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História Mon Petit Chat - Love me or Leave Me


Escrita por: MissMichie

Notas do Autor


MEOW OW HELOW!
E aí gente?
Eu amo tanto vocês que escrevi capítulo com o dedo fudido. Tá vendo meu amor?
Terminei o capítulo 39!
ANYWAYS.
Terminei a S04 de Teen Wolf! (foi a mais rápida que eu assisti até agora)
Meu quartinho tá reformado e tá lindo.
Meus cosplays tão andando.
Minhas histórias tão andando.
EU TO ANDANDO
Ta isso não é novidade, kkk
Enfim amores, venho aqui lhes dar um conselho, NÃO LEIAM A PORCARIA DA FANFIC INTEIRA EM UM DIA. Dá problema de vista, dá problema de coluna, e dá problema psicológico - eu já estive no lugar de vocês um dia - então assim, se você tá lendo minha fanficzinha em um único dia, para bebe uma água, come alguma coisa, vai mijar, vai cagar, assiste uma série, LÊ UM LIVRO, não fiquem só no celular tá amores? (mas voltem pra ler minha fic depois ok?)
Esses dias tenho pensado numas polêmicas envolvendo cultura pop que até deu vontade de criar um canal no YouTube só pra falar delas - só vontade pq a preguiça reina.
ANYWAYS
OLHA O CAPÍTULO QUENTINHO SAINDO DO FORNINHO.
SEGUREM SEUS FORNINHOS!

Capítulo 41 - Love me or Leave Me


Ladybug rebateu o estômago do felino com a flauta, afastando-o de si, ele grunhiu e pulou para trás. A menina soltou o fio do ioiô do braço do menino e ele a olhou sorrindo de canto.

    - Princesa… pra quê tudo isso? - ele falou. - Não entende que estou fazendo tudo isso por você? - sinalizou ao redor deles.

    A heroína olhou ao redor, o céu escuro como se estivesse prestes a desabar, Travis encostado na estátua de Jacques Joffre com o ombro ferido e o rosto contorcido em dor, os gritos de agonia, os sussurros de desespero, os murmúrios de arrependimento vindo de cada pessoa que Chat tinha destruído a sanidade e liberado os medos.

    - E o que te faz pensar que eu queria algo assim? - ela o olhou.

    - Essas pessoas são responsáveis por te machucar, pessoas te fizeram mal, te machucaram, foram responsáveis por te fazer liberar a Má Sorte em primeiro lugar! - ele falou, olhando-a com um olhar que ela não conseguia ler, mas sabia que não era a raiva e o desprezo que tinha visto antes.

    - Não Chat, elas podem até ter contribuído, mas você também o fez. - ela sentia o coração apertar enquanto jogava aquilo no gatinho. - Seus sentimentos me deixaram tão confusa, os seus… os de Adrien. Descobrir sua identidade, descobrir que eu podia ter os dois, e não precisar escolher apenas um… tudo isso contribuiu.

    - Mas eu te salvei! - ele gritou, parecia estar implorando para que ela aceitasse aquilo. - Eu tirei a má sorte de você! Eu te trouxe de volta ao normal!

    - E olha no que você se tornou! - ela gritou de volta, apertando a flauta em sua mão. - Olha o que você fez! Eu não queria ver as pessoas com mente destruída, eu não queria você machucando meus amigos!

    Compreensão pareceu preencher seu olhar…

    Seguida de raiva.

    - Ah… seus… - ele olhou Travis. - amigos. - riu seco, e puxou o bastão do cinto, girando-o em mãos. - Quanto tempo demorou, em Ladybug? Pra me trocar por aquele ali? - sinalizou o moreno com a cabeça.

    Foi a vez da heroína rir.

    - Você tá mais cego do que não sei o que… - ela segurou o ioiô com firmeza. - Mas quer saber? Isso acaba, agora!

~*~

    - Escuta aqui, Adrien chega na escola hoje, e já que aquele vai ser o lugar dele, esse vai ser o meu lugar, entendeu? - Chloé falou batendo no tampo da mesa que a azulada estava sentada.

