História More Than One Secret - "Feliz" Halloween

Eu acordei. O quarto estava escuro e frio… Thomas estava dormindo tão quieto. Procurei minha roupa e a vesti. Peguei um casaco de Thomas e vesti. Sentei-me na cama e fiquei o olhando.

— Thommy? — Perguntei na esperança que ele estivesse acordado. — Ei, Thomas… — Falei tentando o acordar.

Thomas se mexeu, mas não abriu o olho.

— Eu… Vejo você amanhã, certo? — Falei e ele se mexeu novamente.

Eu saí do quarto, desci as escadas, peguei minha bolsa e sai.

Eu entrei em casa com todo o cuidado e quando estava subindo as escadas Oliver acendeu a luz.

— Nossa, você me assustou. — Falei parando de subir.

— Eu assustei você? — Oliver falou me encarando.

— Eu sei, eu devia ter ligado. — Falei.

— Onde você estava? — Oliver perguntou serio, mas parecia está aliviado em me ver.

— Depois que acabou, fomos comer alguma coisa. Não achei que seria um problema. — Falei.

— Porque não me ligou para avisar? — Perguntou cruzando os braços.

— Não percebi que era tão tarde, está bem? Sinto muito, Ollie. — Falei voltando a subir os degraus. — O que mais você quer?

— Ei, espere… — Oliver falou e eu parei nos degraus novamente. — De quem é esse blusão?

— Do Thomas. — Falei.

— Do Thomas… — Oliver falou me encarando. — Thomas é o seu namorado agora?

— O quê? Não! — Menti. — Estava frio e ele me emprestou o blusão. — Menti novamente. — Não é nada de mais.

Voltei a subir a escada.

— Alena? — Oliver falou e eu parei novamente.

— O quê?

— Pode conversar comigo. — Oliver falou — Pode conversar comigo. Seja o que for que tenha acontecido.

— Não aconteceu nada. — Falei.

— Alena…

— Não aconteceu nada. — Repeti. — Posso ir, por favor? — Perguntei.

Eu entrei no quarto e me joguei na cama.

Acordei com meu celular tocando. Era a Anna.

— Oi. — Falei acordando.

— Você está dormindo? — Anna gritou no celular. — Já pode acordar e vir me ajudar.

— Acho que não posso. — Falei me levantando da cama. — Meu irmão quer me matar.

— Foda-se seu irmão querer matar você. — Anna falou. — Você prometeu que estaria aqui.

— Eu sei… — Falei indo em direção ao banheiro. — Eu preciso tomar um banho e vou convencê-lo a me deixar ir.

— É bom que esteja aqui em menos de uma hora. — Anna falou e desligou o celular.

— Eu estou tão fodida. — Falei me olhando no espelho.

Depois que tomei banho e me vesti desci as escadas e não encontrei ninguém.

— Ollie? — Gritei.

Ninguém me respondeu. Fui até a cozinha e havia um papel no balcão.

“Precisei sair, mas estou de olho em você.

— Oliver”

Eu sorri e subi para meu quarto.

Nicole Dunn: Espero que você tenha dado um jeito de falar com o Chris.

Alena Holland: Eu vou resolver isso. Não se preocupe.

Fui até a bancada para pegar meu anel e lá estava à caixinha da pulseira que Zach havia me dado. Sorri ao lembrar como ele me persuadiu a usar isso. Quando abri à caixinha a pulseira não estava lá. Desesperei-me.

Peguei minha bolsa e olhei se estava por dentro… Em algum bolso… Pensei em ter deixado em NYC… Então lembrei que a pulseira estava na bolsa que havia sido roubada… COMO ALGUEM PODE SER TÃO ESTUPIDA COMO EU?

Alena Holland: Vou chegar um pouco atrasada.

Alena Holland: Aconteceu um imprevisto.

Peguei minha bolsa. O carro de Oliver estava na garagem então peguei a chave e saí.  

Então fui até lá. Era um lugar que parecia perigoso… Desci do carro e bati na porta. Alguns minutos depois ele abriu. Ele abriu uma pequena parte e quando me viu fechou.

— Como sabe onde eu moro? — Perguntou do outro lado da porta.

— Uma coisinha chamada internet. — Falei. — Podemos não fazer isso com uma porta entre a gente.

Ele abriu a porta e me encarou.

— Não vai prestar queixa, porque acha que pode mudar minha vida. — Falou. — E poderá dizer as suas amigas ricas o quanto é boa e que está ajudando um necessitado?

— Você não me conhece. — Falei.

— Alena Holland. — Ele falou. — E pelo seu carro posso dizer que é uma patricinha.

— Eu quero minha bolsa de volta. — Falei.

— Tem muita coragem por vir aqui. — Ele falou.

— Não deve saber o valor de uma bolsa antiga. — Falei.

Ele fechou a porta e quando voltou estava com minha bolsa na mão. Quando peguei a bolsa a abri procurando pela pulseira.

— Não se preocupe. — Falou. — Está tudo aí.

Eu segurei a bolsa e saí.

— Posso te dar um conselho? — Falou.

Eu voltei e o encarei novamente.

— Primeiro, fique longe daqui.

— E segundo?

— Não caia em historias que caras como eu contam a polícia.

Ele fechou a porta e eu voltei para o carro. Quando entrei procurei a pulseira e ela estava lá. Coloquei a pulseira de volta na caixa e coloquei dentro da minha bolsa.

Zach Bryant: Chris está no Vanilla’s.

Eu sorri quando vi a mensagem de Zach na mesma hora que estava pensando nele.

Alena Holland: Chris está no Vanilla’s.

Alena Holland: Vamos resolver isso logo.

Nicole Dunn: Vou me arrumar.

Quando cheguei ao Vanilla’s Chris estava sentando em uma mesa ao lado de Zach. Eu me sentei em uma das cadeiras perto do balcão e Brooke sorriu a meu ver.

— Oi. — Ela falou sorrindo.

— Olá. — Falei retribuindo o sorriso.

— Você quer pedir algo? — Ela perguntou.

— Tem dois garotos na ultima mesa. — Falei. — Algum deles está olhando para cá?

— Só há um garoto na ultima mesa.

