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História Mon Laurie - Wild Blue Yonder


Escrita por: Hayzell

Notas do Autor


— As cenas das conversas entre Justin e Laurie foram repetidas porque achei que será muito útil para o futuro romance mostrar seus sentimentos e pensamentos.
— Não sei se o capítulo passado ficou ruim, mas espero que de qualquer forma esse compense.
— Há agradecimentos nas notas finais.

Capítulo 7 - Wild Blue Yonder


Fanfic / Fanfiction Mon Laurie - Wild Blue Yonder

 

Assim que os anos se passam, muita coisa é deixada para trás, desde os erros até as lembranças. Mas a verdade é que em muitas das vezes não esperamos que os piores acontecimentos simplesmente ressurjam no nosso presente. É nisso que penso enquanto observo Ted buscar por cerveja na geladeira e Jared reclamar sobre o apartamento dizendo que tornei-me uma espécie de "mariquinha". 

A noite anterior tinha tudo para terminar bem se ambos não tivessem esbarrado comigo no estacionamento do bar.

Katherine foi a primeira a ir embora, já eu, Alex e Martin ficamos por último para apreciar mais algumas bebidas e ouvir música, essa foi uma escolha ruim da minha parte. Os dois me abordaram como se fosse um procurado pela polícia, gritando meu nome e dizendo que mudei tanto que pareço ter ficado rico e metido, respondi mentalmente que apenas amadureci, ao contrário deles.

Os homens da agência sorriram e perguntaram se precisava de um tempo para conversar com os dois e disse que não, ainda assim senti-me na obrigação de explicar que os conhecia de uma fase antiga do meu passado, antes de ter decidido que iria entrar na faculdade e passar a levar a vida a sério. Suas palavras em resposta foi que é normal que adolescentes façam bobagens, precisamos dessas experiências para amadurecer, confirmo por experiência própria de que é verdade.

E por qual motivo — mesmo odiando essa fase e tendo medo de voltar a me afogar em uma vida que não quero mais — permiti que os dois se acomodassem em um apartamento que não é meu esta manhã? Sinceramente, não sei a resposta para isso, contudo faço a promessa solene de que irei cometer a auto agressão quando descobrir.

Para amenizar os gritos e impedir que façam bagunça, explico que me mudei ontem para cá e não tive tempo para fazer compras. Os dois riem e comentam que fiz a melhor escolha saindo daquela cidade. 

Deixo de prestar atenção no que dizem quando o celular vibra. Uma chamada no facetime de Brendan. 

— Bom dia! Como está Miami? — Diz animado com um grande sorriso em seu rosto.

— Quente e ensolarada.

— Sua irmã me ligou ontem depois que conversaram pelo telefone, disse que enviou umas fotos bem legais.

— Não resisti por fotografar alguns lugares, a cidade é fascinante e linda.

— Está se adaptando bem ao trabalho?

— O primeiro dia envolveu certa pressão, porém, pude me divertir no fim da noite — afasto-me dos garotos caminhando até a sacada, assim paro dando uma visão do mar para Bred.

— Você é um homem de sorte! — Balanço a cabeça e sorrio para ele que parece se contagiar.

— Tenho ótimos amigos que fazem com que eu me sinta assim.

— Eu deveria estar trabalhando agora, todavia tinha que vir aqui lhe perguntar sobre a garota. — Arqueio a sobrancelha confuso e ele ri. — Não se faça de desentendido, Justin. Você está ai a apenas um dia e já arranjou alguém para paquerar, tenho que admitir que foi mais rápido do que imaginei — acabo por cair na gargalhada ao perceber do que está falando. Enviei algumas das fotos de Laurie para o e-mail de Ed, queria muito saber a opinião dele sobre os flashs já que é meu amigo e trabalha a anos com modelos. 

— Ela é só uma modelo.

— Tem certeza? 

— Estou fazendo meu trabalho.

O vejo mexer os lábios como quem ia dizer algo, entretanto é interrompido pelos gritos de Jared.

— Está ocupado? Realmente precisava saber se quer ir à praia conosco. — Minha expressão é tão séria que faz seu largo sorriso ser desmanchado. — É uma garota, não é? Por favor, diz que é uma garota.

— O que está acontecendo? — Brendan questiona.

