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História More Than One Secret - Ponto Fraco


Escrita por: dreamsonenight

Notas do Autor


Queria pedir desculpas pela demora, tive alguns problemas pessoais, mas vou voltar a postar com mais frequência,
— Alexa.

Capítulo 35 - Ponto Fraco


Fanfic / Fanfiction More Than One Secret - Ponto Fraco

A última coisa que eu escutei foi Thomas — “Droga!” — foi tudo que ele falou antes de me beijar.

Foi tudo rápido e intenso. Quando Thomas afastou-se eu pude ver Zach logo a minha frente.

— Merda... — Falei colocando a mão na cabeça.

Zach me encarou e sorriu.

— Fale alguma coisa. — Thomas falou me encarando.

Eu empurrei Thomas e fui até onde Zach estava.

Zach parou, ele apenas parou lá. Quando cheguei perto o bastante falei:

— Zach... — Zach continuou me encarando.

— Eu não sei o que aconteceu, e não quero saber. — Zach falou. — Nunca dissemos que teríamos exclusividade.

— Mas você tem planos. — Falei.

— Sim. — Zach sorriu. — Bem, eu não disse que não estava furioso. Disse que não temos exclusividade. É tudo que eu queria dizer. — Zach falou se afastando. — Ah e... — Sorriu. — E uma coisa. — Respirou fundo. — Sei que você se acha uma pessoa assustada e traumatizada, o que te faz achar que não merece coisas boas, mas você merece. E o Thomas. — Zach encarou Thomas e depois voltou a me olhar. — Não é bom para você. — Sorriu novamente. — Já eu, sou uma coisa muito boa. E se houver uma competição, uma arena, estarei lá.

Zach se afastou e voltou ao salão.

— O que ele disse? — Thomas falou sorrindo.

Thomas saiu atrás de Zach. Não houve tempo para pensar. Sai atrás de Thomas. Cheguei um pouco atrasada. Thomas havia socado Zach.

Não demorou muito para que Zach retribuísse o soco. Zach socou Thomas com tanta força que o fez perder o equilíbrio. Thomas estava no chão com o nariz sangrando.

— Parem! — Gritei.

Logo formou uma plateia para olhar os dois idiotas brigando. Quatro seguranças chegaram e afastaram Zach de Thomas.

Dois ajudaram Thomas a levantar-se e os outros dois seguraram Zach.

— Vou precisar leva-los a delegacia. — O guarda falou encarando Zach.

— Eu comecei. — Zach mentiu. — Ele não tem culpa.

Os dois guardas soltaram Thomas e tiraram Zach.

— O que aconteceu aqui? — Max perguntou encarando Thomas.

— Ele precisa de gelo. — Falei me aproximando de Thomas. — Agora, Max!

Max se afastou para pegar gelo e eu olhei os machucados de perto.

— O que isso significa? — Falei encarando Thomas.

— Significa que você tem uma escolha. Tem uma escolha a fazer.

— Eu estou falando sobre você sair socando os outros. — Falei.

— Estou apaixonado por você. — Thomas falou. — Sempre estive apaixonado por você. — Sorriu. — Sei que estou atrasado para te dizer isso...

— Gelo! — Max falou colocando gelo no rosto de Thomas. — O que está fazendo? — sussurrou para que ninguém o ouvisse. — Zach vai se preso, sua idiota.

— Está gelado! — Thomas falou tentando tirar o gelo do rosto.

— Você aguenta, machão. — Max falou. — Quem mandou querer fazer um show.

— Oh meu deus! — Nicole falou se aproximando. — O que você fez?

— Eu preciso que fique com ele. — Falei para Nicole. — Eu preciso do Max.

Sai arrastando Max e Nicole me encarou.

— O que você quer? — Max falou.

— Preciso que me leve até a delegacia. — Falei.

Perguntei a um dos guardas para onde haviam levado Zach. Max pegou a chave do carro de Zach e saímos.

Tentei ligar para Oliver, mas ele não atendia. O celular de Zach estava dentro do carro. Peguei o celular e liguei para o pai dele.

— Mas que surpresa, Zachary. — Falou um senhor no celular.

— É a Alena Holland. — Falei.

— Irmã do Oliver?

— Sim. — Falei. — Eu não tenho boas notícias.