— Não… Há doi… — Falei antes de ser interrompida.

— Acho que precisamos conversar. — Zach falou sentando-se ao meu lado.

— Eu falei. — Brooke falou sorrindo. — Só há um garoto lá.

— Eu não acho. — Falei encarando Zach.

— Você saiu como uma louca ontem. — Falou.

— Oi, Encrenca. — Max falou se aproximando de mim.

— Max! — Falei feliz em Max aparecer e quebrar o clima entre Zach e eu.

— Vocês dois estavam conversando? — Max perguntou.

— Não. — Falei.

— Oi, Max. — Zach falou levantando para abraçar Max.

— Eu não sabia que ainda estava na cidade. — Max falou.

— Estou fazendo um favor para Alena. — Zach falou.

— Serio? Pensei que ela queria você o mais longe daqui. — Max falou.

— Serio? — Zach perguntou me encarando.

— Oi, todo mundo. — Nicole falou.

— Nic! — Falei feliz em mais uma pessoa quebrar o clima.

— Nic? — Perguntou Max.

— Max? — Nic perguntou encarando Max e depois me encarando. — Qual a piada?

— Oh meu deus. — Zach falou sorrindo. — Vocês dois namoraram?

— Sim. — Max falou.

— Isso vai ser estranho. — Zach falou colocando a cabeça no balcão tentando esconder o riso.

— Você convidou o Max? — Nic perguntou me encarando.

— Não. — Falei.

— Por quê? — Max perguntou.

— Porque eu estou saindo com alguém. — Nicole falou. — Isso era para ser um encontro.

— Oh… — Max falou. — Desculpe.

— Deus… — Nicole falou. — Onde ele está?

— Ultima mesa. — Zach falou voltando ao normal.

Max também olhou para ultima mesa.

— É o traficante? — Max falou rindo. — Eu achei que o Thomas estaria brincando.

— Thomas conhece o Chris? — Zach perguntou me encarando.

— Não. — Falei.

— Ele não é um traficante. — Nicole falou socando o ombro de Max.

Nicole me encarou e eu sorri.

— Vai dar tudo certo. — Falei baixinho, mas ela leu meus lábios e sorriu.

Eu dei um soco em Max.

— Ele não é um traficante. — Falei.

Max me encarou e sentou-se do meu lado.

Pedimos algumas coisas, mas demorou a chegar. Ficamos conversando sobre a festa da Anna.

— Perdoem a demora. — Brooke falou colocando as coisas no balcão. — Estou servindo clientes encrenqueiros.

Nós olhamos para trás e havia alguns garotos brigando e falando alto.

— Precisa de ajuda com aquilo? — Max perguntou.

— Eu agradeço. — Brooke falou com um sorriso. — Mas já sou uma profissional.

— Vou está aqui se precisar. — Max falou.

Zach e eu encaramos Max quando Brooke saiu.

— Nova namorada? — Zach perguntou.

— Não. — Max sorriu. — Eu apenas venho muito aqui e a conheço… 

— Brooke. — Falei e Max me encarou. — O nome dela é Brooke.

— Bom, parece que ela gosta de você. — Zach falou.

— Podemos voltar ao assunto, por favor? — Max perguntou.

— Na verdade, Max, devia convidá-la para sair. — Zach falou.

— Serio? — Max perguntou. — Farei isso 5 minutos depois que você convidar Hertel.

— Nossa Anna? — Perguntei. Max confirmou com a cabeça. — Você conhece a Anna?

— Ele tem uma queda por ela. — Max falou.

— Eu não vejo você convidando a Brooke. — Zach falou.

Max encarou Zach por alguns segundos e saiu para falar com a Brooke. Eu sorri. Depois voltei a encarar Zach.

— Então… Você tem uma queda pela Anna?

— Eu a conheço. — Zach falou. — Eu não tenho uma queda por ela.

Eu encarei Zach e continuei o encarando. Meu celular vibrou.

Anna Hertel: Eu preciso da sua ajuda!

Anna Hertel: Agora!

Eu abri minha bolsa e peguei a caixinha com a pulseira. Coloquei em cima da mesa junto com o dinheiro do meu café.

— Isso é seu. — Falei me levantando e saindo.

Eu voltei para o carro e fui para casa da Anna.

Alena Holland: Peguei o carro, mas volto logo. Prometo.

Quando cheguei à casa da Anna e abri a porta ela deixou cair alguns potes e correu para me abraçar.

— Graças a deus! — Ela falou me abraçando.

— Oh meu deus... — Falei quando ela me soltou.

A casa estava toda bagunçada.

— Oi. — Liam falou sentando-se ao sofá com uma tigela cheia de cereal.

— Pelo amor de deus, Liam! — Anna falou. — O que você ainda faz aqui? Isso é tudo sua culpa.

— Papai falou que eu também podia usar a casa. — Liam falou mexendo no celular.

— ELE NÃO É SEU PAI! HOJE ERA PARA SER A MELHOR FESTA! — Anna gritou e jogou uma almofada em Liam.

O cereal de Liam caiu todo no sofá. Liam riu.

— O.k! — Falei puxando Anna e jogando o travesseiro que estava na sua mão no outro sofá. — Liam vai nos ajudar com a festa. — Sorri. — Certo, Liam?

Liam sorriu e confirmou com a cabeça.

— Certo. — Ele falou levando a tigela de volta para a cozinha.

— O que faremos? — Anna perguntou jogando-se no sofá por cima do cereal. Quando ela percebeu levantou-se o mais rápido possível. — ECA! — Gritou e eu a ajudei a tirar o cereal do cabelo.

Liam riu ao ver Anna tirando o cereal do cabelo.

— Do que está rindo? — Anna perguntou com raiva.

Liam levantou os braços e sorriu.

— Eu vim em paz... — Falou sorrindo.

Depois que ajudei Anna com o cereal ela me pediu para ajudá-la com a sala. Liam nos ajudou a afastar o sofá e colocar algumas coisas em outro canto.

Depois de arrumar a casa toda peguei meu celular.

Oliver Holland: Precisamos conversar.

Oliver Holland: De verdade.

Coloquei meu celular dentro da bolsa e procurei a Anna.

— Você viu a Anna? — Perguntei a Liam.

