—Fico feliz em ver que todos estão aqui e que alguns rostos novos. Cumprimenta Taejo ao ver Ha-jin ao lado de Wook , e a jovem retribui com um sorriso.
—Vejo que trouxe uma companhia e o rosto dela não me é estranho. Comenta Yoo para o filho.
Os serventes adentram o cômodo e começam a servir os pratos.
— Ha-jin esteve na festa de alguns dias atrás, minha mãe. Responde Wook.
— E o que faz senhorita? Indagou a matriarca.
—Sou vendedora numa boutique .
—Vendedora ? Interessante. A mulher toma um gole de vinho, a informação servindo para desprezar prosseguir a conversa.
—Não é sempre que temos alguém assim a mesa. Fala Yeon-hwa as palavras praticamente pingando veneno.
—Sim, boas vendedoras são difíceis de se encontrar. Replica Ha-jin num tom firme e quase sarcástico.
—Gostei dessa menina. Comenta Taejo um sorriso genuíno na face.
—Não foi o único pai.
Wang So observava a cena com um misto de sentimentos entre eles o posse e raiva passando por ele, por algum motivo não conseguia se ver indiferente a moça que agora sorria para seu irmão e isto o incomodava profundamente, como se aquilo fosse muito errado em um nível que ele mesmo não conseguia entender.
A conversa fluiu de forma concisa e em pequenos grupos distintos, Jung com Eun conversavam sobre inventos recentes , Wang Yo e Wang Won discutiam trabalho, Taejo e Wook se viam debatendo entusiasmado com a convidada, Yoo e Yeon-hwa falavam futilidades e Beak e So observam a tudo com um segundo olhar, pois aquilo que parecia um banquete era também como a ultima ceia e entre eles haveria um Judas, o traidor.
Ao final do jantar a sobremesa foi servida.
— Ei isto é kyungdan . Os olhos Eun brilham ao ver o doce — Nossa papai adorava isso.
—Sim eu me lembro de quando saímos para comer uma vez e nem Hani estando junto evitou a gula dele. Ri Beak-ah lembrando do velho amigo.
—Papai dizia que não se deve negar ... Começou Eun , mas foi interrompido.
—Nossos sonhos e desejos. Completou Jung —É uma excelente frase.
—Mesmo que o desejo em questão fosse kyungdan . Ri Wook e pega um doce
—Eu odeio coisas doces . Se pronuncia Yo que não se aproxima da sobremesa.
—Devia experimentar , talvez sorrisse mais. Implica Wang So.
Assim que todos terminam as mulheres se dirigem a sala de estar e os homens ao escritório de Taejo; assim que entram no lugar e se acomodam a maioria o patriarca da inicio ao que seria o real motivo de juntar os presentes.
— Senhores eu os chamei para fazer um comunicado importante. — Isso principalmente para vocês meus filhos.
— Aconteceu algo pai ? Questiona Yo, cada aspecto daquele jantar soava estranho e para o filho mais velho aquilo só poderia se tratar de mais algum disparate de poder do pai.
—Não é o que aconteceu, porém o que vai acontecer . Responde o chefe de família.
—Como assim senhor ? Beak se manifesta.
— Estão vendo esta cadeira ? Eu sei que muitos almejam a replica dela que esta no meu escritório na empresa. Afirma o presidente sobre o móvel que esta sentado.
—Você esta bem pai ? Wook se levanta preocupado de seu lugar.
—Vamos deixar o velho terminar sem interrupção. Wang So diz e se senta numa poltrona, cruzando as pernas e esperando as noticias que viriam.
—Sim Wook estou bem. Tranquiliza o pai e volta-se aos demais da sala — Bem todos sabem que Wang Moo iria assumir, fora treinado por mim mesmo e tinha a aptidão para o cargo. Um sentimento nostálgico toma a sala — No entanto o irmão e amigo de vocês partiu cedo, cedo demais, naquele maldito acidente , junto a minha querida nora. Jung , Beak e So se entre olham mais permanecem em silencio enquanto o velho prossegue — A questão que trago aqui é que estamos sem uma cabeça para me suceder .
— Vovô isso ainda levara tempo. Diz Eun num misto de tristeza e gentileza.
—Nunca se sabe quando a morte vai chegar Eun, é uma ingenuidade tola pensar que temos o dia de amanhã como garantido. Garante o avô
— Seu pai é um exemplo. Fala Yo sem um pingo de hesitação.
—Yo . Chama Wook num tom de repressão.
