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História Monster - Prólogo.


Escrita por: AliceDracno

Notas do Autor


Eu tava aqui, encarando o computador por segundos até lembrar o que estava fazendo. Olha como eu começo a nota do primeiro capítulo de uma história? Pois é, eu tava tentando lembrar... Lembrei!
Enfim, tenho três avisos iniciais:
1- Essa fic está sendo postada no Nyah!, podem procurar lá e é comigo mesmo. O povo de lá já até está avisado.
2- Gabbs me convenceu a investir na fanfic. Obrigada, Gabbs!
3- Muichas cosas estão mudadas dos livros/filmes. Então, vocês vão se habituar aos poucos a linha da fic.
4- A história já está terminada!
5- Quintas-feiras serão os dias que eu vou postar, tanto aqui quanto no Nyah!
Obrigada, beijos, vamos ao que importa, a fanfic.

Capítulo 1 - Prólogo.


 

Monster

AliceDracno.

Prólogo:

 

Hermione estava fraca. Seus músculos doíam, o estômago se contorcia de fome, a cabeça latejava e ela lutava para se manter acordada. O escuro e mórbido salão da mansão Malfoy girava acima dela, com seus lustres refinados brilhando demais para o gosto de Hermione.

Bellatriz ria a sua frente, e ao lado dela estava Draco Malfoy –que se encontrava meio enjoado, comensais desconhecidos e Voldemort; todos ao redor de Hermione, vendo nela a perfeita atração e distração, tomando sua tortura como um adorável show de comédia.

 Sentia o gosto do sangue em sua boca e o calor do mesmo escorrendo por seu nariz e queixo. Poderia morrer de tanto sangue que perdia. Uns e outros comensais discutiam, ao longe, como a “sangue-ruim” morreria.

As gargalhadas e brincadeiras entravam em sua mente. A crueldade deles só tornava o ódio dela maior. Se pudesse, descontaria todo seu ódio contra a Lestrange enlouquecida, que até segundos atrás a torturava para saber para onde Harry foi depois de sua fuga.

Quando Bella, por puro prazer em ver o ódio impotente nos olhos da menina caída, insultou sua família, a qual sequer se lembrava dela e não merecia ser envolvida nisso, Hermione transbordou.

Ignorando a dor, Hermione começou a se levantar. Ficou de pé, ainda com as pernas bambas, abriu um sorriso ensanguentado para Lestrange e se aproximou dela. Passo por passo. Lentamente. Sem medo do rosto curioso e cruel a sua frente, ou do poder de tortura desenfreado que cabia em cada maldição lançada pela louca.

O sorriso de alguns comensais desapareceu, mas o de Voldemort ainda pintava o rosto ofídico. As vozes estavam longe, a visão estava turva. Tudo indicava que ela logo apagaria.

— O que foi, Sangue-Sujo? — Hermione fez o que muitos considerariam suicídio: cuspiu seu sangue no rosto sorridente da Lestrange, com o pouco que restava de sua energia. E o sorriso dela sumiu. O choque dos asseclas de Voldemort era tamanho, que nenhum deles ousou se mover; somente o mestre aumentou o sorriso sádico no rosto giz. Parecia até que o Lorde das Trevas esperava algo assim dela.

O sorriso de Hermione deixou muitos assustados. A coragem dela era uma força da natureza. O rosto de desgosto de Bella fez muitos tremerem. Louca e poderosa, talvez agora vissem a morte da Granger, ou a mesma acabasse descontando em um deles.

Todavia, o rosto de Bella indicava que nada bom sairia dali. Isso era uma certeza. Hermione, em momento algum, deixou transparecer o medo que sentiu da carranca que Bella fez.

O insulto foi respondido por uma chuva de maldições, a maioria a imperdoável cruciatus, que fizeram Hermione cair e voltar a tremer de dor. Mas nenhum gemido, grito ou som foi emitido pela menina. Não, ela não daria esse prazer a eles novamente. Morreria em silêncio.

Quando os espasmos pararam, quando ela pode voltar a respirar e enxergar de forma mais nítida, mesmo que tudo ainda estivesse turvo; Bella subiu acima dela e, com uma adaga nem tão bem afiada, começou a degolar o braço da jovem.