— Subiu. — Liam falou terminando de colocar a decoração na parede.

— Pode falar que eu precisei sair? — Perguntei sorrindo. — Preciso resolver um problema.

— Você sempre está cheio deles... — Liam falou sorrindo. — E claro que posso avisá-la.

— Obrigada, Liam. — Falei sorrindo e saindo.

Liam sorriu enquanto eu fechava a porta. Quando cheguei em casa a porta estava aberta. Eu entrei e Oliver estava no sofá.

— Precisamos conversar. — Oliver falou.

— Você já falou isso por mensagem. — Falei colocando a chave do carro na bancada.

— Mamãe está preocupada. — Oliver falou. — Seu comportamento...

— Ollie... — Falei sentando-me no sofá ao seu lado.

— Por favor, me deixe terminar. — Pediu me encarando. — Ela quer a colocar em um colégio interno. — Oliver falou me encarando.

— O quê? — Meu coração apertou.

— Você está diferente, Alena... — Oliver falou. — Seu comportamento... Len... 

— Ela quer o quê? — Perguntei ainda me referindo ao colégio interno.

— Apenas... Escute. — Oliver falou. — Quando eu falar que a quero em casa, é para você está em casa. Quando eu falo para não sair com aquele garoto, não saia com ele.

— Ele... — Falei antes de ser interrompida pelo celular de Oliver.

Oliver levantou-se do sofá e saiu para atender o celular. Depois de um tempo ele voltou e me encarou.

— Eu preciso confiar mais em você. — Me encarou. — Eu vou precisar sair. — Oliver falou. — Você vai ficar em casa?

— É uma ordem?

— É uma pergunta.

— Hoje é a festa da Anna, mas se você falar que não posso ir, não posso ir. — Falei.

— Você pode. — Oliver falou e eu sorri.

— Obrigada. — Falei sorrindo.

— Eu vou pegar a mamãe e o papai no aeroporto. — Oliver falou. — Eles estão chegando.

— Eu vou me arrumar para ir para Anna. — Falei sorrindo.

— Você precisa do carro? — Perguntou.

— Eu preciso de uma fantasia. — Falei sorrindo.

— Eu vejo você depois. — Oliver falou sorrindo.

Oliver saiu logo em seguida e eu me deitei no sofá. Meu celular vibrou e eu quase morri naquele momento só em pensar que precisava me levantar para pegar. Fiz um esforço e peguei o celular.

Max Bayer: Brooke ira sair comigo hoje.

Eu sorri.

Alena Holland: Estou tão feliz por você, Max!

Eu coloquei o celular no carregador e subi para tomar um banho. Depois de passar um tempo com aquela agua quente — lá estava tão bom que poderia passar o resto da minha vida naquele banheiro. — Eu saí e procurei uma roupa. Depois de me arrumar desci para pegar meu celular.

Thomas Campbell: Você está morta?

Eu ri e tirei o celular da tomada. Liguei para Thomas.

— Estou viva. — Falei colocando o carregador dentro da minha bolsa.

— Graças a deus. — Pude escutar Thomas rir. — Quando eu acordei você não estava ao meu lado...

— Eu... — Falei pensando em uma desculpa, porque na verdade nem sei por que sai no meio da noite. — Ollie ficaria preocupado se passasse a noite fora. — Falei.

— Oh. — Thomas falou. — Você ira a festa da Anna, certo?

— Claro. — Falei fechando a porta. — Estou saindo nesse momento para comprar uma roupa.

— Eu preciso sair com a Kylie, agora. — Thomas falou e eu pude escutar Kylie falar “Fala que estou com saudades” — Eu encontro você depois?

— Claro. — Falei sorrindo. — Fale que sinto saudades dela também.

— Como? — Thomas perguntou e riu logo em seguida. — Você sente falta de mim também?

— Não. — Falei sorrindo e andando pela rua.

— Eu tenho uma namorada muito legal. — Thomas falou. — Não é mesmo Kylie?

Eu ri.

— Eu estou no viva voz? — Perguntei rindo. — Thomas...

— Ninguém sente sua falta, Tom. — Pude escutar Kylie falar em meio as gargalhadas.

— Eu preciso ir. — Thomas falou. — Amo você.

Thomas deligou o celular e aquelas palavras me bateram com toda força. Ele acabou de falar que me amava? Ele não pode me amar. Estamos namorando por no máximo duas semanas... Como?

— Oi, fada. — Jason falou ao me ver na rua.

Jason estava com uma câmera na mão.

— Oi, Jason. — Falei sorrindo. — O que está fazendo?

— Andando... — Falou sorrindo.

— Com uma câmera? — Sorri.

— É um ótimo dia para tirar fotos. — Jason falou apontando o sol que estava começando a baixar. — Está lindo hoje.

Olhar aquela coisa alaranjada descer entre as nuvens...

— É. — Falei sorrindo. — Está lindo mesmo. — Coloquei as mãos nos bolsos do trench coat.

— Bem... Eu preciso ir. — Jason falou.

— Eu vejo você na festa da Anna? — Perguntei sorrindo.

— Apenas se prometer guardar uma dança para mim. — Jason falou.

— Então eu o vejo lá. — Falei saindo.

— Ei, Alena! — Jason gritou e eu me virei.

Eu só pude o ver colocar a câmera perto do rosto e um pequeno flash.

— Ei! — Gritei sorrindo colocando minha mão no rosto.

— Não pude evitar. — Jason falou sorrindo e seguindo para o outro lado.

Eu sorri e continuei a andar até achar uma roupa. Não era uma fantasia. Já que a Anna não estava obrigando ninguém a vestir fantasia comprei uma roupa normal. Meu celular vibrou e eu o tirei da bolsa enquanto passava o cartão de credito.

Nicole Dunn: Ficamos muito amigos.

Nicole Dunn: ELE CONCORDOU EM SAIR COMIGO!

Alena Holland: MEU DEUS!!!!

Alena Holland: VOCÊ CONSEGUIU!

Nicole Dunn: *Nos conseguimos.

Eu sorri e peguei a sacola com a roupa.

Alena Holland: Vejo vocês na festa da Anna.

