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História Morda-me, Querida - Tempo


Escrita por: andredeluxembrugo

Capítulo 14 - Tempo


Não se pode esconder algo por muito tempo, acredito que seja raro manter um segredo por muito tempo, não que seja impossível, mas a verdade sempre vem à tona e com diversas maneiras.

DENISE - Agora descubro o que esta tolinha está aprontando! - Escondeu-se atrás de uma árvore e espiou os dois. Albert acompanhou Elizabeth por trás do casarão abandonado e ficaram olhando um para o outro, cada vez mais próximo.

ALBERT - Eu não paro de pensar em você. A cada dia o que eu sinto se torna mais forte.

ELIZABETH - Eu acredito que é a mesma coisa comigo!

Ela sorriu diante da beleza do rapaz e ele retribuiu com outro sorriso.

DENISE - Esses dois? Juntos? Não!

Sua tia ficou surpresa ao saber da aproximação entre o novo morador e sua sobrinha.

ALBERT - Eu estou-te... Amando!

ELIZABETH - Albert! Talvez seja um pouco um cedo, eu perdi minha mãe há pouco tempo e eu nem sei o que será de mim daqui para frente.

Ele pegou na mão da amada e beijou levemente.

ALBERT - Você tem a mim!

ELIZABETH - Eu preciso de um tempo, eu preciso saber qual é o verdadeiro sentimento que tenho por você!

As palavras de Elizabeth fizeram a expressão de Albert mudar. Ele deu as costas e ficou pensativo. Ela pôs sua delicada mão em seu ombro.

- Por favor, não tenha raiva de mim... Eu só preciso de um tempo! Eu preciso digerir tudo isso, a minha vinda para cá, a morte dos meus pais, eu estou muito confusa! - Disse Elizabeth.

ALBERT - Eu espero o tempo que for. Eu sinto que você me ama, eu vou lhe dar o espaço necessário.

O homem misterioso seguiu em frente sem olhar para trás. Elizabeth enxugou suas lágrimas e retornou a sua casa.

 

Eu sei que cheguei há pouco tempo nesta cidade. As coisas aconteceram tão rápido. Primeiro foi o meu pai, depois a minha mãe. Restou minha tia, mas eu me sinto em um lugar desconhecido, ela recebeu-me bem, mas confesso não me sentir a vontade no lugar que não é meu. Eu deixei o Charles para trás, eu nem sei ao menos se chegou a ler meu bilhete, mas meu sentimento por ele está bem claro que é uma pura amizade, não o amo e é o Albert que sinto uma atração inexplicável, mas eu preciso ficar afastada, eu quero me encontrar. - Pensou Elizabeth.

 

A estação de trem estava lotada, desceu inúmeras pessoas naquela plataforma suja. Loren Doviver colocou seus belos saltos no chão e sorriu por trás de seu discreto óculo escuro.

LOREN - Estou de volta! O prefeito que me aguarde!

Ela entregou sua mala e saiu em direção a uma pensão.

 

Celso chegou à casa do prefeito, foi recebido por uma criada e logo Geraldo o recebeu.

GERALDO - Nada ainda de notícias da Julieta!

CELSO - Eu sinto muito, mas ele deve estar bem, pelo que conheço a sua filha, Julieta sempre foi corajosa!

O prefeito deu pequenas batidas no ombro do noivo de sua filha e sorriu quase que forçado.

GERALDO - Agora é só esperar, meu caro! Estou quase pensando em fazer uma burrada!

CELSO - O que está pensando em fazer?

GERALDO - Procurar a Denise!

Maria Regina ouviu toda a conversa e voltou para o seu quarto.

MARIA REGINA - Só pode ser tudo culpa dessa mulher, mas ela há de pagar um dia!

Joana entrou no quarto de sua mãe e a viu de joelhos rezado, então lhe fez companhia.

 

Denise retorna para sua casa, ela abre a porta do sótão e desce as escadas, a cada passo é possível ouvir o rangido da madeira velha. Ela se dirige para uma de suas prateleiras e pega um pote de vidro com a cabeça de sua irmã.

DENISE - MATILDE! MUITO EM BREVE VOCÊ ME DARÁ O QUE TANDO DESEJO, A ETERNIDADE! HAHHAHAHAHHAHAHAHAHHA

(SUSPENSE)

Ela acende a pequena lareira e começa a dançar  envolta do vão apertado.

 

Celso saiu da casa do prefeito para tomar um ar, estava acompanhando sua noiva Joana.

JOANA - Eu espero que minha irmã seja encontrada o quanto antes!

CELSO - Tenho certeza que sim, os homens que seu pai contratou são bem eficientes e conhecem a região.

JOANA - Ela queria ser jornalista, sempre foi seu grande sonho e tudo que eu mais desejo é que ela consiga realiza-lo. Não sei se me arrependo, não poderia ter deixado a ir!

CELSO - Você não tem culpa meu amor!

Ele então pegou a mão da moça e a beijou delicadamente. Júlia observa o casal da janela de seu quarto com um sorrido malévolo.

JÚLIA - Podem aproveitar pombinhos! A felicidade de vocês está com os dias contados!

 

O dia estava quase indo embora, o sol se pondo, a cada segundo escurecia mais um pouco. Toni recebia em sua cabana a visita de Sarah.

TONI - Raquel, eu não esperava por sua visita!

SARAH - Desculpa, a cidade toda está à procura da filha do prefeito e eu nem posso ao menos escrever uma matéria!

TONI - Como não? Você é uma jornalista de nome conhecido. Tem que publicar os acontecimentos.

SARAH - Não como Raquel!

TONI - Como? Mas você se chama Raquel ou não?

Sarah fechou a porta, encarou os olhos do carpinteiro e ele fez gestos para que ela se sentasse.

SARAH - Eu vou contar toda a verdade, eu sei que é muito perigoso, mas eu preciso me abrir! Eu confio em você!

 

Continua...

 

 



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