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História Moonlit - 02; Decisões Ruins


Escrita por: Riwse

Notas do Autor


☾ Olá amores! Peço perdão pela demora, eu estive ocupada com algumas coisinhas.
☾ O capítulo não foi betado, sorry.
☾ Boa leitura sz

Capítulo 3 - 02; Decisões Ruins


Fanfic / Fanfiction Moonlit - 02; Decisões Ruins

Capítulo Dois - Decisões Ruins

"Você me faz tomar decisões ruins."

Ela está trêmula quando após um tempo, seus pés tocam o chão. A sensação de ter a grama sob sua pele é reconfortante. Abaixando-se ela arranca uma rosa do jardim em frente à casa comum de Washington, rodopiando a flor entre os dedos.

Selena caminha silenciosamente até a janela aberta do quarto de Harry. Um sorriso se espalha pelo seu rosto ao avistá-lo dormindo sobre a cama. Completamente deslumbrada com a visão, ela fixa os olhos nas feições adormecidas dele. Porém, a felicidade logo dá espaço a decepção de saber que o contato não durará muito tempo. Engolindo o nó na garganta, ela desvia o olhar por um instante. 

Em um segundo de coragem, ela pula para dentro do quarto, aproximando-se a passos lentos da cama grande demais para uma única pessoa. Então, lembra-se com pesar de Candice deitada ao lado dele. A loira não o amava, mas o fazia pensar que sim, e isso o deixava feliz. Harry queria desesperadamente alguém que pudesse retribuir ao menos uma parte do enorme amor que carregava no peito, e nunca pensou que a loira podia não ser essa pessoa.

Abaixando-se ao lado dele, ela pode vislumbrar cada detalhe do rosto jovial, é quase como se pudesse ver através da pele. Por exemplo, naquele momento, pode sentir que ele está confuso, perdido em sonhos ruins, mas, basta que ela aproxime-se para que Styles se acalme.

Harry parece tão precioso de perto, e Selena sabe que está muito ferrada. Durante anos havia lutado para não entregar-se a ele, mas não é como se agora ela pudesse evitar ou mudar aquilo que já está feito. Não tem como voltar atrás, muito menos mudar o futuro que os espera.

Insegura de seus próprios movimentos, ela senta na cadeira ao lado da cama, permanecendo imóvel por um longo tempo. Sem que perceba, Selena sorri e seus olhos brilham em encanto ao velar o sono do outro, iluminando o quarto.

Apesar de já ter decido à Terra incontáveis vezes, essa é apenas a segunda em que chega tão perto dele, e sabe que nunca será o suficiente. Hesitante, leva um dedo até o cabelo dele, sentindo a maciez contra sua pele. Pergunta-se como seria correr livremente as mãos no meio daqueles cachos bagunçados, entretanto, o pequeno toque é tudo que ela terá.

Atrevendo-se um pouco — ou talvez muito — mais, ela sela os lábios contra a face de Harry, afastando-se tão rápido quanto pode para não acordá-lo.

Nas janelas vizinhas, as pessoas observam com pavor a Lua desaparecer do céu, fazendo o breu engolir a cidade. Pégasus se agita ao longe, parecendo inquieto, até começar a relinchar alto. Harry remexe-se na cama, desperto pelo barulho, fazendo Selena sobressaltar. Ela sai rapidamente do quarto, ficando abaixo da floreira pendurada na janela. O aroma doce das flores a tranquiliza, mesmo quando pode sentir seu coração bater acelerado.

Ela não pode deixar que ele a veja. Assim como as sereias fazem, Selena tem o poder de hipnotizar aqueles que a encontram. Seria um desastre para Harry que a visse, principalmente, depois do pedido feito. Ele deseja um amor verdadeiro, Selena nunca poderia o dar isso, já que de certa forma, nunca poderá viver com ele.

Ele desperta, erguendo-se da cama e se arrastando pelo cômodo escuro. Demora cerca de três minutos até que ele organize sua mente e tenha noção de onde está. Por instantes completamente insanos, não tem ideia nem de quem é.

Styles puxa o celular do bolso da calça de moletom que veste, conferindo o horário. São quase duas da manhã — havia dormido apenas por meia hora — constata frustrado.

Uma onda de arrepios lhe atinge o torso descoberto quando uma rajada de vento frio vindo do lado de fora se mistura ao quente do ar condicionado. Atordoado, ele percebe que novamente havia esquecido de fechar as folhas da janela. Não consegue evitar um riso nervoso ao pensar que poderia ter a casa invadida por ladrões a qualquer momento. De fato, deveria lembrar-se de tomar mais cuidado.

O instante de distração é interrompido quando um raio atravessa o céu. O clarão ilumina o quarto inteiro, dando a Harry a rápida visão de seu reflexo no espelho. Ele ri ao visualizar o rosto marcado pelos travesseiros e o cabelo em um emaranhado.