Meu celular estava com pouca bateria porque não havia deixado no carregador... Então ele desligou sozinho. Eu voltei para casa de taxi porque já estava ficando escuro.

Quando cheguei em casa ainda não havia ninguém. Coloquei meu celular no carregador e fui me arrumar para ir para casa da Anna.

Quando estava pronta eu coloquei algumas coisas dentro da bolsa e peguei meu celular. Ainda estava desligado e também não liguei. Coloquei dentro da bolsa e desci as escadas.

Fui até a cozinha e escrevi um bilhete.

“Estou na casa da Anna.

Ligue-me qualquer coisa,

Prometo voltar logo.

— Alena”

Peguei o primeiro táxi que vi. Quando entrei no taxi liguei o celular.

Nicole Dunn: Zach estará lá também.

Nicole Dunn: Só queria avisá-la.

Meu coração bateu tão forte naquele momento. Zach estaria lá, ao lado da Anna...

Anna Hertel: Você precisa me ajudar com as musicas.

Anna Hertel: Pode escrever algumas e depois me manda?

Alena Holland: Claro.

Coloquei nas notas no celular e havia uma nota que eu não se lembrava de ter escrito.

Quando a abri percebi que eram os trechos que Zach estava cantando na noite em que fui a casa dele.

Coloquei os trechos que consegui ouvir no Google e apareceu uma musica.

Blackbear – I Needed You.

Eu li toda a musica e o táxi parou em frente à casa da Anna.

Quando eu desci a festa já havia começado. Era perceptível pelo Dj. As pessoas na piscina e na escada...

Eu passei por todos para poder entrar na casa. Parece que havia mais gente dentro que fora.

— Onde está a Anna? — Perguntei a Ayla.

— Ela está no quarto. — Ayla falou.

— Obrigada. — Falei.

Eu subi as escadas e bati na porta do quarto antes de entrar.

Enquanto o quarto estava fechado coloquei as musicas na planilha que estava perto. Quando Anna abriu o quarto, eu entrei e Anna estava colocando uma blusa toda rasgada por cima de um sutiã preto.

— Como está lá em baixo? — Anna perguntou se olhando no espelho.

— Cheio. — Falei sorrindo e colocando uma planilha na cama dala.

— O que é isso? — Perguntou correndo até pegar a planilha. — Você fez! — Gritou.

— Você me pediu mais músicas, ai está... — Falei e ela me apertou com força durante um abraço.

— É oficial. — Falou me soltando. — Você vai ser minha assistente de festas sempre!

Eu ri e peguei a planilha da mão dela.

— Eu vou levar para o Dj. — Falei. — Vejo você lá em baixo.

— Eu amo você! — Anna gritou e eu sorri.

Quando desci as escadas algo me puxou pela cintura. Quando eu virei Thomas sorriu.

— Eu sou tão sortudo. — Thomas falou e eu sorri.

Thomas me beijou e eu o afastei.

— Eu estou trabalhando. — Falei mostrando a planilha para Thomas.

— Deus... — Thomas falou encostando a cabeça na parede. — Odeio a Hertel.

Eu sorri e o beijei.

— Eu preciso ir. — Falei e Thomas me soltou.

Entreguei as musicas ao Dj. E ele sorriu.

— Tem mais? — Ele perguntou tirando headphones e sorriu.

— A Anna é louca. — Falei sorrindo. — Vou fazer o possível para deixa-lo em paz.

— Obrigado. — Ele sorriu.

— Alena Holland. — Falei estendendo a mão. — Desculpa por atrapalhar.

— Luke. — Ele falou sorrindo. — Luke Harper.

Meu sorriso desapareceu. “Harper”? Isso só pode ser uma grande brincadeira...

Ele colocou o headphone e colocou Route 94 – My Love. Eu saí e peguei o celular que estava no meu bolso.

Entrei no Facebook e procurei Luke. Quando apareceu fui até os amigos. E lá estava Kyle Harper, como membro familiar irmão.

— Você só pode está brincando. — Sussurrei ao ver aquilo.

— Oi, Encrenca. — Max falou colocando a mão no meu ombro.

— Oi. — Falei assustada, mas quando percebi que Max me olhou estranho falei novamente. — Oi. — Falei nervosa.

Max me encarou. Eu vi que ele estava com a Brooke.

— Oi, Brooke. — Falei ainda nervosa.

— É tão bom conhecer alguém aqui. — Brooke falou sorrindo e me abraçou.

— É... — Concordei ainda nervosa. — Mas... — Pensei em alguma coisa. — Eu preciso ir.

Brooke me encarou e Max ainda fazia o mesmo desde o meu “oi”

— Se divirtam! — Falei saindo.

Acabei esbarrando em alguém e pedi desculpa. Max continuava a me encarar como se quisesse descobrir o que há de errado comigo.

Anna estava descendo as escadas e segurou meu braço.

— Meu deus! — Anna sorriu. — Isso está muito igual aos meus sonhos!

— Legal! — Falei tentando parecer divertida.

Mas Anna não notou nada já que estava preocupada demais com a festa.

— Vamos estourar garrafas no gelo como uma nevasca! — Anna falou sorrindo e saiu.

“Quê?” foi à única coisa que eu pensei antes de rir.

— Ai está você! — Nicole falou sorrindo.

— Oi, Nic. — Falei sorrindo e logo percebi que ela estava acompanhada. — E Chris...

Nic deu um sorriso como se confirmasse que estava tudo dando certo.

— Espero que vocês estejam se divertindo. — Falei sorrindo.

Nic sorriu e eu saí. Eu precisava de ar então dai da casa da Anna.

Fui até um lugar onde não havia ninguém até Sarah passar e notar minha presença.

— Ei... — Sarah falou correndo até me encontrar. — Está tudo bem?

— Estou bem. — Falei sorrindo. — Você... — Falei tentando recuperar o folego que não sabia que havia perdido. — Você está linda.

Sarah sorriu e me encarou.

— Aconteceu alguma coisa? — Insistiu.

— Não. — Sorri. — Nada.

— Então... Vamos para festa? — Sarah perguntou pegando minha mão.