    - Quem é Adrien? - Marinette não poderia estar mais confusa.

    A loira e a ruiva riram, como se a menina tivesse contado a piada do ano.

    - Consegue acreditar que ela não sabe quem é o Adrien? - a loira falou para Sabrina. - Embaixo de qual pedra você tem vivido?

    - Ele é apenas um modelo famoso. - Sabrina explicou, com desdém.

    - E eu sou a melhor amiga dele. - Chloé sinalizou para si mesma. - E ele me adora! Então vamos lá, saia.

~*~

    A azulada bloqueou um ataque do felino com a flauta e sentiu o corpo inteiro tremer, Chat estava mais forte que o normal, e muito mais rápido. Ela bloqueou outro ataque e foi obrigada a afastá-lo de si mais uma vez com um bola de energia.

    O felino saltou para longe e aterrissou facilmente sobre os pés.

    - Pensei que isso ia acabar agora, Ladybug. - ele falou, sorrindo de canto. - E não muito tempo depois dessa fala.

    Ele correu na direção dela e a heroína usou tudo o que tinha enquanto desviava e bloqueava os ataques cheios de fúria de Chat Blanc. O felino quase atingiu seu rosto com as garras em um de seus ataques, e por muito pouco Ladybug conseguiu desviar…

    Mas não por inteiro.

    - Cataclysm!

    A mão de Chat Blanc tocou sua cintura e a menina gritou de dor, era a pior coisa que já tinha sentido em toda sua vida. Sua pele parecia estar queimando ao mesmo tempo que se desintegrando, seu sangue parecia ferver sob sua pele, todos os órgãos pareceram se contrair como se quisessem se afastar daquela área afetada.

    Ela deu vários passos para trás, pousando a mão trêmula na cintura. Imaginou que teria mais tempo pra atingir Chat, ele estava mais cansado que na luta contra Renard, mas ainda parecia mil vezes mais forte que a heroína. Quando ergueu os olhos para olhá-lo, viu os dele focados nas mãos, como se tivesse se dado conta do que tinha feito.

    Ele a olhou, e por um segundo pareceu que Ladybug teve o vislumbre de olhos verdes, e não dourados…

    Tão rápido quanto apareceram, sumiram.

    Ele a olhou, e pareceu recompor a compostura, olhou-a.

    - Admito que preferia não ter feito isso. - ele falou. - Meu erro em todos os séculos passados foi destruir Ladybug, ou feri-la de um jeito que eu sabia que ela não iria voltar a lutar. - ele se aproximou dela devagar. - Mas entenda, Marinette, não quero feri-la mais do que isso, não quero vê-la se destruindo por minha causa. Aceite isso… aceite este presente que estou te dando!

    A heroína bufou e lançou o ioiô no felino, ele desviou e nesse segundo Ladybug atirou uma bola de energia que ele desviou mais uma vez, ela continuou atacando, usando o ioiô, a flauta, e qualquer coisa a sua disposição. A dor começou a sumir de repente, e ela correu em direção a ele.

    - Presente? - saltou e lançou outra bola de energia nele, quando ele desviou ela jogou o ioiô e amarrou-o. - Só se for presente de grego! - projetou-o para cima e quando caiu no chão, chocou-o contra o mesmo, fazendo poeira levantar e cimento se quebrar.

Puxou o fio de volta para si e ficou preparada observando o ex-herói. Ele tossiu, e apoiou-se no cotovelo devagar, levantando-se com certa dificuldade. O felino olhou a heroína, haviam ainda mais rasgos nas roupas de couro, por onde podiam-se ver hematomas e arranhões, o cabelo antes perfeitamente arrumado tinha vários fios em pé de uma maneira estranha. Limpou o canto da boca por onde escorria um rastro de sangue e olhou o líquido avermelhado na mão.

Ladybug lembrou-se de seu plano, e das palavras de Chat na madeira da sua janela, respirou fundo e apertou o ioiô e a flauta, preparando-se para completar seu plano e finalmente terminar aquilo tudo.

