História Moonlight shadow ( Sombra do luar) - Capítulo 37- Revelações.

Se vendo sem alternativa, depois de sua derrota Peter novamente foge. O lobo se encontra inconsolável, ele não consegue acreditar no ocorrido, não era possível, seu plano era perfeito, ele tinha reunido um bando forte, ele tinha a vantagem, tinha os reféns, tinha tudo a seu favor.

Peter passou horas caminhando da cidade de Hill Valley até Beacon Hills, já havia passado quase um dia depois de seu combate contra Scott e seus amigos era quase noite.  Peter estava cansado, suas feridas não curavam, nunca se sentirá tão humilhado e furioso seu ego estava dilacerado, ele pensava em tudo o que havia perdido, que mais uma vez seus planos foram frustrados por um bando de adolescente.

O ódio a revolta e a fúria o consumiam, Peter caminhava com dificuldade havia perdido muito sangue, estava na floresta de Beacon Hills ele precisava encontra-la precisava de ajuda, precisava de uma explicação afinal ela havia dito que sua vitória seria certa.

Peter faz uma pausa em se seu caminho e senta encostado em uma arvore, exausto e desesperado ele chora sua amarga derrota e suas perdas, mais uma vez ele se via longe de realizar aos seus objetivos, mais uma vez ele se via humilhado, mais uma vez ele se via só.

Ele se lembrou de Kate, de sua morte, da forma que ela morreu em seus braços, salvando sua vida, ele se perguntava o por que dela ter feito aquilo por ele, e o por que dele sentir tanto a dor de sua perda a dor de sua morte. Nunca em sua mente passou a ideia de que ela seria capaz de sacrificar a sua vida pela dele.

Talvez no fim Kate fosse a única pessoa que de fato se importasse com ele. Peter lembra da noite de prazer que havia tido com ela, do toque de Kate da intensidade daquele momento que viveram juntos. Por um instante passa em sua mente a ideia de que ela poderia ter sido a pessoa certa para ele, afinal ambos eram ambiciosos, fortes e agiam de acordo com suas próprias vontades, não mediam esforços para realizar seus objetivos e muito menos tinham escrúpulos quando se tratavam de realizar seus desejos.

De fato, eles eram perfeitos um para o outro. Neste momento Peter começou a se questionar sobre seus reais desejos, talvez se ele tivesse deixado seu orgulho e arrogância de lado e procurado outra forma se ser feliz, e não buscar apenas vingança e suas próprias ambições, as coisas pudessem ter sido diferentes.

Peter se lembrou das palavras de Kate, sobre sua “alcateia”, sobre a lealdade de seus membros, sobre ele por várias vezes cometer o erro de subestimar Scott e seus amigos, talvez se ele a tivesse ouvido as coisas fossem diferentes.

Peter não via outra saída, ele havia perdido tudo e por pouco não perdeu a vida, uma nova onda de fúria e de ódio o domina Peter se levanta e continua a caminhar floresta a dentro, ele precisava se recompor precisava se erguer, precisa arrumar alguma forma de revidar de se vingar.

Estava cansado de perder, de ser derrotado de ser humilhado, de ser sempre o segundo, na família na escola, na alcateia na vida, ele merecia mais, ele merecia o melhor, e se ele não pudesse ser o melhor ou ter o melhor ninguém mais poderia.

Dessa vez Peter não queria mais o poder, não queria mais ser o alfa, ele queria apenas vingança. Queria a vida de todos aqueles que o humilharam, que tiraram tudo dele, ele queria lavar sua hora e dignidade com o sangue de seus inimigos, queria eles todos mortos.

Sem planos, sem estratégia, sem tramas, Peter apenas queria a chance de matar cada um de seus inimigos. O primeiro seria Scott seu antigo beta que junto de seus amigos e de seu sobrinho tirou dele a condição de alfa. Depois Stiles o amigo fiel de Scott, o garoto arrogante que muitas vezes debochou de Peter com seu sarcasmo.

