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História Mon Petit Soleil (Larry Stylinson) - Capítulo 9


Escrita por: hesjagger

Capítulo 12 - Capítulo 9


“ Dada a chance, eu vou ser alguém.” Be Somebody - Kings Of Leon



 

Louis



 

   Depois da conversa com a loira matraca eu não consigo parar de pensar na história dela, é bem aquela coisa quem vê cara não vê coração, eu jamais imaginaria que a história de vida dela fosse essa, ela é tão cheia de vida, desbocada, intrometida, uma ouvinte paciente e atenta, ela não merecia tudo isso, não merecia estar aqui. Eu não sei, mas sinto que preciso fazer algo por ela, não por pena, detesto esse sentimento, mas por compaixão, por solidariedade, por me importar com a felicidade dela, como eu acredito que ela se importa comigo, então vou fazer o que tiver no meu alcance pra ajudar, eu já sei como, só preciso saber o nome inteiro de Jade.


 

     Poucos dias depois consegui arrancar de Perrie o nome completo de Jade, por enquanto não posso fazer nada com essa informação, no momento estou tentando me comunicar melhor com as pessoas ao redor, a loira facilita muito por ser tão, tão ela, e depois que ela contou sua história, ficamos ainda mais próximos, ela contou um pouco mais da sua vida e eu da minha.


 

   Não acho que tenho muito a contar, minhas travessuras em casa e fora dela, é totalmente injusto e falso dizer que só tive momentos ruins na minha vida, me diverti muito, ri muito, fiquei muito louco, conheci pessoas interessantes, outras nem tanto, tive meus momentos bons, nem tudo foi ruim, é engraçado como sempre tentamos apagar as coisas boas, e só nos apegar nas coisas ruins, naquilo que não conseguimos ter da forma que queríamos.


 

- Você diz que sua família não te conhece de verdade, que não sabem como é ser você, mas você os conhece? você deixa eles se aproximarem de você o suficiente pra te conhecerem? O que vocês conversam entre si?



 

    Meu terapeuta disse isso ontem, nunca tentei de fato me colocar no lugar deles, nunca tentei ver as coisas pelos olhos da minha mãe por exemplo, tão próxima de todas as filhas, menos de mim, desde que sai de casa em nenhuma oportunidade disse a ela como foi meu dia, até mesmo antes disso, nunca disse as pessoas que conheci, algo que vi e gostei, e não me lembro de perguntar como ela estava, como estão os gêmeos em sua barriga, se ela precisa de alguma coisa, se sente alguma coisa, e isso me faz sentir um péssimo filho, como se eu não me importasse com ela, o que não é verdade, eu me importo só não sei como expressar isso, não sei o que fazer para que ela veja o que eu estou tentando fazer.


 

- Comece com “olá, como você esta?”, não é tão difícil como você acha, não é como se você tivesse passado a vida inteira dentro de um armário vivendo a base de biscoitos, sem contato com as pessoas, você sabe como conversar, é um rapaz inteligente, tem interesses que pode compartilhar, basta você querer, você tentar.


 

- Não sei, eu não sei


 

- Tente Louis, você é capaz, o seu problema com cocaína, ou qualquer outro problema que você tenha ou possa ter, não te impossibilita, você sim, as dificuldades que você enfrenta não, as pessoas com quem você convive não vão te humilhar por algo que você não controla, o seu vício, pelo que você me diz é o contrário, as pessoas que tentam se aproximar e não sabem como e você também não sabe como se aproximar delas, por mais que você queira, não se esqueça de quando conheceu Harry, o quanto isso foi bom pra você e você participou ativamente para isso acontecer, não estou falando de um monólogo como Sócrates teve com seus alunos, mas conversas rotineiras, trocas de informações de uma pessoa pra outra, como você esta fazendo com Perrie aqui dentro, você não é tão ruim como pensa, você só precisa se dar conta disso.