A dor era grande, igual ou quase a de um crucio, mas Hermione sequer murmurou algo. Somente esperneou, serpenteando pelo chão, como uma cobra que morria. E ela não gostou nada disso, do que se auto comparou. Era uma leoa, não uma cobra; ela não morreria assim. Foi o ódio e o orgulho que a mantiveram acordada.

Quando Bella saiu de cima, Hermione pode olhar para seu braço. A frase ensanguentada que ficaria para sempre ali: Sangue-ruim. Escrita numa letra cheia de floreios e grande o suficiente para que nunca fosse ignorada. O sangue pulsava na ferida aberta e em seus ouvidos. Doía como o inferno deveria doer.

Os gritos e uivos de felicidade cortaram o salão da mansão Malfoy. Bella gargalhava num frio prazer. Nunca, em toda a sua vida, Hermione pensou que poderia odiar tanto alguém como odiava a Lestrange e o Lorde dela.

O ódio fervilhava nas veias de Hermione, e era esse ódio que a mantinha acordada. Seria esse ódio o combustível dela para fugir dali e guerrear para que todos aqueles desgraçados ou fossem mortos ou presos; de preferência a segunda opção, para ela vê-los recebendo o beijo do dementador. Poderia se repreender por pensar isso se tratando de humanos, mas a maldade deles era uma grande justificativa para tal pensamento vingativo.

—Vou perguntar mais uma vez — a voz esganiçada da louca ainda tinha resquícios do riso —, onde está Harry Potter?

—No inferno —rugiu corajosa como a leoa que era. —Quer ir atrás dele e ficar por lá?

Uma coisa Voldemort sabia, a menina tinha coragem. Muita coragem e petulância para enfrentar Bellatriz. Talvez, até, tendências suicidas.

—Sujeitinha suja! —A voz áspera de Bella soou, e a morena desgrenhada tentou avançar sobre a Granger. Porém, seu mestre estendeu um braço, impedindo-a. Ele não a deixou fazer nada.

—Deixe-a, Bella —a voz sibilante e rouca ordenou, dura e gutural como Hermione se lembrava dela ser. —Jovem Malfoy, —chamou por Draco e todas as cabeças se viraram para ele, menos a de Voldemort, que estava com o olhar fixo em Hermione, como se fosse de seu agrado a cena (e com certeza o era) —mostre a ela seus aposentos em nossa masmorra.

Draco se curvou perante o mestre e depois agarrou Hermione pelos braços, de forma até delicada. Arrastando-a dali, deixando para trás uma trilha de sangue. Ele teve de segura-la firme, pois ela não conseguia se apoiar em suas pernas.

Em sua mente, Hermione pragueja por receber ajuda de um Malfoy, principalmente do mais jovem.

—Teve coragem —Draco elogiou, provavelmente se referindo ao fato dela ter cuspido em sua tia.

—Obrigada —grunhiu em resposta.

—Vai precisar de um curativo, Granger —Draco sussurrou, olhando enojado para o braço ensanguentado dela.

—E você o arrumaria pra mim, Malfoy? —Perguntou irônica. Ele soltou uma risada anasalada e respondeu:

—Tem certeza de que não deveria ter ido para a Sonserina, Granger? Porque parece ter o orgulho da casa.

A pequena afirmação fez Hermione querer matar Draco, mas do que normalmente já o queria matar.

—Calma, calma, é brincadeira —sussurrou ao ver o ódio na face suja.

—Como seu mestre te punirá se souber que você está sendo gentil e brincando com uma sangue-ruim como eu? —A face de Draco ficou dura. Ele parecia ter ficado muito mais velho em segundos. Curiosa, Hermione ergueu uma sobrancelha.

—Acho que ele não precisa saber disso —a amargura da voz dele convenceu Hermione de que ele não estava ali por vontade própria, o que era realmente bom. —Aliás, daqui a um tempo terei uma coisa para você —ele voltou a parecer o Malfoy de sempre.

—O quê? —Ela realmente pareceu curiosa.

—Harry vai mandar uma carta para você. —Ele disse e ela arregalou os olhos.

—Por você? —O loiro assentiu. —Por quê? —Estava confusa, e isso era um fato.

—Porque ele sabe que estou do lado dele, assim como minha mãe e Severo. —Draco esclareceu. —Eu sei que ele vai me usar, porque logo ele vai querer saber se você está viva.

