História Moon Evil - Interligados

— E o que está esperando para matá-la? — Murmurou, a voz rouca escorregou pelo ouvido do moreno carregada de desejo. Aquele abraço já não era o suficiente para satisfazer a ambos. Os dentes pequenos mordiscaram o lábio inferior e a língua passeou vagarosamente pela carne macia. — Não precisa se controlar. Você sabe que eu gosto de coisas selvagens.

Aquela frase foi o estopim para que Hoseok realmente parasse de se controlar e atacasse a boca do Kim, as mãos embrenharam-se nos fios castanhos e as bocas moviam-se afoitas em busca de mais contato. Um filete de saliva escorreu do canto da boca do Kim, que puxava os fios da nuca alheia de forma quase compulsiva. Suas cabeças estavam inclinadas para lados opostos, ocasionando num encaixe perfeito e suas línguas acariciavam-se em movimentos circulares. Ambos sentiam o gosto um do outro com avidez e as mãos nem tão bobas percorriam os corpos quase como se não conhecessem um ao outro.

Quase.

Taehyung conhecia como ninguém o corpo do Jung, abusava com as mãos das zonas érogenas esparsas pelo corpo do maior. Como se não bastasse, chupava e mordiscava a língua de Hoseok, roçava o joelho contra a coxa do mesmo — perigosamente próximo ao membro, porém sem tocá-lo — e puxava os fios de sua nuca com força, como sabia que o moreno gostava. Sua cintura já começava a ficar dolorida por causa de Hoseok que descontava os estímulos em sua pele já avermelhada. Os únicos sons presentes no cômodo eram os estalos do beijo, os suspiros e alguns gemidos bobos.

Hoseok arrancou o moletom — que sequer sabia por que deixara ali para o lobo vestir — do corpo alheio e desceu os beijos e chupões pelo pescoço do outro, deixando a pele mais avermelhada do que já estava, descendo os beijos e chupões pelo seu maxilar, enquanto a destra arranhava lentamente o abdômen pouco definido, ganhando arfares pesados do mais novo. Finalmente, chegou à cueca, marcada pelo membro teso, e levou o indicador à base do pênis, percorrendo vagarosa e tortuosamente pela extensão do mesmo. Vez ou outra, parava e fazia pressão em movimentos circulares em um ponto fixo, fazendo o menor quase implorar para que ele o masturbasse direito. Faria isso se sua língua não estivesse muito ocupada sendo chupada por Hoseok; o beijo acontecia mais fora das bocas que dentro delas, ocasionando em alguns sons um tanto eróticos.

— Hum... H-Hobi... — Gemeu em um sussurro ao sentir a mão do maior adentrar sua cueca, apertando firmemente seu membro, fazendo-o gemer alto e morder o lábio inferior. Hoseok, que havia se afastado, observou por alguns segundos as expressões de prazer que Taehyung fazia ao ter seu polegar passeando pela glande lambuzada do Kim. Abaixou a peça íntima e manuseou o membro alheio com destreza, vez ou outra fazendo pressão sobre o membro, o que fazia Taehyung gemer agoniado e apertar seu ombro com força; a outra estava na beira do balcão — que eles sequer haviam percebido estar ali até o momento.

Com um sorriso ladino, o moreno decidiu pôr fim ao sofrimento do pequeno, tomando o pênis em sua mão e fazendo movimentos de vai e vem firmes, enquanto marcava o pescoço pálido e delgado do menor, que puxou-o de volta ao encontro de sua boca. Kim suspirava em meio ao beijo e gemia sempre que Hoseok aumentava a velocidade da masturbação ou massageava seus testículos.

— Hyung. — Murmurou ofegante após separar-se do beijo, apertando os ombros do Jung e olhando-o diretamente nos olhos. — Me deixa te chupar. — Pediu com a voz rouca e uma falsa expressão inocente, vendo o brilho desejoso no olhar do moreno.

