História Mon Petit Soleil (Larry Stylinson) - Capítulo 15

"Dammit, It's a one in a million." 17 - Kings of Leon

Louis

- Que porra esta acontecendo com Harry, ele está bem? Meu filho está bem? — já digo quase gritando, e tremendo de medo, de algo tenha acontecido com eles e eu longe.

Estou assustado pra caralho, preocupado até o último fio de cabelo rosa na minha cabeça, nada de ruim pode ter acontecido com eles, meu Deus, não não.

- Senhor Tomlinson, nada de grave aconteceu com o senhor Styles, foi apenas um susto uns dois meses atrás, devido a estresse que ele passou na escola, você sabe como adolescentes podem ser ruins uns com outros sim? Mas ambos estão bem, foi apenas um susto.

Um susto, dois meses atrás e só me avisaram agora, estão querendo me deixar maluco, só sei disso agora, sou o outro pai não sou? acho que tenho algum direito de saber o que esta acontecendo. Antes que eu possa retrucar, o médico continua a falar.

- Não foi nada sério, por isso o senhor não foi avisado, estão ambos bem, senão tivessem a informação chegaria bem antes, o motivo que te chamei aqui é sobre outra coisas.

- E o que seria? - digo malcriado.

Ele revira os olhos disfarçadamente.

- Mesmo sendo somente um susto, as coisas não andam fáceis para o senhor Styles na escola, ele é um adolescente grávido, e sem qualquer namorado conhecido, bem já da para imaginar o que seus colegas andam dizendo para ele. - ele diz mexendo em seus óculos e eu concordo, balançando a cabeça.

Adolescentes estúpidos quero mata-los, só de imaginar do que podem estar xingando ou falando de Harry, do meu bebê, preciso fumar já que não posso socar ninguém, e é isso que faço, pouco me importando com o médico na minha frente, estou no mínimo puto, com os colegas de escola de Harry, com quem escondeu isso de mim, de tudo, eu poderia explodir a qualquer momento de raiva. Harry é bom demais para esse mundo de merda.

- Você tem se saído muito bem nos últimos meses, melhor do que acredito que ambos de nos esperavamos não é? - ele pergunta para mim e eu fico quieto. - Acho que esta na hora de ver como o senhor se sai lá fora, é como um voto de confiança, tanto no nosso trabalho como em você, você vai ser pai, e o outro pai do seu filho, esta sozinho lá fora e precisa de você lá, como ele, você acredita que pode fazer isso?

Isso me pegou totalmente de surpresa, Harry precisa de mim, certeza? Será mesmo que estou bem o suficiente para isso? Será que estou pronto para encarar o mundo lá fora novamente e desa vez sem cair em qualquer tentação?

- Eu não sei, eu realmente não sei.

- A decisão é sua, permitimos sua saída para ficar com o senhor Styles o tempo que for necessário, você não vai estar sozinho lá fora, vamos te dar suporte para isso, terapia com um profissional especializado nesse tipo de situação, e as reuniões do NA*, que pode facilitar sua integração novamente na sociedade como um dependente químico limpo e saudável.

Caramba, ir ou não ir?

***********

- Não sei qual é sua dúvida ainda, sair desse lugar e ficar limpo e com Harry e o bebê de vocês, não entendo sua dificuldade bonequinho. - Perrie diz enquanto pinta suas unhas do pés, sem dar qualquer atenção para mim e para o meu drama.

Mas cara sério, eu estou com medo, medo de não consegui me controlar, medo de a realidade ser tão sufocante e eu acreditar que preciso fugir dela e deixar todos na mão, não posso deixa-los na mão, não sei se estou pronto para esse passo.

- Você, tem que acreditar mais em você mesmo, todos nos acreditamos em você, todos nos estamos com você, sei que as coisas podem ser bem complicadas, mas não esta mais sozinho como antes, sei que é difícil mudar aquelas coisas que já estão dentro de você a muito tempo, mas você não perde nada por tentar. - a loira disse fazendo um biquinho e me abraçando de lado.

