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História Mon Petit Soleil (Larry Stylinson) - Capítulo 12


Escrita por: hesjagger

Capítulo 15 - Capítulo 12


Fanfic / Fanfiction Mon Petit Soleil (Larry Stylinson) - Capítulo 12

"Eu poderia passar a minha vida nesta doce rendição." — I Don't wanna to miss a Thing - Aerosmith

Harry

Eu ainda posso sentir os lábios de Louis nos meus, cada vez que os toco, desde que me despedi dele e entrei no carro eu não consigo parar de pensar no dia que passamos juntos, foi incrível, teve seus momentos fofos, quentes, constrangedores quando fomos flagrados, momentos que eu explodi, que ele explodiu, onde falamos de nos mesmos e dos nossos medos mas eu não mudaria nada, talvez só chorasse menos, os hormônios estão me enlouquecendo, me sinto ainda mais apaixonado do que quando entrei naquela clínica para visitar Louis.

Agora na viagem de carro até em casa repasso mentalmente meus últimos dias, com Louis e também com sua família, achei tão meiga a forma como ele chama as irmãs de minhas meninas, ele é tão meigo falando das irmãs, e comigo que me da ainda mais vontade de suspirar. Suas irmãs são tão amorosas quanto ele, e sentem tanto a falta dele, como ele delas, Louis procura não deixar isso muito claro mas seus olhos o entregam, as meninas me fizeram mil perguntas e choraram de saudades. Ele é tão amado, eu queria que um dia ele se desse conta da dimensão disso.

Me senti muito querido na casa dos Tomlinson, desde o primeiro momento fui cercado pelas belas meninas, que me enchiam de doces na mesma proporção que me faziam perguntas sobre mim e Louis, fiquei mais corado do que posso contar, soube mais sobre ele e também sobre elas, do que gostam e como passam seu tempo livre e principalmente a expectativa de ambos sobre o bebê, não esperava que eles fossem tão calorosos, se bem que é a mãe de todas é a Jay, essa mulher tão calorosa e sincera nos seus afetos, que me acolheu desde o primeiro em sua grande família e faz tudo o que pode para me fazer sentir a vontade em sua casa.

Admito que estava com medo de conhecer Mark, o pai de Louis, afinal eu sou praticamente um desconhecido e ainda grávido de seus filho mais velho, eles não são pobres, Tomlinson é o número um quando o assunto é publicidade, eu esperava um homem sério de terno e gravata, encontrei um homem com roupas até simples para o grande cargo que ocupa, e que faz brincadeiras com tudo e todos, gentil e amoroso com sua esposa grávida, que adora suas filhas e as constrange a todo momento com historias de quando eram menores e ainda mais agitadas. E claro eu acabei sendo incluso, quando ele disse para eu não ter vergonha de comer bem, para que o bebê seja forte como o Louis, talvez eu tenha ficado com vontade de chorar por ser tão incluído já nessa família e por imaginar um mini Louis, mas isso só diz respeito a mim, ninguém precisa saber.

Hoje tenho uma consulta importante, vou ouvir o coração do bebê pela primeira vez, estou muito ansioso, mesmo todas as confirmações que já tive da minha gestação, essa parece a mais concreta, vou ver o coração do meu bebê, do pequenino ser humano que esta se desenvolvendo dentro de mim, ainda não estou totalmente acostumado com a ideia.

Tem acontecido muitas coisas ao mesmo tempo na minha vida, em um espaço de tempo muito curto, me sinto perdido, tudo era tão pacato e sem graça antes que parece que o que estou vivendo agora não é minha vida de fato, sei que não é justo com todas as pessoas que estão me apoiando no momento, mas eu me sinto sozinho, a pessoa que eu mais queria do meu lado agora não pode estar comigo, eu entendo, Deus sabe que eu entendo, mas quando eu estou com Louis, eu não me sinto perdido, é como se o meu lugar fosse ao lado dele, com ele eu me sinto seguro, me sinto capaz de qualquer coisa, com ele é onde eu quero e preciso estar.

