História One more step - Imagine Monsta X - Kihyun - Nineteenth chapter

A Starship Entertainment, nos últimos dias, estava de pernas para o ar. O julgamento não seguiria adiante, já que o culpado, ao menos tinha sido encontrado. Todos os supervisores estavam ocupados com tarefas que não incluíam no seu dia a dia natural. Os trainees estavam sem um professor de dança. E os Idols não tinham qualquer agendamento para aquela semana, pelo menos os que se encontravam na Starship naquele exato momento, já que os seus Managers foram tirados do seu habitual posto para se encarregarem de abafar o possível boato de uma trainee abusada na empresa. Eles até iriam anunciar para que todos soubessem, mas o fato do abusador ter desaparecido do mapa, mudou completamente o rumo da história, agora era torcer para que ninguém soubesse, pelo menos até que o suspeito fosse encontrado e eles conseguissem resolver as coisas de uma vez por todas.

- Você me garantiu que ele não está morto. - (s/n) cochichou no ouvido de Kihyun, enquanto todos ouviam com atenção, da boca do CEO, o que acontecia na empresa.

- E não está. - Ele retrucou.

- Então para onde ele foi?

- Provavelmente, deve saber que está sendo procurado e fugiu.

- Não está mentindo para mim, está? - O encarou duvidosa.

- Não, não estou. - Falou com convicção, o que a fez, dessa vez, acreditar.

- Por que não esquecemos esse caso? Será melhor assim, e o senhor não terá qualquer problema com a empresa. - Ela falou em voz alta, fazendo todos ali, a encararem.

- Do que está falando, (s/n)? Quer deixar impune alguém que te violentou? - Wonho estava confuso, não iria aceitar aquilo.

- Não foi tão grave assim. Ele tentou, e não conseguiu.

- Então o que são essas marcas pelo seu corpo, e as dores que você ainda sente ao andar? - Se injuriou ainda mais pela resposta dela.

- Ele só era muito pesado, e me segurou com muita força. Logo logo essas marcas desaparecem. 

Quem escutasse o que ela dissesse, e não a conhecesse, diria que estava tentando proteger aquele homem, que ela pediu pelo que aconteceu. Mas eram apenas as mentes maldosas que pensavam desse modo, e uma delas estava a encarando com um desejo diabólico em mente.

- Então está resolvido, vamos desistir do caso. 

- Nada disso Sr. Kwon. - O CEO contradizeu o advogado, se virando para garota, a encarando com pena. - Tem certeza de que é isso que você quer, (s/n)?

- Eu apenas quero me esquecer, senhor. Como antes. E isso não está me ajudando em nada. - Ele concordou, realmente entendia o ponto de vista dela.

- Então tudo bem. Por enquanto, vamos deixar o caso embaixo dos tapetes, mas se aquele sujeito resolver aparecer, não vamos pensar duas vezes antes de botá-lo na cadeia. - Ela assentiu, aliviada pelo CEO ter respeitado e entendido a sua decisão.

E novamente um grupo de sete garotos e uma garota saiam da sala do CEO, indo em direção ao elevador.

- Tudo bem em eu ir para o meu dormitório dessa vez, não é? Preciso colocar minhas atividades em dia. - Ela disse de um modo simpático, com um sorriso que confundia a todos eles.

- Claro, eu vou com você. - Changkyun respondeu despreocupadamente, sem esperar por uma negação vinda dela.

- Obrigada, Kyun, mas eu preciso ficar um pouco sozinha. Sabe, não dá para fazer as coisas com você me seguindo o tempo todo. - E com as portas do elevador se abrindo no andar dos trainees, ela deu um passo para fora. - Vejo vocês qualquer dia. Tentem não mandar mensagens, vou estar um pouco ocupada esses dias. Bye. - E a porta se fechou, desfazendo da imagem dela, que permaneceu na cabeça deles.

- O que aconteceu com ela? - Minhyuk foi o primeiro a se pronunciar. - Está agindo como se não tivesse acontecido absolutamente nada, e está sendo fria de um jeito educado e sorridente. Vocês viram o jeito como ela tratou o Changkyun? Eu nunca vi ela tratar ele assim antes.

- Está tentando nos afastar. - Kihyun sussurrou para si, e consequentemente, todos escutaram.

