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História Mon Laurie - Papillons dans L'estomac


Escrita por: Hayzell

Notas do Autor


— Esse capítulo é dedicado a Duda, ela se tornou uma grande fã de Mon Laurie, além de ser minha amiga e estar sempre me apoiando, então é mais do que merecido;
— O capítulo ficou curto, não foi intencionalmente, houve algumas coisas que acabaram limitando minha criatividade e tempo, para não deixar mais atrasado do que está, resolvi postar assim mesmo, porém, prometo que o próximo capítulo vai recompensar. Para fazê-los se sentirem não tão raivosos por essa minha falha, um pequeno spoiler: o segundo encontro acontecerá no próximo capítulo (e talvez até o beijo, quem sabe);
— A ilha onde se passa essa viagem é real, no entanto, as descrições não são cem por cento exatas. Tanto nessa parte, quando nas próximas que virão.

Espero que gostem e tenham uma boa leitura.

Capítulo 13 - Papillons dans L'estomac


Fanfic / Fanfiction Mon Laurie - Papillons dans L'estomac

 

Guana Island, Caribe

O encontro de Laurie com Evan não tinha ligação alguma comigo, seja diretamente ou indiretamente, ainda assim, sentia como se fosse desse jeito. Essa conversa que ambos tiveram seria o responsável por decidir se ela voltaria para ele ou não. Agora sei o quanto meu pensamento foi estúpido, mas diante das circunstâncias, o ciúme me dominou e perdi qualquer senso que tivesse. Laurie havia aceitado um segundo encontro, e deixou claro que apenas queria ouvir as explicações que ele daria, de qualquer forma, pensava que poderia ser algo tão bobo que a faria voltar atrás e desistir de qualquer inicio de relacionamento que pudéssemos ter.

Estava enganado. Seu comportamento não mudou, mesmo após ter ouvido da boca dele que tinha um filho, motivo o suficiente para esquecer toda a ideia de que Evan não passava de um mentiroso e se jogar em seus braços novamente. A loira me contou sobre tudo e gargalhava ao lembrar o quanto foi precipitada com seu pensamento, só que, no entanto, não pensava em reatar, somente a mentira fora o suficiente para perder todo o encanto.

Laurie é diferente e isso continua a me enfeitiçar. Parece estar mesmo decidida a seguir em frente e mais que isso, transparece que realmente gosta de mim. 

Nesse mesmo dia, mais tarde, encontramo-nos para a sonhada viagem ao Caribe. Seríamos nós dois, mais três fotógrafos e cinco modelos, que nesse caso iríamos ver as outras três na ilha onde iremos estar por esses três dias. 

O sucesso acaba por levar algumas das belas mulheres a outras cidades e até países, são compromissos com marcas importantes, casamento, ou até mesmo o simples sonho de se ver longe de Miami após tanto tempo morando na cidade. Laurie me explicou que o maior pretexto é com certeza o triunfo. Modelos com a carreira bem-sucedida não precisam estar pelo menos uma vez por semana na agência a espera de um bom trabalho, elas são escolhidas a dedo e continuam a avançar. 

— Se eu tivesse toda essa glória também estaria longe daqui — declarou, enquanto nos acomodávamos no avião.

— Não gosta de Miami?

— Amo Miami. Entretanto, sinto falta de estar com minha família; e também se pudesse escolher outro lugar, sem sombra de dúvidas estaria na França.

— Você ainda não me contou por quais motivos ama tanto o país. 

— E você ainda não me mostrou seu talento musical — sorriu, ao mesmo instante em que se jogava em uma das poltronas.

Enquanto passeava pela cidade a espera do fim da pequena reunião que ela teve com Evan, decidi por passar no Guitar Center, onde comprei um violão. Brendan usa a música como um passatempo, então decidi presenteá-lo com o meu antigo antes de me despedir da cidade do Colorado. Não foi como estar me livrando do meu bem mais precioso, o único objeto a que sempre estou apegado com certeza é minha máquina fotográfica, gosto de trabalhar com ela e de usá-la para guardar memórias. Diante do meu combinado com a dona dos olhos azuis, resolvi trazer o instrumento para oferecer uma melodia a essa viagem, todavia, não nas alturas.

Conheci os motivos por Laurie ser tão apaixonada pela França. Gosta de toda a história que envolve o país, disse que era seu assunto favorito durante as aulas de história; do idioma, das comidas típicas e a moda. Pessoas românticas têm desejos como beijar na chuva, porém, ela sonha em colocar um cadeado no Pont des Arts com seu amor verdadeiro. Nunca acreditei que isso faz com que um relacionamento dure, sempre acreditei que se trata mais de uma promessa de "sempre estaremos juntos, não importa o que aconteça", gosto mais dessa definição, não sou supersticioso, mas acredito que promessas são feitas para serem cumpridas.

O voo foi calmo, e como já era noite muitos dos presentes ali dormiram observando as estrelas. Foi difícil para mim fazer isso, já que estava deslumbrado com o quanto elas pareciam próximas do avião. 

Logo que pousamos, tivemos ainda um pequeno percurso de carro, havia uma lancha luxuosa nos aguardando a mais ou menos meia hora do aeroporto. Tenho que admitir que foi uma experiência única, estava cercado de lindas mulheres, tomei champanhe e ainda de brinde, tive a linda visão do mar azul. 

