Kim Namjoon olhava para a pequena Irene que contava entusiasmada sobre como tinha quebrado o seu braço e ter parado ali no hospital, às uma e trinta e cinco da manhã.
— E foi assim, oppa. — Ela falou fazendo um pequeno bico, Namjoon assentiu e passou os seus dedos com anéis banhados em ouro e prata em seu queixo. O de cabelos platinado fez uma feição de seriedade e soltou um "aigoo."
— Está me dizendo que você, uma criança de sete anos, saiu de casa a essa hora e subiu em uma árvore apenas para espiar o seu vizinho que se parece com o G-Dragon? — Namjoon perguntou e a garotinha assentiu.
— Sim oppa, só que ele percebeu que eu estava observando ele tirar a camisa e gritou. Eu me assustei e cai da árvore. O lado bom é que ele me ajudou e me carregou até em casa. — A garotinha sorriu largo mostrando a "janelinha" de um de seus dentes.
— Você não é muito nova para isso?
— Oppa, ele é a cara do G-Dragon você acha que eu perderia essa oportunidade? — A menina o encarou como se ele tivesse alguma doença. Namjoon negou erguendo as mãos em rendição e sorriu para a garotinha deixando amostra as suas covinhas.
— Não, eu até confesso que eu faria o mesmo. — Namjoon solta uma risada fazendo a garota gargalhar alto. — O quê a sua omma disse sobre isso?
— Ela disse que se eu fizer isso de novo, ela vai fazer eu ter um encontro com a chinela dela e oppa... eu não quero ter esse encontro.
— Ninguém quer ter, pequena. — Namjoon pegou a menina pelas as suas axilas tendo cuidado com ela para não bater o braço quebrado e engessado em algum lugar. A menina abraçou o platinado e deixou um beijo na bochecha dele.
— Obrigada por cuidar de eu, oppa.
— Foi um prazer cuidar de uma princesa como você. — Namjoon beija a testa da menina e saiu da pequena sala.
Logo os pais da garota foram até o jovem médico e agradeceram pegando Irene nos braços.
— Sabe o susto que você me deu, mocinha?! — A mãe da garota gritou e a pequena se encolheu fazendo um bico nos lábios.
— Desculpa ‘eu omma, eu não queria preocupar você. — A menina fala e logo é escutado uma tosse seca. Todos se viram e encararam o garoto ali, e wow, ele realmente era parecido com o cantor. — G-Dragon! — A garotinha gritou e o garoto sorriu.
— Irene. — Ele se aproximou e se curvou em uma rápida reverência ao mais velho. — Me desculpe, não queria te assustar e muito menos te machucar. Você me desculpa?
— Não sei... –Ela empinou o nariz e sorriu. — Te desculpo com uma condição.
— Qual?
— Se você assinar o meu gesso dizendo que eu namoro com você, G-Dragon.— Namjoon soltou uma risada e negou.
O mais velho se despediu dos pais da garota, do G-Dragon cover e da pequena Irene. Caminhou pelos os corredores um pouco vazio, Namjoon adorava o seu trabalho por isso sempre tentava pegar o turno que aparecia pela a frente. O cansaço já batia mas ele negou a descansar e caminhou até o refeitório onde pediu um café bem forte para seguir com o seu turno.
— Namjoon-oppa! — O mais velho escutou alguém lhe chamar e virou o rosto encontrando Jennie, sua colega de trabalho, caminhar até si. — Pensei que já tinha ido para casa.
— Decidir pegar o turno da noite, Jennie. — O mais velho sorriu e agradeceu quando o empregado lhe entregou a xícara com o seu café.
— Que bom oppa, é maravilhoso ter companhia aqui no hospital a essa hora... principalmente quando essa companhia é você. — Jennie fala sorrindo e corando, era claro ali o seu interesse pelo o mais velho. Jennie sempre se viu com o mais velho, sempre o viu mais que um amigo.
— Igualmente Jennie, sempre é bom conversar com você pequena. — Namjoon falou dando um fraco sorriso, a frustração de Jennie ali era bem visível, Namjoon sempre a olhava como uma irmã mais nova. — Está ficando aonde?
— Na recepção, acredita que tem um garoto lá que se nega a deixar o hospital.— Jennie soltou uma risada e nega.
— Como assim?
— É mais um daqueles garotos com a condição especial. Ele chegou aqui sem dinheiro e nenhuma conta exigindo que ajudasse o bebê dele.
— E o que vocês fizeram? — Namjoon pergunta terminando de beber o seu café.
— Eu ia chamar os seguranças mas eu vi você, acho que você vai lidar com isso mais fácil. — Jennie sorriu e Namjoon assentiu.
— Vamos acabar logo com isso.
Namjoon se levantou e Jennie o acompanhou, o platinado saiu do refeitório e seguiu até a recepção a fim de acabar com tudo aquilo. Logo no fim do corredor ele já conseguia escutar um choro e um choro de bebê. Ao passar pela a porta ele encontrou com um garoto que vestia um short e um enorme moletom rosa, o garoto chorava enquanto balançava um bebê conforto de dois.
— P-por favor... não te-tenho mais nenhum lugar para levar ela. Tenha um pouco de piedade. — Ele falou chorando desesperado, aquele tom de voz tinha deixado o coração de Namjoon mole e com pena.
— Senhor, por favor se retire não podemos atender nenhum paciente que não possua um plano. — Jennie falou se aproximando e empinando o nariz.
— Entenda que ela é doente! Minha filha! O meu bebê pode morrer! Tenha piedade! — Ele gritou passando as mãos pelos os seus fios de cabelo e puxando ele. O grito acabou assustando bebê que começou a chorar mais alto. O platinado saiu dos seus devaneios e se aproximou.
— Alguém pode me explicar o que está acontecendo? — Perguntou de uma forma rude com a sua voz grossa e potente. O garoto se virou e o mundo do mais velho foi a baixo, o garoto tinha as bochechas coradas, os lábios grossos avermelhados e chamativos, os olhos estavam vermelhos e repleto de lágrimas, a franja castanha caía pela a sua testa.
Tão lindo.
Era somente isso que passava pela a cabeça do mais velho.
Em segundos o garoto caiu de joelhos em frente ao mais velho, pegou as mãos do mais velho e começou a chorar. Os seus ombros tremiam a cada soluço que saía da sua boca, o platinado não conseguia desviar o seu olhar do garoto.
— Por favor senhor, eu imploro, minha filha só tem seis meses. Ela tem problema de respiração e está com 39° de febre, por favor senhor eu faço qualquer coisa, mas ajude a minha filha. — A cada lágrima que caia do rosto do garoto o coração do mais velho se despedaçava.
— Jennie? — O platinado chamou e o garoto ainda lhe encarava esperançoso.
— Sim, oppa?
— Coloque tudo na minha conta.
— O quê?!
— Todas as despesas coloque em minha conta. Irei atender esse bebê. Não se preocupe, querido, eu irei te ajudar. — Namjoon fala ajudando o garoto a se levantar e viu lágrimas escorrerem pela as duas bochechas.
Lágrimas de alívio.
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