Quando de repente Chat estava abraçando-a. A heroína praticamente sentiu o corpo derreter, por mais que sua mente dissesse que aquilo podia causar sua morte e que ela não deveria confiar no felino que a abraçava, os braços que a envolviam eram os que ela amava, o jeito como a envolviam era o que ela amava, e mesmo que não parecesse, aquele que a envolvia era quem ela amava.

Os dedos dele subiram por sua coluna e ele se afastou um pouco, olhando-a nos olhos. Ladybug olhou aqueles olhos dourados, não havia vingança, raiva, desprezo, ódio, ou nenhum sentimento negativo. Ele segurou o rosto dela e puxou-a para si, colando os lábios nos dela, não houve surpresa alguma da parte da menina, ela segurou a cintura dele enquanto sentia os lábios que ela amava, beijando-a da maneira que ela amava, seu corpo todo derretia, e seu cérebro parecia ter desligado completamente.

Chat terminou de beijá-la e beijou a testa dela, acariciando as bochechas dela com os dedos.

- Eu ainda te amo, princesa. - ele murmurou.

A heroína sentiu os olhos pesando, sentiu o corpo fraco, e caiu nos braços do felino que ela tanto amava.

~*~

Cinco anos depois.

    Marinette acordou com a luz do sol em sua face, abriu os olhos devagar não enxergando muito bem por conta da luz nos olhos, piscou várias vezes para se acostumar com a claridade e observou o quarto a sua volta.

Tinha terminado de decorar no dia anterior, as paredes eram cobertas com um papel de parede de tijolos brancos, havia um armário embutido na parede com portas de madeira escura, uma porta que dava no banheiro, uma escrivaninha de vidro com um notebook branco em cima, livros empilhados ao lado da escrivaninha, um quadro negro encostado na parede, e uma mesa digitalizadora. Ainda havia muitas caixas empilhadas pelo quarto, mas aquilo ela cuidava mais tarde.

Uma respiração tocou sua nuca e a menina sorriu, apertando a mão sobre sua cintura. Ouviu um grunhido antes da pessoa acordar, ele riu e beijou a têmpora dela, acariciando a cintura fina da moça.

- Bom dia, princesa…

Marinette rolou na cama, olhando o loiro sorrindo preguiçoso, o cabelo estava uma verdadeira bagunça loira, e seus olhos ainda estavam semifechados, mas ela conseguia ver as belas íris verdes. O peito forte de anos de esgrima e exercício, a pele bronzeada e macia que a menina passava as mãos agora.

- Bom dia. - ela beijou-o e ele sorriu de canto.

- Ainda quer mais um round? - ela riu baixinho.

- Que horas são? - ela perguntou se aconchegando no peito dele pronta para voltar a dormir. O loiro se esticou um pouco e pegou o celular da mesinha ao lado da cama.

- 9h40min.

- O QUÊ?! - Marinette empurrou as cobertas para longe e saiu da cama correndo, arrepiando ao sentir o vento tocando na pele nua. Correu para o banheiro, escovou os dentes rapidamente e tomou um banho igualmente rápido, saiu e vestiu um vestido verde jogado sobre a cadeira, penteou os cabelos, fez uma maquiagem rápida, pegou a bolsa e o notebook e saiu correndo do quarto.

Antes de chegar na porta deparou-se com o loiro, nu como no dia que nasceu, apenas com um avental rosa cobrindo o corpo e com um saco de papel em mãos junto da garrafa térmica rosa da menina. Ele sorriu de canto e entregou os dois para a azulada que beijou-o rapidamente e correu pra porta.

Desceu os seis lances de escada correndo o mais rápido que podia e quando chegou na rua, ouviu.

- Princesa! - olhou para cima e encontrou Adrien sem camisa, e sem nada mais na varanda de casa, por sorte suas partes estavam cobertas pelas plantas que se enrolavam na grade da casa. - Te vejo no almoço?

Ela riu e concordou com a cabeça antes de continuar seu caminho.

~*~

    Vinte anos nas costas e Marinette ainda conseguia chegar atrasada na faculdade. Ela se esgueirou para entrar na aula das 10h e sentou-se numa mesa no fim da sala, tendo alguns meninos e algumas meninas encarando-a como se ela fosse louca.