Os corredores luxuosos e de tons ricos foram ficando para trás. Cada vez que se entranhavam mais nos confins daquela mansão, mais escuro, frio e macabro ficava. Uma escadinha estreita surgiu diante deles, preta e claramente muito antiga. Draco jogou, finalmente, o braço dela sob seus ombros e pegou-a no colo com facilidade.

—Não poderei te ajudar explicitamente, porque acabaríamos mortos e você sabe disso; mas farei o possível para não te deixar pior do que nesse estado —ele abriu o portão com um chute, e este gemeu e cedeu a passagem.

A cada passo que davam, o chão resmungava de tão antigo e podre que era ali, nas masmorras do subsolo, as mais afastadas e frias da mansão. Ele deixou-a num canto mais seco e limpo.

—Pior que nesse estado? —Hermione riu verdadeiramente, como se Draco contasse uma piada muito boa. —Você quer dizer morta, né? —O Malfoy engoliu em seco e assentiu.

—Você já está enlouquecendo.

—Relaxa, vaso ruim não quebra —abriu outro de seus sorrisos ensanguentados quando disse o ditado trouxa.

—Salazar, eu mereço. —Com um movimento rápido da varinha, as mãos do Malfoy lotaram com apetrechos trouxas para limpar o ferimento. —Não poderei cobrir, mas limpar...

Banhou o algodão em álcool e, com uma delicadeza incrível e misericordiosa, Draco passou pelo braço dela. Na frente dele ela se permitiu soltar um muxoxo de dor.

—Um crucio te faz rir, mas álcool te faz sentir dor? É, Granger, você está mal —riram juntos. Entregou a garrafa de álcool para ela e ela soube o que fazer. Limpar os ferimentos da boca fazendo um gargarejo com o liquido.

Rasgou e ardeu a gengiva, o álcool. Seus pais enlouqueceriam se a vissem naquele estado e estragando seus dentes. Tentou não pensar em seus pais e em como eles reagiriam a vê-la. Focar-se na dor doeria menos.

Ela cuspiu o liquido e viu que o sangue saiu todo ali. Quando se virou de volta para Draco, o loiro já foi limpando o rosto dela e seu nariz.

Ele foi cuidadoso.

Quando terminou de tentar deixa-la melhor, se levantou e saiu, sem dizer nenhuma palavra.

Ela entendeu o que aquilo significava. Tomaria cuidado dali em diante. Malfoy realmente pareceu sério e preocupado e, mesmo desconfiando muito dele, ela sabia que o menino viria a lhe ser de grande ajuda. Além disso, ele, realmente, parecia disposto a ajudá-la.

Repousou a cabeça na parede húmida e cheia de musgo, com cheiro podre e grudenta, tentando não pensar no que morrera ali para dar o fedor de putrefação. Não queria se deixar apagar, mas não poderia batalhar contra o cansaço; mal tinha forças para respirar.

E quando menos esperava, a escuridão domou sua mente, inebriando-a e a levando ao mundo sombrio, mas quente e feliz, do sono sem sonhos.

 

(...)

 

—Mestre, tem certeza de que isso... —Bella não teve a chance de terminar. Primeiro porque o olhar de seu mestre não era nada convidativo, segundo porque desacata-lo não seria uma boa escolha, dadas as circunstancias e a raiva dele.

—Controle sua boca, Bella, senão serei obrigado a controla-la — era o tom mais ríspido que ele poderia usar com um de seus seguidores.

E como um cão adestrado, Bella baixou suas orelhas e se curvou, saindo do recinto e deixando seu mestre e a fiel cobra ali, sozinhos.

—Mestre —a cobra sibilou numa língua que qualquer outro mortal não poderia entender —, a Lestrange tem razão... —as palavras saiam arrastadas, quase preguiçosas, e os “s” e “z” demoravam mais a sair. Lorde Voldemort soltou um sorriso, que poderia ser considerado quase carinhoso.

—Relaxe, Nagini —respondeu ele, na mesma língua. —Os temores de Bella se provarão infundados quando eu tiver em mãos à cabeça de Harry Potter. A suja é a melhor forma de trazê-lo aqui.

