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História Mon Petit Chat - Risks we Take


Escrita por: MissMichie

Notas do Autor


MEOW OW, HELLOW!
Tudo bem com vocês, meus amores?
Acabei de acabar de escrever o capitulo 38, e XEEEEEEEEEEENTI, da série de "capítulos que você fica mega orgulhosa" vem - daqui a uma semana eu acho - o capítulo 38!
Além de tudo isso, vocês viram The Battle for Mewni?! O especial de Star Contra as Forças do Mal? MEU DEEEEEEEUS #ChockedInChrist (use esta hashtag quando você se chocar com um capítulo que eu escrevi, bjkos)
Esse capítulo é mais focado no nosso herói raposa fictício favorito, a.k.a. Renard! (se você não gosta dele vc tem probleminha pq Travis/Renard são um amorzinho, ok)
Meu Deus eu to com tanto sono que to com preguiça de formatar esse cap (mas o que eu não faço por vocês... *sighs*)
Segurem o forninho que o próximo capítulo tá saindo...
AGORA!

Capítulo 40 - Risks we Take


- O que diabos aconteceu? - Renard perguntou ao entrar na casa da menina, mais tarde naquela noite.

    - Isso… - ela mostrou os brincos quebrados e o herói raposa se aproximou, observando-os, pegou um deles devagar.

- Talvez tenha sido quando você lutava com Chat… - o maior a olhou. - O plano inicial era matá-la… - ele falou com a voz baixa, claramente envergonhado. - Não sabíamos se tinha alguma salvação, então foi a coisa mais lógica que veio a cabeça. Mas Chat não foi capaz disso… deve ter pensado na hora em destruir os brincos. - o moreno suspirou. - Se eu tivesse visto o jeito que ele te olha antes não teria nem pensado em colocar o meu cavalinho na chuva. - sorriu fraco coçando a nuca.

A menina precisou de alguns segundos pra compreender.

- Travis… - ela se sentia tão embaraçada quanto ele, abriu a boca para falar mas ele a interrompeu.

- Não precisa falar, eu tenho olhos Marinette… - falou sorrindo fraco. - Você não abriria mão dele, e nem ele de você. - riu. - Só continuo achando idiotice o fato de nenhum dos dois ter pensado em dar o primeiro passo.

- É complicado… - ela murmurou olhando pra baixo, sentindo o rosto vermelho.

- As mesmas palavras dele… - o moreno falou. - Vocês conseguem ser iguais, mas ao mesmo tempo tão diferentes a ponto de se completarem, acho isso impressionante. - olhou-a.

Marinette parou para pensar, conhecera Adrien e Chat Noir praticamente no mesmo dia. A menina desprezara sua forma civil no início, e se divertira com o herói depois, o sentimento mudou em menos de um dia também. Ela continuou sentindo-se a vontade com o felino, achava graça de várias de suas piadas, e fofo o jeito como ele a cortejava. A gentileza, a preocupação em se desculpar, e a honestidade de Adrien a conquistaram rapidamente, pois foram todos esses atributos que a menina viu naquele dia chuvoso tanto tempo atrás.

Em todo o seu curto tempo como heroína ela não imaginava que algum dia iria se apaixonar pelo gatinho, por já estar apaixonada por sua forma civil, mas não negava que sentia-se bem perto dele, e quem sabe, se não estivesse apaixonada, teria dado-lhe uma chance.

Ao menos não até o dia que viu Chat Noir transparecer características de Adrien, na noite que Marinette foi humilhada na festa de Chloé. A gentileza, a preocupação, tudo no herói naquela noite fisgaram-na, por mais que ela ainda não tivesse certeza disso na época. Tudo o que começou a ocorrer depois disso foi aumentando esse sentimento ainda misterioso para a menina, os encontros no meio da madrugada, os abraços, os comentários dele, os sonhos, as fotos que vazaram dos dois… o depoimento de Chat foi a gota d’água, a conversa dos dois na varanda de sua casa após isso foi o estopim, depois disso Marinette sempre lembrava das coisas por conta dos lábios de Chat nos seus.

Como se não bastasse tudo isso, Adrien ainda estava ali, e talvez se a menina tivesse prestado um pouco mais de atenção teria notado. A proximidade de Adrien ao mesmo tempo da proximidade de Chat, o jeito como o loiro ficou com ela todas aquelas vezes enquanto sua forma civil, sua mudança de comportamento.

