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História Monster - Não Estou Segura


Escrita por: MannuChan

Notas do Autor


Se acalmem kkk

Capítulo 6 - Não Estou Segura


Fanfic / Fanfiction Monster - Não Estou Segura

Aquela voz sussurrando em meu ouvido me causava calafrios pelo corpo inteiro, mas eu tentava não demonstrar. Tentava... Isso tava muito mais tenso do que a vez contra o Zabuza porque daquela vez eu estava junto com meu time, o que me dava mais confiança; agora eu estava sozinha, com uma faca no meu pescoço pronta pra me degolar, sem contar que eu não conseguia me mexer com o cara me apertando. Estava numa imensa desvantagem, precisava pensar em algo e logo!
 

Me senti sendo erguida, porém ainda “abraçada”, certamente ele iria me pôr sobre seus ombros pra ser mais fácil de carregar, só que eu não sou trouxa! Assim que meus pés ficaram fora do chão, me curvei pra frente e chutei a barriga do cara, conseguindo me soltar e caí de joelhos. Me levantei rápido, pegando uma Kunai no guardador em minha perna, e me virei pra trás para ver quem era o maldito, e fiquei surpresa ao ver quem era.
 

- Pirralha maldita!! - Disse com dor e abraçando sua barriga, ele estava exatamente igual à última vez que o vi.
 

- Como fugiu da prisão, Mizuki?! - Perguntei apontando minha arma pra ele; Estava pronta pra qualquer movimento que esse desgraçado fizesse. Touji Mizuki tentou roubar os pergaminhos proibidos de Konoha, neles tinham Jutsus muito perigosos e avançados, alem de algumas coisas sobre nossa aldeia que se caíssem nas mãos de um inimigo, seria um desastre total. E ele ainda tentou incriminar o Iruka-san, mas por pouco isso não aconteceu, graças ao Asuma-san. O vi levar o braço até aquela Shuriken enorme que tinha nas costas, e, no reflexo, reagi empunhando com mais firmeza a minha arma e me preparei para atacá-lo, só que antes ele levantou as mãos num sinal de rendição, com aquela expressão metida e nojenta dele.
 

- Calma! Eu só vou largar minha arma.
 

- Pfft! Até parece que vou acreditar. - Nem nos meus sonhos iria acreditar nele, mas quebrei a cara porque ele realmente jogou a Shuriken no chão. Bom, não importa; me mantive do mesmo jeito, porém uma pergunta martelava em minha cabeça e queria tirar satisfação logo. - Antes de eu acabar com você, quero saber o que veio fazer aqui. - Falei firme, tinha que demonstrar isso mais do que tudo agora.
 

- Eu fui tirado da prisão há alguns dias e recebi uma ótima quantia para te capturar viva e intacta pela mesma pessoa que me libertou: o Danzou-sama.
 

Não... N-Não...! Isso não é possível, ele ainda tá atrás de mim? Aquele velho miserável vai ficar me procurando pra sempre ou o quê?! Eu achei que tinha conseguido ficar livre daquela vida - que nem devia ser chamada de vida - e agora me aparece essa! Senti meu corpo congelar e minhas pernas tremerem, aquele medo e terror que sempre sentia naquela prisão voltaram como uma bomba, me destruindo por dentro. Minhas mãos também tremiam com o nervosismo, o que me fez derrubar a Kunai e claro que o Touji não perdeu tempo e veio contra mim, e eu não consegui reagir, estava paralisada de medo. Ele colocou o antebraço no meu pescoço e me pressionou contra uma árvore rápido demais para que eu pudesse reagir - se eu conseguisse, devido ao meu congelamento total.
 

- Não entendo como você não despertou o Akumigan até agora. - Imbecil...! Segurei seus pulsos, tentando afrouxá-los para que conseguisse respirar, mas não dava. Aos poucos eu perdia mais e mais ar de meus pulmões, sentia-me enfraquecer enquanto ouvia as palavras daquele nojento, me deixando com ainda mais raiva e desespero. - Mas tenho uma teoria; como Onis são muito frios, acho que essa frieza passou pra ti e por isso você não o despertou ainda. Mesmo passando anos em um cativeiro sofrendo e vendo seus pais morrerem, e um ainda na sua frente, você não sentiu absolutamente nada por eles e nunca deve ter sentido.
 