Em seguida Melissa, a mãe devotada que com muito esforço e trabalho cuidou de seu filho e o tornou um homem digno e de princípios, a mesma mulher que o rejeitou. Depois seu sobrinho, o traidor que se voltou contra seu próprio tio, seu próprio sangue, o filho da mulher que tirou dele a direito de ser alfa.

Por último o resto da alcateia de Scott, seus precisos amigos pelos quais Scott daria a vida e dariam a vida por ele. Não pensando bem por último deveria ser Scott, ele deveria sofrer a dor e a perda de cada amigo, de cada pessoa que importava para ele e quando ele não tivesse mais nada nem ninguém Peter tiraria sua vida. Scott pagaria por todo mal que havia feito a ele, todos pagariam, pagariam com seu sangue, pagariam com suas vidas.

Peter continua a caminhar pela floresta e finalmente chega a seu destino, uma clareia onde esteve muitas vezes, o lugar onde muitas vezes encontrou ajuda, onde procurava sua misteriosa aliada, um lugar místico e de grade poder o Nemeton.

Peter – Onde você está?

Peter entra cambaleando no lugar, tudo estava tranquilo o local estava deserto.

Peter – Eu preciso de você. Preciso de sua ajuda!

Peter anda pelo local a procura de alguém, ele olha em todas as direções ansioso e desesperado.

Peter – Onde você está? Apareça!

A raiva vai tomando Peter ao notar que seu chamado não era atendido.

Peter – Você me enganou! Você mentiu para mim!

Cansado e sem força Peter vai de encontro ao chão, ele cai de joelhos e novamente lágrimas caem de seus olhos.

Peter – Apareça Jeniffer!

Jennifer – Olá Peter.

Peter – Onde você esteve?

Jennifer – Cuidando de meus assuntos.

Peter – Você me abandonou no momento em que mais preciseis de você!

Nós tínhamos um acordo!

Jennifer – Eu fiz tudo exatamente como disse que faria. Deixei claro para você que me envolvimento nisso tudo seria secundária, eu lhe disse que não poderia me envolver diretamente.

Peter – Você não fez absolutamente nada! Me deixou enfrenta-las praticamente sozinho.

Jennifer – Não fiz nada? Fui eu quem te tirou da casa Echo, fui eu quem ajudou você quando Scott te derrotou anteriormente, fui eu quem te ajudou a encontra seu grupinho, eu te dei uma arma que seria letal contra um lobo. Fiz praticamente tudo sozinha Peter, você só deveria derrotar Scott e mais nada!

Peter – Por que você não me ajudou no combate? Por que não usou seu poder?

Jennifer – Fiz tudo o pude, tudo o que me era permitido, se não fosse por mim você teria perdido esse combate muito antes. Minha magia protegeu o local em que você estava, se não fosse por minha intervenção o combate teria sido encerrado com o primeiro grito da Banshee. Não tenho culpa que outra Banshee entrou no local.

Peter – Você disse que eu venceria, que eu seria capaz.

Jennifer – Talvez eu tenha superestimado suas capacidades. Se você perdeu foi por sua própria incompetência!

Peter recua ao ver o tom de Jennifer.

Peter – E preciso de sua ajuda.

Jennifer – Para que?

Peter – Quero sua força, seu poder para matar Scott e seus amigos.

Jennifer – Eu já fiz demais por você Peter.

Peter – Você precisa de mim.

Jennifer – Você já cumpriu seu objetivo.

Peter – Não, não cumpri eu não ganhei nada do que foi prometido.

Jennifer – Você cumpriu o seu destino.

Peter – O que você quer dizer com isso?

Antes que Peter pudesse dizer algo mais Jennifer  ergue sua mão e com seus poderes lança ele em cima do tronco de arvore do nemeton, cipós brotam do tronco prendendo os braços pernas e pescoço dele.

Peter – O que significa isso Jennifer me solte agora! Você me disse que iria me servir!

Jennifer – E eu servi Peter, eu te ajudei em tudo em que você pediu, mas eu sirvo alguém muito maior do que você.

Peter – Você me enganou! Você me traiu!