Na época a menina acreditava que seu coração estava dividido entre duas pessoas. Mas a verdade era que pertencia apenas a uma, e a paranoia da cabeça da azulada fazia-a acreditar que precisava escolher se queria o herói parisiense ou o teen model. Quando na verdade ela poderia sim ter os dois, porque os dois a amavam, ela amava os dois.

- O que posso fazer… - ela sorriu e deu de ombros. - é o amor.

Travis a olhou sorrindo pequeno.

- Te aviso quando eu souber como é o sentimento.

A menina pousou a mão no ombro do maior.

- Travis, quero que compreenda que você não precisa, necessariamente, encontrar o amor da sua vida aos quinze anos. - ela falou olhando-o nos olhos. - Algumas pessoas encontram, talvez seja pra vida inteira, talvez seja pra um aprendizado… - ele a olhou também, a azulada sorriu. - Sei de uma coisa, a sua garota prometida, ou garoto prometido, tá lá fora, e algum dia você vai encontrar… - o sorriso dela diminuiu. - Mas não será eu…

- Eu sei. - ele suspirou e sorriu pequeno também. - Ok! Chega de conversar sobre isso, porque só vou pensar nisso de novo quando encontrar esse alguém, menino ou menina!

Ela riu e ele voltou a atenção para os brincos dela.

- Ok, se quisermos colocar o nosso plano em prática vai precisar desses consertados… - ele disse. - Vamos ver o Mestre Fu… talvez ele saiba o que fazer.

O plano deles caiu sobre Marinette de novo, todos aqueles pensamentos sobre Chat tinham-na feito desviar a atenção do que estava acontecendo no agora, ela precisava pensar numa outra alternativa para salvar o gatinho, uma que não envolvesse destruir sua memória, assim como ele tinha feito com ela.

- Ok!

- Então, senhorita. - ele virou-se de costas e deu um tapinha nos ombros. - Sua carruagem a aguarda. - ela riu e saltou sobre ele, o menino segurou suas coxas. - Lembrem-se mantenham membros dentro do veículo e é recomendado que fechem olhos e boca se não desejarem insetos, ou coisas do tipo, importunando-os.

- Ew! - ela deu um tapa no ombro dele.

- Ai! E por favor, não machuquem o piloto. Com isso tenham uma boa viagem.

Ele saltou pela janela e em seguida avançou, rápido como um raio.

~*~

Não muito longe dali o felino observava tudo do topo de um prédio. Observava, escutava.

Odiava a proximidade dos dois…

Odiava alguém competindo com ele por sua princesa.

Ele deu um sorrisinho e olhou as garras.

A temporada de caça a raposas estava definitivamente aberta.

E seu maior inimigo era o gato branco.

~*~

- Não sei se tem conserto. - Mestre Fu falou assim que seus olhos pousaram nos brincos, ele os colocou em cima da mesa de chá.

- Pensei que o senhor pudesse…

- Infelizmente não minha cara. - o velho falou, afastando-se dos dois adolescentes com a bengala em mãos, chegou até a janela e ficou observando o céu escuro.

- Mas, precisamos de Ladybug… não posso resolver isso sozinho!

- Poderia. - o velho falou. - Mas você não está preparado, além disso não tem tempo pra que te ensine algo novo. - ele virou-se. - Não poso consertar o Miraculous de Ladybug tão rápido assim, precisaria de tempo… bastante tempo, mas talvez você possa ajudar Renard.

- Como?

- Seria arriscado… quer dizer, eu já ouvi que coisas parecidas ocorreram a muito tempo atrás. - o Mestre murmurava pra si mesmo. - O que você pode tentar fazer vai exigir bastante de você… e de Trixx. Pra isso você vai ter que retardar Chat Blanc de alguma maneira, faça-o, engane-o… - os olhos azuis de Renard brilharam. - Isso é o que significa o Miraculous Raposa, astúcia, sabedoria, paixão…

- Não sei se demonstro todos esses Mestre.

- Tudo o que preciso de faça é distrair Chat Blanc, quando achar certo libere Trixx do miraculous, ela sabe o que fazer. - o Mestre falou. - O importante é cansar aquele gato branco.

- Isso eu talvez saiba o que fazer. - o moreno sorriu de canto.

    - Marinette… - o velho a olhou. - Você precisa estar pronta… porque sua transformação vai durar menos que o normal, você terá sua chance no entanto.