Eu confirmei com a cabeça. Sarah me levou de volta para festa. Quando cheguei lá eu vi uma pessoa que havia muito tempo que não encontrava. Ao lado de Thomas estava Will. Sarah talvez não tenha percebido, mas notei que ela havia notado a presença dele, pois senti um aperto na minha mão. Sarah parecia aterrorizada.

— Você está bem? — Perguntei.

— Nos nunca conversamos sobre o que aconteceu. — Sarah falou me encarando. — Não consigo olhar para ele. — Sarah parecia implorar por ajuda.

Eu continuei segurando a mão dela e peguei meu celular com a outra mão.

Alena Holland: Acha que pode tirar Will daqui?

Eu encarei Thomas e quando ele recebeu a mensagem me encarou.

Thomas Campbell: Aconteceu alguma coisa?

Alena Holland: (W e S) Acha que pode tirar ele daqui?

Voltei a encarar Thomas.

— O que está fazendo? — Sarah perguntou puxando meu braço. — Não o encare!

— Estou esperando uma resposta. — Falei para Sarah.

Quando Thomas olhou o celular ele voltou a me encarar.

Thomas Campbell: Não vou conseguir fazer isso à noite toda.

Quando li a mensagem procurei Thomas, mas não encontrei. Depois de alguns segundos pude o ver arrastando Will.

— Está salva agora. — Falei sorrindo.

Sarah voltou a olhar, observou todos os lugares e sorriu.

— Você é minha fada madrinha. — Falou sorrindo.

Sarah saiu e eu fiquei encarando Luke. Ele não parecia nada com Kyle... Como os dois podiam ser irmãos?

— Mais alguma coisa para pedir? — Thomas falou se aproximando com um copo.

— O que quer que seja eu preciso de um gole. — Falei pegando o copo da mão dele quando tomei senti um gosto estranho. — O que diabos é isso? — Perguntei.

Thomas riu.

— O quê? — Perguntei entregando o copo para ele.

— Você fez cara de criança quando tenta comer limão. — Falou ainda rindo.

Eu dei um soco leve no ombro dele.

— Que tipo de relacionamento é esse que você me bate? — Perguntou sorrindo. — Temos que rever algumas coisas...

Thomas me puxou pela cintura e me beijou.

Eu roubei o copo dele novamente e dei outro gole. Ainda fiz cara feia o que fez Thomas sorrir. Entreguei o copo a ele e desisti de beber qualquer coisa que houvesse álcool.

Max se aproximou com Brooke e ficamos todos juntos. Não demorou muito para Nic aparecer com Chris. Chris foi pegar uma bebida para Nic e Max saiu para dançar com a Brooke — que parecia finalmente feliz. — Thomas estava atrás de mim com a mão na minha cintura.

— Quem é ela? — Nicole perguntou no meu ouvido.

— Quem? — Perguntei.

— A garota com o Max. — Nic falou.

— Ah... — Falei sorrindo. — É a Brooke.

— Brooke? — Nicole perguntou. Pareceu chateada.

— Ela é um amor. — Falei.

— Ela parece uma anã. — Sorriu.

Eu encarei Nicole.

— Max está saindo com alguém e você precisa lidar com isso. — Falei. — E ela é apenas alguns centímetros menores que eu.

Eu saí tão rápido e Thomas me encarou. Eu voltei para casa e para pegar água. Esbarrei com Jason pelo caminho. Ele não falou nada.

— Ei... — Falei sorrindo e ele retribuiu o sorriso. — Você está bem?

— Sim. — Falou e eu não precisei de muito esforço para perceber que era mentira.

— Você mente muito mal. — Falei sorrindo.

— E você me fez lembrar que me deve uma dança. — Sorriu.

— Eu sinto muito. — Falei colocando a mão na cabeça. — Mas não estou me sentindo tão bem...

— Você está sentindo alguma coisa? — Jason perguntou. — Quer que eu chame alguém?

— Não... — Falei sorrindo. — Está tudo bem. — Menti. — É só minha cabeça.

— Talvez seja o som. — Jason falou. — É melhor ir para um lugar mais calmo. 

— Acho que não existe lugar calmo nessa casa. — Falei sorrindo. — Mas vou procurar. — Falei.

Jason sorriu e eu saí. Eu subi as escadas até o quarto da Anna, mas estava fechado. Então fui tentando abrir todas as portas. Já havia tentado todas as portas do andar, havia apenas a ultima do corredor. Quando tentei abrir não precisei fazer muito esforço. Quando abri Liam estava olhando o céu na varanda. Talvez o barulho tenha entrado no quarto já que assim que abri Liam virou-se e me encarou. Ele sorriu e eu fiquei sem graça.

Liam estava com uma calça de moletom e uma camisa de malha azul.

— Eu sinto muito. — Falei voltando e fechando a porta.

— Ei... — Liam falou e eu parei. — Você está bem?

— Sim. — Falei.

— Você acabou de abrir a porta do meu quarto do nada, tem certeza que está bem? — Sorriu.

— Eu sinto muito. — Falei entrando e fechando a porta. — Eu só precisava...

— Quem falou que você podia entrar? — Falou serio.

Meu coração bateu mais rápido.

— Eu sinto muito. — Falei abrindo a porta.

— É brincadeira. — Liam falou rindo.

Eu parei em frente à porta e me virei para poder encarar ele.

— Você quer me matar? — Perguntei sorrindo.

— Você que abriu a porta do meu quarto no meio da noite, Srta. Holland. — Brincou.

— Eu sinto muito. — Falei sorrindo.

Até aquele momento eu não havia observado o quarto. Era tão grande... Havia algumas prateleiras com carrinhos e bonecos... Algumas fotos pela parede e outras em porta retratos. Eu me aproximei de uma das fotos. Era um garotinho loiro ao lado de uma garotinha com longos cabelos castanhos... Era Liam e Anna.

— Você era tão fofo. — Falei sorrindo e pegando outra foto.

— O.k., afaste-se dai. — Liam falou sorrindo.

Havia outras fotos de Liam com um homem e uma mulher... Tantas fotos...

Eu observava cada foto com o mínimo cuidado. Até Liam puxar uma delas da minha mão.

— Já chega. — Liam falou sorrindo e escondendo a foto.

— Esse cara... — Falei apontando para foto. — É seu pai?

