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História Montanhas Nevadas - O Torneio


Escrita por: Cheshcat

Notas do Autor


Foi assim que ganhei o tornei e me sobressai na liga dos Vitoriosos.

Capítulo 1 - O Torneio


Fanfic / Fanfiction Montanhas Nevadas - O Torneio

Eu estava nervosa, olhei para as palmas das minhas mãos e elas suavam frio. Várias filas se seguiam para enormes portas de aço, algumas compostas por arqueiros outras por lanceiros ou espadachins. Me distrai por alguns segundos com as pessoas que entravam na arena e continuaria distraída se não fosse um dos guardas me cutucando com a lança:
      - Anda, novata!
      Voltei a me concentrar no andamento da fila fazendo cara feia para o guarda. Esperei destemida por mais algumas horas até chegar a minha vez de entrar na arena. Um guarda alto e parrudo sem nem avisar me enfiou a parte de cima de uma armadura dourada, empurrou o elmo contra o meu peito, eu o coloquei, ele me entregou também uma espada quase sem fio.
    As portas se abriram, eu olhei para a torre mais alta, ao lado das duas menores, sentado em seu trono no alto da torre,  o mestre-ancião. O homem que comandava todos os anciões estava lá me assistindo e eu precisava impressiona- lo.
    Dei um passo a frente e foquei minha visão no maior homem que eu já tinha visto. Vestindo uma armadura completa, com sua lança em uma mão e o escudo na outra. Antes que as portas se fechassem atrás de mim o guarda que controlava a entrada dos combatentes desejou sem se virar:
     - Boa morte.
    Em posição de batalha, andei até ficar a dez passos do meu oponente. Corpos de lutadores derrotados, caídos na arena, terminavam de ser recolhidos.
    A trombeta tocou, anúnciando o início da luta, então com um grito de guerra avancei e brandi minha espada contra o ombro do meu oponente, ele se defendeu com o escudo. Desviei de um golpe que passou de raspão pela minha cabeça. Droga, esse cara é bom!
    Ele tentou outra vez arrancar minha cabeça, esquivei me abaixando, mas não fui rápida o suficiente, meu elmo atingido tilintava.
    Levantei rapidamente desferindo um golpe em direção ao queixo do meu oponente. Errei o golpe e ele aproveitou meu erro se ajoelhando na areia com um giro. Aquela rasteira teria me derrubado se eu não tivesse pulado no momento certo.
    O brutamontes com quem eu  lutava se levantou brandindo a lâmina da lança no ar, quase acertando meu braço. Quando seu equilíbrio vacilou, eu chutei- o no rosto, bem na brecha do elmo, com toda a minha força. Ele cambaleou atordoado, era o momento perfeito para encerrar a luta. Comecei a ataca- lo nas pernas freneticamente.
    Enquanto ele caia de joelhos na areia, o brutamontes ainda teve forças para rasgar a minha perna com a ponta da lança. Eu me vi furiosa, mas com a dor recuei alguns passos. Foi uma péssima escolha, pois ele se envergou e lançou sua lança na minha direção, a qual tive que desviar com muito esforço.
    Percebi uma falha na armadura do inimigo, então com um urro de dor por causa do corte profundo na perna, corri para atacar o seu pescoço desprotegido. Ele parecia surpreso com a minha agilidade, porém ele também era ágil e bloqueou meu ataque, mas não o suficiente para impedir que minha espada tirasse sangue de sua orelha.
    Mesmo perdendo muito sangue, enquanto ele me encarava com um olhar assassino, eu sabia que ele não iria desistir da luta. A barba antes preta, estava agora com manchas de sangue que escorriam de sua orelha.
    Com a perna comprometida, investi meus últimos esforços me esgueirando para detrás do homem que, já de pé, tentava acertar o escudo nas minhas pernas para me derrubar. Suas tentativas foram em vão e eu, com um pulo veloz, saltei sobre costas e enfiei- lhe a espada na nuca.