— Não é um bom momento para falar disso.

— Não está fazendo nenhuma besteira, né?

— Só irei descobrir isso ao fim do dia — a expressão dele é de desaprovação. — Foi bom falar com você, Bred. — Balança a cabeça e mostra o polegar como um sinal de positivo, assim encerro a chamada.

Sendo meu amigo a exatos nove anos, Brendan é uma das poucas pessoas que pode perceber somente pelo meu tom de voz que algo está errado. Ele sabe sobre Jared e Ted, da mesma forma que conhece toda a história das coisas que já fiz e me meti. Quando nos aproximamos e começamos a sair juntos estava na fase de reabilitação e eles me aceitaram, deram apoio e sabem também que é uma burrice aceitar esses dois na minha vida novamente.

Nossa amizade acabou sem explicações ou brigas, só me afastei, deixei de atender aos telefonemas, negava as visitas, tinha a consciência de que palavras fariam com que desistisse  de tudo, iriam me dar discursos falsos para que não largasse a vida que levava e foi melhor assim. Pude acompanhar o nascimento e crescimento de Felicity, não há nada comparado a sensação de ser visto como um herói e grande inspiração para minha irmã, sei que se tivesse voltado atrás da minha recuperação iria por tudo a perder, entretanto nunca fiz isso. Passei por cima da saudade e de meus vícios, dei adeus ao meu passado e foquei em um propósito, queria ser um homem bom para ajudar meus pais e ser boa influência para o bebê e consegui. A fotografia voltou a ser minha paixão, pude me formar e manter o mesmo emprego por anos e mesmo estando em um novo rumo agora sei que não irei me arrepender, ganhar oportunidades como essa é sempre um avanço na carreira de um profissional.

E com certeza não colocarei isso a perder por causa de dois idiotas.

Volto a cozinha e começo um pequeno sermão de que preciso que os dois vão embora, tenho que ir trabalhar daqui a duas horas e só quero me manter relaxado até lá. Apesar de baterem pé e discutirem, acabam aceitando minha decisão e deixam-me em paz. Só não sei até quando.

Combinamos de nos encontrarmos ao fim do dia para jogar bilhar e tomar cerveja.

Bufo irritado e jogo meu corpo sobre o sofá assim que eles saem pela porta. O celular vibra novamente e dessa vez é uma mensagem de texto, ainda de Brendan, acompanhado por uma foto. A mesma que tirei de Laurie quando estava distraída e conversamos pela primeira vez. Penso que talvez devo ter enviado por engano junto com as outras já que não costumo preocupar-me com o que mostro aos meus pais, é a minha profissão e eles entendem.

"Tem certeza que é só uma modelo?" — É o que diz a mensagem. Coço a nuca e gargalho por imaginar que Felicity deve ter dito algo que o fez pensar tal coisa. Respondo que sim, tenho certeza e ela é linda, por isso resolvi fotografá-la.

Recordo de nossa conversa onde ela pareceu irritada com o fato de ter transparecido que a tratei como segunda opção e não é bem assim. Quando vi o vídeo de Taylor, confesso que fiquei realmente encantado, ela é linda e muito sexy, mas transparece uma confiança que chega a assustar, já a Laurie tem feições delicadas no rosto, é o tipo de mulher que gosto de apreciar. É como uma boneca em exposição onde você sente o desejo de tocar e saber mais sobre ela, de onde veio, quais seus filmes favoritos, seu tipo sanguíneo; os olhos azuis só complementam a delicadeza.

O que disse a ela sobre simplicidade é a mais pura verdade. Em apenas um dia tive experiências que fizeram-me refletir sobre tudo, minha profissão e obviamente as mulheres.

O mundo está cansado de saber que existem loiras, morenas, ruivas, pardas, brancas, negras, mulatas, baixas, altas e as que estão entre as duas alturas. Há uma variedade infinita. Existem garotas como Taylor e outras como a Laurie, e eu particularmente tenho mais atração por aquelas que parecem ter saído de um conto de fadas, românticas, parecem frágeis, contudo são como caixas de pandora, só que diferente da mitologia grega se você abre não irá libertar todos os males, na verdade lhe fará conhecer a mulher por trás de um rosto delicado. Acredito que ela tem muita história e muito sentimento a ser compartilhado. Não é tão óbvia, esconde o melhor para si mesma e só quem realmente merece a tem por inteiro. Sortudos são aqueles que tem sua confiança e a conhecem tão bem quanto ela.