Quando chegamos à delegacia procurei por Zach. Não demorou muito para chegar um homem com um terno preto e uma maleta. O homem falou com um dos guardas e saiu.

— Você... Você não fez isso! — Zach falou me encarando.

— Sim, eu liguei para seu pai. — Falei.

O celular de Zach estava na minha mão e começou a tocar. Zach pegou o celular da minha mão e desligou.

— Ei, cara, ela só queria ajudar. — Max falou.

Zach foi direto para o carro e sentou-se no banco de trás.

— Preciso que volte até o salão. — Zach falou.

Max levou Zach até o salão. Andamos até um prédio que estava perto. Entramos em um elevador e subimos até o ultimo andar.

— Zachary. — Uma moça falou encarando Zach.

— Oi, Maggie. — Zach falou.

— Ele está esperando você. — Maggie falou. — Você está bem? — Observou Zach de cabeça a baixo.

— Sim. — Zach falou seguindo ela.

Max e eu o seguimos.

— Verdade? — Maggie perguntou.

— Eu estou bem, Maggie.

— Está péssimo e cheira a cerveja. — Maggie falou.

— Obrigado. — Zach falou.

— Quer que eu minta para você? — Maggie sorriu. Colocou a mão na maçaneta e bateu na porta. — Não o faça ter um infarto. — Falou abrindo a porta.

Zach entrou primeiro e eu e Max entramos em seguida.

— Só vim saber quanto custa. Eu vou pagar. — Zach falou encarando o homem que estava sentado.

— Quanto custa o quê?

Quando o homem falou pude reconhecer a sua voz. Era o pai de Zach.

— O advogado. — Zach falou.

— Aquele advogado, Zachary, custa 450 dólares a hora.

— Pelo amor de Deus. — Zach falou.

— Eu que o diga!

— Só queria que soubesse que eu não liguei. — Zach falou. — Não fui eu.

— Não é de todo mal ter um pai que paga sua fiança.

— Não é... — Zach sorriu. — Não quero que paguem fiança nenhuma minha. — Zach virou-se e saiu andando. — Vou pedir para a Maggie fazer uma fatura.

Zach saiu da sala e nós o seguimos.

Pegamos o elevador e Zach estava de olhos fechados. Max me encarou e ficou me encarando. Quando o elevador abriu Zach saiu primeiro.

— O que você vai fazer? — Max perguntou.

— Eu preciso leva-lo para casa. — Falei.

— Eu preciso ir para casa também. — Max falou.

— Não me deixe sozinha com ele, por favor. — Pedi.

Max concordou e voltamos para o apartamento de Zach.

Nicole Dunn: Eu vou dormir no hotel com a família do Thomas.

Nicole Dunn: Thomas está perguntando pelo Max.

Nicole Dunn: E por você.

Alena Holland: Se Max não voltar ele vai dormir no apartamento.

Alena Holland: Eu vejo você amanhã.

Nicole Dunn: Me ligue qualquer coisa.

Nicole Dunn: EAVbb

Alena Holland: ?

Nicole Dunn: Eu Amo Você bb.

Nicole Dunn: Estupida.

Alena Holland: EAVbb.

Desliguei o celular e entramos no elevador.

— Esmurrando gente no leilão beneficente! — Oliver falou colocando gelo na mão de Zach.

Estávamos todos na cozinha. Helena estava sentada bem ao lado de Zach. Max estava sentado e eu em pé ao seu lado.

— O filho do meu chefe dando murros em leilão beneficente! — Oliver gritou.

Zach tirou o gelo da mão.

— Bote o gelo na mão. — Falei o encarando.

— Minha mão está bem. — Zach falou.

— Bote gelo na sua mão de 2 milhões por ano! — Oliver falou.

— Oliver! — Helena falou.

— Ele vale o meu salario e mais um pouco. — Oliver falou. — Agora... Alguém quer me dizer que diabos aconteceu?

Zach me encarou.

— Era o Thomas. — Falei.

— Quem é Thomas? — Oliver perguntou.

— Ele é meu amigo. — Falei.

— E o que seu amigo tem a ver com isso?

— Zach nos encontrou juntos. — Falei.

Oliver me encarou e voltou a encarar Zach.

