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História M.o.n.s.t.e.r. - Capítulo 22


Escrita por: Luhander

Capítulo 22 - Capítulo 22


Fanfic / Fanfiction M.o.n.s.t.e.r. - Capítulo 22

-O que? - Perguntei estupefato quando vi o carro que Peter estava dirigindo. - Aonde você conseguiu esse carro? 

Hoje é uma sexta feira, a noite estava com um clima agradável e a noite bastante estrelada, podia passar horas contando as estrelas infinitas no céu que não teria tempo o suficiente.  

-Digamos que eu tenho um amigo que me devia alguns favores, então ele me emprestou. - Falou sorrindo enquanto se desencostava de um caro bastante luxuoso e vinha em minha direção. - Precisava de um para o lugar que quero te levar. - Colocou a mão em minha cintura e beijou minha bochecha. - e com certeza você recusaria subir em minha moto novamente. 

-Aonde vamos? - Perguntei um pouco desconfiado. Porque? Eu não sei. 

-Você sabe que não vou te contar. - Sorriu da forma mais bonita que pode, apenas pra me fazer suspirar. - Vamos? - Se afastou e abriu a porta do passageiro para mim.  

Sorri um pouco acanhado e entrei no possante. A viagem foi um pouco longa, mas sempre conversávamos sobre algo ou cantávamos algumas músicas que tocavam na rádio. Isso me fez lembrar de quando éramos menores e íamos para excursões de escola. Afinal, antes de tudo, se constrói uma amizade e dela se cresce algo maior.  

Peter dirigia rápido algumas horas apenas para me assustar ou me ouvir gritar de susto, parece que se alegrava em me ver desesperado. Aquele cafajeste... 

Fomos até um campo de terra aonde tinham vários carros estacionados na frente de uma grande tela. 

-Aqui é... - Não terminei uma frase e ouvi uma risada de Peter. Com certeza rindo da minha reação.  

-Espero que tenha gostado. - Me olhou por um segundo e eu retribui o sorriso. É, para um primeiro encontro ele estava indo muito bem.  

-Gostei sim. - Falei calmo e sorrindo docemente enquanto olhava para cada parte do rosto do mais velho.  

Então, ele tinha feito aquilo tudo por mim, para não me prejudicar, pra não me machucar. Eu sempre esperei o pior, nem mesmo em pensar na hipótese do mais velho ter tido algum contratempo para me deixar o esperando por bastante tempo. Eu só conseguia imaginar que ele tinha me enganada, que ele na verdade só queria vingança, quando na verdade ele só estava praticando o que a palavra "amor" realmente significa. Pensando em mim antes de si mesmo, não se importando em perder um grande amor, para o manter seguro. Isso sim é o que eu sempre procurei, só não pensava que estava tão perto de mim. 

-Qual vai ser o filme de hoje? - perguntei.  

-Hum... não me lembro. - Abriu o porta luvas e tirou de lá um panfleto. - "Top Gun". Nossa, eu assisti esse filme quando era menor, depois que assisti eu queria realmente virar um piloto. Pra mim era um máximo. - eu o olhava interessado, vendo-o contar sobre seus sonhos de uma forma tão livre e sem se importar se realmente era uma coisa infantil, o que realmente não era. - Porque está me olhando assim? - sorriu sem graça enquanto olhava para outro lugar. 

-Assim como? - Perguntei continuando a olhar da mesma maneira.  

-Ah, eu não sei... - Ele fica uma graça todo envergonhado. Pelo o que ele me contou na sorveteria eu não podia nem acreditar que ele realmente fez aquilo tudo.  

-Peter, porque decidiu mudar? - Perguntei conseguindo que o outro finalmente voltasse a olhar em meus olhos. 

-Você fala de não ser mais um cara briguento e bem sucedido no mundo inferior? - Perguntei e eu apenas acenei positivamente. - Foi quando eu apareci na porta da sua casa depois de uma briga que eu tive, quando você cuidou de mim mesmo não sabendo do real motivo. - o olhei incrédulo e disse: 

-Você não salvou um menininho de ser estuprado? - Arregalei meus olhos. 

-Não... - Falou triste. - Eu tinha acabado de sair de uma briga de rua na qual ou eu apanhava ou morria baleado. Então deixei que me batessem, mas não por muito tempo. - Minha respiração ficou falha pelo fato dele ter mentido e ainda mais com a hipótese dele ter morrido de uma forma tão rude. - Desculpa, não queria mentir pra você, mas se eu não o fizesse você talvez nem me aceitaria em sua casa para cuidar de mim. Nunca me senti em um lar daquela forma antes. - suspirou e segurou em minha mão.  

-O que mais você esconde de mim? - O perguntei sério.  

-Nada. Não escondo mais nada. Apenas pelo real motivo no qual eu realmente te deixei se distanciar de mim. - Falou e então eu perguntei rapidamente: 

-E qual foi? - Minha ansiedade e curiosidade eram bem presentes. 

-Eu sabia que gostava de você quando percebi que não conseguia passar as tardes sem brincar com você. Achava aquilo estranho, então me distanciei, pensei que eu estava ficando louco ou coisa do tipo.  

-Peter... Você gosta de mim desde aquela época? - eu estou perplexo com o que acabei de descobrir. Como assim ele sempre gostou de mim?  

Peter apenas me olhou terno com um sorriso doce nos lábios antes de olhar surpreso para a tela e falar: 

-Olha! Já começou.- Mas a única coisa que eu podia raciocinar era pelo fato dele ter escondido isso de mim por tanto tempo, de ter camuflado em farpas e discussões.  

 

-Então... - essa é com certeza a parte mais difícil depois de um encontro, a despedida. - Eu me diverti bastante hoje. - e não era mentira. Além de descobrir muitas coisas sobre o moreno, eu adorei rever o filme e sentir sua mão contra a minha em carinhos leves durante a sessão. 

-Eu também, e espero que tenhamos mais vezes como essa. - sorriu e segurou minha mão dando um beijo nela.  

-Quem sabe. -Sorri sem graça. 

-Boa noite. - Foi até mim e beijou minha bochecha demoradamente.  

-B-Boa noite. - Me virei e me afastei alguns passos em direção a minha casa. Voltei correndo para ele e o beijei de verdade. 

Juntei seus lábios com os meus, não perdi tempo e logo começamos a aprofundar o beijo, como se dependesse de nossa vida. Segurei eu sua nuca e ele em minha cintura, me puxando mais para perto de si. Separamos nossos lábios e colamos nossas testas.  

-Estava louco para fazer isso a noite toda. - Falei baixinho, para que apenas ele me escutasse. Senti ele sorrir e me afastei novamente.  

-Boa noite, Peter.  

-Boa noite, Rafa... - Sorriu suspirando pesadamente. Me virei e agora eu realmente fui para casa.  

Assim que fechei a porta vi minha mãe sair da cozinha com cara de poucos amigos. Bem, o dia não pode ser ao todo perfeito, não é mesmo? 

-Aonde você estava? - Perguntou firme enquanto secava um prato.  

-Eu saí com um amigo.  

-Foi com o Peter? - Perguntou fria. 

-O que você tem contra ele? - Perguntei estranhando a sua pergunta. 

-Tudo! Rafael, ele é um delinquente! Só vai te fazer mal, acredite, mães nunca erram. - suspirou e olhou dentro de meus olhos. - Eu não quero te ver com esse garoto. Nunca mais.



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