    Claro, estudar na melhor escola de moda de Paris tinha esses lados.

    Suspirou e começou a tomar suas notas.

    Como pôde não ter ouvido o alarme tocando?

    Começou a repassar a noite anterior. Ela e Adrien chegaram no apartamento de noite e começaram a arrumar as coisas que ainda faltavam, regados de um bom vinho caro do loiro, depois disso eles ficaram sentados no sofá tendo uma conversa longa e animada sobre como estavam felizes em ter conseguido um bom apartamento com o próprio dinheiro e estarem finalmente vivendo por si mesmos…

    Depois sexo…

    Rodadas e mais rodadas de sexo.

    Marinette não pôde evitar levar a mão até uma marca avermelhada em seu ombro, tinha se esquecido completamente daquilo e o vestido verde de alças, obviamente, não cobria a marca. Seu rosto atingiu um tom de vermelho digno de uma joaninha e ela queria criar um buraco no chão e se esconder nele.

    Sua vontade de passar despercebida não estava funcionando nem um pouco já que seu professor olhou, o homem alto e belo, vestindo uma roupa simples demais para alguém acreditar que ele era um guru da moda olhou-a longamente.

    - Dupain-Cheng, podemos ver que teve uma noite bem agitada… - algumas pessoas na sala riram. - Mas isso não é desculpa para chegar atrasada na minha aula.

    - Desculpe-me…

    - Desculpas não vão garantir sua nota no fim do semestre, apenas se concentre na aula, e tente evitar chegar atrasada de novo. Ok? - ela concordou e ele continuou.

    A azulada suspirou e tirou o loiro de seus pensamentos, prestando atenção em cada palavra daquela aula tão difícil e complexa.

~*~

    Depois de muito tempo a aula terminou e todos começaram a sair, a menina se espreguiçou e caminhou para fora da sala. Estava guardando suas coisas na bolsa quando esbarrou em alguém e quase caiu, até que braços fortes a seguraram, e seguraram suas coisas com uma agilidade e facilidade dignas de um herói.

    Ela ergueu os olhos e sorriu ao encontrar as íris verdes e o sorrisinho do loiro.

    - Cinco anos e você ainda esbarra em mim. - ele sorriu ajudando-a a ficar de pé, em seguida pegou a bolsa dela e colocou-a no ombro. - Estou realmente começando a achar que você fazia isso de propósito.

    - Bem, sentir os seus braços ao meu redor nunca foi ruim. - ela sorriu e ele riu, dando-lhe um selinho enquanto continuavam a caminha em direção a saída da grande faculdade.

    Marinette estudava na famosa Esmod, conhecida como uma das melhores instituições de moda de Paris e do Mundo, tinha trabalhado muito para conseguir entrar ali, abrindo mão de várias coisas, trabalhando de meio-período para conseguir dinheiro, estudando dia e noite. E agora estava ali, no seu segundo ano, na mesma escola que formou pessoas como  Annelie Augustin,  Odély Teboul,  Seong-bo Yun,  Alice Lemoine, grandes designers, e donos de empresas famosas, assim como ela queria ser algum dia.

Suspirou e em seguida sorriu para Adrien ao seu lado, ele sorria e caminhava ao lado dela falando das aulas que teria de tarde. Adrien também tinha dado duro para conseguir convencer o pai a deixá-lo cursar física na Paris 6, também uma das melhores instituições do curso do menino no país. Marinette admirava-o sempre por aguentar dois anos de números e fórmulas loucas, ele apenas ria quando ela mencionava isso.

A azulada e o loiro já estavam juntos a quase quatro anos. O primeiro ano que se conheceram foi difícil por um lado, por outro eles viraram ótimos amigos por conta de Nino e Alya, que começaram a namorar muito mais cedo do que eles, acontecia que segurar vela para os outros dois em encontros acabou aproximando-os mais do que o esperado. Sim, Marinette já tinha sua paixonite no loiro desde o primeiro dia que se conheceram, mas depois a paixonite diminuiu, e depois se transformou em paixão, e logo os dois estavam namorando.