— Esmurrou com toda força? — Oliver perguntou.

— Sim, senhor. — Zach falou sorrindo.

Max sorriu.

— Ótimo, então. — Oliver falou saindo da cozinha.

Helena saiu atrás de Oliver. Zach me encarou e levantou-se. Max me encarou logo depois que Zach saiu.

— O quê? — Perguntei saindo da cozinha.

Fui até o quarto e me joguei na cama. Max entrou logo depois e sentou-se na cama ao meu lado.

— Você é tão estupida, Alena Holland. — Max falou.

— Obrigada. — Falei encarando Max.

— O que você vai fazer?

— Voltar para o Canada, esquecê-lo, conversar com você...

— Na verdade, estou revendo a nossa amizade. — Max falou.

— O quê? — Sorri.

— Você só faz coisas estupidas, e eu estou cheio de amigos assim.

— Você vai me deixar? — Falei soando dramática.

— Sim. — Max sorriu. — Quando você morrer talvez eu consiga largar você.

Sorri e Max retribuiu o sorriso. Coloquei minha cabeça na no colo dele. Max ficou mexendo no meu cabelo.

— O que você faria se estivesse no meu lugar? — Perguntei.

— Eu pediria desculpas para o Zach, depois, eu dava um fora no Thomas. — Max riu.

— E eu achando que vocês eram amigos... — Falei rindo.

— Nos somos, mas eu sou seu amigo também. — Max me encarou. — Eu apenas acho que o Thomas não seria uma boa opção.

— Por quê?

— Porque eu o conheço.

— Então eu escolho o Zach?

— Eu acho que você não tem mais essa escolha.

Eu coloquei minha cabeça novamente em seu colo.

— Eu estraguei tudo. — Falei.

— Verdade!

— Acha que o Zach está muito chateado?

— O quê? Isso é mesmo uma pergunta? Você beijou outro cara na frente dele, no leilão dele, na cidade dele! Você acha que ele não está com raiva?

— Eu sou uma estupida. — Falei.

— Você é!

— Obrigada por me ajudar, Max!

— Você pode me agradecer depois. — Max sorriu.

Oliver abriu a porta.

— Onde está sua amiga?

— Na casa de um amigo.

— Eu achei que o único amigo que você tivesse estava aqui. — Oliver falou.

— Ela está com o Thomas. — Falei.

— Mamãe vai me matar se ela não voltar para casa. — Oliver falou. — Eu prometi olhar vocês.

— Ela não vai voltar essa noite, mas ela está bem, ela está com a família do Thomas.

— Oh, agora eu me sinto muito melhor. — Oliver falou ironizando. — E você? — Perguntou encarando Max.

— Ele vai passar a noite aqui. — Falei.

— Você é gay? — Oliver perguntou.

— Não. — Max respondeu.

— Então não ira dormir no mesmo quarto que minha irmã. — Oliver falou. — Há um quarto duas portas depois, está vazio. Pode passar a noite lá...

— Max. — Max falou.

— Max, pode passar a noite lá.

— Obrigado. — Max agradeceu.

Oliver fechou a porta. Eu ri. Max começou a rir logo depois.

— Ele realmente perguntou se eu era gay? — Max falou entre as gargalhadas.

— Sim... — Falei entre as gargalhadas.

Depois de passar algum tempo rindo Max levantou minha cabeça lentamente do colo dele e levantou-se da cama.

— Você não pode ficar mais? — Perguntei fazendo um biquinho.

— Você parece ter quatro anos de idade. — Max falou sorrindo e colocando os dedos no meu queixo.

Segurei a mão dele e o encarei.

— Obrigada.

Max se aproximou e beijou minha testa.

— Boa noite, Encrenca. — Falou soltando minha mão.

Max saiu e continuei acordada. Cochilei algumas vezes, mas não consegui dormir muito. Peguei um trench coat abri a porta do quarto e sai do apartamento. Ainda estava escuro, mas o sol ia nascer a qualquer momento. Peguei o elevador e fui para o terraço.

Tentei ao máximo ficar aquecida, mas o clima em NY está começando a ficar mais frio.

Fiquei olhando o sol nascer. Senti meu rosto se aquecer mais um pouco.

— O que você está fazendo aqui em cima? — Zach perguntou se aproximando.

