História Mon Petit amour - Os anos passaram

Dois anos e meio se passaram e nossos dois protagonistas viviam uma vida maravilhosa. Claro, um ao lado do outro.

Com a derrota de Hawk Moth, os nossos heróis não tinham muito com o que lutar. Faziam juntos a ronda noturna e de vez em quando aparecia um ladrão ou algum crime na cidade, como algum roubo, briga, entre outros, onde eles iam combater o perigo. Enfim, a cidade estava tranquila.

Marinette e Adrien estavam no ultimo ano da escola, felizes e ansiosos para o que vinham mais para frente. Mari decidiu seguir a carreira de estilista, como o de seu ídolo e agora sogro, Gabriel Agreste. Já Adrien decidira que ao acabar a escola, iria continuar no ramo de modelo e ajudar a namorada expor suas criações.

—Ai Adrien. -Suspirou contente- Não vejo a hora de nós dois começar a trabalhar juntos! -Exclamou Marinette.

—Sim Bugboo, eu também estou ansioso. -Ele riu- Pelo menos não mais que você, daqui a pouco você vai estourar de alegria.

—Ei gatinho. -Ela o encarou, fazendo seus biquinhos de sempre- Não me zoa viu?! Pareço ser fraca mais nem tanto. -A menina o puxou para perto de si e sussurrou- Aliás, eu sou a Ladybug, esqueceu?

—Hum... Ladybug? Nunca ouvi falar. -Disse sarcasticamente, tirando sarro da garota.

—Adrien. Para. Além disso, se não se lembra, quem ficou sem se lembrar de nada fui eu.

—Ta bom amorzinho. -Adrien fez um gesto em forma de se render- Ei que horas são My lady?

—Adrien, meu querido, cê sabe que estamos namorando há quase três anos, não é? -Ele assentiu- Então não precisa usar mais de três palavras cheias de chiclete numa só frase.

—Mas Mari... -Ele a encarou.

—Eu to brincando bobinho! Ah, e agora são... -Marinette deu uma olhada no relógio do celular, que inclusive o próprio Adrien, havia lhe dado- Falta tipo uns dez ou quinze minutos para a sua próxima seção de fotos.

—O que?! -Adrien se lembrou em ultima hora- O que ainda estamos fazendo aqui? Vamos rápido!

Eles foram até o ensaio fotográfico, que durou aproximadamente uma hora. Marinette se derretia a cada foto que o namorado tirava, ainda não tinha caído à ficha dela que Adrien Agreste, sim o menino cujo ela foi afim durante meses, era seu namorado. Ao saírem de lá, foram até uma loja onde vendia café, ultimamente aquilo vinha sendo as rotinas deles, então começaram a papear sobre assuntos diversos enquanto tomavam seus cafés com chantilly e caramelos derretidos.

Embora Adrien parecesse normal na oralidade, Marinette percebeu que ele estava meio tenso. Precisando contar algo, desabafar.

—Ei Adrien -Marinette chamou a atenção dele- Sabe, se quiser pode me contar.

—Mari...

—Sério qualquer coisa que você me disser eu escuto bem. Lembra? Eu confio cegamente em você, como você mesmo me disse.

—É que eu não sei como te contar isso princesa.

—Hum... Por favor, gatinho! -Fez sua carinha de bonequinha japonesa.

—Se você ficar com essa carinha, como eu irei resistir? -Ele brincou.

—Vai-me conta. Eu juro não... -Adrien a interrompeu.

—Mari, sério, certeza que quer que eu conte? Sabe, não quero que você fique chateada comigo, alias são apenas alguns meses.

Alguns meses. Aquilo ficou andando na cabeça de Marinette por alguns míseros estantes. O que poderia ser por apenas alguns meses? Indagou a menina para si mesmo.

—Desculpa como assim alguns meses?

 —Ta vendo porque eu não queria te contar...

—Agora fala. Deixou-me curiosa.