Ouvindo uma mistura de sons que infiltraram-se como pontadas em seus ouvidos, ele se aproxima da janela. Pode distinguir o barulho de um animal ao longe — talvez um cavalo — contudo, nega os próprios pensamentos quando lembra a si próprio morar no centro da cidade. Não há a menor possibilidade de ter um cavalo circulando naquela parte de Washington no meio da noite.

Selena sabe que ele procura pelo causador do som que o acordara, e aperta os olhos, implorando para que Pégasus não apareça. O que será que Harry pensaria ao ver um cavalo com asas? Provavelmente, acreditaria estar louco.

Harry tem a respiração entrecortada, e leva os dedos aos olhos cansados, esfregando-os lentamente, numa tentativa de afastar o sono e ter uma visão melhor da rua. Ele franze o cenho ao olhar para o céu negro. Parece que até mesmo a Lua havia decido o abandonar. Mal sabia, que o próprio astro estava mais próximo do que poderia sequer imaginar.

Atormentado, se pergunta se realmente não está perdendo a sanidade. Talvez Nick estivesse certo em lhe dizer que devia tirar umas férias no campo. A ideia pareceu ridícula no momento, mas, agora soava certa.

Fechando os olhos ele pode sentir o gosto das tortas de framboesa de sua mãe inundar sua boca. O cheiro de terra molhada e a sensação de frescor de estar envolto pela natureza o transporta até a pequena fazenda da família.

Um dia aquele lugar seria seu. Por vezes imaginou-se sentado no banco de madeira na varanda da casa vitoriana antiga, com uma mulher que o amasse ao seu lado, e duas crianças correndo alegres e livres pelo campo. Agora, aos trinta e cinco anos, o sonho parece cada vez mais distante.

Harry tem certeza de que a mãe ficaria feliz em vê-lo. Além disso, a mulher lhe daria bons conselhos e o ajudaria com seus problemas.

Ele dá um passo para trás quando um novo raio corta o céu. O barulho que atinge seus ouvidos logo em seguida envia um arrepio por seu corpo. De repente, a noite bonita de uma hora antes havia desaparecido totalmente, dando espaço a um temporal. Nem queria pensar no esforço que teria de fazer para chegar ao trabalho no dia seguinte. Provavelmente, as ruas estariam todas alagadas e a cidade virada ao avesso.

Derrotado, ele fecha a janela, voltando para o conforto das cobertas de sua cama. Não tem mais vontade de dormir, no entanto, fecha os olhos com força, querendo apagar a qualquer custo. Ele só quer esquecer — nem que for só por algumas horas — a loucura que é sua vida. Tem esperança de que quando acordar novamente pela manhã, seus problemas terão ido embora com a tempestade.

Do lado de fora, Selena se levanta com cuidado. Ela fica parada encarando a janela, como se pudesse ver através dela, tentando gravar cada detalhe daquele lugar. Às vezes — como agora — ela daria qualquer coisa para poder viver ali, rodeada por pessoas comuns, na casa mediana de paredes cor de creme.

Quando novos raios são lançados, ela sabe que é hora de ir embora. Zeus está furioso com sua fuga, mas isso não a preocupa tanto quanto não saber quando poderá tocar Harry outra vez. Deseja quase de maneira insana estender sua estadia naquele lugar, entretanto, sabe que o tempo lhe escapou por entre os dedos. Nunca é suficiente, especialmente, depois de deixar-se levar pelo hábito de vigiar Harry Styles.

Pégasus corre até ela, esperando o momento certo para abrir suas asas e voar de volta pra casa. Selena sente o coração afundar no peito. Por que as coisas têm de ser tão complicadas para ela? Seria tão mais fácil se não tivesse uma responsabilidade tão grande. Sem ela as noites seriam totalmente escuras e sem vida. Para qualquer um, sua tarefa pode parecer algo encantador, mas Selena sente as consequências pesarem sobre seus ombros, e isso é mais do que ela é capaz de suportar.

Enquanto Pegásus move-se rapidamente de volta ao lar, Selena fecha os olhos, evitando que as lágrimas caiam. Não é de seu costume chorar — pode contar facilmente quantas vezes isso aconteceu em toda sua vida — porém, os sentimentos mundanos a invadem quando está na Terra.

Ela encontra-se uma bagunça. Pode sentir a tranquilidade que somente Harry a transmite, misturada a adrenalina de saber que terá de enfrentar um longo caminho até vê-lo novamente. Selena está, acima de qualquer coisa, cansada da onda de sofrimento que a afoga. E, em um momento de desespero, ela toma a decisão que a atormenta desde que Styles apareceu em sua vida. É isso, ela está certa de sua escolha. Deixará de uma vez por todas que o destino cumpra a profecia. Harry será seu, para sempre.

 


Notas Finais


☾ Só quero dizer que talvez vocês surtem no próximo capítulo shsushsu
☾ Deixem suas opiniões aqui embaixo, please!


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