   Removendo a espada, desci para o chão novamente. Do grande homem não se ouviu nada, nem um grito de ódio, nem xingamentos. O único ruído que este soltou antes de morrer, foi um gemido de agonia e segundos depois já tinha o rosto pálido e sem vida pressionando a areia e a mesclando com o seu sangue.
   As arquibancadas explodiram em aplausos e fez- se um alvoroço na multidão. Me voltei para a torre do mestre-ancião, ele me observava atentamente com sua face angelical. Fiz uma breve reverência e em seguida levantei a espada para o alto comemorando a minha vitória.
      Logo após ter vencido, um cavaleiro veio recolher o meu ex oponente. Felizmente também fui tirada de lá e fui levada para a alá hospitalar perto da arena. Ao chegar lá fui recebida por dois médicos prontos para cuidar dos meus ferimentos. O quarto para o qual me encaminharam era revestido de mármore polido e comportava dez camas. Tudo era muito bem organizado, contudo carecia de iluminação.
Os médicos tiraram a minha armadura, deram alguns pontos na minha perna e saíram para cuidar de outros pacientes.
Dei um pulo quando notei a presença masculina na cama ao lado. Eu tinha certeza de que pensei em dizer algo, mas me distrai com seu corpo escultural, seu bronzeado perfeito, os cabelos loiros e bagunçados. Ele tinha ataduras no bíceps direito, usava calças surradas e seu peito e abdômen estavam à mostra.
Ajeitando a postura na cama e vendo que eu o encarava descaradamente, cumprimentou:
- Sou o Peter - ele estendeu a mão para mim e quando a apertei ele sorriu - Prazer.
Ouviram- se mais gritos de viva vindos das arquibancadas da arena. Alguém deve ter ganhado outra luta.
- Por que está aqui? - perguntei, esquecendo- me das apresentações.
- Por que quero ir para o Reino dos dragões? - ele quiz confirmar a minha pergunta.
Eu assenti com a cabeça e ele respondeu pensativo por um instante: - Acho que todos os que estão aqui, nesta arena vivos ou mortos, estão pelo prestígio. Ir ao Reino dos Dragões e voltar um vitorioso. Assumir um cargo de valor... Meu sonho é ser general. - seus olhos se iluminaram ao dizer esta última frase.
O silêncio prevaleceu, até os médicos que me atenderam abrirem a porta carregando uma mulher. Não deu para ver seu rosto, pois os médicos a colocaram depressa na cama do fundo. Eles pareciam preocupados. Tiraram a armadura dela, parecida com a minha (exceto por não estar usando elmo), em seguida se movimentando rápido e com precisão começaram a estancar o sangue que escorria em abundância da perna ferida da moça.
Vários curativos foram feitos antes de os médicos saírem do quarto. Foquei-a para poder inspeciona- lá melhor, seus cabelos loiros pendiam da cama. Tinha um rosto muito bonito, porém coberto por cortes na lateral, seus olhos jaziam fechados em repouso. Peter seguiu meu olhar até a panturrilha da moça, um corte de mais ou menos vinte centímetros ainda sangrava por cima dos curativos.
- Aposto que foi um espadachim - eu olhei para ele e ele apontou a panturrilha ferida da dela.
- Ou talvez um lanceiro - eu disse fazendo careta para o corte remendado com ataduras na minha coxa.
O homem bonito, Peter, tinha um sorriso divertidamente desconcertante.
Eu sabia que provavelmente se um de nós fosse escolhido e partisse, nunca mais nos veríamos, mas eu mantive a esperança de que pudéssemos ser amigos.
Ele me perguntou como foi minha luta e ficou impressionado com o meu manejo com a espada. Também me contou aos mínimos detalhes como foi difícil acertar o arremesso do machado no peito do seu oponente, ganhando a luta. O enredo me prendeu e continuei ouvindo suas histórias pelo resto da tarde, até o fim do torneio.


Notas Finais


OBRIGADA por ter lido este capítulo.

"Aquele maldito era durão mesmo, hein? Quase que não deu pra ganhar!!"

No próximo capítulo vou contar como funciona os bastidores do torneio e vamos ter um encontro entre ganhadores do torneio com o tão aclamado Mestre-ancião.


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