— Mas que merda! — Falei assustada. — Você quer me matar?

Zach riu.

— Bom dia para você também.

— Respondendo a sua pergunta, eu gosto de ver o sol. — Falei. — Seja no nascendo ou se pondo.

Zach continuou calado e observou o céu.

— Eu sinto muito. — Falei.

Eu não consegui o encarar. Zach simplesmente não falou nada, ele ficou tão quieto... Zach virou-se e seguiu para sair do terraço.

— Você pode falar alguma coisa? — Perguntei tentando o encarar, mas ele parou e nem me olhou.

— O que você quer ouvir, Alena?

— Qualquer coisa. — Falei. — Eu apenas quero ouvir sua voz.

— Você me quebrou, Cindy. Eu sinto muito também. — Zach falou e voltou a andar.

Aquelas palavras doeram tão forte, não foi fácil o ver partir. Meu coração parecia ter sido arrebentado. Ele nem olhou nos meus olhos. Eu apenas o escutei falar aquelas palavras. Eu precisava dar o fora daquele lugar, o mais rápido possível.

Eu peguei o outro elevador e entrei no apartamento. Coloquei minhas coisas dentro da bolsa, fui até o quarto de Oliver. Ele estava dormindo sozinho — Pensei que Helena havia dormido lá. — Peguei a carteira e tirei o cartão. Havia um bloco de notas perto do celular dele. Peguei uma caneta e o olhei dormir antes que escrevesse qualquer coisa.

“Desculpa por invadir seu quarto,

Estou voltando para o Canadá.

Não esqueça a Nic, e o Max,

Ele está dormindo aqui,

Caso você não lembre.

Eu sinto muito.

Eu amo você.

— Alena.”

Coloquei o papel perto da cama e sai.

Peguei um taxi e fui direto para o aeroporto. Comprei uma passagem para o primeiro voou. Entrei no avião e coloquei o fone de ouvido. Fechei os olhos e tentei não pensar em Zach.

Quando desci do avião peguei um taxi e fui para casa.

Abri a porta e meu pai estava no sofá.

— Alena? — Perguntou quando eu entrei.

— Oi. — Falei largando as bolsas no chão.

— O que faz em casa?

Eu não respondi. Subi para meu quarto e me tranquei lá.

Alguém bateu na porta varias vezes seguidas. Eu levantei da cama e fui abrir. Meu pai entrou e eu voltei a me jogar na cama.

— Como você chegou em casa, Alena?

— Eu nunca deveria ter saído. — Falei.

As lagrimas caíram pelo meu rosto.

— Querida...

Meu pai me abraçou, tão forte... Era tudo que eu estava precisando.

— Você quer me contar o que aconteceu?

— Eu fiz uma coisa estupida. — Falei.

— Alena, o que você fez?

— Eu me apaixonei. — Falei.

— Você estava em NY por três dias e se apaixonou? Querida... Eu acho que você está um pouco errada.

— Eu estou falando do Zach. — Falei.

— O amigo do seu irmão?

— Sim.

— E você foi para casa dele?

— Sim.

— Você dormiu na mesma casa que ele? — Meu pai parecia surpreso e com raiva ao mesmo tempo.

— Sim! — Falei.

— E seu irmão sabia disso?

— Eu não sei.

— Como eu pude deixar isso acontecer...

— Pai! — Falei. — Estou com um problema aqui!

— E eu também.

— Seu problema fez você sair de NY até o Canadá? O meu fez.

— Se eu soubesse que estava saindo com o amigo do Oliver e dormiu na mesma casa que ele, sim, meu problema me faria sair do Canadá até NY.

— O.k, quer saber? Deixe-me sozinha.

— Alena...

— Pai, por favor.

— Eu...

— Por favor!

Max Bayer: VOCÊ ENLOQUECEU?

Max Bayer: ONDE VOCÊ ESTÁ?

Visualizei as mensagens e não respondi.

Max Bayer: É SERIO, ALENA.

Max Bayer: ONDE VOCÊ ESTÁ?

Max Bayer: Zach e eu procuramos por todos os lugares.

Max Bayer: Estou preocupado.

Max Bayer: Por favor, responda as mensagens.

Max Bayer: Seu irmão não acordou, mas você vai entrar em uma encrenca se não aparecer antes disso.

