegou o braço de Nina e a levou para o quarto. 

[...]

CONTINUA...

Gastón Perida

Quando vi aquela mulher levando a garota daquela forma, partiu-me o coração, aliás, ela também é uma pessoa, não devem tratá-la como se fosse um animal irracional, acho que nem um animal irracional deve ser tratado desse jeito.
Olhei para minha mãe, que parecia estar muito aflita com o que acabara de acontecer, sentia que ela estava triste, pois pelo o que vi, a garota parecia ser bem próxima de minha mãe.

— Ela deve estar bem, mãe. Não se preocupe... Olha, segunda-feira marco de vir aqui, ver vocês duas, e ainda trago o Matteo junto. — dei um risinho para acalma-la. 

Fiquei o máximo de tempo possível com ela e depois fui embora. Me sentia melhor em ter visto minha mãe e saber que ela estava bem.

Encontrei meu pai assistindo TV, sentado no sofá. Andei até o sofá e me sentei ao seu lado.

— Como foi na clínica? — ele me perguntou com olhar fixado na televisão. — Ela está bem?

— Respondendo a primeira pergunta, foi ótimo. Respondendo a segunda, ela está bem sim, dei um jeito de conseguir me comunicar com ela. — abri um sorriso. — Ah, tem mais, mamãe tem uma ótima companhia. 

— Isso é maravilhoso, filho... — ele disse ainda vidrado na TV. 

— Sim, segunda-feira irei novamente, não quer vir comigo? — perguntei.

— Não, prefiro esperar que passe essa fase, eu não aguentaria vê-la desse jeito...

— Irei para o meu quarto... — me levantei e fui ao meu quarto.

Uma parte de mim estava imensamente feliz, mas outra estava triste. Meu pai sofre muito com a ausência da minha mãe em casa, aliás, era com ela que todos os dias ele acordava, ou trocavam olharem e beijos apaixonados, eu até já presenciei vários. Agora só quero que ela melhore e volte para casa.

Me deitei na cama e fiquei pensando na vida, até que me lembrei da garota. Como ela era linda. Seus cabelos que eram abaixo dos ombros, seus olhos com um tom de castanho, sua pele tão angelical. Nina era seu nome, e que por acaso era belíssimo. Era incrível a forma que ela fazia minha mãe ficar contente, sem demonstrar nenhum esforço. Com certeza não deveria estar naquela prisão, ela não parece nem um pouco louca, talvez seus pais sejam loucos, pois uma paixão pelos livros é algo fantástico, eles te trazem calma.

Me levantei rapidamente e peguei debaixo da cama o baú onde eu guardava todos os meus livros. Gostava de ler todos os tipos de gênero, mas o meu preferido é os de ficção científica, são incríveis. Preciso levá-los na segunda-feira para que eu leia pra ela.

* * *

Nina Simonetti 

Como eu odiava aquele lugar, como eu odiava aquelas enfermeiras. 

— Nina, eu espero que isto não se repita novamente, Clarisse estava com visita, e era seu filho, não tinha o direito de interromper. Quando ela estiver sozinha você pode "conversar" com ela a vontade, mas a visita não era pra você. — disse a enfermeira quase ficando vermelha de tanto falar.

— Bem que você deveria se jogar lá de cima. — murmurei para que ela não ouvisse.

— O que disse?

— Eu disse que você estava linda. — inventei uma mentira bem esparramada.

Ela me olhava com um olhar mortal e logo saiu do meu quarto. Me deitei na cama e comecei a pensar no filho de Clarisse. Ele era tão... bonito. Era muito difícil eu reparar em um garoto, mas ele parece ser diferente de qualquer outro que eu já conheci. Não que eu já tenha namorado ou ficado com algum garoto, isso nunca aconteceu, até porquê eles nem me notavam, sou meio que o tipo de pessoa invisível, mas nem ligo, já estou acostumada.
Gostaria de ver o loiro novamente, mas é quase impossível, essas enfermeiras nunca que me deixariam sair desse quarto pra falar com ele, dificilmente elas me deixam falar com a Clarisse, imagine falar com o filho dela.

Já era de noite, as estrelas iluminavam o céu da grande Buenos Aires, a lua brilhava como sempre, e meu dia terminava assim, olhando o quão bonito é lá fora, já que não tinha livros ou músicas legais para ouvir, o mais próximo que eu tinha era um rádio, que tocava músicas antigas, e às vezes tocavam apenas instrumentais, usava isso para relaxar a mente, em quanto pensava no dia que poderia sair daquele lugar...

* * *

Era segunda-feira, o domingo como sempre tinha sido uma chatice, não fiz nada, fiquei apenas "conversando" com a Clarisse sobre seu filho, que pelo que eu me lembro, seu nome é Gastón, um nome bem forte e elegante.

