História One more step - Imagine Monsta X - Kihyun - Eleventh chapter

Eu estava com raiva. Muita raiva. Como ele, um Idol, é capaz de fazer isso? Já não basta as chantagens, agora vai me impedir de seguir em frente e tirá-lo da cabeça?

Eu nunca fiz nada contra o Kihyun, e mesmo assim, ele não demonstrou ser diferente dos trainees que me cercam todos os dias. Afinal, o que há de errado comigo?

- (s/n). - Escutei meu nome ser chamado entre todas aquelas pessoas. Virei meu rosto, encontrando com uma expressão não muito feliz no rosto do meu professor de dança. - Você não terá horário livre hoje, precisamos conversar.

Meu corpo gelou, e não era para menos. Isso já havia ocorrido algumas vezes, ele sempre me fazia passar pela mesma cena constrangedora de sempre.

Passaram-se alguns minutos até que desse a bendita hora em que todos aproveitariam para fechar os olhos por poucas horas, antes de irem para a atividade seguinte, aula de canto.

- Se eu fosse você, não ficaria aqui não. - Uma garota Sussurrou em meu ouvido. Eu estava surpresa, já que era a primeira vez que ela me direcionava a palavra. Se não me engano, se chama Yangmi.

- Não tenho escolhas. - Dei de ombros, e ela acabou concordando.

- Então tome cuidado. - Consenti, retribuindo o aceno que ela deu antes de sumir do meu campo de visão.

Eu sabia, consequentemente, a que ela se referia, mas aquela possibilidade não tinha se passado pela minha cabeça, não conseguia acreditar que algo a mais acontecesse, justamente, em mais uma de outras tantas vezes.

- Fiz algo de errado? - Quando percebi que não havia mais ninguém além de nós dois, me direcionei ao professor de dança, que vasculhava silenciosamente alguns papéis em mãos.

- Sabe, seu desempenho não tem estado muito bom ultimamente, e você não anda se esforçando o suficiente nesses últimos dias. - Sim, eu me esforçava mais do que qualquer um, e meu desempenho tem se desenvolvido muito recentemente, mas era sempre a mesma conversa... até ali. - Estou pensando em relatar sobre isso com o CEO. Uma trainee que não faz qualquer coisa para merecer essa vaga não merece continuar aqui, não acha?

- Senhor... - Suspirei, pensando cuidadosamente nas palavras que usaria, já que ele nunca tinha ido tão longe como agora. - Eu tenho praticado até mesmo quando ninguém mais está praticando, e também realizei aquela performance em um nível bem acima do que estamos acostumados que o senhor me pediu. Tanto que disseram que se eu praticasse mais, seria capaz de comprometer a minha saúde.

- Isto não me interessa. Se quiser, ao menos pensar, em debutar algum dia, terá que fazer bem mais do que isso.

- E o que quer que eu faça, senhor? - Após minha fala, um sorriso vitorioso se esbanjou no rosto daquele homem, passando de um olhar vigoroso, para um sagaz, me fazendo arrepiar.

- Oh, garotinha, você sabe muito bem o que quero. - Reprimi os olhos ao sentir aquela mão asquerosa de encontro ao meu rosto.

- Senhor, eu já disse que não faço esse tipo de coisa. - Tentei me afastar, mas me vi completamente enrascada no meio da parede e do corpo alto dele.

- Por que não tenta? Tenho certeza que irá gostar. - Ainda reprimindo os olhos, neguei diversas vezes com a cabeça, recebendo risadas irônicas dele. - Você não tem escolhas de qualquer modo, agora prometo que serei rápido. - Não pude mais sentir o piso do chão, ele tinha me pegado, e me guiava euforicamente até o sofá no canto daquela sala.

Me debati o tanto que pude, parecendo meio inútil comparada com a força que ele impunha sobre mim, colocando aquele corpo nojento sobre o meu. Achei uma única saída propícia. Gritei. Tinha certeza que qualquer pessoa próxima nos escutaria, e continuei, até que ele tapou minha boca.

- Fique quieta docinho, não queremos que mais ninguém participe da nossa festinha, certo? - Eu esperava ansiosamente que alguém aparecesse, já deixando cair algumas lágrimas de repulsa a cada beijo que ele distribuía sobre meu corpo, passeando sua mão para dentro da minha blusa, encontrando o tecido do sutiã.

A cada segundo que se passava, minha esperança de alguém ter escutado meus gritos se esvairava. Eu precisava sair dali, mas que droga, por que sempre pareço tão vulnerável e fraca? Nunca consigo me defender daquelas garotas que me diminuem até que eu sinta vontade de largar tudo isso e fugir, esquecer esse maldito sonho. É óbvio, que se continuo aqui, isso nunca se passou de pensamentos ou vontades, mas é porque ele estava lá, me dizendo que tudo ia ficar bem, que eu deveria levantar a cabeça e seguir em frente, não me importar com meros obstáculos. E mais do que qualquer momento, eu preciso dele agora.

Aonde é que você está Changkyun?

(s/n) off

                           ~★~

Era final de semana. Praticamente todos dentro daquele dormitório estavam estranhos, e eu sabia bem o motivo. I'M não se desgrudava daquele celular, parecendo esperar uma mensagem ou qualquer coisa assim. Shownu estava se dedicando em ser positivo, e de certo modo, estava conseguindo. Já Minhyuk, era ao contrário, ele sempre achou que as coisas pudessem acontecer, e agora, estava com uma insegurança que eu nunca presenciara antes. Wonho tinha desistido de se relacionar com qualquer garota depois do que eu suponho ter sido uma rejeição, mas eu sabia que essa atitude não duraria por muito tempo. Hyungwon, bem... ele estava se preparando. E quem mais me incomodava, Kihyun, eu ainda não tinha conseguido adivinhar o que ele pensava, mas aquele misto de alegria e inquietação que ele demonstrava me deixava apreensivo.

- Nós vamos falar com ela hoje? - Hyungwon se aproximou, sussurrando, com medo de que alguém escutasse.

- Tem certeza disso? - Eu já sabia como aquilo terminaria, talvez, até o próprio Hyungwon sabia. Mas era aquela decisão que ele tomara, e estava disposto a ir adiante.

- É claro que eu tenho, agora vamos, antes que os outros nos vejam saindo e perguntem para onde estamos indo.

Me levantei preguiçosamente da minha cama, não tenho praticado muito ultimamente, e meu corpo já parece estar surtindo com os efeitos.

O plano era simples, ele ia até lá, se declarava, e esperava uma resposta. Eu nem sei porque eu estava indo, segundo ele, o daria mais confiança se tivesse algum amigo por perto, e como ele tem a plena certeza de que eu não gosto da (s/n), resolveu me escolher.

Depois de chegarmos ao andar esperado, andamos pelo local silencioso, estranhando por não haver ninguém, apesar de ainda ser de manhã.

- Devem estar no horário livre, acho melhor a procurarmos depois. - Hyungwon sugeriu e eu consenti, e quando estávamos prestes a dar as costas para sair daquele andar, um grito ecoou em meus ouvidos, parecendo vir de alguma sala próxima.

- Ouviu isso? - Perguntei e ele negou, até eu ouvir novamente o mesmo grito, com mais potência dessa vez. Alguém parecia pedir ajuda.

Hyungwon estava, assim como eu, com os olhos arregalados, já que ele também tinha escutado, e com uma atitude repentina, acabamos dizendo ao mesmo tempo.

- (S/n)!!!

Jooheon off