    - Certo! - ela respirou fundo. - Podem me dar alguns segundos, eu… queria pensar um pouco.

    - Fique a vontade querida…

    Marinette sorriu leve e saiu da casa do Mestre.

    Desceu as escadas, soltando um suspiro.

    As palavras de Mestre Fu a preocupavam ainda. Ela não queria que Chat tivesse sua memória apagada, ela não queria ter que destruí-lo, ela não queria ver Renard se arriscando.

    - Eu só queria poder consertar tudo… - murmurou para si mesma.

    Ela estava se sentindo sozinha, até aquele momento Tikki poderia ter dito algo para fazê-la se animar, ou até mesmo ter lhe dado um conselho. Chat poderia fazê-la rir e esquecer que havia um problema ali. Suspirou e sentiu as lágrimas nos olhos, que saudades ela tinha do gatinho.

    Fungou e coçou os olhos, não podia ficar chorando o tempo, precisava pensar em como executar sua ideia com pouco tempo de transformação, Mestre Fu havia sido claro quanto a isso, ela não teria muito tempo e aquilo a atrapalharia além da conta. Porém, se Renard conseguisse retardar Chat Blanc a ponto de ela conseguir se aproximar o suficiente, talvez ela tivesse mais chance.

    Respirou fundo e pousou ambas as mãos no peito.

    - Vou te salvar… gatinho. - ela murmurou e subiu as escadas.

~*~

    Alguns minutos depois Renard corria com Marinette a suas costas em direção a Torre Eiffel, ali havia sido o último lugar que tinham visto Chat Noir, poderiam coletar informações ali.

    Chegaram e encontraram o lugar destruído e deserto, havia um grande buraco no chão, resultado da briga entre Ladybug e Chat Noir, parecia que havia tido uma explosão, o chão estava cheio de fuligem, a Torre estava pendendo para um dos lados.

    - Nossa… a coisa pareceu piorar depois que saímos daqui… - Renard murmurou parando devagar.

    Um grito ecoou no ar, e os dois se olharam, concordaram e o herói correu na direção do Grito. Pararam no meio do Champs de Mars, horrorizados com o que viam. Várias pessoas, caídas no chão, ela se contorciam, apertavam a cabeça, gritavam, gemiam, murmuravam.

    - Estão… com dor? - Marinette perguntou enquanto Renard descia-a de suas costas.

    - Parecem estar… em agonia… - o maior falou olhando tudo horrorizado.

    Algo o chamou atenção, uma loira, vestindo roupas de grife se contorcendo, e se encolhendo na grama, o cabelo dourado dela parecia extremamente bagunçado, o rímel escorria de seus olhos mostrando que ela havia chorado, ou estava chorando ainda.

    - Chloé?! - ele correu em direção a ela, a azulada olhou-a e correu também.

    Renard abaixou-se ao lado dela, e a olhou.

    - O que aconteceu? - Marinette não entendia nada.

    O herói tocou na loira, e de repente ela gritou alto, se contorceu e convulsionou, seu corpo tremia muito, e ela girava de um lado pro outro, gritando. De repente todas as outras pessoas começaram a gritar, e a convulsionar como a loira.

- NÃO, POR FAVOR VOLTEM, EU NÃO QUERIA… POR FAVOR! - Chloé gritou, Marinette tapou os ouvidos sentindo as lágrimas queimarem nos olhos. Renard tinha a testa franzida mas permaneceu ao lado da loira, olhando-a com atenção. - NÃO! - ela gritou de novo.

Ela abriu os olhos, e o moreno conseguiu ver, as íris azuis intensas da menina, estavam brancas, como se ela estivesse cega. Assim que ela abriu os olhos, soltou mais um grito e surpreendeu Renard. Sua mão foi em direção a ele, e suas unhas atingiram seu maxilar com tudo, fazendo-o xingar e se afastar.

O herói juntou-se com Marinette, e de repente viu várias das outras pessoas abrindo os olhos, ela se levantavam devagar, todas murmuravam algo, algumas gritavam súplicas, outras simplesmente gritavam.

Era ensurdecedor.

- Marinette… devíamos sair daqui… - o moreno falou perto dela.

- O quê?!

