História Moonlight shadow ( Sombra do luar) - Capítulo 32- Invasão.

Juliet – Ai meu Deus!

Adalind – O que foi Juliet?

Juliet – Você viu o tamanho daquele rato?

Ethan – Não acredito. Você ta com medo de um rato? Você por acaso sabe o que a gente vai enfrentar? Acredito que berserkers sejam um pouco mais perigosos que ratos.

Juliet – Sei bem o que vou enfrentar, não se preocupe, foi apena um reflexo.

Rayden – Entendo ela prefiro enfrentar um bando de lobisomens ou de berserkers a ratos.

Liam – Garotas são sempre garotas.

Rayden – Achei esse seu comentário um tanto quanto machista.

Derek – Sugiro a vocês ou melhor a todos que façam mais silencio quando nos aproximarmos do local afinal não queremos perder o elemento surpresa.

 – Desculpe.

Dizem os jovens praticamente juntos, não era segredo que quanto mais perto de seu destino o grupo se aproximava mais tenso e nervosos eles ficavam, não era difícil de imaginar o que se passava em suas mentes levando em conta tudo o que eles deveriam enfrentar.

Todos se preocupavam com os riscos que eles e seus amigos corriam, não queriam que eles estivessem em meio ao combate, sabiam também o quanto os seus inimigos eram fortes e temiam que pior pudesse acontecer, pensavam se todos iriam voltar com vida dessa luta.

Jonh ia na frente guiando o enorme grupo que o seguia em fila devido ao pouco espaço a sua volta, já estava quase perto do ponto central onde as galerias se encontravam, cada uma se dirigia a um local que dava acesso a um prédio afinal os prédios não ficavam no mesmo terreno que a fábrica e eram um tanto quanto distantes do local.

O grupo ia seguindo o percurso com auxílio de lanternas com certa lentidão e dificuldade pois além de estarem em um espaço confinado era difícil prosseguir o caminho que mais parecia um labirinto subterrâneo, se perder ali era fácil, se não fosse os mapas que John conseguira mais cedo com certeza isso já teria acontecido.

Liam – Será que estão todos bem? Os nossos amigos?

Scott – Acredito que sim, Peter não os machucaria sabe que eles são valiosos para nós, não arriscaria perder a vantagem que tem.

Rayden – E pelo jeito Peter os quer ao lado dele também.

Scott – Sim ele deixou bem claro que quer tirar tudo o que temos.

Ethan – Então você sabe muito bem o que devemos fazer, não é mesmo Scott?

Scott – Sim, eu sei.

Ethan – Se a ideia te incomoda não se preocupe, não me importo em sujar as minhas mãos de sangue, só tente se manter vivo.

Scott – Farei o que for preciso, mesmo que isso não me agrade.

Liam – Ele tem razão Scott, só assim poderemos viver em paz.

Satomi e Noshico que iam atrás escuta a conversa dos jovens.

Noshico – É triste ter que ouvir isso desses garotos, tão jovens e se vendo envolvidos em algo tão trágico e cruel.

Satomi – A vida não escolhe o melhor momento para seus acontecimentos por isso devemos estar preparados para tudo.

John continuava a frente guiando o grupo, Derek vai em frente e se aproxima dele.

Derek – Falta muito até a galeria central?

John pega sua lanterna e examina o mapa com muita atenção.

John – Não muito, estamos bem perto.

Derek olha no rosto do John e nota sua preocupação e tristeza.

Derek – Sinto muito.

John – Não se preocupe está tudo bem.

Derek – Eu estava lá quando levaram Stiles, e não pude fazer nada.

John – Escuta Derek, não foi culpa sua, sei que você fez o que pode.

Derek –  Stiles e eu nunca nos demos muito bem, pelo menos até antes disso tudo acontecer. Mas de um tempo pra cá nos aproximamos bastante, não quero que nenhum mal aconteça a ele.

John – Sei disso Derek, sei que você se importa com meu filho.

Derek – Queria agradece-lo por tudo o que você, que vocês fizeram por mim.

John – Deixe para agradecer ao Stiles pessoalmente, quando o tirarmos de lá e tudo estiver bem.

