História More Than This - Fome

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De: Josh Devine
Assunto: Fome
Data: 14 de agosto de 2012 9:42
Para: Katherine Jowett

Precisamos conversar. Jantar hoje à noite?


Josh Devine, Baterista, One Direction, M!M, Sony Music Entertainment.

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Resolvi responde-lo.

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De: Katherine Jowett
Assunto: Sim.
Data:  14 de agosto de 2012 13:04
Para:  Josh Devine

Sim. Pode ser às 20h? Aonde?

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De: Josh Devine
Assunto: Fome
Data: 14 de agosto de 2012 13:06
Para: Katherine Jowett

 Pode ser, eu te busco.


Josh Devine, Baterista, One Direction, M!M, Sony Music Entertainment.

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Eu não havia percebido mas já havia chegado na recepção. Guardei o celular no bolso, ajeitei o cabelo e saí.

  - Olhem é ela – alguém gritou. E logo eu fui cegava pelos clarões.

  - Katherine olhe para nós – gritavam.

  - Cadê o Harry, Katherine? – perguntou outro.
 
  - Vamos Katherine sorria – pediu um deles.

Aí que eu percebi. Eram paparazzi! Droga! De novo não.
Os flashes me cegavam e eu tinha que cobrir o rosto.

Uma vez que os paparazzi cismam com você, eles não te largam por nada.

Eu tentava ir até perto da pista para pegar um táxi, mas eles se colocavam na minha frente bloqueando minha passagem.

  - Vocês por favor, podem me deixar passar? – pedi tentando ser educada.

Mas eles continuavam falando e nada de saírem da frente.
  Eu me irritei com aquela situação para lá de desagradável e empurrei-os abrindo passagem. Fui até a pista e dei sinal para um táxi que passava. Droga, já estava ocupado. Tive que esperar outro táxi enquanto era cegada pelos flashes. Demorou no mínimo três minutos até que um táxi livre passasse.
  Uma vez já dentro do táxi eu não sabia para onde ir.

  - Me leve a uma auto-escola, pro favor – pedi.

Eu precisava resolver todos os meus problemas, começando agora.

Eu só me perguntava como os paparazzi sabiam meu nome.

Katherine, eles são paparazzi, são pagos para tirarem fotos e saberem de tudo, resmungou meu subconsciente.

  Inscrevi-me em uma auto-escola perto de casa e graças a Deus já iria começar com aulas teóricas depois de amanha.
 Pretendia arrumar um emprego. Um emprego não exatamente fixo. Droga não vai ser fácil. Mas tarde irei conversar com minha tia sobre isso.

 Já se passavam de 17h e estava chovendo forte. Resolvi ir para casa.

Dona Ally estava na cozinha fazendo a janta.

  - Olá, tudo bom? – perguntei enquanto ia a geladeira pegar água.

  - Tudo bem, e com a senhora? – ela perguntou com sua voz de soprano.

  - Por favor, me chame de Kath – pedi – estou ótima – disse enquanto saia da cozinha.

Depois de um longo banho resolvi usar uma roupa bem simples e prática.
  Fui ate o closet enrolada em uma toalha e procurei uma roupa qualquer. Depois de vestida resolvi aproveitar meu cabelo molhado para fazer bob nas pontas. Depois de pronto fiz uma maquiagem básica. Procurei uma bolsa para levar as chaves, celular, carteira e guarda-chuva.
  Eu estava tão simples que decidi ir de salto para não ficar tão desarrumada. 

  Sentei me no sofá e esperei por Josh. Eram 19:49.

Ligação on*

- Alô Katherine? – perguntou uma voz masculina.

- Sim – respondi.

- É o Josh, já está pronta?

 - Sim.

- Então vem, estou te esperando aqui embaixo.

Ligação off*

Eu corri até meu quarto e peguei o primeiro casaco que vi. Pus meu salto, peguei meu casaco e vesti-o enquanto corria tropeçando até o elevador.

  Ele estava parado do lado de fora de seu carro, segurando um buque de flores.
  Praticamente corri até ele.

  - Obrigada – agradeci enquanto ele me entregava as flores.

  - Você está linda – elogiou.

  - Obrigada... De novo – sorri sentindo o sangue fluindo para minhas bochechas.

  Ele abriu a porta do carro para mim. Eu entrei batendo a porta e logo ele estava dando a partida.

  - Aonde vamos? – perguntei.

  - Surpresa – ele sorria.

  - Ah, conta – pedi.

  - Só quando chegarmos.

  - Isso não é justo – cruzei os braços.

  - A ida não é justa. Ninguém nunca te disse isso? – eu podia ouvir o tom brincalhão em sua voz.

  - É, eu acho que já ouvi isso em algum lugar – entrei na brincadeira.

  - Então, você já deveria saber.

  - Eu tinha esperanças de que fosse diferente, por isso finjo que não sei – dou de ombros.

  - Entendo. E então... O que você faz da vida? – ele perguntou.

  - Hm... Eu estudo – ou estudava, pensei.

  - Ah sim, e o que você quer ser quando crescer?

  - Não sei se é possível crescer mais que isso – brinquei.