Jennifer – Você acha mesmo que seria meu mestre? Acha que eu serviria aos seus propósitos egoístas e mesquinhos? O meu senhor é grandioso, ele tem um poder que você jamais possuíra, ele irá transformar esse mundo.

Peter se debate tentando se livrar, mas quanto mais força ele faz mais os cipós o aperam, o poder sobrenatural do nemeton o aprisiona.

Peter – Quem você serve?

Jennifer – Você logo o encontrará, e também o servirá. Seu sacrifício será o primeiro passo paro o retorno de meu senhor.

Jennifer puxa uma adaga e vai na direção de Peter.

Peter – Sua maldita! Você me usou esse tempo todo!

Jennifer acaricia o rosto de Peter.

Jennifer – Você deveria estar feliz, seu sacrifício é para uma causa maior para um grande propósito, mudaremos a história desse mundo.

Com a ponta da adaga Jennifer faz um leve corte no braço esquerdo de Peter desenhando o símbolo Ômega do alfabeto grego. Peter se debate lutando para se soltar. Jennifer agora corta o braço direito de Peter desenhando o símbolo Beta.

Peter – Jennifer pare com isso, isso é loucura!

Jennifer – Olhe para céu Peter veja a lua, a mãe de todos os lobos, comtemple seu poder. Gostaria de ter feito isso na super luas mas infelizmente as coisa não saíram como o planejamos.

Jennifer novamente pega a adaga e desta vez corta a testa de Peter desenhando o símbolo Alfa. Peter solta um grito de dor e desespero.

Peter – Jennifer por favor pare com isso! Pare com essa loucura! Eu faço o que você quiser!

Jennifer – Não é a minha vontade que você deve fazer, mas a do nosso senhor.

Jennifer ergue os braços e quatro trochas que estavam em volta do Nemeton se acendem.

Peter – Jennifer por favor não faça isso!

Jennifer – Antes de você ir de encontro ao nosso mestre vou tornar seu desejo realidade.

Jennifer cobre os olhos de Peter com as mãos, Peter sente seus olhos queimarem e grita  de dor e quando os abre eles estavam vermelhos como os de um alfa.

Peter – O que você fez?

Jennifer – Te tornei o alfa que você tanto desejava ser, pois para meu senhor todos os lobos são iguais, embora você seja um beta de alma.

Jeniffer novamente ergue seus braços.

Jennifer – Contemple a lua nossa mãe e senhora, a fonte de nosso poder, o poder de nosso mestre de nosso pai, o pai de todos os lobos.

Peter sente os símbolos em seu corpo queimarem.

Peter – Pare! Pare!

Jennifer – Fes Matos Tribum, Salve Sorce Ridax! Fes Matos Eliximo Nominum, Etrinox Sorce, Sotero Callux, Oxtara. Fes Matos Lupus.

Os símbolos no corpo de Peter brilham e ardem como brasa ele grita com a intensidade da dor.

Jennifer – Alfa, Beta, Ômega, Alfa, Beta ,Ômega, Alfa, Beta, Ômega...

Jennifer continua a pronunciar as palavras Peter para de se debater ele entra em um transe profundo. Jennifer pega a adaga novamente.

Jennifer – Ômega..

Jennifer corta o pulso esquerdo de Peter, o sangue jorra formando uma poça.

Jennifer – Beta...

Jennifer corta o pulso direito de Peter o sangue novamente jorra formando outra poça.

Jennifer – Alfa...

Jennifer corta a garganta de Peter, o sangue jorra formando uma terceira poça de sangue.

Jennifer – Alfa, Beta, Ômega, Alfa, Beta ,Ômega, Alfa, Beta, Ômega...

Jannifer ergue seus braços repetindo as palavrar, as três poças de sangue se movem e se unem no centro do  Nemeton formando a imagem de um triskle. Os símbolos desaparecem do corpo de Peter, apenas o do Beta permanece reaparecendo em seu peito.  

Do tronco da arvore surgiram pontos luminosos que se espalharam pelo loca e se concentraram em três pontos que aos poucos adquiriam formas humanas um homem e duas mulheres que usavam mantos negros. Jennifer faz uma reverencia as três pessoas.