- Não acho seguro! Temos que…

Um chute atingiu a cabeça de Renard e ele foi projetado pra frente, sendo arrastado pelo chão, ele se apoiou nos braços para levantar e de repente alguém se jogou sobre suas costas, ele grunhiu, tento de novo e começou a sentir mais e mais peso. Marinette tinha os olhos arregalados, ela não podia fazer muito na forma civil e…

Alguém contornou sua cintura, ela viu uma luva branca com garras, botas brancas, roupas de couro branca. Ergueu os olhos encontrando os dourados dele, ele tinha um sorrisinho de escárnio nos lábios.

- Amigos de verdade não tentam pegar as meninas do outros, não acha Renard? - Chat Blanc falou.

- Chat… - Marinette murmurou e tentou se afastar, de repente ela sentiu as garras dele em sua pele, e soltou um gemidinho de dor.

- Até onde eu lembre, você me chama de gatinho, princesa. - ele falou e a olhou com as íris douradas.

- O que você fez com essas pessoas?! - a menina gritou.

- Ah… elas estavam por aqui quando acordei… não queria gente me importunando, só isso. - ele sorriu de canto e observou a expressão raivosa de Marinette. - Meu Deus, princesa, quer detalhes ok! - tocou a testa dela com a outra mão. - Vamos apenas dizer que é muito interessante quebrar as barreiras da sanidade das pessoas, e melhor que isso libertar todos os seus medos. Misture os dois e forme uma paranoia incrível! - riu alto. - Destruição psicológica, minha princesa, dói tanto quanto a física. - ele se aproximou dela.

- Largue-a! - os dois ouviram Renard, e uma explosão de energia ocorreu, as pessoas que se amontoavam em cima do herói raposa foram jogadas para todos os lados. Chat Blanc bufou e saltou alto, muito alto.

Quando atingiram uma determinada altura ele estendeu o bastão e por pouco não atingiu Renard, o bastão agora era negro, e ele o usou para chegar na Torre Eiffel. Marinette não teve outra escolha senão segurar firme no gato branco, ele aterrissou no meio da torre, apoiando-se nos ferros com facilidade, em seguida jogou a menina para o lado, fazendo-a soltar um gritinho. Atingiu um dos suportes da Torre e agarrou-se ali com força, o vento entrava em suas roupas e fazia seu cabelo esvoaçar.

- Fique aqui, princesa. - ele sorriu de canto. - Logo voltarei, e aí… você será só minha!

Chat Blanc olhou para baixo, vendo o herói raposa se aproximar com velocidade, sorriu e saltou em direção a ele.

Renard foi surpreendido e se chocou com Chat Blanc. Seu corpo inteiro doeu, parecia que tinha atingido uma parede de ferro, ele se afastou rápido com a mão na cabeça, olhando o outro de costas. Quanto ao físico, ainda era o mesmo corpo atlético de Chat Noir, mas a roupa completamente branca, e o cabelo arrumado com perfeição era algo novo.

E claro, os olhos dourados.

- Renard… o Herói Raposa. - Chat Blanc falou, virando-se para ele. - Ou… O Herói que não sabe fazer muita coisa?

- Pode falar o que quiser… mas numa luta o que conta ainda são os músculos! - o raposa avançou na direção dele e antes mesmo que chegasse perto o suficiente para atacá-lo, Chat pegou-o com facilidade e atirou-o por cima da cabeça, jogando o menino longe.

Renard sentiu as costas arrastando no chão, e o cimento quebrando sob si. Grunhiu, e se levantou devagar, Chat Blanc estava sobre ele e sua bota desceu com velocidade em direção a sua cabeça. O herói raposa aparou com ambas as mãos, esforçando-se para manter a bota do outro longe do rosto.

- Lutas envolvem músculos e cérebro, Renard. - o herói sorriu de canto. - Até onde eu saiba raposas representam sabedoria, faltou isso em você?

- Cala a boca! - o herói o empurrou com força, e acabou impulsionando-o para cima.

Chat Blanc deu uma cambalhota e estendeu o bastão, descendo por ele, chegou ao chão rodopiando no bastão e estalou a língua, recolhendo-o e prendendo no cinto.

- Ok, você quer uma luta? - sorriu de canto. - É o que terá!

Ele avançou com tudo e Renard se surpreendeu com sua velocidade, parecia tão rápido quanto o herói. O felino empurrava a raposa com velocidade e força, o outro não conseguindo fazer nada para pará-lo, ambos cruzavam o Champs de Mars, até chegarem no Place de Joffre.