 

      Minhas sessões estão sendo produtivas, eu acho, estou tentando contar mais sobre mim, mais sobre o que sinto, mais do que penso sobre as coisas que acontecem na minha vida e as pessoas dela, o quanto me sinto mal sobre ter um vício e patético por estar apaixonado, agora que ouço várias historias na terapia em grupo que temos que participar, vejo o quanto devo ser grato pela vida que tenho, que a vergonha que eu sinto por estar aqui, e por ser depende químico todos também sentem, de determinada forma, alguns por conta do que os outros vão pensar, outros porque sua família esta dando sangue e suor parar bancar o seu tratamento, outros que assim como eu, por achar que tem controle de algo que não tem.


 

  É como aquele filme Candy diz, “quando você pode parar, você não quer. quando você quer parar, você não consegue”, não é algo glamouroso, sexy, envolvente, é triste, é decadente, você se sente um incapaz, você se sente um lixo, não a nada de bonito em beber até não ter controle de si, e acabar em coma alcoólico, não a nada de bonito em dividir um pino com os “amigos” e terminar sempre seus dias sem ninguém, não a nada de bonito em entregar sua vida a uma sensação que não durara muito tempo, que destrói sua vida interna e externa, que te dará a sensação de céu primeiro e depois te fará se sentir o pior dos seres humanos, o mais indigno deles, não a nada bonito em destruir a si e tudo que tem ao seu redor, não a nada de bonito trocar a dor de sentir vazio e deslocado, por algo que te isola de todas as pessoas que você gosta, que acaba com todos os seus sonhos, que te faz não enxergar um futuro, por algo que te leva a morte, e eu tive que quase morrer parar perceber isso.

 

  Isso é o que eu sinto, não vale a pena, a vida pode ser mais do que isso, eu quero que a minha vida seja mais do que isso, eu não quero que a dor que eu sinto seja dona da minha vida, eu quero ser dono da minha própria dor, por mais difícil que isso seja, eu quero viver e eu quero ser feliz assim como todo mundo, mais uma coisa que tive que perceber depois de quase morrer, não são muitos que sobrevivem a uma overdose, eu sobrevivi e quero viver, só preciso saber como, eu preciso achar um propósito em mim para isso, alguma coisa que me faça querer tentar e tentar, não só querer e começar a fazer.


 

   Minha primeira oportunidade de tentar veio essa tarde, o médico responsável por mim, veio conversar comigo, sobre como as coisas estão sendo até aqui e o que pode acontecer, como a abstinência, já que agora parei de tomar os remédios que meio que regularam meu organismo para tentar voltar a ser o que era, tentaram o limpar um pouco, não é algo que seja surpresa pra mim, e não é agradável mas não tenho controle disso, ele disse que meu apetite pode começar a mudar e se eu passar por qualquer frustração que eu não fique isolado, que eu tente lidar com a forma que eu posso, nem que seja gritando, ninguém vai me julgar, antes isso do que ir para a droga novamente, disse que estão aqui para me ajudar a sair dessa situação, que eu posso sim viver bem sem qualquer substância, basta ter cuidados com isso e não voltar a pensar como eu pensava quando queria cheirar.


 

    Por conta de agora estar tentando ser mais comunicativo na terapia, participar das atividades propostas e ter tomado todos os remédios direito, posso conversar uma vez por semana com uma pessoa que eu sinta mais saudades, que me faz bem e que não me lembre do meu vício, e eu escolhi minha mãe, depois de todas aquelas sessões e depois de muito pensar no que o psicólogo falou, minha mãe é tão amável, sempre disposta, mas mesmo assim fico um pouco retraído e bom, é um começo de tentar começar a me comunicar melhor com as pessoas, as trazer para mais perto de mim, como diz Perrie e nada melhor do que minha mãe para isso.


 

     A conversa com a minha mãe foi mais fácil do que eu esperava, tirando a parte em que ela diz que esta em Holmes Chapel e eu quase tive um treco e acabei falando mais do que pretendia, se bem que ter conhecido Harry foi uma das melhores coisas que me aconteceram, mas falar para minha mãe que estou apaixonado pela primeira vez aos 21 anos por uma pessoa que vi uma vez pra nunca mais, é vergonhoso, mas é a realidade e quando eu fui ver, já foi também, não posso virar uma matraca como a Perrie.


