História Moonlight Falls - Ato 8: As Sombras dos Sentimentos...

          Taylor

          Ainda naquela situação difícil, eu tinha que tomar uma decisão antes que algo pior acontecesse com a Bleer naquela noite. Umas das soluções que poderia ajudar ela, era um procedimento bem complicado que poderia muito bem dar certo, mas também não dar em nada, fazendo eu e a Raven perder mais tempo do que já perdemos.

    - Vou tentar uma coisa, Raven.- digo um pouco tenso, pois a decisão que eu havia tomado não era nada fácil.

    - Tudo bem Taylor, no que eu posso ajudar? - disse ela me olhando um pouco preocupada e ansiosa.

    - Bom, segura o braço direito dela pra mim. Deixa ele bem esticado. - digo para ela com um olhar sério. Sem perder mais tempo, assim que Raven fez o que pedi, coloquei minhas garras para fora e com uma de minhas unhas, comecei a fazer um corte em seu braço de um lado até o outro. Comecei a perceber que ela não estava se curando do corte que eu fiz, o que não era pra acontecer, porquê ela já tinha recebido o dom dá mordida de um alfa. Ainda com ela em meus braços, viro o meu olhar para a Raven.

    - Vamos tentar ativar a cura dela! Segura ela para mim, por favor. - digo entregando a Bleer para a Raven.

    - Por favor, cuidado. - disse Raven olhando séria para mim. Após Raven me dizer tais palavras, coloquei minha mão sobre a nuca da Bleer e depois em sua testa.

    - O corpo dela está muito frio, precisamos aquece-lá. - digo olhando preocupado para a Raven.

    - Bom, eu tenho uma ideia, lembra que no hospital ela também estava sentindo frio? Então... - disse ela olhando séria para mim.

    - Lembro! Vou tentar fazer a mesma coisa. Me dê ela novamente. - enquanto falo vou tirando a camisa e deixo a mesma jogada no chão, em seguida, Raven coloca a Bleer novamente em meus braços.

    - Cuidado, vou tomar um banho rápido e volto para ver como ela está! - disse ela um pouco nervosa.

    - Pode deixar! Se a situação dela piorar, eu chamo o Ragnar! - digo para ela enquanto tento aquecer a Bleer em meus braços. Após alguns minutos, percebo que o corte que eu havia feito nela estava se curando aos poucos quando de repente vejo ela se esforçando para falar, então, aproximo meu ouvido esquerdo perto de sua boca.

    - Eu vou morrer? - disse ela com um peso na voz e em seguida, lágrimas começaram a cair de seus olhos.

    - Eu não vou deixar, eu prometo! - digo me segurando para não chorar, quando escuto alguém se aproximando, era Raven.

    - Como ela está? Já melhorou? - disse ela dando um olhar de preocupação.

    - Bem mal, ela melhorou muito pouco. Tenta ligar para a sua amiga mais uma vez! - digo ansioso, sem saber o que fazer.

    - Eu já tentei diversas vezes e nada! Tenta novamente, Taylor. - disse ela com um tom de voz alto e andando de um lado para o outro no corredor dá casa. Eu estava completamente desesperado, cada vez mais a temperatura do corpo da Bleer estava caindo e ela também estava ficando cada vez mais pálida e eu não tinha mais nada para fazer, assim, fechei meus olhos e comecei a chorar juntamente com a Bleer.

    - Eu posso ajudar em algo? Eu não fiz aquela pergunta por mal. - disse Scarlett, após ter chegado no corredor.

    - Por bem que não foi! Agora tem como você dar licença? - disse Raven encarando ela.

    - Você é surda? Eu já pedi desculpa! - gritou Scarlett, olhando com raiva para a Raven. Eu já não estava bem por ver a Bleer naquela situação difícil e ainda assim, veio a Scarlett para implicar com a Raven nessas circunstâncias? Não me conformei com isso.

    - Não vou conseguir ajudar a Bleer com vocês aqui discutindo por causa de um mal entendido! Preciso fazer isso sozinho com ela. - digo saindo do corredor com a Bleer em meus braços.

    - Tá feliz agora, garota? - falou Raven furiosa com Scarlett. Em seguida, Raven se retirou indo para o seu quarto, totalmente desmotivada por acabar atrapalhando Taylor com a Bleer, e ficando Scarlett meio ressentida, voltou para sala principal dá casa e se sentou no sofá pensando na merda que ela havia feito.

