História Moonlight - When Emma tried to run away.

Este é o mundo que você nunca entenderá e sempre se teme aquilo que não se entende.

Emma Laupoge.

Eu tinha duas opções sai daquele lugar e nunca mais voltar ou ficar e aguentar todas as consequências que cairiam em meu colo e para o bem de toda a humanidade e de minha sanidade mental, resolvi ir pelo caminho mais difícil. Enquanto Harry Styles estava ocupado demais falando com os convidados daquele evento, aproveitei para sair de despercebidamente, ou, pelo menos, era o que eu achava.

Assim que sai da grande casa, senti meus pés doendo devido aos saltos que usava naquela noite, apoiei-me em uma das árvores tirei os saltos e sai daquele lugar, andei pelas ruas a procura de um táxi, as pessoas olhavam para mim, não consegui definir se era pena ou surpresa no olhar delas. Fiz sinal para o táxi, ele atendeu-me, disse ao motorista o endereço de minha casa e em poucos minutos, devido a hora, cheguei sã e salva. Entreguei o dinheiro e subi para o apartamento, na verdade eu chamo de apertamento mas é o que eu e Antonella podíamos pagar. Antonella é minha colega de quarto ou de apertamento, cheguei em casa e ela estava sentada mexendo em seu celular.

— A noite foi produtiva? — questionei a Antonella.

— Acredito que sim, talvez não tanto feito a sua. — ela diz, sentei-me ao lado dela, peguei um pouco do biscoito que estava em suas mãos. — São amanteigados.

— Antonella, precisamos conversar.

—Isso parece mais com um término de namoro e acho que não estou pronta para levar um fora. — eu ri de seu humor, apesar de tudo, Antonella sempre conseguiu deixar-me de bom humor.

— Quando terminar as aulas, pegarei o diploma e voltei a meu país.

— O que? — ela diz. — Porque?

— Meus pais precisam de mim. — ela assentiu sem procurar um motivo ou querer saber o motivo pelo qual eles precisavam de mim. Antonella apenas aceitou e continuou mexendo em seu celular, fazendo vídeos engraçados postando em suas redes sociais.

Ao ver a estação de metro lotada sinto um desanimo enorme, respirei fundo. Entrei naquele metro, sendo empressada por várias pessoas, não importa a hora, sempre cheio. Não encontrarei um lugar para ficar tranquila, bancos cheios, todos os passageiros a bordo e é só aguardar chegar na faculdade.

Depois de minha fatídica noite na casa dos Styles, quando deixei Harry Styles em sua própria festa, ando tentando evitar o contato com ele. Acredito que deva ser menos doloroso quando você desaparecer rapidamente do que aos poucos, principalmente ao se apegar a pessoa. Harry anda indo todas as noites a boate, porém eu sempre termino meu show e dou um jeito de chegar em casa rápido, a irmã dele, Gemma procurou-me outro dia mas disse a ela que estou muito preocupada com o último semestre e afins.

Desci em minha parada, sai da estação indo em direção ao Campus, estava tudo colorido com um clima de despedida, passei quatro anos longe dos Estados Unidos da América e Deus como eu sinto falta de minha terra, sinto falta de Nova York! É como se fosse a última semana de aula no Ensino Médio, sinto um frio na barriga tão grande, sinto uma vontade enorme de finalmente poder “ver” como o mundo é, apesar de responsabilidades. Vejo algumas pessoas já fazendo limpeza em seus dormitórios, em poucas semanas eu serei formada, poderei ser taxada como jornalista.

É uma sensação de dever cumprido. Enviei currículo para algumas empresas em minha cidade mesmo, mas nos grandes polos também como a Califórnia e a Costa Oeste que seria mais para entretenimento, o que vier é lucro com certeza. Já avisei a meus pais que voltarei e disse para ambos que havia pedido demissão da Moonlight, mas não pedi. Continuarei lá, não importa o que digam eu gosto de dançar, nua, vestida! Dançar é uma forma de expressar-me, uma das poucas que eu tenho, querem fazer comigo o que fazem com passarinhos, prendê-los em gaiolas. Céus, eu não sei como conseguem.

Papai e mamãe não esbanjaram nenhum tipo de relação com minhas palavras ao telefone, apenas aceitaram mas que isso foram até educados, eu diria que isso é raro. Passei quatro anos inteiro escutando barbaridades, xingamentos, vindos de todos os lados e honestamente acho que já acostumei.

… … … …

Após o meu terceiro período de aula, eu tinha um tempo vago, resolvi comer alguma coisa e finalizar minha leitura para o meu trabalho final, ando fazendo esse trabalho desde que comecei o último semestre, para ficar tudo do jeito que eu quero, como eu desejo ainda precisa de alguns retoques. Pedi um sorvete de baunilha sentei-me em uma das mesas e comecei a fazer anotações sobre o livro que li, para com o trabalho que apresentarei. Prendi meus cabelos em um rabo de cavalo apertado, coloquei meus óculos de grau.

Devido ao tempo que gastei lendo livros e em frente a computadores lendo notícias, na adolescência, desenvolvi um pequeno problema nos olhos, nada muito grave. Lendo, relendo, apagando e reescrevendo. Nada parecia fazer sentido. Aquele meu parágrafo estava catastrófico! Coloquei a mão em minha testa lambendo um pouco mais de meu sorvete.