Derek – Possa ser que eu não tenha essa oportunidade. Agradeça a ele por mim, diga que eu sinto muito e que ele é muito importante para mim.

John – Direi se for preciso, mas espero que você possa dizer isso a ele pessoalmente, meu filho é meio cabeça dura cheio de ironias e sarcasmo, mas esse é o jeito dele de demonstrar que se importa com você.

Derek – É bem o estilo dele mesmo.

John – Você já o salvou uma vez, confio em você sei que conseguira novamente.

Derek – Prometo que farei o que for preciso para isso.

John – Todos temos alguém importante para nós lá.

John para no fim da galeria examina o mapa e entra em outra, seguido pelo grupo.

John – Chegamos daqui pra frente temos que nos separar. A galeria A32 leva ao prédio a direita da fábrica a C34 ao prédio a esquerda e a B33 dá acesso a fábrica. A galeria que nos leva a fábrica tem duas saídas uma que dá acesso ao interior do lugar e outra nos fundos, a equipe Ômega deve entrar pelo interior a Alfa pelos fundos assim eles serão obrigados a se dividirem, como planejamos. As últimas imagens que recebi nos mostra que não há ninguém de guarda nos fundos.

Scott – Sendo assim a equipe beta se divide em duas e seguem as galerias A32  e C34. Satomi você vai com Liam e Hayden, Brendan vai com Brett e Renard. Satomi você vai pela galeria C34 que levara a   Tommy e Brendan você vai pela A32 de encontro ao caçador, vocês estão de acordo.

Liam – Por mim tudo bem tenho contas a acertar com Tommy, dessa vez vou coloca-lo no lugar dele.

Hayden – Estou totalmente de acordo.

Brendan – Bom to curiosa para saber se esse tal Lestrange é tudo o que realmente dizem ser, ou se é só  fama mesmo.

John distribui rádios para cada uma das equipes, enquanto Cris e Brendan preparam suas armas.

John – Isso nos permitirá manter contato, quando todos estiverem prontos iniciamos o ataque, simultaneamente.

Os grupos se dividem conforme as instruções dadas, seguem seus respectivos caminhos. Como a equipe alfa e ômega ainda estava juntas John continuou a guia-los. Satomi ficou responsável por guiar seu grupo pelo caminho ao qual foi designada com auxílio do mapa que John deu a ela, assim como Brendan.

Todos foram seguindo, o caminho se tornava cada vez mais complicado devido ao pouco espaço e as várias redes que mais pareciam um verdadeiro labirinto. Por vezes tinha que fazer uma pausa e estudar o mapa com cuidado para não se perderem.

Satomi faz uma pausa para examinar seu mapa em determinado ponto do caminho.

Liam – Algum problema, falta muito para chegarmos?

Satomi – É complicado andar aqui por baixo.

Hayden – Deixa eu ver.

Hayden se aproxima de Satomi e examina o mapa e o caminho a sua frente.

Hayden – Pelo jeito o que caminho que devemos seguir é a tubulação a esquerda, vejam, mais a frente a outra bifurcação onde manteremos a esquerda e em seguida a direita onde irmos reto por um bom tempo pelo que vejo, de la já teremos acesso ao prédio. Não estamos tão longe.

Satomi – Melhor você nos guiar.

Hayden – Tudo bem se você preferir assim.

Hayden toma a frente e guia os demais.

Satomi – Recomendo a vocês se acalmarem, posso sentir a ansiedade e a tensão de vocês.

Liam – É meio difícil em meio a essa situação.

Satomi – Vocês vão entrar em um combate logo mais, é melhor que mantenham suas mentes calmas e focadas.

Hayden – Não sei se consigo sabendo que minha irmã e meus amigos estão lá feitos de reféns.

 Satomi – Por essa razão não podemos falhar, eles dependem de nosso sucesso nisso tudo, não se preocupem tanto eu já vi vocês lutando acredito que vão dar conta.

Liam – Obrigado. Obrigado por nos ajudar também.

Satomi – É o mínimo que eu poderia fazer, afinal vocês já ajudaram a minha alcateia e a mim. Bem vamos em frente um combate nos espera.

A outra metade da equipe beta segue pelo seu caminho guiados por Brendan, estavam em silencio, um silencio um tanto quanto incomodo dada a tensão de todos.