— O mais perto que eu cheguei a ter. — Liam sorriu.

Eu não havia entendido bem então continuei encarando Liam.

— É o pai da Anna. — Liam falou. — É uma longa historia.

— Oh... — Falei lembrando que Anna já havia me contado. — Sua mãe casando com o pai dela...

— É. — Liam confirmou com a cabeça e colocou a foto no mesmo lugar. — Depois que eles se separaram ele ainda me trata como filho. — Sorriu. — Mas a Anna me odeia.

Eu sorri.

— Você tem problemas familiares... — Falei sorrindo. — É totalmente aceitável para ser meu amigo.

Liam riu.

Thomas Campbell: Onde você está?

Thomas Campbell: Já procurei você por todos os lugares.

— Eu preciso ir. — Falei olhando meu celular.

Liam deixou escapar um sorriso triste.

— E eu preciso voltar a... — Liam falou apontando a varanda. — A... — Parecia procurar uma palavra para encaixá-la na mentira.

— Porque você não desce? — Sorri. — Aproveita a festa...

— Anna concordou que eu podia ficar aqui se ficasse longe o suficiente de todos. — Sorriu. — Já quebrei o acordo.

— Ela nunca vai saber. — Falei sorrindo. — Eu juro.

Liam sorriu e voltou a caminhar em direção à varanda eu fiz o mesmo, mas com direção contraria.

Alena Holland: Eu já estou voltando.

— Foi bom ver você, Liam. — Falei sorrindo enquanto fechava a porta e ele riu também.

Quando abri a porta desci as escadas o mais rápido possível.

Thomas estava passando então eu o segui.

Thomas Campbell: Sério, Alena.

Thomas Campbell: Onde você está?

Eu sorri ao ver seu desespero.

— Você fica um fofo preocupado. — Falei sorrindo.

Thomas virou e me encarou.

— Graças a deus! — Thomas falou sorrindo.

Quando Thomas me abraçou pude sentir o cheiro de Uísque.

— A sua pele está exalando uísque de longe. — Falei sorrindo.

Thomas sorriu e me beijou. Não consegui ficar muito tempo com Thomas já que Max o puxou de mim.

— Nic está procurando vocês dois. — Max falou com um copo na mão.

— O quê? — Thomas perguntou desinteressado. Eu ri.

— É a nossa música. — Max falou abraçado com Thomas.

Thomas parou para escutar a música.

— BECAUSE WE... — Thomas gritou e Max completou.

— ARE... — Max gritou.

— YOUR FRIENDS! — Os dois gritaram em uníssono. — YOU’LL NEVER BE ALONE AGAIN!

— OOH, COME ON! — Thomas gritou.

— OOH, COME ON! — Max gritou.

Eu ri com os dois cantando abraçados.

Max saiu arrastando Thomas que me puxou. Quando chegamos lá fora vimos Nicole pulando cantando a mesma coisa que Max e Thomas. Sarah se juntou rapidamente.

— BECAUSE WE ARE YOUR FRIENDS, YOU’LL NEVER BE ALONE AGAIN! — Todos os quatro gritaram e eu ri.

Thomas se afastou e veio em minha direção. Thomas me abraçou e me fez pular junto com ele. Conseguia sentir sua respiração falhar entre a fala e os pulos. Anna, Ayla e Mary Louise se juntaram e nos tiramos uma foto.

Max ao lado de Brooke, Thomas ao meu lado, Nic abraçando Sarah, Ayla e Anna sorrindo e Mary Louise ao outro lado de Max. Chris tirou a foto.

Quando acabamos de tirar a foto Thomas me encarou e sorriu.

— Eu estou tão feliz por ter você. — Thomas falou e me beijou.

Quando ele se afastou eu sorri e olhei para câmera novamente. Foi então que eu vi quem estava ali. Zach estava me encarando.

— Bryant? — Anna gritou e correu para abraçá-lo.

“Isso só pode ser brincadeira” Pensei. Thomas segurou minha mão e pareceu não notar a presença de Zach. Ele continuava cantando ao lado de Nicole. Max me encarou e logo percebeu que eu não estava olhando para Thomas... Ou Nicole... Ou em qualquer direção. Meus olhos estavam paralisados em Zach ao lado da Anna.

Quando Thomas parou de cantar com Nic percebi que a musica havia acabado. Thomas me encarava e logo encarou o lugar para onde eu estava olhando, Thomas notou a presença de Zach.

— Você está bem? — Thomas perguntou me encarando e mexeu no meu cabelo.

— Sim. — Falei sorrindo encarando ele.

Eu respirei fundo e continuei sorrindo para Thomas. Thomas voltou a encarar Zach e ele fazia o mesmo com Thomas. Zach acenou e se aproximou.

“Deus”... Foi tudo que eu pensei naquele momento.

— Oi, Cindy. — Zach falou. — Você está linda. — Sorriu. — Thomas... — Falou cumprimentando Thomas.

— O que está fazendo aqui? — Thomas perguntou encarando Zach.

— Vai ficar feliz em saber que eu fui convidado. — Zach sorriu. — Não se preocupe, não estou aqui pela sua namorada.

Meu coração se despedaçava ao ver Zach sorrir falando tudo aquilo.

Thomas segurou minha mão um pouco mais forte, talvez tenha percebido o quanto Zach ainda me afetava.

— Bom... — Zach falou colocando as mãos no bolso do casaco. — Se divirtam! — Sorriu.

Zach saiu e eu não consegui ficar ali.

— Eu já volto. — Falei saindo.

Eu voltei para casa e fui até as escadas. Sentei no ultimo degrau do andar de cima. Fiquei sentada lá por um curto intervalo de tempo.

— Oh deus! — Liam falou assustado. — Você me assustou.

Eu olhei para Liam e logo depois voltei a olhar o andar de baixo.

— Você está bem? — Perguntou sentando-se ao meu lado no degrau.

— Meu ex. namorado apareceu. — Falei. — Não sei se esse é o termo certo. “Ex. Namorado”? Ele falou que não tínhamos uma relação exclusiva...

— Bem... — Liam sorriu triste. — Tente não beijá-lo na frente de todos assim como aconteceu comigo.