— O que está esperando para fazer isso? — Perguntou, vendo um sorriso aparecer nos lábios finos, recebendo um beijo afobado antes de ver o garoto ficar de joelhos à sua frente, a face encarando o volume na calça do outro. Levou a destra à área e massageou-a devagar, ouvindo um grunhido impaciente do mais alto. Sorriu meio maldoso, abaixando a calça jeans do mais velho e passou o nariz pela extensão rígida, depois a bochecha, esfregando como se fosse um gato — algo irônico de se dizer — o rosto na ereção do Jung, vez ou outra depositando um beijinho tímido por cima do tecido. Hoseok suspirou apressado, entrelaçando os dedos nos cabelos castanhos e puxando-os para que olhasse para si.

— Não me faça esperar, Taehyung. — Murmurou com a voz rouca, fazendo um sorriso mínimo brotar na face bronzeada. Com os dentes, mordiscou e puxou o cós da peça apenas para soltá-lo e deixar bater com força na pele consideravelmente sensível. — Tae... — Hoseok sussurrou entre dentes, os olhos semicerrados e os lábios comprimidos demonstravam sua frustração. Com um sorriso sacana, desceu a cueca com os indicadores, liberando o membro teso que pingava pré-gozo. Umedeceu os lábios e pegou-o na mão direita, fazendo movimentos lentos e passando o polegar pela fenda com um pouco de força, fazendo o mais alto gemer baixo.

Sua língua correu por onde antes estava seu dedo, recolhendo parte do líquido perolado, e seus lábios começaram a se movimentar como se estivesse beijando uma boca, envolvendo toda a glande e usando a língua durante o "beijo", sentindo os puxões em seus fios aumentarem juntamente com a respiração de Hoseok — que recusava-se a gemer em alto e bom som.

Após torturosos segundos, decidiu abocanhar o membro por completo, chupando o que conseguia abrigar em sua boca e massageando seus testículos, fazendo sons estalados. Fazia movimentos de vai e vem, descendo para os testículos e chupando também aquela área. Hoseok prendia o lábio entre os dentes, já sentindo o gosto metálico na língua. Olhou para baixo, encontrando o olhar de Taehyung preso em si, enquanto este passava a língua pela glande com um olhar provocante. Céus, ele poderia gozar apenas com aquela visão.

Desajeitadamente, puxou o mais novo de encontro a si e tomou sua boca em um beijo mais lento, aproveitando os gostos misturados na língua alheia, enquanto colocava-o de pernas abertas sobre o balcão. Instintivamente, levou dois dedos à boca para prepara-lo, quando ouviu a voz de Taehyung:

— Se você botar seus dedos aí, eu juro que arranco seu pau a dentadas. — Sua fala estava entrecortada devido aos ofegos frequentes, seus lábios avermelhados pelos mal tratos e o rosto também estava rubro. Não pode evitar de sorrir diante da fala.

— Vai doer, bebê. — Apesar da fala, já se posicionava entre as pernas longas do menor, distribuindo beijos e chupões pelas coxas imaculadas, pondo uma delas sobre seu ombro e distribuindo beijos e chupões pela sua extensão.

— Foda-se. — Disse firme, fazendo Jung sorrir e, sem aviso prévio, penetrá-lo bruscamente. Taehyung gritou, até por que Hoseok mal esperou e já começou a estocá-lo sem perdão. Seu organismo lupino ajudou a aliviar a dor e logo o prazer tomou conta de si, fazendo-o rebolar o quadril contra o pau de Hoseok, que entrava e saía em uma velocidade absurda. Agarrou-se a ele quase desesperadamente. O maldito moletom impedia-o de arranhar devidamente as costas alheias, obrigando-o a descontar as sensações através de mordidas no pescoço ainda com as marcas da última transa.