Max Bayer: Alena, por favor, responda.

Max Bayer: Por favor!

Alena Holland: Estou no Canadá. Não se preocupe comigo. Nós vemos quando você voltar.

Max Bayer: CANADÁ?

Max Bayer: COMO VOCÊ FOI PARAR NO CANADÁ?

Joguei o celular na bancada e fiquei deitada na cama.

Voltei para pegar o celular e vi a chave de Zach na bancada.

Entrei no banho e coloquei uma calça com um moletom. O tempo estava cada vez mais frio.

— Precisamos conversar. — Minha mãe falou abrindo a porta. — Você está tão encrencada, Alena.

— Desculpa. — Falei.

— “Desculpa”? Você acha que é assim?

— Desculpa.

— Alena, você destruiu um leilão beneficente, roubou seu irmão, cruzou o país sozinha... — Minha mãe respirou fundo. — E isso é só o que você fez nos Estados Unidos.

— Desculpa.

— No começo, eu achei que era pela perda do seu pai, depois, quando você descobriu que ele estava bem voltou a ser rebelde, eu achei que era uma fase, mas você não está melhorando, você está ficando pior... Eu não sei o que fazer.

— Desculpa. — Repeti a encarando.

— Alena, quando você tem um problema, você fala. Não sai por ai destruindo as coisas, mentindo, roubando seu irmão.

— Eu sinto muito, mãe. — Falei e as lagrimas caiam pelo meu rosto.

Minha mãe me abraçou.

— Querida, você só precisa falar...

— Ele falou que eu o quebrei. — Falei em meio às lagrimas. — Mas ele não sabe que eu me quebrei também.

— Vai ficar tudo bem. — Minha mãe falou limpando minhas lagrimas. — Vai ficar tudo bem.

Depois de passar o resto da manhã com minha mãe fiquei no quarto. Coloquei um fone de ouvido e ignorei todas as mensagens.

Meu celular vibrou, era Max no FaceTime.

O sol estava no meu rosto, meu cabelo estava uma bagunça. Atendi.

— Eu acabei de chegar. — Max falou.

— Desculpa por ter feito isso. — Falei.

 Eu nunca vou desculpar você. — Max sorriu. — Você me deixou louco lá.

— Desculpa. — Sorri.

 Você é uma péssima amiga.

— Você pode vir aqui?

— Eu preciso estudar.

— Serio?

 Temos prova na segunda, você sabe disso, certo?

— Nem me lembre. — Falei. — Eu passo na sua casa mais tarde?

— Tudo bem.

— Eu vejo você depois. — Sorri.

Tchau, Encrenca. — Max sorriu.

Max desligou e eu voltei a escutar musica. O tempo ficou mais frio a cada minuto que escurecia mais. As noites estavam ficando mais congelantes com o inverno chegando.

Meu pai entrou no quarto.

Ele estava vestido para ir trabalhar.

— Oi, pai. — Falei tirando o fone.

— Eu bati, mas você estava muito ocupada. — Meu pai sorriu. — Eu vou sair para trabalhar, sua mãe vai precisar sair também, você vai ficar bem sozinha?

— Bem... Você pode me deixar na casa do Max? Ele voltou da viagem e eu avisei que passaria lá hoje a noite...

— Você está de castigo. — Meu pai falou.

— O quê? — Falei sentando na cama. — Por quê?

— Você foi acusa de crime, roubou seu irmão, cruzou o país... preciso continuar?

— Mas pai...

— Alena, nem tente.

— Eu preciso estudar para a prova de segunda, eu não sei o conteúdo, Max irá me ajudar. — Pedi implorando.

— Não.

— Pai!

— Fique com o celular o tempo todo, sua mãe vai pegar você, nem pense em sair da casa dele!

— O.k. — Sorri.

— Não fique feliz, isso vai durar por um mês. — Falou.

— Eu vou me vestir. — Sorri novamente.

Meu pai saiu do quarto e eu procurei uma roupa. Enquanto me trocava mandei uma mensagem para Max.

Alena Holland: Eu estou indo ai.

Alena Holland: Vejo você em alguns minutos.

Desci e meu pai me levou até a casa do Max.

Bati na porta e não demorou muito para Amy abrir a porta.

