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História Monomania. - Lou(cura).


Escrita por: Chayote

Notas do Autor


Bateu a inspiração e saiu, então é isso.
Os fragmentos de textos são como cartas ou talvez um rascunho em algum diário escritos totalmente por Baekhyun esquizofrênico.
As coisas não são muito claras como numa escrita normal, então acredito que seja preciso um pouco de atenção.
Obrigada ❤
p.s.: to tentando por uma gif que reproduza, relevem kaoksjiojd

Capítulo 1 - Lou(cura).


Monomania

1.Psiq. forma de loucura em que um único pensamento ou ideia absorve a mente do indivíduo.

 

 

 

Seul, 13 de setembro de 1971.

Numa valsa de lábios você pronunciou-me pela primeira vez e eu gostei da maciez que sua boca declarou em minha imaculada tez. Riu quando eu disse não gostar do nome que vieram a me batizar. Baekhyun? Sério? Nada no mundo conseguia me fazer gostar. Soava estranho e no calor mundano, você afirmou que era gostoso de falar. Sabe o quanto aquilo me fez bem? Havia tempos que algo positivo em mim não era dito por alguém, e sob o grosso cobertor que eu fingia não sentir fervor – pois era ali que me escondia da dor que eu sabia que logo me encontraria – vi que você era o doce do sabor. E eu sorri.

 

Seul, 03 de julho de 1976.

Disseram-me que eu era louco e eu sequer dei bola. Olhavam-me torto, mas a tristeza ia embora. Ah, Chanyeol... Você era a única coisa na qual me importava, pois sempre depois que tudo desabava você surgia como magia de criança encantada. Sabia que iria me abraçar. Dizer que tudo ficaria bem pela milésima vez sem se cansar. E, pra ser sincero, se você ousasse falar que estaria sempre comigo, eu acreditaria. Eu acreditaria em qualquer coisa que ousasse dizer. Eu confiava em qualquer coisa que ousasse fazer. Acreditaria. De olhos vendados confiaria. E eu sorriria.

 

Seul, 17 de novembro de 1982.

Você sumiu. Disseram-me que eu era louco, e eu sequer dei bola. Quem era você? Era quem eu tanto dizia, mas ninguém sabia. Ninguém conhecia. Não tanto quanto eu. Faltava um pedaço de mim que você levou achando ser seu. E sabe de uma coisa? Era mesmo. Tudo em mim era breu. Mas você não ligou, pois você me aceitou e me amou do jeitinho que sou. Ajoelhei, implorei, gritei. Meu consciente chamuscou. Chanyeol, Chanyeol, Chanyeol! Nada doía como doía lá dentro. Agulha nenhuma me acalmaria. Comprimido nenhum me acalmaria. Era o alastre da monomania. Doce amarga esquizofrenia. E em meio à euforia, percebi que após longos dias, você voltaria. E assim foi. E eu sorri.

 

Seul, 26 de dezembro de 1989.

Disseram-me que eu era louco e eu parcialmente dei bola. Estava testado e comprovado que eu nunca passei de um sonhador alucinado, uma casa vazia que abrigava um espírito sofredor. Espírito de quem amou o nada. De quem vivia num conto de fadas. Sem poder me agarrar em algo que me salvasse do triz. Pois eu sabia que você com seu jeito envolvente era fruto de uma mente totalmente infeliz. E mesmo sabendo que entre os segundos do tempo você partiria, sua semente de alegria, plantada e tocada em sinfonia dentro de mim, ardia como fogo que aquece sem fim. E eu? Eu sorri.

 

Seul, 13 de agosto de 1993.

Estou forte. Eu sou forte. Duvido que sua visita nessa minha miserável vida tenha sido apenas sorte. Sei que agora é a terrível hora de você ir. Não se preocupe, pois você mesmo pede que eu não me culpe por criar alguém que eu sabia que iria me ferir. Não o culpo. Nem o desculpo. Que culpa tens de eu ser assim? Sei que desta vez sumirá por mais tempo no qual eu não sei se poderei suportar, só não digo pra sempre, porque você me entende, e sabe que sempre é tempo demais pra um velho carinha que sempre achou saber amar. Não se preocupe. Pode ir. E eu aqui? Vou sorrir.

 

Seul, 14 de agosto de 1993.

Não posso. Não sou forte. Volte. Volte antes que eu acorde desse meu sonho em que você surge risonho. Sinto que vou ruir. Sorrir? Ah, droga! Sorrir, sorrir, sorrir.

 

Seul, 15 de agosto de 1993.

Estou ruindo. Sente o que estou sentindo? Não prometeu voltar, então sequer posso cobrar uma promessa que nunca ousou ousar. O mundo me bate tão forte, me abrace até que a morte me impeça de angustiar. Não. Você disse que sou forte. Não irei decepcionar. Obrigado por me fazer florir. Sorrir, sorrir, sorrir.

 

Seul, 17 de agosto de 1993.

Disseram-me que eu era louco.

 

Seul, 18 de agosto de 1993.

E eu decidi acreditar.

 

Seul, 19 de agosto de 1993.

Porque talvez seja a loucura que te traz para perto, e mesmo meio incerto, decidi concordar.

 

Seul, 20 de agosto de 1993.

E aqui deitado no seco gramado da noite fria, apenas digo: obrigado. Obrigado por fazer de mim sua pequena estadia. Obrigado por existir. Ou talvez por não existir. Porque é a minha falta de razão que o trouxe aqui, e quem sabe também tenha sido ela a te varrer de mim. Talvez não sinta a falta que eu senti. Sem ti.

 

Seul, 21 de agosto de 1993.

Mas acima de tudo, obrigado por ser tudo o que me fez sorrir.

 

Seul, 06 de setembro de 1993.

Ah! Já ia me esquecendo de me desculpar. Não aproveitei a oportunidade de segredar que seu nome também é bom de falar. Chanyeol. Soa leve como brisa no mar. Eu e minha velha mania de dançar na melancolia sem som e sem ritmar.

 

Seul, 23 de setembro de 1993.

Disseram-me que sou louco.

 

Seul, 24 de setembro de 1993.

E eu?

 

Seul, 24 de setembro de 1993.

Sorri, sorri, sorri.



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