Eu queria tanto que ele estivesse comigo hoje para ouvir o coração do nosso bebê mas eu sei que ele não vai estar porque ele não pode, não que ele não queira, eu esperava que eles nos rejeitasse, que ele gritasse comigo, eu entenderia mesmo que isso partisse meu coração. Essa é uma outra coisa sobre o que já conheço de Louis, além de ter uma força imensa que nem ele mesmo reconhece, ele tem um coração tão grande e uma sensibilidade tão dele, acho que é uma coisa que nem ele se permite conhecer, mas quem tem a chance de conviver com ele percebe isso em suas atitudes e principalmente no seu olhar, seus pequenos e significantes gestos, dentro do seu abraço foi o lugar onde me permitir me abrir, ser eu mesmo com meus receios e meus sentimentos mais sinceros, é o melhor lugar que eu poderia estar, nos braços de Louis.

E eu não poderia não fazer nada com a informação que tive de que Perrie tem certo poder ali dentro, eu não tinha a ideia do quanto preciso dele, até ter o encontrado novamente, tudo que eu quero é que ele fique melhor mas ao mesmo tempo eu quero conviver um pouco mais com ele nesse meio tempo até ele ter alta, eu gostaria que ele já participasse de alguma forma da vida do bebê, por isso pedi a loira uma ajuda para ver mais vezes o Louis, pedi ajuda para ele poder participar desde já da vida do nosso filho ou filha sem que isso atrapalhasse seu tratamento, só se ele puder e tiver condições de fazer isso, e Perrie me prometeu que ajudaria e que Louis é muito mais capaz do que ele mesmo acredita e que ela mesma vai fazer ele ver isso, nem que seja na base do puxão de orelha, ela é uma fofa, tão boa para o Louis.

Com Louis sempre no meu pensamento mal percebo como já chegamos a Holmes Chapel, como estou em cima da hora marcada, só tenho tempo de dar um rápido abraço em minha mãe e correr para um banho rápido, já tomei o café da manhã com Jay em Londres. Estou ansioso, com medo e enjoado.

O motorista de Jay nos levou até o hospital e se despediu, enquanto espero o médico me chamar, minhas pernas estão inquietas, acho que minhas mãos estão tremendo.

O meu médico bonitão me chamou para sua sala finalmente, me perguntou como me sinto desde a última vez que o vi, a minha alimentação, se estou tomando as vitaminas todos os dias, esse papo todo de médicos, dessa vez respondi tudo como uma forma de tentar me distrair e não ficar muito ansioso, não posso mais quase surtar por qualquer coisa por conta do bebê, ele acaba sentindo tudo que eu sinto de alguma forma, pelo que eu pesquisei.

- Vamos lá ouvir o coração do seu pequenino, aposto que o senhor Styles está ansioso para isso.

Puta merda é agora, minha mãe praticamente me empurra até a mesa de exame, que eu já tinha feito o ultrassom da outra vez, enquanto ela e o médico se divertem com meu nervosismo, me da um desconto é minha primeira gestação, gestação não planejada e eu ainda me seguro muito, porque tem vezes que eu tenho vontade de sair gritando com o tanto de coisa que esta acontecendo na minha vida ao mesmo tempo, estou apavorado o tempo todo, agora menos depois de conversar com o Louis sobre nosso bebê.

Me deito na maca, depois do médico passar um negócio mega gelado em minha barriga, que eu tenho a impressão que esta maior a cada vez que eu a vejo, e ele agora esta tentando localizar meu pequeno bebê ali, e eu estou roendo as unhas, minha mãe tira a mão da minha boca e da um tapa nela, chata. E depois a segura e sorri pra mim, como uma forma de mostrar que esta aqui comigo.

- Este é o seu bebê, ele esta no tamanho e peso adequado, continue com as vitaminas que receitei e ele continuara saudável assim. — o médico vai até o monitor e com uma caneta circula o pequenino ser que aparece ali, tão pequenininho ainda e eu sinto vontade de chorar. — Pronto para ouvir o coração da sua filha ou filho?

Eu concordo com um aceno na cabeça e fecho meus olhos, respiro fundo e sinto minha mãe apertando minha mão, a sala está toda em silêncio por um momento, quando um delicado porém forte som toma conta de todo o lugar, são as batidas da pequena manchinha que aparece no monitor, é surreal que algo tão pequeno dentro de mim tem um coração batendo dessa forma, pode não ser tão forte como as batidas do meu coração no momento mas é como se tomasse conta de tudo que a mim, é o som mais bonito que já ouvi até agora, desculpa Louis e sua linda voz e sua melodiosa risada, mas as batidas do coração do nosso bebê, meu e de Louis, é com toda certeza o som mais puro que já ouvi, nunca pensei que ouvir as batidas do coração de alguém me tocaria dessa forma, mas não é qualquer pessoa, é o meu bebê, o meu filho ou filha.