- E por que ela estaria fazendo isso? - Jooheon realmente se interessou pelo comentário do outro.

- Eu conheci um taxista, aconteceu a mesma coisa com a irmã dele, ela se afastou de tudo e de todos. Duraram meses, e até anos para que ela voltasse a ter contato com a família por vontade própria.

- O quê? Anos longe da (s/n)? Nunca que vou aceitar uma coisa dessas. - Era óbvio para todos que Minhyuk gostava da (s/n), mas pelo fato de ser tão óbvio, às vezes chegava a ser duvidoso.

- E o que devemos fazer? - Shownu se direcionou a Kihyun, e todos o encararam, como se ele fosse a esperança que resolveria aquele problema.

- Não podemos, de modo algum, deixar que ela se isole. Mostre que estão com ela nessa, que todos nós estamos. Façam de tudo para fazê-la se sentir bem, e não fiquem falando muito sobre o que aconteceu, isso só fará com que ela piore. E nem forcem as coisas. - Todos assentiram, dispostos a, verdadeiramente, seguirem com aquelas instruções.

Naquele meio tempo, Kihyun pôde perceber. Ele poderia ter tirado todos os outros do campo e permitir que só ele cuidasse dela. Poderia dizer para deixarem-la em paz e seguir o caminho livremente, sem qualquer impedimento. Mas aquilo era egoísmo, (s/n) precisava de todos eles. E talvez, o próprio Kihyun, não poderia fazê-la se sentir melhor como o Changkyun poderia. Eles eram amigos próximos, e tinham um relacionamento íntimo. O que fez Kihyun se questionar o porquê dele achar que poderia ser especial. Só por que se beijavam e ela lhe correspodia? Mas ela também beijou o Changkyun, e também o correspondeu. Então, de que utilidade ele poderia servir? Nenhuma, talvez, já que tinha sido rejeitado pela própria garota.

- Vamos distribuir horários para cada um, assim ela não conseguirá, nem pensar, em ficar sozinha. - Para quem tinha levado um fora a pouco tempo, Wonho até que estava animado em seguir com o plano.

- Você também quer se encaixar no meio, Kihyun? - Hyungwon perguntou, e novamente, todos o encararam. Eles ainda acreditavam que Kihyun não era próximo da garota.

"Mal eles sabem o que já aconteceu entre nós dois". - Ele pensou, se sentindo levemente beneficiado.

- Não. Eu não quero vê-la.

                     ~★~

Quatro dias se passaram, e a conversa no dormitório do Monsta X é sempre a mesma. Os avanços com a visitação diária que eles fazem. Indo até a garota, e a importunando até que conseguissem lhe tirar um sorriso verdadeiro. Kihyun escutava tudo de longe, se perguntando quando deixaria de ser cabeça dura e tiraria aqueles pensamentos inferiores da cabeça para poder ir visitá-la e cumprir com a promessa que fez dentro daquele táxi.

- Tem certeza de que você não vai ir vê-la? Não tem ninguém lá com ela agora. - E claro, não basta ser só perturbado pelo sua consciência, as pessoas a sua volta também tem de contribuir para ele deixar de ser imaturo.

- Por que está falando isso para mim? Não fará muita diferença se eu for ou não.

- Talvez, para você não, mas para ela vai.

- Tenho certeza que não.

- É sério, Kihyun. Não sei exatamente o que há entre vocês, mas ela gosta de você.

- Ela te disse isso?

- Não. Mas eu percebi. - Kihyun continuou com o nariz empinado, o típico caso de carência que acaba se transformando em arrogância. E Hyungwon resolveu dar o último toque antes de se afastar. - Acabei descobrindo que o Hoseok chamou ela para sair.

- E ela aceitou? - Toda a altivez que Kihyun mantinha  foi embora, restando apenas o detestável ciúmes.

- Ainda não sei, mas, ele anda bastante alegre ultimamente, não acha? 

Hyungwon poderia se assemelhar a uma cobra naquele momento. Soltando seu veneno aqui e ali. Mas ele apenas tinha entendido toda a história, e torcia para que tudo desse certo com aquele complicado casal. E não evitou de rir com a cena de Kihyun saindo apressado de lá, com um bico de todo tamanho nos lábios.