Talvez seja por isso que tenha me sentido mais a vontade a fotografando. Aqueles olhos azuis escondem mil segredos, desejos e uma longa história, assim como eu.

 

Apesar de conhecer muito bem os termos e condições de meu contrato, sinto-me muito mais em casa no segundo dia. Nada de mãos transpirando ou frio na barriga. Creio que isso se deve ao fato de ter me dado bem com muitos que irão trabalhar comigo.

Edward havia deixado claro que trabalhar em agências é a melhor coisa, você não faz inimigos, ninguém te olha torto ou tenta arruinar sua carreira, são todos ótimos amigos e simpáticos, tratam as pessoas da mesma forma, desde a camareira até a modelo mais bem sucedida, aprecio isso. 

Nariz empinado e pessoas egocêntricas não são meu tipo favorito, prefiro mantê-las distantes, não são boas para se fazer amizade porque sabemos que se tiver uma oportunidade para humilhá-lo e receber sucesso com isso, com certeza o fará. Aprecio a humildade, o companheirismo e aquela mão amiga onde sei que se precisar de qualquer coisa posso contar. É assim que me sinto com Ed e Brendan.

No meu passado já fui usado como isca para tirar meus velhos amigos de encrencas. Como por exemplo uma vez em que estávamos em um bar, Jared brigou com o namorado de uma garçonete, o momento foi tão intenso que a polícia foi chamada, ele se escondeu e pediu para que eu assumisse a culpa já que tinha menos de vinte e um anos, já havia sido preso antes e poderia ser castigado com trabalhos comunitários. Por ser jovem e idiota achei que esse era o pior castigo de todos e Deus, como eu era um grande otário. Fui preso, meus pais gastaram o que não tinham para me soltar e ainda os mandei para aquele lugar quando cheguei em casa, não queria papo, achava que estava certo e ponto final.

Obviamente essa foi uma das centenas de vezes em que me meti em encrenca.

Quando chego na agência no meu ipod toca Livin' On A Prayer, permaneço assim como durante todo o caminho batucando com os dedos no volante e cantarolando. Vejo Frank se aproximar assim que vê meu carro, o paro em uma vaga e ele se aproxima me fazendo abrir a janela.

— Bon Jovi?

— Já sonhei em ser rock star — sorri de uma forma simpática.

Busco por minha mochila no banco traseiro e saio batendo a porta do lado do motorista.

— Eu tive uma banda de rock nos anos noventa — confessa.

— Jura?

— Juro, se chamava Noctem. É horrível. — Ele ri e o acompanho. — Na época eu achava o máximo, conquistava garotas por ser o vocalista, mas sabe como é né, éramos adolescentes.

— Acho que todos nós já passamos por alguma fase — vejo próximo a uma enorme lata de lixo Martin acenar para mim, Frank balança a cabeça como se concordasse e caminhamos até lá.

Acabo por me introduzir em uma conversa sobre uma festa que rolou em uma das praias recentemente, no entanto logo mudam de assunto falando sobre a noite anterior. Falamos sobre as bebidas, músicas, o lugar e se já me sinto em casa no segundo dia de trabalho, não nego, estou me dando bem com os fotógrafos e os modelos, e acho que com as mulheres também. 

O garoto loiro que parece ser o mais novo entre nós comenta que devia conhecer os andares onde os atores trabalham.

— Todos conseguimos nos dar bem facilmente — declara.

Isso é algo que posso perceber. 

 

Gosto da forma como um assunto leva a outro, falamos de Ed e de seu comportamento na agência, discutimos sobre as cidades onde nascemos, isso nos levou até a família e chegamos ao casamento. Em uma roda com seis pessoas, quatro são casados ou namoram, e esses dois são obviamente eu e o Oscar — o garoto loiro que agora tem nome —, tal assunto me faz falar de minha ex namorada e o motivo pelo qual terminamos. 