- M-Mentira...! - Tentei falar algo, mas a falta de ar dificultava. Ele estava mentindo sobre isso, tinha que estar!
 

- Você é que está mentindo pra si mesma! - Cuspiu as palavras, ainda sorrindo. Minha vontade de socar esse cara é imensa, sério! Preciso dar um jeito de sair. - Admita, garota, se sentisse um pingo de amor pelos seus pais, teria sentido uma dor insuportável que seria capaz de despertar o Akumigan. Tirando o Byakugan, qualquer poder ocular desperta com uma emoção muito forte, isso é fato até pra você, que é uma híbrida. Não sentiu absolutamente nada na hora da morte deles e sabe que é verdade! E vai ser assim cada vez mais. À medida que o tempo passar, mais fria, cruel e sanguinária você vai ficar e isso é inevitável. Pouco a pouco essas partes aflorarão até tomarem conta de você por completo e te transformar no que a sua mera e no que você será: um monstro!
 

- NÃO!!! - Gritei com toda a força que tinha nos pulmões. Minha cabeça estava a mil com tudo o que ele disse e começou a doer que nem naquele dia com o Danzou. Não sabia o que pensar, tudo o que eu queria era acabar com esta praga logo pra essa dor maldita acabar! De repente, senti um chakra diferente por perto e quase fiquei feliz por achar que fosse o Kakashi-Sensei ou algum dos meninos, mas não era o chakra de nenhum deles. O Touji também havia sentido, pois ele olhou preocupado e tenso para as árvores ao lado como se houvesse alguma ameaça, porém sem parar de me enforcar com o antebraço, e minha raiva e desespero só aumentavam.
 

Do nada, aquela força e instinto estranhos vieram de novo, só que dessa vez mais intensos. E dessa vez eu não iria reprimi-los de jeito nenhum! Com tudo de mim, desferi um soco potente com minha mão direita no rosto dele, o jogando longe e caí de joelhos. Nossa! Às vezes eu esqueço dessas coisas que posso fazer, mas não é hora de perder tempo. Me levantei rapidamente e fui correndo até o Mizuki, que me olhava apavorado e, aparentemente, congelado pelo medo. É bom mesmo que sinta isso! Enquanto corria, fiz o selo da cobra e terminei com mais um outro; esse Jutsu é um tanto quanto avançado, mas agora tá valendo qualquer coisa pra matar esse infeliz.
 

- Doton! Kengan no Jutsu! - Meu punho foi coberto por terra e, sem pensar duas vezes, atingi com força total a barriga do Shinobi, conseguindo até atravessá-la. O cara cuspiu sangue no meu rosto, mas pouco me importei; estava feliz demais com a morte próxima dele para ligar pra isso. Após ele ir ao chão, sangrando muito, retirei minha mão da barriga dele e fiquei o encarando. Seu olhar passava dor, surpresa e ódio, mas, acima de tudo, medo. Nunca pensei que ficaria tão contente de ver alguém olhando assim pra mim. Aproximei meu rosto do dele e falei, com um sorriso. - Você vai sangrar até a morte como o porco que é...
 

Depois dessa, me afastei um pouco e continuei a observá-lo. Quero ver ele agonizando até morrer pelo que fez comigo, pouco me importa o resto. Olhei pra trás, para as árvores de onde vieram aquela presença estranha, a fim de ver se a fonte do chakra diferente ainda estava lá, mas não. Isso é estranho, se não era o Hatake, nenhum dos meus companheiros e nem um parceiro do Mizuki - senão ele não ficaria tenso quando sentiu aquela presença - então... Quem era?
 

Bom, vou deixar isso de lado por enquanto. Virei meu rosto para o ninja em agonia; minha expressão séria - e talvez perturbadora pela cara de tenso e assustado que ele fazia - será a última coisa que o Touji verá na vida.

 

- Narrador On -

 

Após a saída da Haruno, os outros membros do Time 7 ficaram minutos a esperando, porém nada. Kakashi estava ficando preocupado, afinal ninguém demora tanto pra pegar algumas frutas. Naruto comentava ora e outra sobre a demora da rosada e a sua preocupação com ela, mas Sasuke dizia para ninguém se estressar e que cedo ou tarde ela iria aparecer. O prateado não gostou da forma como o Uchiha falou da garota, teria que se lembrar de conversar seriamente com ele sobre seu comportamento.
 