 

    Outra coisa que eu conto como boa, foi que depois de muito muito tempo, consegui dizer para minha mãe que a amava, de forma tímida e mal dando a chance de ela falar mais alguma coisa, mas eu falei, e acho que isso é algo bom e eu realmente quero que ela me visite, por mais vergonhoso e triste que a situação seja, eu quero vê-la.





 

***********

 

 

 

Harry



 

      Depois que a ligação de Louis acabou, todo o clima parece que mudou, ficou mais esperançoso, todos ficaram animados e minha mãe e os meninos não permitiram mais espaço para lágrimas, que eu ainda vou soltar pela declaração de Louis, foi tão bonito e nossa ele é tão fofo, eu realmente não esperava que ele gostava de mim de volta, se quer se lembrasse de mim, mas eu não posso explicar o que eu sinto por agora saber que é recíproco, uma parte de mim esta pulando de alegria, outra parte esta animada com a notícia mas triste por querer que ele estivesse comigo aqui e durante a gravidez, ao pensar nisso suspiro.


 

   Lottie percebe, não se como e se vira para mim perguntando como vou fazer com a escola, acho que por uma tentativa de me distrair, e eu ainda não tinha pensado nisso, só agora que ela falou.


 

- Eu não sei, na verdade não tinha pensado nisso ainda, sei lá desde que eu soube do bebê, só penso nele. - digo mas é uma verdade em partes, penso muito no bebê sim, mas também penso muito no irmão dela.


 

  Ela faz um sinal de concordância com a cabeça.


 

- Mas não se preocupe com isso agora, você esta no último ano, aposto que sua mãe vai conversar com seu diretor sobre a situação, e bem desde que o mundo é mundo adolescentes tem tido bebês. - ela diz concentrada em seu bolinho, todos dessa família são fofos assim, mesmo?


 

- Sim, e bem provavelmente o bebê vá nascer no final do ano, vou ir as aulas até quando aguentar ir, logo vou ficar enorme, meu corpo esta começando a mudar, e isso é tão estranho. - digo olhando pra minha barriga.


 

  Me parece um bom plano, ir a escola até quando eu puder por conta da gestação, vou ir com a minha mãe conversar com o diretor, não é por nada, minhas notas são altas não é possível que eu precise ir até o último dia de aula, só preciso manter minhas notas assim, e quando for conversar com ele choramingar bastante que sempre fui um bom aluno blá blá blá, eu só quero saber como vai ser a reação do pessoal da escola, cidade pequena, todo mundo se conhece, e eu não sou visto com nenhum garoto, ninguém conhece o pai da criança, os boatos que podem começar a surgir, as fofocas, todos me perguntando do pai, ou não, não sei, mas antes que eu comece a surtar por conta da minha vida escolar daqui por diante, um cheiro de canela chega até mim, muito forte e um enjôo tão intenso me bate com tudo e saio correndo até o banheiro.


 

Ah, a gravidez :)






 

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Notas Finais


N.A./ Olá, eu não pretendia voltar já tão cedo, eu estava MUITO insegura com o capítulo passado, mesmo ele sendo um dos meus favoritos até aqui, li os comentários e foi “ufa” e aqui estou eu.



Gente e esse today do Harry no show do Kings of Leon, KINGS OF LEON, amo h+kol


Mudei a capa de novo, porque eu me apaixonei por essa manip, que manip bicho.



Hoje (1 de fev) é aniversário da alegria da minha vida, e eu não posso desejar, menos do que todo o amor do mundo para o Harry, que toda a felicidade que ele nos proporciona, ele tenha em dobro, Harry Styles (Tomlinson) merece o mundo inteiro, muito amor, muita paz, muito Louis, muito sucesso, e liberdade, liberdade para ser ele mesmo, amar quem quiser, fazer o quiser, esse ano e os próximos são seus, AHAZA VIADO [💐] [💝] [🎁] [🎂] [🎆] [🎉]



Spoiler (ou não) : próximo capítulo ta babadeira


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