História Mon Petit Soleil (Larry Stylinson) - Prólogo

Narrador

" - Você é a pessoa mais bonita que eu já vi, tudo em você é bonito, caramba até os seus pés." - ele deu uma risadinha, seus olhos verdes brilhando em inocência, com seu deslumbramento adolescente encoberto de curiosidade e desejo.

O outro o olhava, sorrindo ladino com seus lábios finos em um leve tom rosado, com as ruguinhas ao redor dos olhos azuis cristalinos aparecendo, pensando em como queria morder aqueles lábios carnudos em formato de coração avermelhados, do outro rapaz, se segurando para não o fazer no nesse momento, tão fodidamente bonito e desejável...

Se ao menos o garoto de cachos castanhos volumosos, soubesse o que estava causando no de olhos azuis, desde que o mesmo pôs os olhos em cima dele, o de olhos azuis se considerava um cara bonito, mas o menino desajeitado e mais baixo que ele, era um ser com tamanha beleza que só podia ser divina, ou profana de tão perfeita, seus olhares e suas expressões que transpareciam inocência, tão diferente de si mesmo, ele se sentia menos que uma casca de um ser humano, e o garoto a sua frente, exalava vida, uma vida que ele não via, pelo menos não nas suas companhias habituais, que eram tão ou mais vazias que ele, ele sentia que aquele garoto virgem e curioso seria sua perdição.

"- Curly boy, curly boy, já se viu no espelho? Fala sério, estou me sentindo um gato atropelado por um caminhão perto de você, mon petit soleil." - diz o moreno, fazendo um biquinho entristecido, e passa seu nariz de botão empinado, no pescoço do mais novo, arrepiando a ambos.

Mesmo corado, o cacheado se inclina para receber o carinho do de olhos azuis, as mãos pequenas delicadas dele passeando pelo seu corpo, e deixando um rastro de calor em sua pele, causando sensações nunca sentidas antes, já tinha feito sexo antes, não com um homem, e sentir o peso do corpo masculino em cima de si, o cheiro da pele, e a fragrância do perfume levemente amadeirado ao seu redor, parecia o mais potente inebriador, o de olhos azuis exalava uma masculinidade eletrizante, o de olhos verdes, queria mergulhar em tudo que envolvia o mais velho.
Diante do rapaz mais velho, se sentia um menino virgem desorientado, não que fosse muito experiente, pelo contrário, mas com ele se sentia mais seguro, em sua própria inexperiência, para explorar o prazer junto com o de olhos os azuis, conhecer cada parte do corpo amorenado e suas curvas insinuantes, ele é tão lindo.

Se fosse possível mergulharia nos olhos azuis cristalinos, do outro, e se entregaria totalmente a ele, mesmo que o eterno deles, fosse somente essa noite.
Mas não foi o coelho de Alice no País das Maravilhas, que disse que ás vezes o eterno dura somente um segundo?

A definição de beleza seria a união dos dois corpos, era o que ambos pensavam silenciosamente, enquanto trocavam carinhos singelos, sentindo o toque um do outro, em meio a sussurros, aproveitando o encaixe perfeito de seus corpos.

" - Sabe estava pensando, seu maxilar já é tão bonito agora, quando for mais velho, curly você vai ser a cura do heterossexualismo de muitos homens." - O moreno diz, passando os dedos pelo rosto do outro, e coloca seu dedinho na covinha funda que aparece, quando o menino ri.

" - Heterossexualismo, William?" - o cacheado pergunta entre risos.

" - Curly, pertencer a essa norma heterocentrista auto imposta, é doentio, tira a possibilidade das pessoas, os limita, e pra mim tudo o que é limita as pessoas a serem elas mesmas, é desumano, ismo é algo doente, algo que não está bem, e pra mim a sociedade é doente, avançávamos sim mas ainda somos desumanos com humanos." - ele diz sério, se tem uma coisa que o incomoda, essa é a capacidade das pessoas, em serem tão desumanas umas com as outras, em questões que não interessam a ninguém.

Qual a grande dificuldade que as pessoas tem de cuidar da própria vida, afinal? E naquele momento ele se sentiu mal por mentir seu nome ao garoto de cachos, quando o fez foi por impulso, mas agora tudo o que queria era ouvir o mais novo, falando seu nome naquela voz rouca, e mais, ouvi-lo gemer, gritar o seu nome.
E antes que o cacheado falasse qualquer coisa, ele disse

"- Louis, meu primeiro nome é Louis, quando te conheci disse William, pra quem sabe te impressionar, como o príncipe, você sabe." - disse meio tímido, o que era incrível para ele e toda sua auto confiança.

" - Louis, huh? Já te achava ainda mais bonito que o príncipe, mas Louis sim combina com você, tão lindo como seus olhos azuis, como seu sorriso com ruguinhas." - disse o cacheado divertido, mas totalmente encantado com a pessoa linda a sua frente, com as bochechas vermelhas.

" - Falou o príncipe Harry, mas obrigado curly boy, você é tão doce como um cupcake, tão bonito quanto, e bem me parece tão delicioso quanto." - disse começando doce e terminando atrevido, como só ele sabia ser.

" - Você é incrível Louis, tão lindo." - disse o mais novo, começando a dar beijinhos no pescoço do mais velho, enquanto suas mãos seguravam de forma delicada, a cintura fina do outro.

" - E você curly, você é como o sol, aquece as pessoas, seu brilho reluz no mundo e nas pessoas, seu sorriso é capaz de fazer uma pessoa vazia como eu, se sentir inteiro, se sentir pertencente a algum lugar, e olha que só te conheci hoje, e mesmo que nunca mais nos esbarremos na vida, mon petit soleil, eu posso ser muito pouco pra você, o mundo pode ser muito feio, as pessoas também, mas você Harry, você é todas as coisas mais belas desse mundo, senão a mais bela."

E mais do que nunca, mais do que já desejou ser diferente para merecer sua família, em toda sua vida, Louis desejou ser merecedor aquele menino tão doce e tão ingênuo, não queria que fosse só aquela noite, mas isso eles já tinham combinado antes de tudo, ele queria ser melhor para mais, mas naquele momento da sua vida, ele não era e sabia disso, já tinha dito a Harry, mas por hora era tudo o que eles tinham, aquele momento juntos.
E faria com que aquela noite fosse inesquecível.

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