O loiro, não aguentando mais depois de alguns minutos, disse que iria à procura de Sakura, quisessem os outros ou não. Claro que o Hatake não o deixou ir sozinho, e chamou o moreno também, pois não queria deixá-lo sozinho. Enquanto saltavam pelas árvores na mesma direção em que a garota de cabelos róseos foi, o prateado sentiu uma presença estranha passar por eles e olhou na direção dela imediatamente; quase como um reflexo, porém não havia nada em meio à mata.
 

Ao chegarem em uma clareira, os três se deparam com uma cena que não esperavam. A Haruno com o punho coberto de sangue até o antebraço e encarando fixamente Mizuki, que estava no chão, parcialmente encostado numa árvore e com a barriga perfurada, sangrando muito. Aquilo surpreendeu até mesmo Sasuke, que nunca imaginara uma coisa dessas de Sakura.

 

- Sakura On -

 

- Sakura, o que aconteceu aqui? O que você fez?! - Essa voz... Kakashi-Sensei!? Como ele me achou? Sinto as presenças de Naruto e Sasuke também... Que ótimo, agora eles viram o trabalho que fiz. Me virei na direção deles, mantendo a expressão firme e séria com a qual encarava o Touji e os olhos deles quase saltam da cara. Pelo visto meu rosto também com sangue não estava ajudando na impressão que estavam tendo de mim agora.
 

- Ele me atacou e teve o que mereceu. - Eles pareceram se chocar mais com a forma que falei isso, mas fala sério! O cara vem tentar me levar de volta para o monstro do Danzou e eles querem que eu faça o que? Meu Sensei parecia o que mais foi pêgo de surpresa por essa. - Não vem dizer que isso não é certo porque você teria feito o mesmo, Sensei. E quer saber? Eu não me arrependo de na-
 

Argh! Mas o que... Que dor é essa? Do nada senti isso e algo quente escorrendo.. Ah não acredito! Mas é, quando olhei para baixo, vi o canto de minha cintura sangrando bastante, mas como isso aconteceu?! Olhei pra trás e vi Mizuki com aquele sorriso cínico, obviamente tinha sido ele a jogar alguma lâmina, aproveitando minha distração. Merda!! Pelo menos ele não resistiu mais e expirou profundamente, dando sinal de sua morte.
 

Agora, aquela força e vontade em mim sumiram, só me restava uma dor descomunal na cabeça e na minha ferida. Uma tontura intensa veio e minhas pernas ficaram bambas, não conseguiria me manter em pé por muito mais tempo, e o desgaste da luta só piorava. Não me aguentei mais de pé depois desses segundos e senti-me cair.
 

- SAKURA-CHAN! - Ouvi Naruto gritar, mas a dor era tanta que nem ouvi direito e fechei os olhos pra não me ver caindo, mas senti algo me envolver. De início achei que era o loiro, mas mudei de ideia quando o escutei em seguida. - O que tá fazendo?!
 

- Não deixando ela cair, Dobe. - Sasuke!? Ele que me segurou?! Abri um pouco os olhos pra confirmar, não conseguia acreditar que ele havia feito isso, mas quebrei a cara de novo ao ver que era ele mesmo. Argh! Outra pontada atingiu minha cabeça e o cansaço estava me vencendo, não ia me manter acordada por muito mais tempo, tinha certeza.
 

- Não temos tempo pra isso. - O Hatake interrompeu a possível discussão dos dois, obrigada por isso, de verdade. Ele veio até nós e me segurou, colocando-me em seu colo, talvez para ser melhor pro Uchiha andar ou algo assim. - Estamos perto daquela vila, vamos rápido!
 

Estava quase desmaiando quando ouvi essa frase e senti os passos rápidos de Kakashi. Ainda mantinha mais meus olhos abertos, tentava me concentrar em algo que não fosse essas dores, porém era impossível! Por fim aconteceu o que eu temia; tudo me venceu e, enquanto perdia mais e mais sangue, minha vista embaçou por completo e tudo ficou escuro.

 

- x -

 

Acordei ainda com dores no meu corpo e na cabeça, o que me fez gemer em protesto. Parecia que não iam terminar, mas reparando mais, não estavam tão ruins quanto há um tempo atrás. Abri devagar os olhos e pisquei algumas vezes para me acostumar com a claridade, e por sorte o lugar estava um pouco escuro até. Observei tudo ao redor, realmente era um quarto comum, mas onde eu estou?
 