Adrien tinha mudado com os anos, foi ganhando mais e mais maturidade, além de mais voz, ele começou a pedir ao pai para parar as aulas de mandarim - já que o menino já falava o suficiente para se comunicar -, depois vieram as de piano, depois ele foi abrindo mão de cada um de seus compromissos como modelo e pôde se concentrar nas coisas que mais gostava, como a própria física. Sim ele tinha mudado muito em espírito, assim como na aparência, Adrien cresceu uns bons 10 cm em um único ano, atingindo a altura de Kim, e logo ficando tão alto quanto o atleta, tinha ganhado bastante massa muscular, esculpindo seu belo corpo.

A menina também tinha mudado com o passar dos anos, não uma mudança tão brusca como Adrien, mas ainda assim tinha mudado. Tinha aprendido a lidar com seu ciúme, tinha amadurecido bastante, conseguia simplesmente ignorar Chloé quando esta lhe enchia o saco, aprendera a cozinhar ainda mais coisas, melhorou todas suas habilidades, tornou-se uma mulher melhor, deixou o cabelo crescer - e este agora se encontrava na metade de suas costas.

Marinette não poderia estar mais feliz com tudo o que tinha acontecido e como tudo isso tinha levado a quem ela era hoje.

~*~

A semana foi passando lentamente quando deveria ser lenta - nos momento chatos e insuportáveis -, e rápida quando não deveria ser rápida - nos melhores momentos -, e logo o final de semana estava ali.

A azulada estava com o cabelo preso num coque bagunçado terminando de desempacotar as últimas coisas enquanto Adrien tinha saído para correr. Ela abriu uma caixa e enquanto tirava as coisas dali, um monte de livros velhos de Adrien, algo caiu de um dos livros, ela abaixou-se e pegou o papel.

Parecia algo como um pôster do famoso cabaré do século XIX, Le Chat Noir. A menina observou o gato preto do pôster e o nome Chat Noir, por quê aquilo lhe parecia tão familiar? Ouviu a porta abrindo e Adrien entrou no apartamento, soltando um suspiro cansado, enquanto tirava os tênis de corrida. Olhou Marinette.

- Eu pedi pra você me esperar, sabe que eu não gosto de te deixar fazendo todo o trabalho duro. - ele disse enquanto enxugava o rosto com uma toalha.

- Não pude me segurar. - ela sorriu de canto, e depois mostrou-lhe o pôster. - O que é isso?

- Ah! - ele sorriu. - Meu pai falou quando eu iria me mudar que podia levar algumas coisas que achasse legal de casa, achei isso dentro do cofre do meu pai, e bem… o gato preto me tomou a atenção. Sinto um pouco de pena já que as pessoas sempre o rotulam como má sorte, e algo ruim, pra mim são apenas gatos, independentes, sábios, sensuais, sagazes, e equilibrados.

- Então você é um gatinho. - ela sorriu e seu coração pareceu bater mais forte ao dizer isso. Adrien riu.

- Meow. - ele piscou pra ela. - Vou tomar banho, daqui a pouco volto, mas enquanto isso… - apontou para o sofá. - Fique sentadinha, me esperando que já já eu volto. - ela sorriu e ele sumiu pela porta do quarto.

A azulada voltou a observar o pôster e o gato preto, por quê aquilo instigava-a tanto? Passou os dedos pelo gato preto no papel e suspirou, não devia ser nada afinal, apenas a beleza do pôster em si, enrolou-o e colocou de volta na caixa enquanto desempacotava o resto.

    Encontrou mais uma coisa que a instigou, alguns segundos depois. Um anel prateado, ela olhou-o atentamente, tinha aparência mais masculina, ela ergueu a sobrancelha e levantou-se, caminhando até o banheiro. Abriu a porta e observou o vidro embaçado do boxe, e a silhueta de Adrien.

    - É seu?

    O loiro abriu a porta para ver melhor.

