– Exterminem qualquer humano! – gritou o líder.
– Sim!!! – concordaram a multidão em coro.
A luta começou. Monstros de um lado, humanos de outro. Os monstros – verdes, azuis, com 6 ou menos olhos, escamas e pelos sujos – carregavam suas lanças e avançavam rosnando e grunindo. Os humanos – nobres e limpos – estavam com armaduras, polidas e relusentes, segurando espadas que poderia cortar um bife sem muito esforço, uns montados em cavalos e outros preparando as catapultas.
***
Enquanto isso, na aldeia humana, uma família – dois filhos e uma mulher – almoçavam em paz.
– Mãe! – disse uma das crianças sorrindo – Que horas o papai vem?
A mãe da garota sorriu.
– Não se preocupe... Assim que ele terminar a luta, ele volta.
– O papai não teria que ficar tanto tempo fora se aqueles bichos não existissem! – protestou o outro filho.
– Verdade! – concordou a garota.
A mãe apenas riu de leves e continuou a comer.
***
Ao mesmo tempo, na Vila dos Monstros um pequeno filhote corria para encontrar sua mãe. Ele acabou esbarrando em um monstro maior e caiu no chão.
– Oh, desculpe pequenino! – disse o adulto – O que esta procurando?
– A mamãe! – respondeu.
– Oh céus! – o adulto reconheceu o garoto e o olhou com tristeza pegando-o no colo – Vamos encontra-la!
Depois de alguns minutos procurando ambos viram o exército que lutara retornar. A situação era terrivel: corpos sem vida, monstros sangrando, espadas encravadas em outros, uns estavam sem alguns membros do corpo. O adulto tampou os olhos da criança.
O adulto passava os olhos rapidamente sobre aquela cena procurando a mãe do menino. Eis que, enfim, ele a encontrou: de olhos fechados, sendo carregada por outros monstros, com uma espada em seu peito...
***
Na vila humana, a mesma familia que almoçará mais cedo recebeu de braços abertos o pai, em perfeito estado, que acabara de chegar da luta.
– Olá, crianças! – disse.
– Papai! Como foi a luta? – perguntou o menino.
– Muito bem! – respondeu. – Ganhamos, de novo.
– Ebaaa!!! – comemoraram as crianças.
– Posso brincar com a sua espada, pai? – perguntou a menina.
O pai bagunçou seus cabelos.
– Ah, garotinha! Espadas não são brinquedos! E além do mais eu perdi a minha na luta.
– Quando eu crescer vou ser uma heroina como você, pai!
– Vai sim, querida!
Essa noite foi uma noite de festas. Bebidas, brincadeiras e piadas sobre monstros. A aldeia estava alegre, mas, o mesmo não podia se dizer sobre a Vila dos Monstros...
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.