É difícil sair da sua zona de conforto, é difícil abandonar suas crenças por pior que elas sejam, sair do conhecido é algo bem complicado e requer uma parte de nos que acreditamos que não existe, que procuramos não acreditar apenas para continuar como sempre fomos, acho incrível como se quisermos e deixarmos não precisamos de ninguém para nos botar para baixo, nos mesmo podemos fazer isso muito bem, o ser humano é um bicho muito louco.

- A barriga do Harry deve estar enorme, imagina ele todo redondinho com aqueles cachos fofinhos e aquelas covinhas aparecendo enquanto ele sorri, passando a mão na barriga. - Perrie diz fazendo uma voz fininha apertando sua própria bochecha e me tirando do meu desvaneio.

Lindo, Harry deve estar mais lindo que nunca, sua barriga deve estar bem evidente agora em seu corpo magro, a mais bela das visões.

- Tira essa coisa rosa da minha cabeça, o que a mãe do Harry vai pensar ao me ver desse jeito?

Ela faz uma dancinha pra lá de estranha e vai pegar o que quer que seja para tirar essa cor berrante do meu cabelo.

**************

Harry

Ando pensando em voltar para a escola, estou cansado e entediado para ficar somente em casa, sinto falta de ver pessoas, de observar as pessoas que não conheço vivendo suas vidas, tentando passar de ano da forma que podem, me sinto mais forte agora, um pouco mais confiante e Niall disse que vai ser meu cão de guarda, já que nunca se sabe o que se pode acontecer. Minha mãe esta receosa, mas ela apoia a decisão que vou tomar, qualquer que seja ela.

Minha barriga esta grande e redondinha, se antes eu achava tudo isso bem estranho, agora me sinto bem fofo, mesmo com as minhas bochechas estando enormes, mas a barriga, ela sim esta bonitinha, não tem como negar a gravidez mesmo se eu quisesse, e me sinto bem no meu próprio corpo, acho que pela primeira vez desde que soube que estou grávido, o médico disse que vai ser um bebê grande, que ele já esta gordinho, não vejo a hora de poder ver seu rostinho.

Na próxima semana vou ver se é menino ou menina, eu não sei o que esperar para falar a verdade e não me importo muito, vindo com saúde e esta tudo bem com ele ou ela é o mais importante, já tenho montanhas de roupinhas de todas as cores possíveis, já tinha ganhado várias, Fizzy e Lottie me deram muito mais, já não tenho onde colocar mais roupinhas de bebê, e ainda faltam as coisas essenciais, como banheira, mamadeiras, babadores e essas coisas.

Jay me deu um pequeno e um pouco surrado macacão jeans pequenino, que pertencia a Louis, talvez tenhamos ou não chorado um com o outro por isso. Só de pensar meu bebê usando uma roupinha que era de seu pai, já sinto vontade de chorar de novo, toda vez que pego a pequena peça me sinto emocionado, imaginando meu pequeno serzinho vestido nela, e também é mais uma forma de seu outro pai estar na vida dele ou dela, não importa quão longe Louis possa estar, um pedacinho dele vai estar aqui.

Em um dia qualquer decido ir para a escola com os meninos, Ed passa em casa para me pegar, o tempo esta meio frio, então estou com dois suéteres que eu sei que nem disfarça e nem escancara minha barriga, a mostra como ele realmente esta mas não ligo muito, já que estou ansioso para saber como vai ser, com um pouco de medo mas torcendo muito para tudo ir bem, não aguento mais ficar dentro de casa.

Sinto olhares em mim, melhor na minha barriga mas tento não me importar, a maioria olha com espanto mesmo e o resto não tento nem processar a informação, meus professores ficam surpresos ao meu ver e me perguntam como eu e o bebê estamos, alguns colegas que converso também perguntam e falam como estou bonito, retribuo ficando vermelho e sorrindo e tento tirar o assunto de mim e eles me atualizam nos trabalhos em classe que fizeram enquanto eu estive fora, alguns fiz em casa e outros os professores vão me dar um prazo diferente para entregar.