—Ok. Eu... Eu... Bem.

—Adrien não enrola, por favorzinho!

—Eu vou ter que viajar com meu pai a trabalho. -Disse apressado.

—O que? Eu não ouvi direito.

—Eu vou ter que viajar com meu pai a trabalho. -Disse desta vez um pouco mais pausadamente.

—Ah, mais isso não tem nenhum problema né? Você sempre viaja... -Marinette então sacou. -Ah, o problema são os meses né?

—Sim...

—Pode mandar a real, eu aguento. -Ela sorriu meio triste.

—O problema my lady, é que no contrato são 60 meses, nos Estados Unidos.

—O que? São cinco anos? E você vai quando?

—Daqui algumas horas My lady, eu sinto muito. É que fiz esse contrato quando eu tinha quinze anos. E se eu não fizer o que eles mandam, eles dizem que vão processar meu pai.

—Tudo bem, eu entendo...

—Mas a gente vai se falando, pelas redes sociais. E-eu venho-te ver quando der também.

—Adrien...

—E qualquer coisa você pode me visitar também. -Ele sorriu.

—Adrien...

—E eu te mando presentes e cartas, claro se você permitir.

—Adrien! Eu não quero nada disso. -Ele a encarou. -Sabe me dói muito dizer isso gatinho, mas se são cinco anos e-eu não quero sabe me magoar se você nunca mais voltar, ou se acaso do destino, você se apaixonar por outra moça e não ficar com ela, pois acha que esta preso comigo. Entende-me?

—V-você quer terminar?

—Não me entenda mal Adrien, eu te amo demais e não quero que se sinta preso por minha culpa. -Ela se retira do local, mas Adrien a segura pelo braço.

—Posso te pedir um favor antes de ir? -Ela assentiu- Me dá um ultimo abraço?

Ela aceitou. Foi um abraço calmo e ao mesmo tempo doloroso. Foi um abraço de adeus. Marinette sentiu derrubar uma pequena lagrima, mas limpou rapidamente para que Adrien não visse.

—Mari, saiba que nenhuma garota nesse mundo vai ocupar seu lugar. Porque eu te amo! E eu vou esperar esse tempo e eu te prometo, vamos ficar juntos.

—Adeus gatinho! Boa viagem.

Marinette chegou em casa, tentou passar despercebida pelos pais e conseguiu. Subiu para seu quarto e ligou para Alya pedindo para que ela viesse, pois ela precisa muito do apoio da amiga. Pois sua cara no travesseiro e começou a chorar.

Alguns minutos depois, Alya chegou.

—Amiga? O que foi? -Disse com uma voz serena, para acalmar a amiga.

—O Adrien Alya.

—O que aquele mimadinho de uma vírgula fez pra tu?

—Nada, só que eu e ele...

—Você e ele?

—Terminamos.

Alya se surpreendeu.

—Vocês terminaram? P-por quê?

—Ele vai embora Alya, por cinco anos!

—Mas por quê?!

—Porque ele tem um contrato e não pode descumprir, ele assinou a responsabilidade e esta certo.

—E ele vai quando?! Ele te disse?

—Daqui algumas horas. Mas não me disse quando. Mas Alya, não quero ir lá ao aeroporto me despedir dele...

—Por que amiga?

—Acho que fui muito dura com ele, tenho que ser firme. Mas minha vontade era de estar lá com ele, agora... Não! Tenho que ser firme, tenho que ser firme. Tenho que ir ao banheiro vomitar! -Marinette correu enjoada em direção ao banheiro.

—Mari? Mari você ta bem? -Alya disse batendo na porta do banheiro.

—Estou, acho. -Marinette disse saindo do banheiro. -Acho que devo ter comido algo estragado.

—Certeza amiga? Eu basicamente morei nessa casa, seus pais nunca iriam lhe dar algo estragado.

—Sim. Eu acho que sim.