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História Moonlight - Wonderwall


Escrita por: oquesouecomosou

Notas do Autor


Oi!

Desculpe a demora para postar... tive alguns probleminhas ;)

Quaisquer erros, falhas, por favor me avisem para correção.

Beijos!

Capítulo 3 - Wonderwall


A loira de olhos azuis era tão alta quanto eu. Foi inevitável sentir um agradável perfume enquanto Taylor caminhava à minha frente pelo corredor largo e claro que nos levaria até o local do nosso teste. Jenji ia na frente, junto com Schilling, dizendo que faria questão de escutar o final da história que Taylor ia contar.

Em meu silêncio, observei que Taylor andava com o punho direito fortemente cerrado. Minha atenção à altura da cintura dela só foi quebrada com a empolgação de Jenji quando chegamos para o teste.

A cena que faríamos seria um flashback de quando Alex e Piper ainda estavam juntas e Piper teria que dançar sensualmente enquanto Alex a convidaria para uma de suas viagens.

Deitada na cama com um livro na mão, me senti um pouco desconfortável. Até começar a escutar a música. Levantei os olhos e Alex Vause apareceu, tendo que convencer Piper a viajar com ela. Pude sentir todo o magnetismo no olhar de Taylor, enquanto ela dançava. E a viagem visual que Alex teve com a suave e lasciva dança foi o convite correto para que me inclinasse ao encontro de Taylor, calma e inconscientemente, como se o corpo dela fosse um ímã invisível.

Senti meu coração saltando no peito. Olhei para aqueles olhos azuis, hesitando por alguns segundos. Senti meu rosto corar.

Quando olhei, todos estavam em silêncio.

Ninguém disse nada para nós mas era claro como o dia que Taylor e eu tínhamos algo especial. Foi tão natural e eletrizante que não foi nenhuma surpresa Jenji sequer experimentar outras atrizes para Piper e Alex. Todas as pessoas presentes foram atraídas por nossa interpretação. Meu coração saltou do peito. Fiquei aliviada em me sentir mais relaxada e segura. Eu sempre duvidei que outros atores iam fazer com que eu me sentisse tão confortável. Fiquei chateada quando decidiram que eu não ficaria com a personagem principal. Mas minha opinião mudou quando vi Taylor Schilling interpretando Piper.

 

Coincidentemente, a primeira cena de nós duas combinaria duas coisas que eu nunca tinha interpretado antes: nudez e representar uma lésbica. Eu não sabia qual seria meu maior problema e como já estava pronta, decidi ir até o camarim de Schilling. Apenas para dar um “oi” e saber como ela está se sentindo com essa cena.

Fui recebida com um sorriso e percebi que apesar de algumas palavras trocadas, passamos um momento nos escutando em silêncio, perdidas em pensamentos e querendo saber o que a outra estava pensando.

— Então – ela falou suavemente, sem qualquer sinal de hesitação, dando um pequeno passo mais próximo a mim. — Não vou mentir. Estou um pouco assustada. – disse, segurando minha mão entre seus dedos longos, macios e quentes.

Relaxei com isso. E bem na hora, pois nos chamaram para a cena.

Felizmente, nós podíamos usar algo vestido para cobrir a parte debaixo, pois o ângulo apenas nos mostraria da cintura para cima. Tiramos o roupão e ficamos nuas.

Agora eu estava ali. Era difícil não sentir uma ligeira sensação de nervosismo. O chuveiro estava aberto. Tinha cerca de doze pessoas da produção, e algumas câmeras posicionadas em lugares diferentes.

Me senti confortável em tocar o corpo de Taylor, seguido de um primeiro beijo técnico. Era macio, molhado por causa da água e um pouco preguiçoso.

Quando cortaram a cena, nos separamos, sorrindo uma para outra, e enquanto colocava o roupão de volta, Schilling me surpreendeu:

— Graças à Deus que é você!

Aquilo me deixou feliz, pois eu sentia o mesmo que ela.

 

Suspirei aliviada depois de um dia de gravações e, já pronta na rua para voltar para casa, com o clima de final de verão, comecei a procurar por um cigarro na minha bolsa. Ouvi uma porta batendo atrás de mim e em seguida aquela voz, agora já conhecida:

Me virei e vi um pequeno e inocente sorriso de Taylor me fazer um convite:

— Você está ocupada agora? Podemos jantar em algum lugar?