O menor sorriu e de repente suas botas encontraram o peito de Renard, ele foi lançado para trás e suas costas se chocaram com a estátua de Jacques Joffre. O herói grunhiu e não teve muito tempo para se recuperar, pois Chat Blanc apareceu em sua frente como um vulto branco e começou a socar seu estômago e suas costelas.

Os socos eram rápidos e fortes de um jeito que Renard achava impossível até para ele. Em ocasiões antigas o maior tinha certeza de ser fisicamente mais forte e rápido que Chat Noir, por mais que o outro fosse bastante ágil, mas agora enquanto o enfrentava ele pensava duas coisas. Uma que talvez o herói gato sempre tivesse possuído essa força, porém nunca a usava, o que achava difícil já que Chat Noir gostava de se mostrar. A outra que talvez ele tivesse ganhado aquela força e velocidade descomunal quando absorveu a má sorte.

Ele acreditava avidamente na segunda.

Mais um soco e a dor cortou todo seu ser. Renard grunhiu e foi tomado pela adrenalina, sua flauta apareceu em suas mãos e ele usou-a para afastar Chat de si, o herói sorriu ao ver a reação do maior, em seguida seu sorriso sumiu ao ver a flauta sendo colocada sobre os lábios do raposa.

Ele tocou uma melodia rápida e simples e uma esfera de energia foi atirada em direção ao felino. Ele saltou para desviar, mas antes que pudesse cantar vitória outra veio em sua direção e explodiu, Chat Blanc atingiu o chão como uma pedra, e xingou alto enquanto se levantava devagar, um ferimento cortando sua sobrancelha, suas roupas brancas estavam sujas.

Renard sorriu de canto e limpou o sangue que escorria do canto da boca.

Chat gritou e correu em direção a ele com o punho preparado num soco, Renard aparou-o, mesmo com a força descomunal, ele aparou, sorriu de canto e desferiu um soco no maxilar do gato, que teve o rosto virado pra trás. O menor grunhiu e seu pé se projetou nas costelas de Renard, este o empurrou com força franzindo a testa.

A dor estava cortando-o, ele nunca poderia negar isso. Mas precisava de mais um tempo, Marinette poderia se sair melhor se o felino estivesse relativamente cansado.

- Anda sua bola de pêlos branca, esse é o melhor que podia me dar?

- Pra cima de mim com insultos, mentiroso? - ele sorriu de canto e Renard sentiu um arrepio percorrer suas costas. - Como vai seu pai, Travis?

O raposa gritou alto e avançou no menor, os dois trocaram mais uma série de socos e chutes, pernas, braços, rosto, abdomên, costelas, costas… tudo foi atingido. Ele se separaram mais um vez, os dois arfando, Travis sentia o olho inchado e o abdomên ferido, ele não fazia a menor ideia do grau dos ferimentos já que estava completamente tomado pela adrenalina.

O felino não estava muito melhor, sangue escorria em montes do ferimento em sua sobrancelha, havia um corte no lábio inferior, e hematomas no maxilar, suas roupas estavam sujas e rasgada em alguns pontos.

- Muito bom, raposinha… - Chat Blanc bateu palmas. - Você durou muito mais do que todos os outros portadores do Miraculous Raposa que eu já lutei. - ele olhou para o maior e inclinou a cabeça pro lado. - Mas… algo me diz que você não queria isso não é? Ser um super-herói, a responsabilidade desse Miraculous tão… complicado… - ele sorriu de canto e riu. - Astúcia, sabedoria, paixão… - ele ergueu três dedos. - Você tem dificuldade em mostrar esses três não Travis? Será que não é o verdadeiro portador do Miraculous?

O herói olhou para as luvas pretas, em seguida para Chat, a flauta apareceu em suas mãos novamente e ele respirou fundo.

- Se eu sou ou não… o importante é que agora ele tá comigo… - o menino falou. - E enquanto isso, eu tenho que usá-lo… - pousou os lábios na flauta e começou a tocar uma sinfonia, Chat Blanc não a reconheceu direito por ter apenas a flauta do maior em uso.

Mas as notas começaram a se juntar em sua cabeça…

A Sinfonia n.° 5 de Beethoven…

A música entrava nos ouvidos de Chat Blanc e ele parecia ser capaz de se mover. Divida em quatro movimentos, o primeiro movimento, revelando grande tensão, denunciada pelas cordas e elevada a um dramatismo extremo; o segundo movimento revela solenidade, numa marcha fúnebre que se eleva pela sua emoção e beleza; o terceiro andamento, uma crispação; o quarto movimento expressa triunfo e magnificência.