    - Também achei no cofre do meu pai… achei bonito também… - ele ficou vermelho. - Além disso… quem sabe… pode ser útil daqui a mais alguns anos…

    Marinette arregalou, os olhos, surpresa. Adrien limpou a garganta.

    - Falando sério, princesa, me espera, e vamos descobrir todas essas coisas que eu trouxe, juntos. - ele sorriu de canto e fechou a porta novamente.

    A menina, porém, só podia sentir o coração acelerado.

~*~

    Naquela noite ela tinha sonhado com seus 15 anos novamente, estava na varanda de sua casa antiga, observando a noite estrelada, e desenhando um de seus designs quando de repente…

    - Bonsoir ma princesse. - o felino apareceu acima de Marinette, que levou um susto.

- Chat, meu Deus… você quase me matou do coração. - falou a menina.

- O quê está desenhando? - o felino pulou para o lado da azulada e agachou ao seu lado olhando.

- É apenas mas uma ideia… - mostrou ao felino.

- Parece muito bom… - ele sorriu e se levantou, olhando-a.

- O quê veio fazer aqui?

Chat olhou para outro lado no momento em que a azulada falou aquela pequena frase, passou a mão pelo cabelo.

- Ver você…

- Me ver… - Marinette repetiu.

Ele balançou a cabeça e sorriu levemente para ela.

- Ahn… como está?

- Bem, pelo menos hoje não aconteceu nenhum desastre. - falou olhando para o lado.

- Uhum… - o felino a olhou de novo, os cabelo estavam soltos, voando no vento, ela usava uma camisa de mangas rosa com bolinhas brancas, shorts de algodão brancos. - Marinette, você viu os jornais, ou algo do gênero essa manhã.

A menina engoliu em seco.

- Vi…

- Sabe… - ele coçou a nuca, incerto do quê falar. - Quando vi essas coisas admito que fiquei bem desesperado, eu não sabia o quê fazer, quer dizer… você é legal, é engraçada, divertida… mas…

- Eu… eu já entendi… - ela se levantou.

Estava caminhando na direção do alçapão, como era idiota, ela realmente estava pensando se o quê estava sentindo era algo mesmo ou só seu cérebro lhe pregando uma peça, mas seu peito ardia como se tivessem colocado fogo, seus olhos ardiam com lágrimas querendo rolar.

Sentiu um aperto ao redor do braço.

- Marinette… eu não queria te chatear, é que… Ladybug, eu… - Chat estava se confundindo por completo, parecia não saber como completar suas frases, parecia confuso além da conta

- Olha, eu entendo perfeitamente. Sei que você é apaixonado por Ladybug, todos sabem! - Por um lado Marinette achava fofo o jeito como ele era fiel a heroína, por outro, o lado Marinette sentia como se uma adaga perfurasse seu coração. - Adorei os nossos momentos juntos Chat! Você me fez sentir leve, fez meus problemas desaparecerem, deixou eu descontar minha raiva em você, estava lá pra me ouvir reclamar, pra me segurar quando eu caía… - lágrimas queimavam seus olhos. - E eu gostei de cada um desses momentos. Mas não sei…

O herói não a deixou completar, foi de repente, completamente inesperado. Ele a puxou pela cintura e colou os lábios nos dela.

    Era tudo tão vívido, ela podia sentir os lábios dele nos dela, o gosto dele, o coração batendo acelerado, a textura da pele dele. Aquilo tudo parecia tão vívido, como se realmente tivesse acontecido, como se não fosse um sonho, e sim uma lembrança, uma lembrança de algo muito real que ela não sabia explicar.

    Seu primeiro beijo tinha sido com Adrien, sob a Torre Eiffel, quatro anos atrás. Ela não conseguia entender porque o beijo com aquele herói gato parecia tão vívido e importante em sua cabeça…

    Estava cursando moda, na melhor universidade de Paris, com o melhor menino do mundo como seu namorado…

    E só…

    Só conseguia lembrar dela… e de Adrien…

    Seus pais tinham ficado felizes com o fato de que ela saiu de casa com vinte anos para morar com o namorado? Como Alya tinha reagido? Onde estava Alya? E porque o pai de Adrien aceitou aquilo tudo? Deveria ter sido mais difícil… Adrien, por mais que ele sempre mostrasse aquele lado gentil, apaixonado, e fofo que ela conheceu e adorava, parecia que faltava algo, algo mais selvagem, algo mais… livre, como um verdadeiro gato de rua, faltava algo para transformar aquele adorava em amava.