Taylor estava vestindo uma calça jeans e uma camiseta preta. Sorrindo após minha resposta ela fez um sinal para chamar um táxi laranja, que parou ao nosso lado.

Ela foi tão rápida que tive que adiar a minha oportunidade de fazer um pouco de fumaça.

Taylor sentou-se um pouco mais na beirada do banco de trás e deu as instruções do nosso destino ao motorista. Quando a loira tirou os óculos escuros, o azul saltou diante dos meus olhos. Ela tinha um olhar ingênuo.

 

Era muito fácil conversar com ela. Percebi que seria capaz de ficar longas horas sem acabar assunto. Eu queria olhar para longe dos olhos claros de Taylor, mas ao mesmo tempo queria olhar para eles e descobrir o que estava escondido sob aquela ingenuidade.

Quando chegamos, percebi que aquela não parecia ser a primeira vez de Taylor naquele restaurante, mas mesmo com essa sensação, ela ficou olhando para o cardápio por um tempo que não parecia ter fim. Era como se ele tivesse impaciente. O restaurante agora estava cheio o suficiente para que a cozinha atrasasse em alguns minutos aquilo que eu julgava tempo suficiente para virem nossos pedidos.

— Já volto. – disse Taylor de forma apressada em direção ao banheiro.

Tive uma sensação de que deveria ir atrás dela. Levantei-me e fui.

No banheiro, encontrei Taylor com seus cabelos Loiros e seus dedos ajeitando uma mecha solta atrás de uma orelha, antes de cair em uma queda surda.

Senti uma mão agarrar meu pulso e seus outros dedos curvados em torno do meu antebraço. Encontrei seus olhos. Azuis. Um azul tão profundo que foi quase esmagadora a dor que ela estava sentindo naquele momento. Percebi que Taylor precisava de ajuda.

Eu sabia o que ela estava sentindo, pois com a morte do meu pai passei por algo semelhante. É como se inúmeros circuitos estivessem ligados e se cruzando, todos ao mesmo tempo.

Aos poucos ela foi se acalmando e mesmo eu afirmando que não haveria problema de irmos embora e deixar o jantar para outro dia, ela foi firme ao dizer que ficaríamos.

Schilling já estava corada novamente e voltamos para nossa mesa. Percebi que quanto mais conversávamos, melhor ela parecia. Resolvi contar à ela sobre onde eu estava quando recebi o desconvite para Piper mas a agradável surpresa para Alex.

Taylor parecia que estava se deliciando com uma sobremesa digna de estrela Michelin, quando me perguntou sobre a ideia dos cabelos negros e se era verdade que eu era naturalmente ruiva. Ficou tão eufórica que anunciou de forma que todos escutaram:

— Eu amo vermelho! Esta é a minha cor de cabelo favorita. Ele é o mais raro!

Eu ri e senti meu rosto ficar um pouco mais quente.

— Não fique envergonhada – continuou entre sorrisos – nunca alguém disse isso à você?

— Os meus amigos são principalmente homens. Por isso não acredito que a maioria deles se lembraria da cor dos meus cabelos...

 

Fiquei surpresa com o tempo que ficamos naquele restaurante e como foi fácil para mim conversar com ela. Tínhamos algum senso de humor. Quando Taylor estava relaxada, suas expressões realmente eram engraçadas! Pela primeira vez em muito tempo, senti uma enorme empatia por uma mulher atraente. Eu estava com meu ego acariciado, apesar de um pouco confusa. Foi impossível não me lembrar de Anne.

 

Na rua, finalmente tirei um cigarro e acendi.

Meus pensamentos entre a forma de como seria meu desempenho neste papel estavam ligados em como fazer essas cenas com a Taylor. Sim, tivemos uma química maravilhosa. Mas eu não sabia nada sobre sua personalidade. Eu mal a conhecia.

Pedi o celular dela, anotei meu número e devolvi-lhe o aparelho. Eu mal conseguia dizer adeus e fui mais uma vez surpreendida pela loira.

— A propósito! Você tem uma voz legal! – Taylor falou tão alegre e abertamente, mas ao mesmo tempo tão íntima.

Meu prazer com aquela última tragada se arrastou para a mulher que atravessou a rua correndo para sumir do outro lado, no meio da multidão.


Notas Finais


Até o próximo capítulo!


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