  Ele riu.

  - Quando você terminar os estudos – perguntou divertido.

  - Acho que atriz. Eu gosto de atuar. Embora seja uma péssima mentirosa – sorri.

  - Ainda não posso dizer que você é uma péssima mentirosa, porque você ainda não mentiu para mim... Ou eu acho que não... – nós rimos – Mas você é ótima para me fazer rir.

  - Pelo menos nisso eu sou boa.

  - Ah, é uma qualidade sua. Então, você gosta de atuar? Interessante – ele parecia pensativo.

  - De dançar também. E principalmente fazer os outros rirem, não se esqueça disso.

  - Com certeza não esquecerei.

  - Já estamos chegando? – perguntei angustiada.

  - Sim. Sua curiosa – ele sorria.

Soltei um som de surpresa e indignação.

  - Não acredito que você me acusou de ser curiosa – tentei parecer indignada mas logo caí na gargalhada.

  - Bela atuação – disse irônico.

  - Bela atuação mesmo, afinal a atriz é bela – disse sarcástica.

  - Ai meu Deus! Quanto convencimento para uma pessoa só! – respondeu mais sarcástico que eu.

  - Bobão! – reclamei

  - Chegamos.

Ele logo saiu do carro dando a volta no mesmo para abrir a porta para mim. Ele não era como o Harry.

  - Obrigada – disse assim que saí do carro, deixando as flores em cima do banco.

Adentramos o restaurante simples, porém bem decorado. Posso dizer que eu amei o lugar.
Ele puxou a cadeira para que eu sentasse.

  - O que ai querer? – perguntou enquanto sentava-se de frente para mim.

  - Hm, deixe-me ver – respondi enquanto olhava o cardápio.

Pedi a primeira coisa que vi e logo depois ele pediu.

  - E então. Há quanto tempo mora em Londres? – perguntou.

  - Três... quatro, talvez cinco dias. Não sei bem. – respondi enquanto tirava o casaco.

  - Sério? Então você não conhece nada daqui? – perguntou.

  - Tecnicamente não.

  - Vai ficar aqui por quanto tempo?

  - Nossa já quer me expulsar? – ri.

  - Claro que não. Só queria saber quanto tempo eu ainda tenho com você – ele disse.

  - Ah sim. Você trabalha?

  - Sou baterista da One Direction.

  - Nossa que legal.

Nós conversamos durante um bom tempo. Jantamos e conversamos sobre o Brasil. Ele disse que as únicas coisas que conhecia era o Cristo Redentor, pão de açúcar e a lapa que conheceu assistindo amanhecer parte 1.

  - Podemos ir? – perguntou quando eu terminei de tomar o sorvete.

  - Podemos.

 Ele pegou o meu casaco e segurou-o para que eu o vestisse. Logo depois entregou-me a minha bolsa.

Ele pagou tudo e nós fomos para o carro. Agora estava chovendo de novo.

  - Gosta de chuva? – perguntou enquanto me levava para casa.

  - Prefiro o sol.

  - Você não é muito bronzeada...

  - Não curtia muito a praia. Já estava enjoada. Mas bem que eu queria ir a praia agora.

  - Eu também tenho vontade de ir a uma praia no rio...

  - Eu bem que poderia te levar.

  - Eu adoraria.

  - Tenho certeza que sim, até porque estaria na minha presença.

  - Cof cof, convencida.. cof cof – brincou.

  - Atchindiota. – fingi espirrar enquanto chamava-o de idiota.

  - Nossa! Não acredito nisso.

  - O que foi? – perguntei assustada.

  - Você me chamou de idiota? – perguntou fazendo biquinho.

  - Sim.

  - Fiquei chateado.

  - Ah...

  - Se você me der um beijinho... talvez eu possa te perdoar – ele disse com a voz tristonha.

  - Está tentando barganhar comigo Josh?

  - Acho que sim – ele riu – mas se você der um beijinho, eu te perdôo.

  - Quem disse que eu quero seu perdão? – ri histericamente.

  - Ah, isso não se faz. Chegamos.

  - Bom, então até amanha. Obrigada pela janta, pelas flores... – ele não deixou que eu terminasse de falar.

  Logo sua boca estava colada na minha enquanto me beijava lentamente. Sua mão estava na minha nuca e eu retribui o beijo.
 Eu me sentia meio tonta e ofegante quando terminamos o beijo.

  - Até amanhã Josh.

  - Até amanhã Katherine – respondeu.

Peguei minha bolsa e minhas flores e segui até a porta do prédio cambaleante.
Uau, Josh.

Os dias se passaram, e eu fazia o máximo que podia para evitar Harry, e posso dizer que na maioria das vezes consegui evitá-lo com sucesso, passaram se o que? Uma semana? Que dia é hoje mesmo? Sexta? E era lógico que eu acabei vendo a sua coletiva de imprensa na internet; ele fez de tudo para livrar o lado dele. Eu havia começado as minhas aulas teóricas na auto-escola e já teria que fazer prova domingo.
  Eu continuei saindo com o Josh ao longo da semana, a cada dia que se passava estávamos mais próximos um do outro.