Eu sorri e coloquei minha cabeça no ombro de Liam.

— Estou tão perdida. — Falei sorrindo.

— E eu com fome. — Liam sorriu.

Eu ri. Meu celular vibrou e eu o peguei.

Oliver Holland: Tente não demorar muito.

Oliver Holland: Já está tarde.

— Seu irmão? — Liam perguntou.

Alena Holland: O.k.

— Sim. — Confirmei com a cabeça. — Você vai pegar algo para comer? — Perguntei afastando minha cabeça do ombro dele.

— Vou tentar ser o mais ninja possível. — Sorriu. — Se a Anna me pegar andando por ai não vou precisar comer nunca mais.

Eu sorri e Liam saiu.

Thomas Campbell: Vou anotar quantas vezes você sumiu hoje.

Eu ri ao ver a mensagem.

Alena Holland: Estou bem.

Alena Holland: Não precisa se preocupar.

Thomas Campbell: Se Zach não estivesse com Max nesse exato momento pensaria que vocês estavam juntos.

Alena Holland: Você é tão ciumento, Campbell.

Guardei o celular desci as escadas.

Quando cheguei lá em baixo Thomas estava brincando com o cabelo da Sarah.

— Já está bêbado? — Perguntei sorrindo.

— Ele ama meu cabelo. — Sarah falou empurrando a mão de Thomas.

— É tão fino... — Thomas falou puxando uma pequena parte.

— Pare! — Sarah falou sorrindo.

Eu ri.

Escutamos uma briga perto da piscina e empurram uma garota. Eu não consegui ver quem era, mas Thomas com certeza viu. Thomas correu até a parte da piscina onde a menina estava. Eu fiquei paralisada. Thomas ajudou a menina a sair da piscina e todos ficaram olhando. Quando a garota virou pude reconhecer o cabelo preto e os olhos azuis brilharem. Era Nina.

Thomas abraçou Nina e a ajudou a sair daquele lugar. Todos voltaram a dançar. Eu fui atrás de Thomas e Sarah fez o mesmo.

Thomas subiu as escadas com Nina e eu fiz o mesmo com Sarah.

— Os quartos estão fechados. — Falei me aproximando.

— Eu vou chamar a Anna. — Thomas falou. — Pode ficar de olho nela, por favor. — Pediu.

Eu concordei com a cabeça e encarei Nina. Eu fui até o quarto de Liam e bati na porta. Liam abriu assustado e me encarou.

— Oi. — Falou acenando para as meninas. — No que você está pensando? — Perguntou.

— Preciso de uma toalha. — Falei.

Liam entrou e fechou a porta. Depois de alguns segundos ele abriu e me entregou uma toalha.

— Espero que suas amigas guardem segredos. — Liam falou sorrindo.

Eu sorri e ele fechou a porta.

— Pegue. — Falei entregando a toalha a Nina.

— Obrigada. — Ela falou sorrindo.

Sarah me encarou.

— É melhor eu achar o Thomas. — Sarah falou.

Quando Sarah virou-se Thomas estava ao lado de Anna.

— O.k. — Anna falou procurando a chave. — Eu confio apenas na Alena. — Falou. — Ela fica no quarto com Nina e a S vai me ajudar a achar o louco que fez isso com você. — Anna falou encarando Nina.

— Acho melhor você levar a Alena. — Thomas falou.

— Eu falei que confio apenas nela. — Anna falou. — Então sua opinião não influencia em nada aqui.

Anna me entregou a chave e eu entrei com Nina. Thomas me encarou antes que eu pudesse fechar a porta.

Nina parecia chateada ou triste...

— Eu vou procurar uma roupa para você. — Falei mexendo nas coisas da Anna.

Nina tirou a blusa e eu pude ver uma grande cicatriz em seu ombro. Ele tentou esconder colocando o cabelo por cima. Eu continuei procurando alguma roupa e tudo que podia imaginar era como aquilo aconteceu? Uma coisa grande como aquela cicatriz não é feita por qualquer coisa.

A única camisa de manga que eu achei era um moletom.

— O moletom foi o único que eu achei... — Falei. — Você parece não querer que ninguém veja...

— Obrigada. — Nina falou pegando o moletom da minha mão.

— Como... — Queria perguntar, mas Nina pareceu perceber antes que eu terminasse a frase.

— Meu pai. — Nina falou. — Na primeira vez que meu pai me bateu, eu tinha sete anos. — Respirou fundo colocando o moletom. — Na segunda, oito anos. — Ela colocou o moletom e prendeu o cabelo. — Foi quando aprendi que garrafa machuca mais que um punho.

— Nina, eu...

— Ele dizia que estava tentando me ensinar uma lição. — Ela falou e pude ver seus olhos se enxerem de lagrimas. — Devo ter demorado a aprender, porque as lições nunca pararam.

— Sinto muito, Nina. — Falei.

— É... — Nina falou sorrindo. — Está tudo bem agora. Eu conheci o Thommy e a mãe dele me ajudou.

Eu sorri e Nina retribuiu o sorriso.

Nina andou até a porta e a abriu Thomas estava me encarando.

— Graças a deus as duas estão vivas... — Thomas falou tirando a mão da cabeça e eu sorri.

— Ela é um amor. — Nina falou apontando para mim.

— Eu já lhe falei isso. — Thomas falou sorrindo. — Você está bem? — Perguntou.

— Sim. — Ela falou sorrindo. — Mas é melhor eu ir para casa.

— Eu apareço por lá amanhã. — Thomas falou sorrindo.

Nina abraçou Thomas e saiu.

— Então... — Thomas falou se aproximando de mim. — Você ajuda minhas amigas agora?

— O que eu não faço por você, Campbell? — Falei mexendo no cabelo dele.

Thomas sorriu e me beijou. Eu guardei a chave do quarto da Anna no meu bolso e Thomas me levou para o andar de baixo.

Quando chegamos lá em baixo, Anna estava dançando com Zach então continuei com a chave no bolso para não atrapalhar.

Thomas tentou me fazer esquecer Zach a noite toda, mas a verdade é que o resto da noite eu passei pensando que em vez da Anna poderia ser eu... Fazendo-o sorrir... Dançando...

— Alena! — Max falou perto de mim.