Jennifer – Saudações mestres, sejam bem-vindos.

Hansen – Saudações minha cara.

Diz o homem.

Eivor – Saudações minha queria, pelo visto você teve êxito na missão a qual foi designada.

Diz uma das mulheres.

Jennifer – Não como o desejado, infelizmente não pude canalizar o poder da super lua.

Eyra –  Estamos aqui é o que importa.

Hansen – Nosso senhor lhe manda lembranças, e nos pediu para lhe dizer que seus esforços serão recompensados, quando nossa missão for concluída você terá um lugar de honra em nossa coroa.

Jennifer – Anseio por este momento.

Eyra – Paciência, temos um longo caninho pela frente.

Eivor – Ainda faltam dois sacrifícios.

Eyra – Ainda precisamos encontrar o escolhido, e nossas ancoras sem as quais não poderemos ficar neste mundo.

Jennifer – Ainda não sei a identidade do escolhido, mas sei que são as ancoras, elas estão na cidade.

Hansen – Excelente trabalho, nosso mestre fez bem e escolhe-la.

Jennifer – Obrigado, acho melhor me acompanharem, afinal fizeram uma longa viagem precisam repousar para restabelecerem suas forças.

Hansen – Obrigado minha querida.

As três figuras partem do local acompanhando Jennifer.

Juliet –  Ah... Ah!

Julit acorda em sua cama com uma forte dor e uma queimação em seu peito Adalind pula de sua cama e vai na direção de sua irmã assustada com os gritos, Renard entra no quarto também assustado.

Adalind  – Juliet minha irmão o que foi?

Renard – Juliet o que houve?

Juliet – Meu peito ta doendo ta queimando!

Adalind ajuda Juliet a tirar a camisola para examina-la, em seu peito apareceu um símbolo que brilhava com força que aos poucos foi se apagando deixando no lugar uma maca semelhante a de queimadura de ferro.

Adalind – Meu Deus é a marca!

Renard e aproxima e observa.

Renard – Beta.

Juliet – Eu fui marcada.... Eu fui amaldiçoada... Meu Deus está acontecendo!

Juliet estava desesperada chorava e se debatia nos braços da irmão que a segurava com força.

Renard – Juliet calma, mantenha a calma!

Juliet – Como você me pede calma em um momento desse? Você sabe o que isso significa, eu vou morrer.

Adalind – Calma juliet, ainda há tempo, você lembra do que nos foi dito são três marcas ainda faltam duas, podemos fazer alguma coisa.

Juliet – Temos que fugir, eles nos encontraram.

Renard – Não adianta isso já começou, mesmo se fugirmos isso não vai parar.

Juliet – Precisamos de ajuda, precisamos falar com Deaton, precisamos pedir ajuda ao Scott  ao Stiles!

Renard – Não! Nós prometemos guardar segredo.

Adalind – Se quisermos a ajuda deles temos que falar a verdade Renard.

Renard – Você acha que se eles souberem da verdade que eles vão nos ajudar?

Adalind – Então o que faremos?

Juliet – Devemos fugir!

Renard – Já disse que não! Não vai adiantar nos encontrariam, vamos ficar aqui, onde é mais seguro e podemos contar com a ajuda de Scott e sua alcateia.

Juliet – Mas você não quer contar a verdade a eles.

Renard – Não precisamos, devemos apenas tê-los por perto caso seja preciso.

Adalind – Não é justo Renard, eles precisam saber.

Renard – Você acha que eles arriscariam os pescoços deles por nós? Somos estranhos, eles mal nos conhecem. Pensem.

Juliet – Então vamos ficar aqui e engana-los?

Renard – É nossa única saída. Voltem a dormir, e quando Lydia e Natalie voltarem do hospital não digam uma palavra se quer a elas sobre o que aconteceu, entenderam?

Renard sai do quarto, e deixa as irmãs, Adalind tenta consolar Juliet que ainda chora em seus braços.  

CONTINUA...