         Bleer

         Mesmo sentindo dores de cabeça muito fortes, tontura, frio e entre muitas outras coisas, eu estava escutando tudo que estava acontecendo a minha volta. Após o Taylor se retirar do corredor ainda comigo em seus braços, eu estava curiosa sobre o que ele iria tentar fazer para me ajudar.

    - Qual a sua ideia? - sussurrei em seu ouvido.

    - Bom, vai parecer algo radical, eu ouvi alguns boatos de tirar a dor de outra forma. Espero que funcione. - falou ele meio inseguro olhando em meus olhos.

    - Por mim tudo bem, temos que tentar! Pode fazer. - digo bem baixinho forçando um sorriso fraco e olhando fixamente nos olhos dele.

   - Lá vamos nós. - disse ele me olhando e aos poucos foi aproximando seu rosto do meu, até que nos beijamos. Estava tudo sendo incrível e a minha dor estava desaparecendo durante o beijo, era uma sensação muito boa! O que é isso que eu estou sentindo? Minha dor estava ficando cada vez menor, então, resolvi parar o beijo.

    - Taylor, eu estou me sentindo muito bem! Não sinto mais a dor! - digo emocionada e em seguida o abraço.

    - Estou super feliz que você esteja melhor! Depois desse beijo estou bem melhor também. - disse ele me retribuindo o abraço e me dando um beijo na testa.

    - Eu sei que estou meio fraca ainda, mas quer dar uma volta mais tarde? - pergunto fazendo um sorriso.

    - Claro que eu aceito! E com muito prazer. - disse ele sorrindo enquanto pegava minha mão. Segurei firme a mão dele enquanto olhava em seus olhos mas eu não sabia se era a coisa certa a se fazer. Nós somos amigos desde a infância e ele só me beijou para me ajudar, eu não poderia pensar em algo além desta realidade, com um pouco de vergonha de mim mesma, abaixei minha cabeça e fiquei olhando para o chão.

    - O que houve? - perguntou ele preocupado ao perceber que eu estava muito quieta.

    - Não é nada, Taylor. - digo dando um sorriso fraco.

    - Tem algo te incomodando? Se sim, pode me contar se quiser. - disse ele para mim enquanto fazia carinho em meu rosto.

    - Não é nada, fica tranquilo. - digo para ele quase chorando por eu estar mentindo, sendo que na verdade, eu não estava nada bem!

    - Eu... preciso te contar... uma coisa importante... - falou ele com a cabeça abaixada, hesitante.

    - O que? - pergunto curiosa e com um pouco de medo.

    - Quando eu te beijei, não sei você, mas senti algo diferente... acho que... eu estou gostando de você... - disse ele meio sem jeito e com um sorriso fraco.

    - Eu também... senti algo. Isso é certo? Porque eu acho que estou gostando de você também... - digo segurando firme a mão dele e olhando para baixo.

    - Pra mim é certo, parece que estamos sentindo a mesma coisa. - disse ele esboçando um sorriso.

    - Parece que sim. - digo meio sem graça, olhando para ele. Após dizer isso, ficamos trocando olhares e sorrisos por alguns minutos, sem dizer uma palavra sequer.

         Ragnar

         Enquanto Raven e Taylor estavam tentando ajudar Bleer com as dores que ela estava sentindo, fiquei assistindo TV com Scarlett na sala principal. Após alguns minutos ela foi para o corredor tentar ajudar Bleer e logo em seguida me lembrei que eu não havia pegado ainda os animais para os vampiros conforme prometi quando assinei o tratado. Já aproveitando que Scarlett havia saído dá sala, dei uma saída pela floresta e assim, comecei a caçar alguns animais. Após alguns minutos tentando rastrear o cheiro de algum animal, encontro um bando de veados e vou para cima deles para leva-los​ para os vampiros. Enquanto estou matando eles, escuto alguns gritos e uivos, os uivos não eram de um lobo normal, parecia ser de um lobisomem. Após matar dois veados, deixei o restante do bando fugir e comecei a seguir o som dos gritos. Como o barulho não estava muito distante, dei um salto entrando na forma de lobo e fui correndo em direção aos gritos, eu estava tão próximo, cada vez mais próximo. Depois de uns cinco minutos correndo, comecei a subir um penhasco, quando finalmente, lá no topo encontro, o que eu queria e volto a minha forma humana.

    - Você nunca aprende, não é? - digo mostrando minhas presas.

CONTINUA NO PRÓXIMO ATO...