    Levou suas mãos até as orelhas e deu pela falta de algo que sempre esteve acostumada a ter ali…

    Onde estava Tikki?

    Onde estava Ladybug?

    Onde estava Chat?!

    Ela apertou a cabeça e fechou os olhos.

    Em seguida gritou alto.

    E tudo pareceu quebrar.

~*~

    Marinette sentia o vento atravessando suas roupas, estava pregada na Torre Eiffel, e admitia com todas as letras que sentia que aquele plano incrível de Mestre Fu e Travis de primeiro cansar Chat Blanc para que depois ela pudesse agir tinha 90% de chance de dar errado.

    A menina mal se atrevia a olhar para baixo, tamanho era seu pavor daquilo.

    Algo veio rápido em sua direção e parou bruscamente, Marinette se surpreendeu ao ver Trixx a sua frente, ela parecia cansada e esgotada e desabou. A azulada arregalou os olhos e soltou-se da torre para pegá-la, assim que a kwami estava em suas mãos, ela sentiu o vento cortar suas roupas de novo e arrepiou-se, colando-se a estrutura da Torre de novo.

    - Trixx? Trixx, tudo bem, o que foi?

    - O Travis idiota usou a Destiny Symphony, quando eu falei explicitamente pra ele não fazer! Aquele idiota, agora tá lá enfrentando Chat Blanc todo quebrado.

    - Todo quebrado?! Trixx, seja lá o que você tem que fazer faça agora!

    - Que mandona em? - a kwami revirou os olhos. - Ok, me mostre seu Miraculous…

    A azulada puxou os brincos da bolsa e a kwami raposa, observou-os, suspirou e olhou Marinette.

    - Vou dar minha força a vocês duas. - ela explicou. - Vou entrar no Miraculous e lhe dar a força que precisa, Tikki vai se apoiar em mim e você vai poder se transformar numa espécie de… fusão. - respirou fundo. - Mas tem que entender Marinette, que como o idiota lá usou meu ataque vamos durar menos que o previsto, então… não demore…

    Ela concordou e a kwami respirou fundo mais uma vez, fechou os olhos e começou a flutuar, parecia estar meditando. Alguns segundos depois seu corpo se transformou numa espécie de energia alaranjada e flutuou para dentro do miraculous da menina, que se surpreendeu ao ver a energia de Trixx envolver as partes quebradas e rachadas.

    Por fim em suas mãos estavam seus brincos, eles ainda tinham o padrão de joaninha mas estava misturado com o padrão do miraculous raposa, transformando-se numa confusão vermelha, preta, laranja e branca.

    Marinette respirou fundo colocou os brincos mas não houve aparição dos kwamis. Pousou as mãos no coração.

    - Por favor… qualquer uma das duas… - murmurou. - Transformar!

~*~

    Ladybug abriu os olhos e o ar entrou em seus pulmões, ela respirou fundo e tossiu várias vezes, sua cintura ainda queimava, e ela sentia os músculos doloridos, respirou fundo mais uma vez e olhou ao redor. Travis estava deitado não muito longe dela, seu ombro ainda sangrava bastante e sua pele antes bronzeada parecia pálida, a menina se aproximou dele devagar e tocou-lhe o ombro, ele soltou um grito de agonia, mas não abriu os olhos, parecia imerso em algo.