— Oi. — Sorri.

— Alena... — Amy falou sorrindo. — É bom vê-la.

— O mesmo. — Falei sorrindo.

Amy acenou para meu pai que estava no carro a alguns metros.

— Max está? — Perguntei.

— Sim. — Falou. — Ele está no quarto... Estudando eu acho. Entre!

Acenei para meu pai e entrei.

— Pode subir. — Amy falou.

Subi as escadas e bati na porta do quarto.

— Pode entrar.

Quando eu entrei Max parecia assustado. O quarto estava uma bagunça... Havia livros por cima da cama toda, Max estava com um lápis na mão e me encarou. Eu sorri.

— O que está fazendo? — Perguntei colocando a minha bolsa em cima da cadeira e me aproximando da cama.

Quando cheguei perto o bastante percebi que não havia lugar disponível para que eu sentasse com tantos livros.

— Estudando. — Max falou deixando o lápis cair.

Eu ri.

— Você precisa de ajuda? — Perguntei sorrindo.

— É química, eu sou péssimo. — Max falou jogando o lápis no meio dos livros e encostando a cabeça na parede.

— Eu sou péssima também. — Falei colocando os livros em uma pilha e sentando-me na cama.

— Ótimo. — Max falou colocando a mão na cabeça.

— Eu posso tentar ajudar se quiser...

— Sim! — Max falou me encarando. — Sim!

— O.k. — Sorri.

Prendi o cabelo e peguei alguns livros. Li algumas coisas para poder ajudar Max. Quando percebi já estava dominando a matéria.

— E você ainda fala que é péssima. — Max falou jogando uma caneta em mim.

— Eu sou. — Sorri. — Parece que estou indo bem, mas quando chegar na hora da prova não vou lembrar nada.

— Você é bem melhor que eu. — Max falou pegando o celular.

— Se você ficar olhando o celular o tempo todo nunca vai se da bem mesmo. — Falei sorrindo.

Eu pulei em cima de Max para pegar o celular. Eu roubei o celular da mão dele e ele implorou pelo celular.

— Me deixe da uma olhada antes. — Falei sorrindo.

— Alena... — Max falou tentando pegar o celular.

Eu olhei a hora e devolvi o celular.

— Está tarde. — Falei me levantando da cama. — Eu vou ligar para minha mãe.

— Quer que eu vá deixa-la? — Max perguntou levantando-se da cama.

— Eu estou de castigo, minha mãe tem que vir me pegar. — Falei.

Quando peguei o celular havia algumas mensagens da minha mãe.

Susanna Holland: O carro quebrou.

Susanna Holland: Você tem como pegar um táxi?

Alena Holland: Não se preocupe.

Alena Holland: Eu chego em casa em alguns minutos.

— O que houve? — Max perguntou.

— O carro da minha mãe quebrou. — Falei pegando a bolsa e meu casaco.

— Eu vou deixa-la em casa. — Max falou.

— Não... — Falei. — Não precisa. Eu pego um táxi.

— Alena...

— Max, sério, eu pego um táxi.

— O.k. — Max falou. — Mas tenha cuidado. — Max falou beijando minha testa.

— Tchau, Maxwell. — Falei sorrindo.

— Tchau, Encrenca. — Max falou.

Sai do quarto e desci as escadas.

— Já está de saída? — Janet perguntou se aproximando.

— Oi, Jan. — Falei a abraçando. — Bom saber que você já está bem...

— Seu pai tomou conta de mim direitinho. — Janet sorriu.

— E sim, eu já estou de saída. — Falei.

— Você está de carro?

— Não...

— Max pode deixa-la...

— Está tudo bem. — Sorri. — Eu vou de táxi, ele está estudando, não quero atrapalhar.

— Oh, querida, então boa noite.

— Boa noite, Jan. — Falei saindo.

— Diga a seu pai que mandei lembranças. — Janet falou.

— Direi. — Sorri.

Esperei um táxi passar, mas não passou. Depois de alguns minutos percebi que não iria passar. Eu fui até o Vanilla’s já que era mais perto. Comprei um café e fiquei esperando.

O tempo estava frio então soltei meu cabelo. Peguei o celular.

Susanna Holland: Querida, onde você está?