Olhei melhor como era o quarto, pelo que podia ver tinha um tom bege-claro ou coisa do tipo; o chão era de madeira escura encerada; havia um guarda-roupa pequeno preto do meu lado esquerdo e ao lado dele havia um gaveteiro de cor escura, não consegui identificar qual por causa do escuro no ambiente e minha vista ainda não estar lá das melhores. Bem ao meu lado esquerdo da cama, tinha um criado-mudo com um prato de metal em cima e uns algodões manchados de sangue, e no prato havia uma água avermelhada com o que aparentava ser uma agulha. Não precisa muito pra saber que alguém limpou minha ferida e cuidou de mim com aquilo, tá na cara!
 

Escutei um suspiro pesado vindo da direita, mas não qualquer suspiro. É aquele inconfundível suspiro que passa tédio e ansiedade que só o Uzumaki dá. Virei meu rosto na direção do som pra ter certeza, e acertei. Ele estava cabisbaixo, sentado em um sofá e estava cheio de pensamentos; do lado dele estava o Kakashi-Sensei, porém ele também não havia notado que eu tinha acordado.
 

- Na-Naruto... - O loiro só não pulou em cima de mim porque sabia que eu estava machucada, mas isso não o impediu de abrir um sorriso de orelha a orelha e seus olhos cintilarem de felicidade.
 

- Sakura-Chan! - Como eu esperava, ele não conseguiu ficar parado e veio até minha cama pra ficar perto de mim (não que eu veja isso como algo ruim, é bom), e que bom que ele foi um pouco mais cuidadoso ao sentar do meu lado. O loiro pousou sua mão sobre meu antebraço em um gesto de carinho e me olhou num misto de preocupação e alívio, algo que me fez sentir muito bem e acolhida. - Como você tá?
 

- Ainda bem dolorida, mas um pouco melhor. - Sorri de canto, tentando animar as coisas por aqui e ele sorriu de volta. Acho que nós dois não queremos um clima depressivo ou tenso por causa do que aconteceu e pelas coisas que eu disse. Deixei esses pensamentos de lado por enquanto e tentei puxar assunto. - Onde estamos?
 

Depois da minha pergunta, Kakashi se manifestou e explicou tudo o que houve depois que eu apaguei. Eles conseguiram chegar na outra vila a tempo e se hospedaram na casa de um fazendeiro que era um conhecido do prateado, e, pra minha sorte, ele era casado com uma enfermeira. Ela que cuidou do meu ferimento e o Sensei disse que agora era praticamente de noite e ela estava lá embaixo fazendo o jantar, mas que logo ia subir para verificar o curativo e tudo o mais. Só não gostei do fato de que terei de ficar na cama por uns dias, isso me fez sentir um peso-morto. O único ponto bom nisso é que a mulher do tal fazendeiro iria usar uma técnica especial em mim, o que agilizaria o processo, e isso me aliviou bastante. Não queria ficar de cama durante nossa missão inteira.
 

Ele disse para Naruto para irem lá pra baixo e me deixar descansar, coisa que eu concordei; Não por querer eles fora daqui, mas porque queria pensar numas coisas. Assim que eles foram, submergi em meus pensamentos, lembrando de todo o ocorrido com Mizuki, Danzou... Será que eles estão certos? Toda a vez que eu me descontrolo, simplesmente esqueço o certo e errado e ajo tão impulsiva quanto um bicho. Aquela força e vontade estranhas se apossam de mim, mas ainda são “eu”, sinto isso. E só de lembrar daqueles dois, especialmente do Danzou, um calafrio percorreu minha espinha. Ele não desistiu como eu pensava, e sei que não vai tão fácil e vai mandar mais ninjas, isso é fato. Não estou segura, não mesmo...
 

Quando escutei um ranger, olhei pra porta na hora, desconfiada e com a guarda alta - efeito dos meus pensamentos sobre o Danzou. Só que para minha surpresa, foi o Sasuke quem abriu a porta e estava escorado na parede do lado dela, me encarando fixamente. O que ele quer?

 


Notas Finais


O q o Sasuke quer? De quem era o chakra estranho que a Sakura e o Kakashi notaram? Fica a dúvida no ar...

Espero que a demora tenha valido a pena, vou tentar não demorar pro próximo, mas o colégio não ajuda -_-"
Bjs de Bombom e Kamui


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