Todos os olhos na mesa eram focados em Voldemort e na sua cobra, que se alimentava, agora, de coelhos. Todos comiam olhando o mestre de esguelha. Tom se incomodava levemente com toda atenção causada pela ameaça a Bella, mas havia sido necessária; agora, ninguém ali iria contestá-lo e, muito menos, tira-lo do sério. A coragem não era uma das qualidades da sonserina, e como seus comensais, quase que exclusivamente, eram serpentes, nada seria dito o resto do jantar.

E ele realmente estava certo. Nada mais foi dito. O silêncio sepulcral da sala recaiu sob os dois seres ali, como agradável. Uma serpente e um ser perdido entre o homem e as cobras aproveitavam os minutos de silêncio, sabendo que talvez demorasse a terem outro.

Os comensais foram dispensados, e um a um foram se retirando após reverencias dignas de elfos domésticos. Voldemort foi outro a se retirar depois de todos, quando finalmente terminou seu jantar.

Em segundos, Lorde Voldemort deixou a face ofídica de lado e tornou a parecer um jovem de 16, com cabelos negros caindo no rosto levemente corado. Os olhos vermelhos deram lugar ao verde agradável, porém frio; e o charme voltou a povoar o rosto e o corpo.

—Logo, Nagini, teremos aquilo que queremos, e ninguém poderá nos deter. —Dessa vez, ele disse no bom e velho inglês. A cobra se enroscou nele e deitou a cabeça no colo do belo jovem, onde começou a ser acariciada.

Talvez, além do poder, a única coisa da qual Riddle gostasse fosse sua cobra. E ele meramente gostava. Amar era uma palavra forte demais para ser direcionada a qualquer coisa que não fosse ele mesmo. Jamais amaria alguém, senão ele mesmo. Jamais.

Deixou-se pensar na Granger e em como extrairia para onde Harry Potter havia aparatado segundos antes de prende-la. Sorriu pensando em várias formas de descobrir a informação.

Descobriu que, mesmo quando torturada, suas paredes de oclumência permaneciam erguidas de forma magistral. Ela era muito melhor que muitos de seus comensais, o que o irritava demais.

 

(...)

 

 Aos trancos e barrancos, Harry Potter finalmente chegou num lugar conhecido. Com a ajuda inesperada de Luna e Neville, Ronald e Harry chegaram à casa do Longbottom.

Uma, nem tão simples, casa de três andares e que lembrava muito uma casa trouxa. O menino-que-sobreviveu e seu amigo entraram na casa e foram acolhidos por um par de senhoras entusiasmadas. Dentre elas, a avó de Neville e a Sra. Weasley.

Augusta Longbottom coçou a garganta e chamou a atenção das mulheres, sua face, tão severa quanto sempre, deu a elas a ideia de que deveriam se calar.

—Potter e Weasley — começou, com uma voz grossa e muito rígida, mas que não perdia a feminilidade —, Neville levará os dois aos seus aposentos e lá poderão tomar um banho. Depois, desçam para que possamos conversar. Ok? — Ambos os dois não sabiam o que dizer, senão assentir e murmurar uma resposta positiva.

Neville guiou-os até o segundo andar, onde abriu uma porta e disse:

—Vão dormir aqui até acharmos um plano ou um local melhor — se retirou. Os olhos azuis de Rony voaram rapidamente para os verdes de Harry.

—Harry, você acha que a Hermione ainda está... bem, ainda está viva? —Harry sabia do amor dele pela amiga, e por mais que tivesse suas dúvidas, assentiu e disse:

—Hermione é esperta, só sobrevivemos todos esses anos graças a ela, então ela estará bem até podermos entrar na mansão e salva-la. —O ruivo assentiu.

—Vamos, vamos tomar um banho —sussurrou temeroso e entrou para o banheiro. Claramente, Rony se sentia totalmente impotente.

Infelizmente, Harry não conseguia não pensar no pior. Parecia incapaz de o fazer. Mesmo assim, Hermione estar morta era uma válida opção. Ele somente rezava para que não.

 

(...)

 

Monstro,

Como eu deveria me sentir?

Criaturas mentem aqui,

Olhando através das janelas


Notas Finais


Ufaaaaa! É isso. Mereço comentários? Se sim, não se acanhem! <3 Beijos, e até a próxima!


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