Diante de tanta história com brigas e ciúmes, sinto como se meu caso fosse o mais raro, Anna e eu terminamos simplesmente porque o amor acabou. Passávamos um tempo saudável juntos, a levava para lugares diferentes nos fins de semana, íamos a jantares românticos, mas não tinha aquele brilho nos olhos, aquele beijo que é capaz de acender sua alma, os sorrisos por ouvirmos a mesma coisa pela milésima vez, como "você está linda hoje" ou "ainda me recordo do dia em que nos conhecemos". Foi assim, o amor só acabou. Ambos não estavam mais felizes e entramos em um acordo, terminaríamos, seríamos amigos e sem rancores, foi exatamente assim que aconteceu.

Contei a ela sobre a proposta de Ed, queria uma opinião além da minha família e de meus amigos mais próximos, a amava principalmente por ser inteligente, por isso sabia que recorri a pessoa certa. Pudemos discutir sobre as vantagens e desvantagens, assim sai de lá convencido do que iria fazer. Conversei com meu patrão, ele me demitiu amigavelmente e desejou-me boa sorte. Acredito que estar em Miami irá me trazer muito mais do que um salário maior ou um avanço na carreira, sinto que essa cidade pode me surpreender.

Um táxi estaciona próximo de nós o que faz com que desvie minha atenção até lá, e vejo Laurie com seus cabelos trançados e calça jeans, saindo do automóvel, parece desligada ou só desesperada. Conversa com o motorista pela janela e dá algo a ele, provavelmente o pagamento. Recordo que a vi me encarando ontem, então se ela queria falar comigo a sós esse parece o momento ideal.

Peço licença para os garotos e aproximo-me colocando as mãos nos bolsos da calça tentando parecer o menos interessado possível.

— Boa tarde! — Não diz nada até que eu esteja de frente com a porta de entrada do prédio.

— Ei! — Ouvi-la me chamar traz um sorriso em meus lábios, ela realmente queria falar comigo.

— No que posso ser útil?

— Você conversou com os representantes franceses ontem, certo? — Ela está mesmo interessada nisso?

— Sim, apesar de eu não ser fluente em francês entendi boa parte do que conversaram.

— O que eles disseram?

— Isso é confidencial.

— Se me contar vai continuar sendo confidencial. — Não consigo conter uma risada. Laurie achou que eu fosse bobo? Encarar seus olhos azuis não me fará abrir a boca, mon coeur. 

Ao perceber seu olhar sério e braços cruzados tento parar a gargalhada colocando a mão sobre a boca, logo balanço a cabeça como um pedido de desculpas.

Tento justificar meus motivos para não contar a ela já que fui avisado por Alex para não dizer uma palavra a ninguém, esse é um assunto dos fotógrafos e dos gerentes da agência, nunca para as modelos. 

— Isso é injusto — sua voz transparece manha, penso se quer jogar comigo, então sorrio dando um passo a frente para argumentar.

Essa é a primeira vez em que estou tão perto de seu rosto, dessa forma posso apreciar o quão maravilhosa é. Os olhos azuis parecem ser a chave para sua alma e seus sentimentos, parecem cansados e diria que até tristes, ou simplesmente demostrando alguma decepção, talvez porque o que digo dá a entender que algumas não foram tão bem quanto os representantes esperavam, e Laurie sabe que está entre elas. 

— Estou em qual situação? — Poderia contar a ela, entretanto isso a deixaria arrasada e estaria comprometendo meu contrato. Laurie pode ser divinamente linda, mas ainda é uma das modelos. 

— Avalie-se e saberá.

É tudo o que posso dizer para ajudá-la.

Talvez sejam seus olhos, todavia sinto-me mal enquanto caminho para o elevador, deveria ter dito coisa melhor, algo que a realmente a ajudasse, como uma resposta que não entregasse a verdade. Enquanto a fotografei senti que tem um grande potencial, ela nasceu para isso e merece ter alguma chance para estar naquele desfile.

Alex passa por mim com quatro das garotas que estavam na seleção de ontem.

— Bieber! — Cumprimenta.

— As garotas...

— Apareceu um trabalho e achamos que elas tem o potencial — enfia as mãos nos bolsos e olha diretamente para meu rosto —, sendo assim, as chamamos de novo para fazerem com que estudem. Sabe, nós fornecemos um curso temporário para aquelas em que acreditamos e elas podem ser grandes modelos um dia.

— Fico realmente feliz por saber que deram uma chance.