Não me dou conta que estou de fato chorando até o médico me oferecer um lenço de papel, com um sorriso compreensivo no rosto, mesmo chorando de emoção, não consigo tirar o sorriso do rosto, é como se tivesse totalmente inundado pelo amor que sinto pelo meu bebê, ainda tão pequeno mas já tão amado, não tinha me dado conta disso até esse momento, que não tinha me permitido sentir isso até esse momento, esse bebê que esta crescendo dentro de mim é a pessoa mais importante da minha vida, não tem culpa se eu sou novo demais, nem que o outro pai tem seus problemas, ele chegou de forma inesperada mas já ganhou todo mundo, eu mais do que todos juntos.

Estou tão dentro da minha bolha de amor que meu amor, que nem percebo o tempo passando, até que minha mãe chama minha atenção e me viro pra ele me sentindo um bobo por saber chorar o tempo todo.

- Querido seu bebê é tão pequeno mas já tão forte, imagina a reação do Louis e das meninas ouvindo o pequeno coração dele batendo? — minha mãe diz sorrindo mas pelos seus olhos vermelhos sei que ela chorou também, ela balança suas mãos mostrando seu celular que esta no gravador.

Mamãe sempre sabe o que fazer, ela gravou o exame para mandar para Louis e sua família, e eu choro ainda mais me sinto tão sortudo por ter uma mãe que me apoia e acolhe em tudo, que sempre faz de tudo para as coisas serem melhores pra mim, mesmo sem Louis aqui, ele vai poder ouvir o coração do nosso bebê, e participar disso mesmo de longe.
 

***

Louis

Não me lembro da última vez que me senti tão leve mesmo com a sobrecarga de emoções e sentimentos que anda acontecendo comigo nos últimos dias, crise de abstinência, reencontrar Harry e todo o turbilhão de emoções que foi esse encontro, meus próprios sentimentos em relação a ele e ao bebê, é muita coisa pra uma pessoa só.
Minha sessão de terapia hoje tem assunto pra ser dito, meu psicólogo logo no começo me explica que a decisão de trazer Harry até aqui, foi feita por todo o corpo de médicos que trabalha comigo, que podia dar tudo muito errado, como muito certo levando em conta o momento que estou, a descoberta na paternidade, abstinência observada e já meus conflitos internos de muito tempo, e deu a deixa que tudo deve ter ocorrido muito bem por conta do sorriso no meu rosto. Não tem como não sorrir pensando no Harry e no bebê.

E boa parte da sessão foi assim contando desse encontro, de como me senti sobre ele, o quanto eu quero o meu filho mas estou apavorado ao mesmo tempo, só que parece tudo tão certo, como se o que vivi até aqui tivesse que acontecer, me sinto frustrado por ter que estar longe deles, de não poder ver de perto tudo acontecendo mas eu não sei o que faria se fosse diferente, e a certeza que infelizmente as chances de não aguentar tudo isso sozinho e correr para a droga era bem grande, estou longe mas pelo menos estou cuidando do meu vício, não posso e não quero estar com meu filho ou filha de qualquer jeito, mas isso me entristece, eu queria que as coisas fossem diferentes, mais fáceis.

Com um sorriso cúmplice o psicólogo fala das paredes que eu escrevi, enquanto estava uma bagunça, que o que eu escrevi é interessante e vamos ainda conversar muito sobre isso, e que as moças da faxina tiveram um trabalho danado pra tirar aquilo, o jeito foi pintar mas tudo foi fotografo e anotado por ele e ele também fala de como o futebol voltou a ter um papel importante pra mim depois de tanto tempo, já que não jogava desde a época da escola.

E quando já estamos nos despedimos, ele pergunta se escrever me ajudou naquele momento e contar pra ele na nossa próxima sessão daqui a dois dias.