Foi muito mais calmo do que eu esperava, nada de murmúrios chatos e mesmo com a menor demonstração disso, Niall faltou latir e todos ficaram quietos sem graça, parece até como as coisas eram antes, agora felizmente sem nenhuma pessoa chata interessada em ficar comigo, e posso ficar com meus amigos numa boa.

***********

Louis

Com o endereço do local das reuniões do Narcóticos Anônimos e do terapeuta em mãos, entro no mesmo carro que me trouxe até aqui, o dos meus pais, e encontro no banco de trás uma mala com roupas minhas, roupas melhores das que eu geralmente visto na clínica, digamos assim, devido ao tempo um pouco frio coloco minha jaqueta de couro, é de manhã cedinho e eu praticamente não dormi e estou inquieto, também não fumei e não pretendo fumar, já que vou estar perto de uma pessoa grávida e sei que pode dar merda, e não me perdoaria por prejudicar a vida do meu filho ou de Harry, por conta de um hábito.

Sabiamente minha mãe, só mandou minhas roupas e produtos de higiene pessoal, nada de celular ou qualquer eletrônico. É complicado mudar velhos hábitos, então o melhor a se fazer é não dar brechas.

Sem me dar conta já acordo com o carro parando em frente a uma modesta e bem cuidada casa, tudo dela transparece delicadeza e não tenho dúvidas que cheguei ao meu destino, a casa de Harry.

Assim que chego até a porta sou surpreendido com um abraço, de uma mulher mais velha de cabelos negros, que só pode ser a mãe de Harry por seu sorriso com convinhas e olhos verdes, não lembrava muito bem dela, mas bem a beleza de fato é de família por aqui.

- Oh Louis como está crescido e bonito, um homem feito, nem parece o pequeno menininho que se encantou com meu Haz. - ela diz me me analisando e me faz corar. - Bem, certas coisas não mudam mesmo, já que continua encantado com meu bebê, huh?

Agora entendo o porquê, ela e minha mãe são melhores amigas, acho que nunca estive tão envergonhado em toda a minha vida, mas o que eu posso fazer não é, sou mais um tolo apaixonado por menino de cachos. Eu engravidei o filho dela, poderia ser pior, poderia ter sido recebido a vassouradas.

Ela me deixa um momento sozinho para fazer um chá para nós, aparentemente Harry voltou para a escola hoje, e eu não sei se estou feliz ao saber disso, podem o machucar de novo, e eu adoraria socar a cara de alguém que fizesse mal a ele, mas acho que isso não é de todo ruim, sendo que eu posso colocar certos imbecis no seus devidos lugares.

Minha linha de pensamentos sobre crimes de ódio contra idiotas aborrecentes se perde, assim que em um canto da sala, em uma poltrona vejo várias roupinhas de bebê, das mais variadas cores, dos mais diversos tamanhos e ainda assim pequenos, não consigo deixar de fazer ''awn" porquê são as roupinhas do meu bebê e eu quase não me envolvi em sua gestação, mas é para isso que estou aqui.

- Suas irmãs estão enloquecidas com a ideia de ter uma sobrinha ou sobrinho, não conseguem parar de comprar roupinhas, e falar com o Harry praticamente todos os dias, isso quando não dão um jeito de vim até aqui os mimar. - Anne diz com um sorriso e não consigo não sorrir de volta.

Me aquece por dentro saber do carinho que minhas irmãs tem o Harry e com nosso filho, mesmo não sendo a situação mais ideal, tudo parece estar correndo bem entre eles, daria tudo para ver minhas meninas interagindo com o Harry.

Anne é uma mulher extremamente simpática e me conta como tudo tem sido para Harry nos últimos meses, do susto da escola que foi um desmaio e do medo que teve mesmo sem nenhum sangramento, de como Harry esta aceitando cada vez mais a gravidez e as mudanças em seu corpo, seu fiéis escudeiros Niall e Ed que passam a maior parte dos dias com ele, que ela sabe que o filho se sente só mas ele tenta ao máximo disfarçar isso e que ele vai ficar extremamente surpreso e feliz ao me ver aqui.