Quanto mais perto estávamos da ilha, mais encantado ficava. É cercado por águas e as montanhas chamam a atenção mesmo de longe. Após conhecer as outras modelos, decidimos por explorar. 

Demoramos cerca de uma hora para conhecer o local e tenho a certeza que meus olhos não deixaram de brilhar a nenhum instante. É como estar vivendo um sonho, e nesse sonho estou conhecendo a minha definição de paraíso. 

Cada um de nós ficou com um quarto, e como o sol já estava dando as boas vindas a todos, resolvemos que devíamos dormir um pouco antes de iniciar o trabalho. É loucura pensar que em menos de seis horas iremos iniciar as sessões de fotografia, coloco-me no lugar das mulheres. Em torno de vinte horas tiveram uma longa viagem, pouco tempo de sono e mais tarde trabalho duro, é exigir demais, mas de certa forma imagino que não se importam, amam o que fazem. Possivelmente esse meu pensamento vem da forma como Laurie diria, pelo menos o que conheço dela sei que agiria dessa forma.

Não dormi mais do que três horas, tentei-me a permanecer de olhos fechados, no entanto, ao passar dos minutos, decidi que deveria levantar.

Olho pela janela, a natureza está presente em qualquer lugar que se observe. É um ótimo lugar para se estar, principalmente ao lado de boas companhias.

Tal pensamento me faz lembrar de Laurie, gostaria de dar a ela um encontro inesquecível em um lugar como esse, pode ser exagero, entretanto, mesmo que isso não dê certo e não vá adiante, sei que é a pessoa certa para me dar boas memórias.

Encaro meu violão deitado em cima de uma poltrona e decido que é hora de tocar, isso me ajuda a pensar e precisarei de uma distração até que todos tenham acordado.

Caminho pelo corredor dos quartos e passo pela sala de estar antes de chegar ao lugar que pensei ser o mais distante (todavia, ainda dentro da casa) para não acordar qualquer uma das modelos, fotógrafos ou qualquer outro envolvido nessa viagem. 

Ao estar de frente a piscina, encontro Laurie, está sozinha e parece com o olhar perdido no oceano. 

— Não conseguiu dormir? — indago.

Ela balança a cabeça parecendo surpresa antes de olhar em minha direção e sorrir.

— Não, meu sono não durou mais que meia-hora.

— É por causa da Shawnee? — Sento-me ao seu lado.

— Não. Acredito que trata-se do lugar ser diferente, desde pequena não consigo me adaptar a um lugar rapidamente, parece que meu corpo rejeita um colchão diferente.

— Felicity também é desse jeito. Na primeira vez em que dormiu fora de casa, tive que ir buscá-la às três da manhã, estava chovendo muito e os pais da amiga dela não pareciam felizes quando cheguei. — Ela solta um breve riso.

— Você faz tudo por ela.

— Desde adotar um cachorro mesmo meu pai sendo alérgico a enfrentar tempestades por estar com saudade de casa.

— Não sente saudade de Denver?

— Estou a um mês aqui, apaixonei-me por Miami, porém, quando vejo meus pais no chat, meu coração aperta, poderia desistir de tudo para estar lá novamente. Mas, vamos cair na real, sou um homem, um dia teria que viver a vida longe deles, mesmo que doa.

— Apesar de distante, a família sempre estará lá para nós.

— Exato. No fim de tudo é isso que temos. 

— E o violão?

— Pensei em tocar um pouco e aproveitar o silêncio para pensar.

— Gostaria de ouvi-lo tocar. Temos um combinado, certo?

Sorrio a contagiando e coloco o instrumento sobre meu colo. Assim, movo meus dedos sobre as cordas e logo uma canção se passa pela minha cabeça. Minha voz acompanha a melodia doce que preenche nosso espaço, canto para ela que parece estar explodindo de emoções por dentro.

 

Cantei Beautiful, uma canção de Christina Aguilera que Laurie declarou ter uma grande importância para si, não nego que senti orgulho de mim mesmo por ter acertado na escolha. Brincamos com Billie Jean, onde ela fez questão de me acompanhar com a voz. Foi um momento divertido entre nós, muito mais até que zombar de Shawnee. 

Enquanto nos divertíamos, passou pela minha cabeça a questão de se eu realmente gosto de Laurie, não simplesmente como uma colega de trabalho ou uma amiga, mas aquele algo mais, o sentimento que me faz olhar na imensidão azul que é seus olhos e ter a certeza de que sim, podemos ser mais do que só amigos. Ela me atrai pela beleza que tem, pelo sorriso, e principalmente, por seus olhos. No entanto, nos últimos dias estivemos muito mais próximos, o suficiente para que essa atração se tornasse mais intensa.

O que percebi quando dançamos juntos foi algo que posso assemelhar como borboletas no estômago, podia senti-las voarem alegremente, algo que só vivenciei  com o meu primeiro amor. 

Deslizamos pelo chão daquele apartamento como se fôssemos totalmente livres, e quando nossos corpos se colidiram ao som de uma canção mais suave, pude enfim apenas fechar os olhos, sentir seu cheiro e aproveitar sua companhia, sem dizer nada. Esse foi o grande momento em que tive a certeza de que necessitava de um segundo encontro, estou obcecado por conhecê-la, e principalmente por descobrir qual é esse sentimento que causa em mim.


Notas Finais


Desculpem-me mais uma vez pelo capítulo minúsculo e pelo atraso. Assim que conseguir me organizar essas coisas vão acabar (torçam por mim).


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