— O quê? — Perguntei.

— Eu já chamei você duas vezes... — Max falou sorrindo. — Tem alguma coisa tirando sua atenção?

— Minha atenção? — Perguntei nervosa. — Tirando minha atenção? — Eu ri nervosa. — Não...

— Você está bem? — Brooke perguntou.

— Sim. — Falei sorrindo.

— Você não parece bem. — Max sorriu.

— Eu preciso de uma água. — Falei me afastando.

— Eu só queria falar tchau. — Max sorriu.

— Eu falo com você depois. — Acenei sorrindo.

Eu saí o mais rápido possível e entrei na cozinha. Não havia ninguém lá. Foi então que eu vi Jackson conversando com Ayla.

— Oi, estranha. — Jackson falou e eu pude sentir o cheiro de uísque sair de sua boca.

— Oi. — Falei sorrindo. — Eu preciso pegar uma água. — Falei abrindo a geladeira.

— E eu preciso pegar meu casaco. — Ayla falou sorrindo e saiu.

Jackson se aproximou de mim. Ele me encostou na geladeira... Eu pude sentir meu corpo todo tremer.

— Jack? — Perguntei e minha voz falhou.

— Você está tão linda hoje... — Jackson falou e eu fiquei um pouco enjoada com seu hálito...

— Jackson... — Falei tentando empurrar Jackson.

Jackson era mais forte que eu então não pude fazer muita coisa. Jackson me beijou e enfiou a língua dentro da minha boca. Eu tentei empurrar ele novamente.

Jackson não queria se afastar então eu comecei a bater em seu corpo. Jackson beijou meu pescoço e tudo aquilo estava me deixando enjoada. Ele segurou minha mão para que eu não pudesse bater nele.

— Pare! — Gritei.

Jackson me apertou e foi descendo a mão pelo meu corpo.

— Pare! — Gritei novamente e uma lagrima caiu pelo meu rosto.

Naquele momento todas as minhas lembranças voltaram... As lembranças com Noah, ele estava tão chapado como eu... Andamos ate o apartamento dele e tudo aconteceu...

— Pare! — Gritei novamente.

Não demorou muito para alguém chegar empurrando Jackson. Eu deslizo pela geladeira chorando até cair no chão da cozinha. Pude ver Jackson ser socado por Zach várias vezes seguidas.  

— Oh meu deus... — Falei chorando.

Jason chegou e puxou Jackson das mãos de Zach. Não demorou muito para cozinha encher. Não via ninguém conhecido...

— Não lhe ensinaram como tratar uma garota? — Zach perguntou voltando a esmurrar Jackson.

— Alena! — Nicole falou correndo até onde eu estava.

Thomas apareceu e ajudou Jason a separar Jackson de Zach.

— Você é louco? — Thomas perguntou segurando Zach pela camisa.

— Ele estava com sua namorada à força, seu estupido. — Zach falou segurando o braço de Thomas.

Thomas me olhou... Eu estava no chão chorando ao lado de Nicole...

Thomas partiu para cima de Jackson, mas Jason ajudou Jackson a sair.

— Eu prometo que cuido dele. — Jason falou.

— Ele precisa ser levado à delegacia! — Thomas falou, mas Zach o segurava pela camisa.

— NÃO! — Gritei. — Por favor, nada de policia!

Zach viu meu estado e largou Thomas. Minhas lagrimas continuavam a cair.

— O show acabou! — Nicole gritou para todos saírem da cozinha.

Thomas me encarava em pé ao lado de Zach. Thomas saiu pelo mesmo lugar que levaram Jackson.

— Nic... — Falei. — Não o deixe fazer nada estupido. — Implorei e Nicole levantou-se e saiu atrás de Thomas.

Zach continuou em pé me encarando. Eu continuei chorando e Zach sentou-se no chão e me abraçou.

— Ei... — Zach falou mexendo no meu cabelo. — Você vai ficar bem agora...

Zach beijou minha cabeça e me apertou mais forte.

— Eu juro. — Zach falou. — Você vai ficar bem.

— Obrigada. — Falei entre os soluços. — Obrigada.

Zach continuou me abraçando forte...

— Oh, Cindy... — Zach falou limpando meu rosto. — Eu sinto tanto...

Eu não conseguia parar de chorar... Tudo que eu sentia naquele momento era horrível. Uma explosão de sentimentos ruins... Eu sentia como se meu corpo fosse desmoronar, minha vida toda tivesse acabado de cair e quebrado quando encostou-se ao chão...

Não demorou muito para que Thomas voltasse ao lado de Nicole. Zach me soltou e levantou-se. Thomas me ajudou a levantar e me abraçou o mais forte possível. Zach encarou aquele momento e foi como uma tapa da realidade no meu rosto... Eu não estou com ele... Estou com Thomas. Zach sentiu a mesma coisa já que saiu logo em seguida.

— Eu quero ir para casa. — Falei nos braços de Thomas.

— Claro. — Thomas falou beijando minha cabeça.

Nic sorriu triste e eu saí ao lado de Thomas. Eu fiquei perto da piscina ao lado da Anna enquanto Thomas saiu para pegar o carro.

— SOCORRO! — Alguém gritou correndo.

Jason estava correndo e sua camisa estava cheia de sangue.

— Oh meu deus! — Anna falou correndo até Jason.

Eu corri em direção a Jason também.

— Jason! — Falei.

Anna ajudou Jason e eu pude ver a quantidade de sangue que estava saindo por sua camisa.

— O que aconteceu? — Anna perguntou.

— Alguém... — Jason falava tentando recuperar o folego. — Alguém me atacou e...

— E? — Anna perguntou.

Eu observei todos os lados e não vi Jackson.

— Onde está o Jackson? — Perguntei.

— Ele... — Jason falou... Ele respirou fundo. — Ele morreu.

Escutamos um grito e corremos. Quando chegamos Ayla estava ao lado do corpo de Jackson.

— Oh meu deus. — Falei me aproximando.

Havia vários buracos no corpo de Jackson... Seus olhos ainda estavam abertos.

Ayla me abraçou... Todos encaram o corpo de Jackson...

“O que diabos está acontecendo?” Foi tudo que eu pude pensar.