História Mon Crazy Love - Gastina(parada) - 5.Anjinho.

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[...]
Gastón já havia ido embora, eu estava amando suas visitas. Nem me lembro da última vez que me senti tão feliz como estou agora... Ele me faz sentir especial e amada, foi realmente a melhor surpresa que eu já tive na minha vida.

 Ainda conseguia escutar as musicas que ele pôs para eu ouvir.

Rodeavam sensações incríveis pelo meu corpo, eu não queria tirá-las de mim tão cedo.

[...]
 

CONTINUA...

Nina Simonetti

Já havia se passado uma semana que Gastón vinha me visitando, e ele me disse ontem que traria sua amiga Delfina, e não é por nada não, mas eu tenho muito ciúmes quando ele começa a falar dela, chega a me dar vontade de pegar esparadrapo e pôr na boca dele, pois chega a ser irritante ouvi-lo falar dela e do nome dela.

No relógio marcava 11:08h p.m, mas estava um pouco complicado conseguir dormir. Levantei da cama e liguei o rádio, que tocava Quelqu'un m'a dit, era uma das minhas músicas favoritas e sempre tocava naquele horário. A voz da cantora me fazia relaxar totalmente, não podia existir algo melhor que aquilo. A não ser Gastón Perida, meu perfeito e único loiro Perida. 

A porta do quarto se abriu e me assustei um pouco, mas ao ver quem era, aliviou o susto que tinha levado. Era Anna, o anjo da clínica, dei graças à Deus por vê-la, mas ela aparentava estar cansada e, seu cabelo estava bagunçado. Ela soltou um bocejo demorado e coçou os olhos.

— Pequena, rádio ligado a essa hora? — ela indagou quase caindo de sono.

— Me desculpe, Anna, estava sem sono e quando liguei a rádio, estava tocando minha música favorita.

— Mas conversamos sobre isso. — ele desligou a rádio. — Estão todos dormindo, e do meu quarto deu pra ouvir a música. Você precisa descansar. — Anna me levou até minha cama e logo em seguida me cobriu. — Tente dormir e se não conseguir, conte de um até cem, sempre funcionou. — a morena caminhou até à porta e abriu a mesma. — Boa noite. — desligou a luz e saiu do meu quarto.

Tudo bem. Quando ela queria ser chata, ela era, principalmente quando está com sono, aí eu sinto vontade de matá-la. Brincadeira, eu nunca mataria a Anna.

Comecei a contar de um até cem. De vez em quando eu usava esse método para dormir e funcionava constantemente.

— Um, dois, três, quatro, cinco... — e assim por diante.

* * *

Quarta-Feira 9:00h A.M

Eu estava tomando o café na minha cama, mas sinto dizer que aquele café estava fraco e doce demais. Detestava a comida daquele lugar, mas Gastón disse que ia trazer algo para eu comer no almoço e, eu espero que seja algo muito bom e gorduroso, eu realmente preciso de peso, tinha perdido muito nesses últimos tempos.

Deixei o resto do café no chão em cima da bandeja e saí do meu quarto indo direto para o da Clarisse. Ela estava admirando o desenho que tinha feito de Gastón. Sim. Eu tinha dado aquele desenho pra ela, Clari é mãe dele e fica muito ausente do filho.

— Bom dia. — sorri e fechei a porta do quarto. — O Perida vem daqui a pouco e vai trazer sua amiga. — revirei os olhos ao lembrar da sua amiga.

Clari sorriu como nunca. Parece que ela tinha gostado da notícia.

— Gosta de Delfina? Ela é legal? — indaguei e me sentei na cama ao lado dela.

Ela balançou a cabeça, dando o sinal positivo. Se ela diz que a tal da Delfi é legal, quem sou eu pra dizer o contrário.

— Então que bom, eu estava com medo de que ela fosse chata comigo, mesmo Gastón dizer o quão amorosa ela é. — sorri. — Prometo que traremos ela aqui pra te ver. Se você gosta dela, quer dizer que ela deve gostar de você também. — a olhei e logo pensei em fazer algo. — Vem cá, — me levantei e ajudei ela a se levantar também. — senta na cadeira, irei fazer uma trança bem bonita no seu cabelo. — dei uma piscadinha e sentei-a na cadeira.  

Comecei a fazer uma trança embutida em seu cabelo, amava fazer tranças nos seus cabelos loiros, ficava lindo em suas madeixas.

* * *

Já estava no jardim lendo um livro que Gastón tinha me emprestado, "O Sol é para todos", e pelo o que eu já li, achei fantástico. Óbvio que não podia estar lendo livro, mas às vezes podiam abrir uma exceção pra mim.