— Ás vezes grandes talentos só precisam de um empurrãozinho para se tornarem melhores do que são — toca em meu ombro e as portas do elevador se abrem nos dando passagem.

 

Eu não teria descoberto que tinha um talento para a fotografia se meu pai não tivesse me presentado com aquela câmera, também não iria aperfeiçoar isso se minha família não me desse apoio. Era sempre chamado para festas das pessoas próximas, recebia um cachê, mesmo que muitas vezes negasse ser pago pelos meus tios ou primos, mas eram esses eventos que traziam a melhoria de meu trabalho, foram também os anos em selvas que me prepararam para estar aqui. Meu antigo chefe acreditou no meu trabalho, da mesma forma que Ed acreditou e agora tenho a confiança de Frank e Alex, eles acham que sou digno e mereço estar aqui. Sou um homem sortudo por sempre ter sido cercado de palavras incentivadoras, isso nunca me permitiu desistir e ir mais além.

Enquanto observo a loira sentada em uma das poltronas, penso se é disso que ela precisa para se sair melhor agora, suas amigas estão tão nervosas quanto ela para perceber sua insegurança, então sou o que resta aqui.

Tento iniciar um assunto falando sobre nosso trabalho e então ao me acomodar ao seu lado falo sobre a infância e os desejos que temos nessa fase. Só por observar as feições de Laurie e seu talento como modelo posso afirmar que ela nasceu para isso, assim como nasci para a fotografia.

Busco pelas melhores palavras que tenho para mostrar a ela que se sair mal uma vez não é motivo para se sentir inferior, deve usar isso como um motivo para buscar sua melhoria e surpreender.

Ela está apertando as próprias mãos, estala os dedos e mal olha em meu rosto, contudo assim que me levanto disposto a encerrar o assunto sua atenção volta a mim e seus olhos penetram os meus novamente. Passo as mãos pelos cabelos e encaro o chão, ver essa imensidão azul pode me fazer falar mais do que devo e não é isso que quero, só pretendo ajudá-la.

Comparo seu trabalho ao meu buscando por metáforas e seus ombros relaxam. Laurie agradece com a voz doce e sinto que posso me retirar com a sensação de dever cumprido.

O celular dela toca e em instantes sua expressão volta a transparecer o nervosismo.

 

Hoje estaremos em um estúdio diferente, esse parece ser menor que o de ontem. Há uma equipe e quatro pessoas estão ao redor da modelo para dar os últimos retoques. Ainda sinto um nervosismo por fotografar, mas sei que é meu segundo dia e irei me acostumar a isso, estarei adaptado e não enfrentarei como um desafio todos os dias.

Ao nosso redor existem luzes, câmeras e principalmente muitas pessoas para agenciar e atender ao que a loira desejar.

Logo que começamos já posso perceber que Laurie está diferente, não insegura como a vi ontem, no entanto, um pouco nervosa. Demora para ouvir nossos comandos e seu olhar está vazio, totalmente diferente de quando a vi pela primeira vez, há alguma coisa errada.

— Precisamos que encare a câmera, Laurie, não o chão. — Um homem atrás de mim grita e ela balança a cabeça. Ela está aqui, mas não realmente aqui, seus pensamentos estão muito longe.

— Desculpe — sua voz soa frágil e isso me faz lembrar de Anna, apesar de forte, sempre foi muito sensível e era esse tom que me deixava preocupado e com a certeza que algo aconteceu.

— Quer um tempo? — Pergunto e ela nega. Está preocupada com o trabalho, mas nada é mais importante nesse momento que estar bem para fazer o que ama e se sair bem com isso.

Peço a equipe cinco minutos para que possa descansar e talvez descobrir o motivo de sua preocupação. 


Notas Finais


Em apenas dois meses estamos aqui com 400 favoritos. Sei que devo isso não só a minhas insistentes divulgações, mas também a vocês que me ajudam com as divulgações, indicam para amigos e outras pessoas, colocam nas notas finais de suas fanfics, etc. O crescimento e sucesso que estou tendo com a fanfic não é só meu, é de vocês também, então muito obrigada por todo esse apoio, sou muito grata por isso.

Eu acho que os povs do Justin estão sempre melhores que os da Laurie, então amei escrever esse. Digam o que acharam também, suas opiniões importam muito.


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