Reanrd – Vocês costumam sempre estarem envolvidos em encrencas?

Brett – As vezes, alguns mais do que outros.

Renard – Não vi você antes na alcateia de Scott.

Brett – Não pertenço a alcateia dele, sou da alcateia de Satomi, apenas conheço Scott e seus amigos.

Renard – Então por que se envolveu nisso tudo?

Brett – Digamos que para saudar uma dívida, a alcateia a qual pertenço esteve em uma situação parecida e Scott nos ajudou, só estamos retribuindo o favor.

Renard – Entendo, muito digno da parte de vocês.

Brett – Bom Satomi é o tipo de pessoa que segue a risca seu código de honra, e nos ensinou a fazer o mesmo.

Renard – Nunca participei de uma alcateia, sempre foram minhas irmãs e eu, apenas lutamos por nossa sobrevivência.

Brett – Então por que estão envolvidos nisso?

Renard – Levaram alguém que é importante para minhas irmãs e para mim, nossa tia mãe de Lidya.

Brett – A banshee?

Renard – Sim ela mesma.

Brett – No fim tudo se resume a isso, família. Possa ser que membros de uma  alcateia não sejam parentes, mas nos vemos como uma família, por isso somos capazes de lutar uns pelos outros, e acredito que é isso que nos torne forte. Você é um alfa não é mesmo?

Renard – Sim, me tornei um quando matei o lobo que transformou a minhas irmãs e a mim, ele nos mantinha prisioneiros.

Brett – Você pretende criar sua própria alcateia?

Renard – Nunca pensei a respeito, depois que nos libertamos tentamos ter uma vida o mais normal possível, exceto nas luas cheias que é quando lembramos bem o que realmente somos.

Brett – Você é um lobisomem agora, esquece esse lance de vida normal, isso não existe para nós.

Renard – É parece que vamos ter que viver com essa maldição o resto de nossas vidas.

Brett – Talvez o problema esteja em vocês verem isso como uma maldição, vocês não podem fugir do que são, quando mais cedo aceitarem isso mais fácil será de lidar com tudo a situação.

Renard – Acredito que as circunstâncias que o fizeram ser como você é foram diferentes da nossa. Vejo que vocês vieram de um bando onde uns se importam com os outros e que tiveram apoio. Minha família não teve escolas ou opções, fomos transformados por um psicopata que só tinha em mente seus próprios interesses. Não tínhamos alguém que nos ensinassem quais valores os certos a se seguir neste caso.

Brett – Talvez a história de vocês não seja tão diferente assim da do grupo de Scott, afinal foi Peter quem o transformou.

Renard – Não sabia disso. 

Brett – Não importa como você chegou até aqui o que importa é o que você fara daqui pra frente, agora quanto a seus valores é você quem vai dizer quais eles são, seja você um lobisomem ou um homem.

Brendan – Acho que valores são questionáveis, mas sou suspeita a dizer já que sou vista como uma mercenária.

Brett – Estão te pagando para você estar aqui?

Brendan – Na verdade não, não dessa vez.

Brett – Então seus valores vão além de números, ou posses.

Brendan – É vendo por esse ponto de vista, pensamento um tanto quanto filosófico pra um jovem de sua idade.

Brett – Acho que tenho sofrido muita influência de Satomi, ela sempre está nos ensinando algo.

Renard – É quem sabe quando tudo isso acabar eu não me una a uma alcateia ou forme uma.

Brett – Talvez seja melhor assim, já que vocês tiveram que aprender tudo sozinhos, e de uma forma não muito agradável. Em meio a outros como vocês e em outras circunstâncias acredito que possam ver os dois lados da moeda.

John faz mais uma pausa para olhar o mapa, embora tivesse estudado o caminho antes de entrarem na galeria ele ainda parecia confuso em meio a aquele ambiente.

Derek – O que foi?

John – Nada só parei para ver qual a próxima rota.

Atrás o grupo esperava ansioso.

Lidya – Você está diferente.

Malia – Como assim.

Lidya – Não parece a garota de antes, parece mais madura.