Acho que como estou melhor do que estou na maioria dos dias, como se para o universo ficar mais equilibrado, Perrie esta estranhamente silenciosa e Liam extremamente abatido que acaba sendo dispensado do seu estágio aqui, o que é muito estranho ele é sempre tão centrado e sociável, então o que me resta é tentar animar Perrie, enchendo o saco dela mas quando ela esta prestes a me matar com seu alicate de cutícula, uma enfermeira me chama pra falar com minha mãe, sendo que falei com ela ontem e foi bem constrangedor já que ela fez mil perguntas do porque Harry estar tão sorridente e corado.

Quando atendo animado ao telefone e ouço a voz chorosa da minha mãe, já me preocupo de imediato com sua gravidez de gêmeos, que é uma gravidez arriscada e claro com Harry, ela tenta me acalmar falando que todos estão bem, que não aconteceu nada de ruim, pelo contrário aconteceu algo muito bom, e eu já estou quase arrancando meus cabelos e o que ela diz a seguir me deixa totalmente em silêncio.

- Harry foi o coração do bebê hoje, boo, o meu netinho, você quer ouvir querido? Anne gravou pensando em você. — dona Jay diz amorosa, com a maior paciência do mundo.

- Sim mãe, sim por favor. — digo já com um nó na garganta.

Um silêncio breve se instala até o som de batidas fracas mas mesmo assim intensas chega até os meus ouvidos, e esse som faz com que a ficha caia totalmente, caso eu ainda tivesse com dúvidas, eu vou ser pai, caramba eu vou ter um filho, esta sendo gerado dentro do ventre de Harry, uma pessoa agora ainda minúscula mas que quando de fato vim ao mundo vai depender de mim e Harry para se adaptar nesse mundo de louco, meu Deus preciso ir com calma que a criança ainda esta bem e segura dentro da barriga de seu outro pai, ainda.

Babo um pouco com minha mãe e desligo porque preciso processar isso sozinho agora, vou até um canto com pessoas dispersas fazendo suas coisas, tento não estragar esse momento com meus medos e preocupações, isso eu posso fazer depois, agora eu posso me agarrar no que guardei na memória do som mais doce que já ouvi, caramba eu e Harry fizemos isso, juntos, a melhor coisa que já me aconteceu.

Agora eu tenho um propósito na minha vida, um que eu não pedi, que eu nem imaginava mas mesmo assim veio sem pedir licença, e já me ganhou só tendo um coração batendo, só sendo uma pequena vida, se eu tinha dúvidas do porquê sobrevivi agora não tenho mais.

Essa é minha vida e mesmo estando apavorado não a trocaria por nada, não quero me imaginar sem eles.
 

****

Harry

Depois da choradeira na consulta cheguei em casa e fui dormir esgotado, acordo ainda cansado e parece que tem uma festa acontecendo dentro da minha casa, misericórdia tem uma pessoa grávida tentando descansar por aqui, o que um pobre adolescente gestante tem que fazer pra ter sossego dentro de sua própria casa?

Levanto da cama totalmente irritado e faminto, admito, essa criança parece que nunca esta satisfeita quando o assunto é comida, nem me preocupo com minha cara amassada e vou até minha sala pisando duro, lá que esta concentrado todo o barulho, deve ser Niall voltando da escola e achando que esta na zona.

Meu Deus minha sala parece uma loja de roupas e coisas de bebê, roupinhas, mamadeiras, banheira, brinquedos para bebês estão por todo lado, sapatinhos, minúsculas meias e luvas, tocas, e no centro disso tudo minha mãe dobrando roupinhas com Ed, e Niall rindo como uma gazela, que ele é e ao seu lado, uma figura com longas pernas bronzeadas com um macacaquinho azul marinho, seus cabelos loiros até seus ombros e seu sorriso brilhante junto com seus belos olhos azuis.

Taylor, minha amiga voltou.

 

 


Notas Finais


N.A./ oie, desculpa pela demora, aconteceram muitas coisas tensas como expliquei no aviso, mas aqui estou eu, espero que gostem do capítulo, por favor não esqueçam de comentar, eu ando bem insegura quanto a tudo que produzo.

a Taylor aqui é do bem, viu? só lembrando

ainda estou besta com o trabalho solo lindo do Harry, e ele esta tão feliz meu bebê, estou tão orgulhosa e espero sobreviver até dia 12.

Até


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