Da para compreender agora o como e porquê Harry é uma pessoa tão doce, tão inteligente, tão apaixonado pela vida, sua mãe é maravilhosa e em nenhum momento me julgou por causa coisa que seja, só me perguntou como eu estava e como as coisas estão sendo pra mim, paternidade, clínica de reabilitação tudo ao mesmo tempo e fui o mais sincero possível, que por mais medo que tenha não vou desistir de mim, tanto por mim mesmo, como principalmente para o bebê que estar por vim em poucos meses.

Em poucos meses serei pai, minha vida terá um novo propósito, aliás já esta tendo.

Foi ideia dela, eu esperar Harry na porta de sua escola, depois de horas de uma conversa leve e cheia de risos, com direito a fotos de Harry criança, onde descobri que ele era loiro, o que rendeu o tópico, se nosso bebê vai ser loiro ou não, estou encostado no carro inquieto, com o motorista sentado ali calmamente, enquanto espero dar a hora do meu lindo garotos de cachos e lábios vermelhos sair.

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Harry

Depois de um dia normal de aula, tudo o que eu desejo é a minha cama, meus pés estão doendo e minhas costas também, sair de casa um pouco é bom, mas nossa casa é melhor ainda, e hoje vou comprar com minha mãe o que falta para o neném, e quem sabe um sorvete para mim depois. A ideia me faz bater palminhas, sinto como se precisasse de doce a todo instante, estou pior que Niall, falando nele agora ele dividi sua comida comida, quando não quer faço bico e cara de choro e tudo se resolve, é a vida não está tão ruim assim.

Estamos saindo da sala indo até o portão, e vejo o pessoal comentando alguma coisa, que não parece ser eu, escuto meninas histéricas dando gritinhos mais estridentes que o normal e reviro os olhos, até que eu, Ed e Niall passamos do lado de uma delas.

- Ele é tão bonito, nem parece que é de verdade meu Deus que homem, parece até perdido por aqui nesse fim de mundo, e ainda na porta da nossa escola, muito estranho mas vamos apreciar essa obra arte. - ela disse e aos pulos foi até a saída da escola seguida por suas amigas, também saltitantes.

- Não deve ser nada demais, tudo por aqui é um escândalo por nada. - Ed disse indiferente.

- Essa eu quero ver. - Niall curioso como só ele.

Quando chego no portão, entendo o alvoroço todo, o homem mais bonito que já vi na minha vida, o pai do meu filho esta aqui, Louis esta aqui, em toda sua glória de jaqueta de couro, franja jogada no rosto, lindo de morrer. Uma parte de mim, quase paralisa, com as pernas tremendo e o coração tão acelerado quase saindo pela boca, a outra parte quer se jogar nos braços dele, e é essa parte que minha mente e corpo obedecem e é isso que eu faço, deixo meus amigos para trás e vou de encontro até ele, como a rua esta tranquila não teve qualquer impecilho de chegar até ele, o barulho e as pessoas em volta e provavelmente olhando pouco me importa.

Louis me vê, e abre o seu mais precioso sorriso, aquele de ruguinhas em que mal posso ver seus lindos olhos, correndo como posso me jogo em seus braços e ele me abraça apertado, não existe mais nada a nossa volta somente eu e ele, e é o meu lugar favorito no mundo, passando alguns minutos assim, até que ele separa um pouco nossos corpos e me analisa dos pés a cabeça.

- Mon petit, você esta tão bonito, mas tão bonito carregando nosso bebê, que eu tenho certeza que o sol e as estrelas, estão com inveja de toda sua beleza e esplendor. - ele diz enquanto passa a mão delicadamente em minha barriga avantajada.

E mesmo tímido, me sinto tão necessitado dele, que o surpreendo o beijando apaixonadamente, senti tanta falta disso, falta de nós dois, Louis&Harry, de sentir a textura dos seus lábios, do seu toque no meu corpo, do seu cheiro, da sua presença, o beijar é sempre uma experiência única, melhor do que a última, porquê nossos corpos já se conhecem tão bem, são tão conectados que ás vezes fica difícil saber quem é quem, é um beijo lento e cheio de significado e sentimentos, como se falassemos nossa própria língua e é assim, não tem qualquer explicação mas tem a melhor sensação que eu já senti.