Diz Lidya observando a amiga, realmente Malia estava diferente, seus cabelos estavam mais longos, seu corpo parecia mais amadurecido sua postura era diferente, Lidya não se referia apenas a aparência da garota, mas em um contexto geral.

Kira – Diria o mesmo de você Lidya a viagem ao exterior lhe fez muito bem.

Lidya – Acho que todas nós mudamos um pouco.

Kira – É sair da vida de colegial e deixar nossa cidade pra lhe dar com o mundo a fora deve ter nos mudado mesmo.

Lidya – Como anda seu treinamento?

Kira – Diria que bem, hoje em dia tenho mais controle do meu lado raposa, embora não totalmente ainda. E o seu como Banshee?

Lidya – Bom não tive tanto progresso, tentei buscar as origens do que realmente sou, fui a vários lugares conheci pessoas semelhantes a mim, mas boa parte do que descobri eram apenas lendas mesmo.

Juliet – Olha que mesmo através de lendas aprendi muitas coisas com Deaton.

Malia – Você também é uma banshee?

Juliet – Pelo que parece sim, embora Deaton disse que minhas habilidades fogem um pouco as tradicionais.

Kira – Pelo que vejo o nosso grupo tá aumentando.

Lidya – Verdade é bom rever todos vocês.

Malia – Pena que em uma situação não muito agradável.

Lidya – Concordo, espero que da próxima vez não tenhamos que esperar outra tragédia para nos reunirmos.

Malia – Assim espero.

Juliet – Bom de qualquer forma fico feliz em conhece-las.

Lidya – Seja bem-vinda a turma prima, bom quem sabe depois disso tudo nós organizamos uma festinha, fiquei sabendo que você também é boa nisso.

Juliet – Bem uma Martin é uma Martin deve estar no sangue.

As garotas riem com o comentário de Juliet, embora Malia risse junto parecia um pouco mais preocupada do que as demais ali presentes.

Lidya – Você ta preocupada com o Stiles não é mesmo?

Malia – Sim estou, tudo bem que não estamos mais juntos, mas nunca deixei de pensar nele e de me preocupar com ele, entrei em pânico quando soube do que ele havia sido levado por Peter.

Lidya – Você ainda gosta dele?

Malia – Não sei dizer com certeza, talvez ainda goste, mas de qualquer forma não gostaria de ve-lo em perigo.

Lidya – O que pretende fazer quando isso tudo terminar?

Malia – Não sei bem ao certo, meu pai quer que eu volte para Beacon Hills, mas não sei se lá é meu lugar, embora tenha sido o lugar onde passei boa parte de minha vida

Lidya – Te entendo bem, to passando pelo mesmo dilema, minha viagem ao exterior foi em busca de respostas sobre o que eu sou, mas não consegui muito la fora, e também não havia pensando no que faria depois. Pensei em ir para Paris e estudar, mas depois que minha tia faleceu não sei se é mais viável.

Kira – To vendo que estamos todas no mesmo barco, também não sei o que fazer quando terminar meu treinamento.

Lidya – Sinto falta do colegial, tudo parecia mais fácil naquela época, menos escolhas e decisões.

Kira – Mas o perigo de sempre ainda continua pelo visto.

Lidya – É, bom saber que nem tudo mudou.

John – Ali, aquela galeria é que dá acesso ao prédio.

Todos ficam em silenciam e retomam o caminho, como sempre John vai na frente alguns entram na galeria indicada por John outros esperam na anterior devido ao pouco espaço, John retorna a galeria anterior com o rádio na mão, enquanto Scott e Derek tentam remover a grade.

John – Todas as equipes na escuta?

Chama John pelo rádio, e logo tem a confirmação.

John – Acabamos de chegar no local de acesso a fábrica e vocês?

Todos os demais confirmam sua chegada aos lugares ao qual foram designados.

John – Ótimo Scott e Corey estão se preparando para fazer o reconhecimento do local, assim que voltarem daremos inicio o ataque.

Diz John encerrando a transmissão.

John – Equipe Alfa me acompanhem até a outra galeria vocês vão entrar pela saída que dá acesso aos fundos da fábrica.

Novamente o grupo se divide e se prepara para finalmente iniciar o ataque.

CONTINUA...