Alena Holland: Estou chegando, não se preocupe.

O café chegou então me levantei da cadeira onde estava. Liam estava bem atrás de mim.

— Oi. — Ele falou.

— Oi. — Falei sem entender o que estava acontecendo.

— Alena, certo?

— Sim.

— Você tem visto Nicole esses dias? — Liam perguntou, ele parecia preocupado.

— Não. — Menti.

— Se conseguir falar com ela, pode dizer que preciso conversar com ela?

— Claro. — Menti novamente.

— Obrigado. — Liam falou.

Peguei o café e sai.

O caminho não estava muito claro, escutei algum barulho. Parei e observei. Não aconteceu nada então voltei a andar.

— Aí, você pode me ajudar? — Um garoto falou, com um gorro e um casaco preto com capuz. Não consegui ver seu rosto. — Eu acho que tô perdido.

Eu me afastei e ele se aproximou.

— Onde fica o centro da cidade?

— Eu não sei. — Falei me afastando.

Senti meu corpo se tocar a outro. Havia um cara atrás de mim.

— Você podia dar umas informações pra gente. — O garoto que estava atrás de mim falou. — Ou, melhor ainda, dinheiro.

Não demorou muito para que alguém chegasse e começasse a socar os garotos. Eles brigaram. Um deles caiu no chão e o outro pegou uma faca para atacar o garoto que estava tentando me ajudar. Ele derrubou o garoto no chão e deu mais alguns socos no nele. O garoto que estava tentando me ajudar virou e pude ver seu rosto, era Liam.

Liam estava sangrado. A faca havia o cortado no abdômen.

— Você está bem? — Liam perguntou.

— Você está sangrando. — Falei colocando a mão sobre o ferimento.

Quando retirei a mão o sangue veio junto.

— É. — Liam falou olhando para minha mão e colocando a mão dele sobre o ferimento. — É o que acontece quando se toma uma facada.

— Oh meu deus... — Falei pensando em alguma coisa. — Vamos...

Parei o primeiro táxi que vi na rua seguinte e coloquei Liam dentro. Seguimos para o hospital.

Quando desci eu o ajudei a entrar no hospital e meu pai me encarou.

— O que aconteceu agora?

— Eu preciso de ajuda. — Falei.

Meu pai viu o estado de Liam e o levou para uma sala. Entramos e ele tirou a camisa de Liam para limpar o ferimento. Expliquei o que havia acontecido enquanto isso.

— Parece que foi um resgate arriscado. — Meu pai sorriu para Liam. — Você tem muita sorte de ter um amigo como o Liam, Alena.

— Nós não somos amigos. — Falei.

— Bom, me deixe dar os pontos... — Meu pai falou — E aí vocês dois podem decidir o que vocês são ou não são.

Meu pai se afastou e eu encarei Liam.

— Você é idiota. — Falei.

Liam não me respondeu, mas pareceu um pouco nervoso.

— Liam. Qual o problema? — Perguntei.

— Nada. Só não sei para que eu preciso de uma injeção. — Liam falou encarando a injeção.

Eu sorri.

— Ah, não me diga que um cara durão que nem você está com medo de uma agulhazinha.

— Não parece tão pequena assim. — Liam falou me encarando.

— É só pensar em outra coisa. — Falei. — Além da agulha.

— Tipo o quê?

— Ta, isso pode doer um pouco. — Meu pai falou aproximando a agulha do braço de Liam.

Liam pareceu ficar mais nervoso. Ele estava olhando a agulha se aproximar.

Eu puxei seu queixo e o beijei.

— Pronto. — Meu pai falou retirando a agulha do braço de Liam.

— Não foi tão ruim assim, não é? — Sorri.

— O.k., Alena, você pode se retirar. — Meu pai falou.

Saí da sala, peguei um táxi e fui para casa.

— Graças a Deus você chegou. — Minha mãe falou. — Estava preocupada.

— Eu estou cansada. — Falei. — Estou indo para meu quarto.

Minha mãe beijou minha testa e eu subi para o quarto. Depois de tomar um banho e vestir um pijama fiquei lendo um livro.

Não demorei muito para cair no sono.


Notas Finais


Mais uma vez desculpas, obrigada por todo apoio.
O que acharam do fim de #Zelena?
— Alexa.


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