Os pêlos de Chat se arrepiaram, e por fim Renard terminou a música, nada parecia ter acontecido. Até o felino ouvi-lo falando.

- Destiny Symphony! - ele falou alto.

Um raio de energia foi emitido da flauta do herói e atingiu Chat Blanc. O menino foi lançado para os ares, a sinfonia tocando alto em sua cabeça como se ele estivesse ao lado de uma orquestra, todos os músculos de seu corpo estavam tensos com a música e ele apertou a cabeça com força, soltando um grito.

O raio sumiu e Chat Blanc caiu no chão, ele olhou para Renard, seus olhos dourados estavam repletos do mais puro ódio. O herói raposa arfava, apertou o colar ao redor do pescoço.

- Tá na hora, Trixx… - ele murmurou e puxou o colar.

A transformação se desfez, a kwami apareceu do colar, e antes que Chat Blanc pudesse tentar entender o que estava acontecendo a pequenina sumiu, rápida como o vento.

Em seguida a dor tomou conta do corpo de Travis e ele caiu de joelhos no chão, apoiando-se e respirando com dificuldade. Ouviu passos vindo em sua direção e ergueu os olhos, Chat Blanc se aproximava dele devagar, parecia que fumaça saía da sua cabeça a cada vez que se aproximava mais do moreno, ele conseguia ver o ódio nos olhos do ex-herói.

Parou em sua frente.

- Usar minha força e velocidade contra você agora seria pura covardia. - ele murmurou, a voz baixa. - Então vou ser rápido… - falou, e seus olhos brilharam. - Mas ainda assim… vai doer. - sorriu maldoso. - Cataclysm!

Ele foi rápido e sua mão quase tocou o peito de Travis, mas no último segundo um fio enrolou-se em seu punho, puxando seu braço pra cima, fazendo-o tocar o ombro de Travis com a ponta dos dedos.

O moreno gritou e caiu no chão, parecia que tinham derramado ácido sulfúrico em seu ombro, queimava, ardia e principalmente, doía como o inferno. Ele se encolheu, vendo o ombro da camiseta rasgado e sangue escorrendo de seu ombro, de alguma maneira o toque ainda fora superficial, mas a dor ainda era imensurável.

Ainda assim, Travis ergueu os olhos e viu.

- Não, não! - Chat Blanc gritou olhando o fio enrolado em seu punho.

- Bonsoir Chaton. - Ladybug falou, sorrindo de canto.

    Os dois encaravam a heroína, ela parecia diferente, como uma mistura do Miraculous Joaninha com o Miraculous Raposa, por um lado ainda vestia a roupa vermelha de bolinhas pretas, mas suas luvas e botas eram as do Miraculous Raposa, seus cabelos estavam soltos e pareciam mais longos, caindo pelos ombros, no topo de sua cabeça havia duas orelhas pontudas de raposa.

Ela sorriu e puxou o ioiô trazendo Chat Blanc para mais perto.

- Hora de aniquilar a maldade, certo gatinho? - ela sorriu e em sua outra mão apareceu a flauta da raposa.

Chat Blanc sorriu de canto.

- Hora de aniquilar a heroína parisiense, ma princesse. - ele fez uma reverência.

E saltou na direção da menina.


Notas Finais


Algumas coisinhas:
-AI MEU GZUIS CRISTINHO! NÃO ACREDITO QUE CHEGAMOS A 800 FAVORITOS! GENTE, EU TO REALIZADA! Pra alguém que começou a fic por pura diversão e acho que ia ser um negócio pequeno e com um número pequeno de gente, EU TO MUITO SURPRESA. Obrigada por aguentarem meus atrasos (tlvz eles voltem em? Minhas aulas tão chegando infelizmente), meus surtos, e todo o resto, obrigada por lerem e comentarem essa fic que faço com tanto carinho pra vocês - e pra mim mesma, não sei como vocês são com as fics de vocês mas eu vivo lendo a minha kkkk. Então tudo o que tenho a dizer é o mais sincero obrigada(pela oitava vez provavelmente), e espero que gostem do que ainda está por vir da fic!
- #QueVenhamOs900 !!!


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