— A questão é que os trouxe aqui pois acho que são os mais brilhantes e esforçados com quem tenho a honra de trabalhar, então eis que tenho uma pergunta a vocês, quem se acha digno de assumir o meu lugar ?
A sala é tomada por um silencio, nenhum dos presentes acreditando de fato no que acabaram de ouvir,Ele só pode estar de brincadeira foi o pensamento geral.
— Isto é serio ? Wang Won disse quebrando a atmosfera formada.
—Não é porque somos uma empresa familiar que temos que manter isso hereditário, no mercado e na vida se ganha o melhor. Afirma Taejo se levantando.
— Pai sabe o quanto isto é injusto. Critica Yo a voz pingando insatisfação.
—O grande Yo não se acha o melhor. Wang So provoca.
—Eu batalhei mais que qualquer um aqui por essa cadeira. Diz o mais velho.
—Então se este é o caso não tem problema. Beak-ah coloca-se ao lado do melhor amigo.
—Você é apenas um subalterno, se abstenha de opiniões. Enfrenta o herdeiro.
— Yo. Won põe a mão no braço do mais velho, em sinal para se conter.
— Vejo que será uma competição de todos contra todos. Taejo sorri satisfeito, antes que sair ele da um ultimo olhar aos presente e finaliza — Eu estarei observando a todos, então logo terei um parecer,espero o melhor de todos. Então fecha a porta atrás de si.
Yo é o primeiro a deixar o local a passos firmes ao lado de Won, Beak e Jung foram para um canto ao lado Eun que parecia perdido com a noticia, Yeon-hwa entra na sala e vai até os primos porém somente Wook a da atenção, So a ignora tratando de sair daquele local para que pudesse enfim conseguir respirar.
Ao chegar a sala de estar ele afrouxa o nó da gravata a arrancado por completo, ele parecia frustrado e enquanto passava as mãos pelos cabelos antes perfeitamente penteados um único pensamente o passava pela cabeça “Aquele velho louco transformou todos nós em alvos, todos estamos com a perspectiva de um assassino em nosso encalço” , foi então que notara duas mãos em seus ombros.
— Você esta bem ? Disse a voz suave e só então se dera conta de outra pessoa no cômodo e esta era justamente o alvo de seu incomodo no jantar.
— Quem se importa ? Ele se afastou daquele toque, aquele não era o melhor momento, ele tinha raiva em si, e trata-la de forma rude foi só uma forma de pedir que se afastasse.
— Eu me importo idiota ou não teria perguntado. Responde Ha-jin e por um pequeno momento ele se permite sorrir aquela boca esperta.
Ele se afasta indo em direção a uma porta a qual era uma das varias que dava acesso ao jardim, So a sente atrás dele porém nenhuma palavra é dita , o herdeiro da um suspiro audível e ela se pôs ao lado dele.
Wang So olhou para o lado e a expressão serena dela era como se acalmasse algo dentro dele, queria saber por que o seguira se demonstrara anteriormente desprezá-lo, no entanto não fez, Ha-jin então começou a fitá-lo, era curioso mas o olhar dela não incomodava e sim o preenchia de algo que ele não poderia definir.
Ela então da alguns passos e de um modo sutil se posta frente a ele, So espera que a boca atrevida vá lhe dar um sermão ou dizer uma besteira fútil que é o que se esperava de mulheres que não sabiam lidar com o silencio, porem ela o pega desprevenido quando leva sua mão até a face dele e acaricia.
Ha-jin já não entendia a si mesma quando seguiu Wang So até o jardim , porém sinta que algo o afligia,e ela não poderia o deixar sozinho uma segunda vez, mesmo que este estivesse sendo totalmente indelicado com ela desde o momento do reencontro; quando notou que ele não quebraria o silencio sentiu seu coração apertar por ele, o totalmente despida do medo e incerteza ela lhe acariciou a face onde numa vida diferente havia ali uma cicatriz.
— Por que faz isso ? Disse ele num tom baixo.
—Por que não o faria ? Replicou ela.
O momento fora interrompido quando vozes adentraram o espaço verde, So então abraça Ha-jin os escondendo.
— Eu fiz demais para esse velho me retribuir assim ? Era a voz de Yo reconheceu So.
—Não se preocupe meu filho ele é tolo. Dessa vez era sua madrasta que se pronunciara —Eu estou aqui, lembra ?Eu sempre estarei aqui para você.
So observou a cena apenas alguns segundos, e então se pôs a sair do recinto com Ha-jin em seu braço, eram todos tubarões na família , porém até que ponto uma mãe defende a cria ?
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