Repentinamente, Hoseok diminuiu o ritmo das estocadas, encarando Kim com um sorriso sacana no rosto. Taehyung quase socou-o ali mesmo. O ritmo agora era torturante, lento demais, embora não tivesse perdido a força. Os lábios de Jung traçaram uma linha pelo seu pescoço, logo alcançando seus lábios e iniciando um beijo meio atrapalhado, com dentes batendo e saliva demais, mas nenhum dos dois se importava realmente. A sensação de terem um ao outro já era suficiente.

— H-Hoseok... — Taehyung murmurou ao se separar, um fio de saliva conectava os lábios molhados. Céus, aquele homem o deixava louco. — M-Mais rápido...

— O quê? Eu não ouvi, TaeTae. — Murmurou em seu ouvido, diminuindo ainda mais — se é que aquilo era possível — o ritmo da penetração. Taehyung gemeu agoniado.

— Vai mais rápido...

— Repete pra mim, hm? — Matar Hoseok, definitivente, estava na sua lista de coisas para fazer.

— Me fode direito! Enfia logo a porra desse pau mais rápido e mais forte em mim! — E que se fodesse seu último fio de sanidade. O maior sorriu satisfeito, atendendo o pedido do lobo e saindo completamente do interior apertado para enterrar-se novamente com força, retornando à velocidade inicial, sentindo os dentes de Taehyung cravarem-se em sua pele. Não prendia mais os gemidos e fazia questão de soltá-los no ouvido do Kim, que não deixava a desejar. Seus gemidos agudos e roucos eram música aos ouvidos do mais velho.

Os únicos sons ouvidos no cômodo era o barulho dos corpos ao se chocar e os gemidos de ambos, que vez ou outra deixavam o nome alheio escapar. Hoseok retirou-se mais uma vez de dentro do outro para virá-lo e admirar a visão traseira de um Taehyung suado, ofegante e totalmente entregue a si. Sorriu, desferindo um tapa na nádega esquerda e ouvindo um gemido arrastado do outro.

— Conte. — Ditou, fazendo Taehyung gemer em frustração e resmungar algo, logo sendo silenciado por mais um tapa.

— Ah! U-um... Dois... — Um mais forte na direita. — T-t-trêês... Ahn... Quatro...? — Mais dezesseis tapas perfeitamente contados pelo mais novo, que agora tinha ambas as nádegas avermelhadas e marcadas com os dedos de Hoseok, que estava satisfeito com a visão. Queria marcar Taehyung de todo e qualquer jeito. Mais uma vez, entrou sem aviso, segurando sua cintura com força e colando seu peito às costas bronzeadas. Kim, que não tinha onde se apoiar, arranhava — ou tentava — a superfície marmórea do balcão, sentindo as investidas cada vez mais violentas em seu traseiro.

A mão de Hoseok procurou a sua através do braço, entrelaçando os dedos e arrancando um sorriso do mais novo, que logo foi substituído por uma expressão de prazer ao ter sua próstata acertada.

— H-Hoseok!! A-acerta l-lá de n-novo... — Pediu sôfrego, sendo atendido sem demora. Uma. Duas. Sua próstata foi acertada três vezes seguidas, e ele já sentia os espasmos de prazer espalharem-se por seu corpo. Seu interior se contraiu ao redor do pau de Hoseok, que marcava sua cintura com os dedos magros e não demorou a gozar em jatos fortes sem sequer ter sido tocado, sentindo o sêmen de Hoseok preencher-lhe o interior logo em seguida.

Suas respirações estavam descompassadas, os corpos suados e as mentes em branco. Hoseok demorou-se a se retirar de dentro do outro, voltando a deitar-se sobre seu tronco e apoiando a cabeça em sua nuca. Embora sentissem a necessidade de falar, sabiam que palavras não eram necessárias naquele momento. De um jeito ou de outro, sabiam o que se passava dentro da cabeça do outro e não precisavam de palavras para traduzir aquele sentimento que ligava-os internamente. Independente da forma física.