    - Por quê voltou? - ouviu e virou-se, encontrando Chat Blanc, de alguma forma seu cabelo tinha voltado a ser do jeito que era de Chat Noir, ele ainda tinha ferimentos e hematomas, suas roupas rasgadas. - Sua vida estava perfeita lá… você tinha o homem que ama, o curso que ama…

    - Eu tinha tudo isso, mas não era real… era simplesmente… perfeito demais… - levantou-se devagar, sentindo o corpo reclamar. - Eu preferia uma vida aqui, me esforçar de verdade para entrar na faculdade, morar com meus pais, celebrar com todos os meus amigos quando me formar… - ela o olhou. - E eu não tinha o homem da minha vida… eu tinha parte dele… porque Adrien Agreste e Chat Noir são a mesma pessoa, e eu o amo. - o felino arregalou os olhos e coçou a nuca. - E um não pode existir sem o outro.

    - Tudo teria sido mais fácil lá princesa… vocês poderiam crescer juntos, casar, ter filhos, envelhecer. - ele falava, sem olhar nos olhos dela. - Você teria sido feliz.

    - Teria mesmo? Vivendo uma mentira? - ela segurou a flauta e o ioiô. - Obrigada Chat, mas eu vou passar sua oferta.

    Ele grunhiu e em seguida gritou, alto. Se encolheu enquanto apertava o próprio corpo, apertou a cabeça, gritou mais e mais. Era agonia, desprezo, raiva, rancor, tristeza… tudo isso em um único grito.

    Respirou fundo e olhou Marinette, lágrimas nos olhos.

    - Você quer mesmo que isso termine que nem sempre termina, princesa? - ele falou puxando o bastão, enquanto sua outra mão era coberta pelo cataclysm.

    - Não… - ela olhou-o. - Vai ser diferente, eu vou garantir…

    Ele avançou e ela fez o mesmo, chocaram bastão e flauta, ele tentou tocá-la com o cataclysm e ela desviou com o ioiô. Socos, chutes, flauta, bastão, ioiô, tudo isso estava envolvido na luta dos dois. Mas aquilo não era a parte principal do plano de Marinette. Ela desviou do outro cataclysm e deu um chute no peito de Chat, mandando-o para longe de si, em seguida saltou para longe do felino e agarrou o ioiô e a flauta.

Abriu o ioiô e a luz pura a cegou por um instante, ela pisou sobre aquela luz e seu corpo começou a levitar, sentia-se leve, o cabelo flutuava ao redor de si. A máscara sobre seus olhos sumiu e ela encarou Chat com a face de Marinette, respirou fundo e começou a tocar a flauta enquanto era erguida pelo feixe de luz do ioiô. O felino não entendia o que ela estava fazendo, mas olhava aquilo tudo maravilhado. O macacão, as luvas, as botas, as orelhas de raposa, tudo isso sumiu e Marinette estava ali, tomada pela luz que a rodeava e pela música calma e ainda assim decidida que tocava na flauta, quando por fim terminou ela lançou a flauta para os céus.

- Purge Symphony! - ela gritou.

Uma explosão de joaninhas saiu daquela luz e da flauta e começou a consertar tudo o que tinha no seu caminho, assim como se desfazia de tudo o que era ruim. As pessoas que tinham a sanidade afetada foram curadas, quase todos os ferimentos de Travis foram curados, mas a pele do ombro que sofrera o cataclysm teria uma cicatriz.

Chat Blanc entendeu tudo o que estava acontecendo apenas no final. Ele riu baixinho e olhou Marinette enquanto as joaninhas passavam por ela. No fim das contas ela tinha dado seu jeito e aniquilara a maldade como tinha dito.

O ex-herói observou a nuvem de joaninhas vindo em sua direção, elas o atingiram com tudo e ele grunhiu, sentindo certa dor pela força com que elas o atingiam. Até que por fim, ele sentiu algo se partir e olhou o anel de Chat Noir. Tinha se partido ao meio, e agora caía no chão.

Ele riu alto, enquanto o branco parecia escorrer do negro, e logo em seguida o negro sumia também. Ele olhou para o céu…

E finalmente as íris douradas voltaram ao verde de sempre.

E Adrien caiu no chão, desacordado.


Notas Finais


Algumas coisinhas:
-EU ODEIO FORMATAR CAPÍTULO
- Alguém me indica livros? Tô sem nada pra ler e to precisando de uns New Adult na minha vida.


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