Eu estava fazendo desenhos em uma folha, quando a porta se abre. Era uma das enfermeira. Revirei os olhos de angústia ao vê-la. 

— Nina, você tem visitas. Vamos? — ela me chamou e eu fui sem hesitar, mas mesmo assim estranho ao ela dizer no plural.

Estamos indo para o jardim. Eu estava ansiosa para saber quem são essas visitas, pois normalmente é raríssimo eu ter uma visita, imagine mais que isso.
Ao chegarmos no jardim, eu esbocei um sorriso de orelha à orelha. Como eu sentia falta dela.

— Luna! — a abracei com tanta força e ela fez o mesmo. — Estava morrendo de saudades de você, amiga...

— Eu também estava com muita, mais muita saudade de você. Eu estava com saudades assim olha... — ela abriu os braços tentando mostra o quão grande era suas saudades e apenas ri da minha amiga.

— Eu não ganho nenhum comprimento? — o loiro disse com um garoto moreno à sua direita — Nos conhecemos no sábado, mas saiba que eu fiquei muito curioso para te conhecer melhor. — ele sorriu e eu corei completamente.

— Nossa gente... É maravilhoso receber a visita de vocês... — falei de um jeito meigo.

— Minha presença sempre é maravilhosa. — se gabou Luna e eu ri.

— Projeto feminino de Matteo? — perguntou o loiro.

— Matteo é ele? — indaguei apontando para o moreno.

— Sim, sou eu, a propósito, esse cara não parava de falar de você. — o moreno disse e eu não evitei, corei parecendo uma pimenta.

— Mas quem é vocês? — perguntou Luna.

— Que tal nos sentarmos? — dei ideia, que por acaso era ótima.

Fomo ao banco mais próximo. Sentou eu, o tal Gastón e o tal Matteo no banco e Luna se sentou no gramado.

— Bom, o que trouxe vocês até aqui? - perguntei.

— Eu falei que estava com saudades, fazia tempo que não nos víamos. — disse Luna.

— Eu fiquei super curioso pra te conhecer, inclusive trouxe alguns livros pra você ler, são os meus meus preferidos. — o loiro me entregou alguns livros e eu sorri.

— Aann... O que me trouxe até aqui foi o carro? — o moreno disse e Gastón deu tapa em seu braço de leve. — O que? Ela perguntou o que nos trouxe aqui.

— Ai como o senhor é engraçadinho! — disse Luna ironizando. — Mas então, eu ainda estou meio perdida, de onde que vocês se conhecem? Nina passa o tempo todo nessa prisão.

— Ele é filho da Clarisse, nos conhecemos ontem. — falei.

— Aaaah... Que legal sua atitude, de vir visitar minha amiga. — Luna abriu seu melhor sorriso.

— Achei que seríamos ótimos amigos, aliás, minha mãe parece amar ela. — ele me olhou.

— Nós somos ótimas amigas. — falei.

— Olha gente, sei que vocês tiveram um ótima impressão do meu amigo aqui... — disse o moreno. — Mas ele é irritante. Sério, um dia antes de vir ver a mãe, parecia um papagaio, e quando estávamos vindo, não parava de falar de você, menina do óculos vermelho. 

— Nossa, que belo amigo que eu tenho. — falou Gastón nos fazendo rir.

Tivemos longas conversas, e admito, é maravilhoso ter amigos assim. Luna sempre foi minha única amiga, agora fico muito contente de ter feito mais duas amizades, mas uma delas é bem especial para mim. Gastón é uma pessoa adorável, e juro que eu também me senti especial, não é qualquer um vem até aqui para me ver, me conhecer melhor e ainda trazer livros para eu ler. 

Percebo Luna olhar o relógio e seu rosto se entristecer.

— Ai amiga... Desculpa, mas tenho que ir. — Luna se levantou da grama. — Amanhã tenho uma prova muito importante, e sem falar que o tempo passou sem nem eu perceber. 

— Tudo bem amiga... Mas espero que venha me visitar logo. — dei um sorriso fraco sem mostrar os dentes. 

Autora(Mandy)

A Mexina deu um beijo no rosto da amiga e logo foi embora. Matteo percebeu que estava sobrando e tratou rápido de inventar algo.

— Gente, eu também tenho que ir... Falei pro meu pai que ia lá na empresa dele ainda hoje, e daqui a pouco ele vai embora. — o Italiano inventou uma mentira esparramada.

— Eu vou ficar mas um pouco, Matteo. Nos vemos amanhã? — indagou o loiro.

— Nos vemos amanhã. — Matteo logo após foi embora.

Agora só estavam Nina e Gastón. O loiro se coçava para quebrar o espaço que Matteo tinha deixado entre eles.

— Então... Quer leia um pouco pra você?

[...]