Desviei o olhar para uma garota com a pele pálida, cabelos negros e olhos castanhos. Ela usava uma faixa no cabelo e um vestido verde-claro, com um cinto dourado na cintura e sapatilhas beje. Bem bonita.

Fechei o livro, o deixei na grama e levantei. A garota sorria com simpatia e logo o loiro bonito surgiu ao seu lado com uma sacolinha na mão.

— Você é a Nina, certo? Sou a Delfina, prazer. — ela estendeu a mão e eu a segurei cumprimentando. — Gastón fala muito de você. — ela olha pro loiro ao seu lado.

— Ele também fala muito de você. — sorri.

— Pequena. — Perida me abraçou com força e eu retribuí. — Como prometido, trouxe Delfi e trouxe pizza. — saímos do abraço e ele me entregou a sacola. — Ela estava com medo que você não gostasse dela. — ele riu.

— É verdade, todos têm essa primeira impressão de mim, mas eu sou uma pessoa super legal e amiga de todos. — disse a morena toda feliz.

— Eu fico muito contente que vocês tenham vindo. — disse animada.

— Eu sempre venho meu anjo. — Gastón andou até meu lado, jogou o braço por cima no meu pescoço e logo em seguida depositou um beijo na minha bochecha. — Ela é fofa, né? — ele indagou sorrindo pra amiga.

— Pare de me tratar como um cãozinho, seu besta. — disse rindo.

— Nossa, eu fui apenas carinhoso. — ele me apertou fazendo eu e Delfi gargalhar.

— Que fofos. — disse Delfi ao meio dos risos. — Eu super apoio vocês! — a garota disse dando pulinhos e logo me afastei de Gastón. 

— Só pode estar ficando louca. Eu e ele? Nada a ver. — coloquei uma mecha do cabelo pra trás.

— Vamos sentar em um banco, estou cansado. — o loiro puxou eu e Delfi para o banco mais próximo e me sentei ao lado dele.

— Mas me conta aí Nina. O Natal está chegando, seus pais irão vir pra te ver? — indagou a morena animadamente e logo percebi Gastón lançar um olhar mortal pra mesma. — Ah! Não falar sobre a família, tudo bem.

— Meus pais nunca vêm... — sorri tristemente sem mostrar os dentes. 

— Bom Nina, tive uma ideia, meio maluca, mas espero que goste. — disse Gastón e o olhei atentamente. — Às 01:00h da madrugada do dia 25 de dezembro venho te buscar aqui, vou te ajudar a fugir pelos muros. Quando estiver amanhecendo te trago de volta. Delfi, preciso que empreste uma roupa sua para Nina, quero que ela passe o Natal comigo. Já ficamos de férias, tudo está mais fácil.

— Fugir? Está louco? Te falei o que aconteceu da última vez. — falei meio preocupada.

— Vai ficar tudo bem, anjo. Vai emprestar a roupa, Delfi?

— Com certeza, tudo pra ajuda meu best preferido e você também, Nina. — disse Delfina

— Eu acho meio arriscado, mas topo, não quero passar o natal aqui, preciso ver como está lá fora. — disse e deitei a cabeça no ombro de Gas.

— Então combinado. — ele começou a mexer nos meus cabelos.

— Delfina, Clarisse quer te ver, e ver você também Gastón. — falei ao lembrar de hoje de manhã.

— Podemos vê-la? Eu estou com muita saudades dela. — ela me olhou com animação.

— Posso levar vocês lá. — eu bem que não queria sair daquela posição, o perfume de Gastón é maravilhoso e sempre me acalma.

— Então vamos, estou super ansiosa pra ver a tia Clarisse. — ela se levantou e logo eu também levantei junto com Gastón.

Fomos para o quarto de Clarisse e já podemos perceber o sorriso que surgiu no seu rosto.

— Uau! Que linda trança! — Delfina correu até a loira e logo em seguida a abraçou.

— Elas são muito próximas? — perguntei no volume de voz que só Gastón pudesse escutar.

— São sim... Minha mãe trata Delfi como uma filha, pois eu a trato como se fosse minha irmã. — ele sorriu vendo a mãe e a amiga "conversando".

— Clari é incrível... Ela também é como de fosse uma mãe pra mim.

— E um cupido para mim. — o olhei sem entender e ele riu fraco. — Ela me fez conhecer você, anjinho. — ele apertou minhas bochechas e se aproximou da mãe.

[...]