Quando iniciei esse semestre o professor de comunicação internacional disse que poderíamos escolher o tema que nos sentíssemos a vontade em debater e escrever sobre. Os temas variam sempre entre política, economia, industrialização, geopolítica e claro comunicação mundial. Escolhi política onde sempre fiquei à vontade sobre debater, escolhi o tema sobre todas as guerras que o mundo passou e as que podem passar ou as que estão prestes a acontecer. Começar dos primórdios exige muita leitura e concentração e última coisa que ando tendo esses últimos dias é concentração.

— Céus, o Oriente Médio é um lugar complicado! — comento comigo mesma, olhando para meu paragrafo reformado.

— Falando sozinha, Emma? — ouço uma voz, atrás mim e quando levanto meu olhar, vejo Harry Styles muito bem-vestido de terno. Harry sentou-se a minha frente.

— Harry, o que está fazendo aqui? — questionei surpresa.

— Pensei que aqui séria um péssimo lugar para evitar-me. — ele diz, pegando o sorvete de minha mão, e lambendo o mesmo. — Baunilha, está gostoso. — ele diz, dando mais algumas lambidas, Cristo eu queria ser lambida naquele estante. — Não respondeu minha pergunta.

— Não estou tendo tempo. — digo ajeitando meu óculos em meu rosto.

— Já lhe disse que mente muito mal? — ele diz. — Emma, eu lhe fiz alguma coisa? —Não, não, não! Ele entendeu tudo errado!

— Não!

— Então porque está me evitando?

— Porque eu estou em meu último semestre, preciso entregar meus trabalhos, trabalhar todas as noites. — digo, tendo noção que minha resposta não era das mais convincentes.. — É cansativo, entenda-me.

— Eu entendo e fiz tudo isso que você está fazendo, hoje faço cinco vezes mais o seu trabalho. — ele diz, rude.

— Desculpe-me, Sr. Styles. — fiquei um pouco sentida então retribui. — Meu mundo não gira ao seu redor.

— Peço perdão. — ele diz. — Faz alguma coisa agora?

— Tenho algumas aulas e depois irei para a boate ensaiar. — olho para o relógio, vendo que faltava cinco minutos para minha aula começar.

— Esperarei por você. — não discuti, arrumei minhas coisas e segui em direção a minha sala, quando cheguei a sala estava razoavelmente cheia, meu orientador o Professor Phillipe Barnes estava em sala.

—Professor! — chamo sua atenção, coloco minhas coisas em uma das cadeiras e tiro meu rascunho, o reformado.

— Srta. Laupoge, como anda seu trabalho? — o velho homem diz. — Estou ansioso para assisti-lo.

— Não vejo a hora de acabar com isso, na verdade. — ele esboça um sorriso. — Consertei tudo o que podia, ando lendo sobre os acontecimentos atuais todos os dias, mas não está sendo fácil.

— Você tem uma cópia desse rascunho?

— Não com as mesmas palavras.

— Tire uma foto e digite, não perca tempo. — peguei meu celular e tirei uma foto. — Deixe comigo que o eu puder acrescentar para você, farei.

— Serei eternamente grata, Dr. Barnes.

… … … …

Quando soou o último sinal do meu dia, eu dei graças a Deus. Estiquei meus músculos, estalei meus dedos e arrumei meus pertences, coloquei-os em minha bolsa, peguei meu celular estava morrendo de fome aquele sorvete não sustentou-me absolutamente nada, pararei em algum lugar para comer. Ultimamente, não estou comendo direito, na verdade desde que sai de casa não ando comendo direito, mas esse último semestre é uma exceção.

Com meu celular, mandei uma mensagem para Miss Ariel dizendo que talvez eu iria atrasar-me, lembrei-me também de que Harry disse que esperaria por mim. Então resolvi sair pela parte de atrás, desci pelas escadas, pedindo licenças porém rápido com medo de esbarrar por com ele, andei pelos corredores mas cheguei a porta de atrás, lembrei-me no estacionamento dos alunos e visitantes.

— Merda! — digo ao ver Harry Styles conversando com alguns alunos, pensei que talvez pelo fato dele estar distraído talvez não me visse, assim que iria mover-me ele olha para atrás e acena para mim. Não adianta, por mais que eu tente mais eu me sinto atraída. Não há como negar! Andei até ele que pareceu se despedir dos alunos.

— Como foi?

— Foi bom, ficou aqui este tempo todo?

— Procuro uma explicação plausível para o que anda acontecendo com você, cara Emma. — ele diz, feito um aristocrata que eu sei que ele não é. — E não desistirei facilmente.

— Eu sei que você deve ter coisas para fazer em sua empresa. — digo rápido. — E estou atrasada para o trabalho e com fome...

— Ótimo, estou com fome também. — ele diz abrindo a porta de seu carro esporte para mim,  entrei no carro. Ando tentando colocar em minha cabeça que eu não sou a pessoa certa para este homem, mas tudo nele me atraí feito um imã. Cristo, eu precisava sentir o corpo de Harry Styles sobre os meus.