Minha cabeça doí e meu coração está acelerado, estou me sentindo tão bem, leve e mais apaixonada do que nunca se isso é possível.
Minha cabeça lateja de culpa e raiva, queria ter voltado lá é ter visto a reação de Harry ao ler a carta e raiva por Matt e Gemma por terem atrapalho o inesperado que poderia vir a ocorrer. Não sei se amo o inesperado, mas o inesperado com Harry eu amo!
Estou quase em casa, na verdade contando os minutos para chegar. Uma música clássica tocava no rádio do táxi e eu se estivesse em dias normais já estaria dormindo.
Enquanto subia meu celular tocou e atendi esquecendo de olhar o número.
- Achei que nunca mais iria me atender – Quando ouvi aquela voz soltei uma gargalhada divertida que vez a jovem que subia comigo rir de mim.
- Zayn! Que saudade cara, achei que você não iria me ligar nunca mais – dramatizei.
- Jurava que no mínimo você atenderia gritando e me culpando por tudo. – ele disse o final num tom mais baixo e eu adotei uma postura mais certa ao lembrar.
- O problema é seu. Eu não sabia de nada, coitada da sua namorada, ela parece ser uma ótima pessoa e você brincou feio com ela! Não estou nem ai, não vou perder sua amizade por isso. Na verdade eu espero que não! – falei num tom sério.
Mas eu não sou seria. Acho que foi nisso que ele achou graça.
Nós rimos ao telefone.
- Um dia a gente marca de nos encontrar para você me contar do Brasil! – Disse ele animado.
- Ah sim! E você pra me contar como vai contar tudo pra sua namorada, ou como vai esconder tudo dela.
- Às vezes eu acho que você tem problema! Ops, tenho que desligar. Beijos.
- Bei...
Desligou na minha cara, falta de educação, em plena Europa!
* Já estava coberta por mil cochas, tremendo de frio, quando Matt chegou e só passou para me dar boa noite.
Dormi à noite toda, pela primeira vez sem chorar até que as pálpebras pesem ao ponto de eu não conseguir sustentá-las.
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Povs Harry
Não podia dormir sem conseguir escrever alguma resposta decente, no fundo eu fiz o contrário do que ela me pediu em carta e usei aquelas sentenças como uma tábua de salvação, mas no fundo eu achava que alguma brasa da nossa chama ardente tinha se esvaído, meu cérebro não me tirava da mente o "eu te amo" que Kath me disse e me escreveu, eu estava tão lúcido de que aquilo ser verdade que meu maior medo e ficar bêbado de uma hora pra outra.
___________________________________________________________________________ Povs. Kath
Ninguém em sã consciência toca uma campainha tão cedo com esse frio!
Ainda está escuro lá fora, porém Matt não esta em casa.
Arrastei-me para fora da cama, ainda sonolenta e enrolada em minhas cobertas, desci a escadaria e fui atender a porta: só havia tinha um copo de café quente e cookies, uma pequena rosa silvestre e um papel dobrado, larguei minhas cobertas e fui alternado em tomar meu café e comer meus cookies enquanto lia.
" Nunca me educaram a ponto de eu conseguir fazer exatamente o que me propõem, então eu resolvi que se você não está preparada para voltar a ter o que tínhamos eu vou te ajudar com isso, e não só pelo status de ter ao meu lado uma das mulheres mais lindas e com a personalidade mais invejável do mundo mas pelo fato de eu não conseguir fazer existir sozinho esse amor que ainda se encontra sobre nós, que ainda nos faz suspirar, perder o sono, escrever cartas e cantar milhões de musicas achando que todas se encaixam perfeitamente sendo que nada que pode ser escrito consegue chegar daquilo que nos destruiu e esta tentando nos reconstruir. Estou muito mais “pé no chão”. Depois de tudo que passei. Aprendi que não devo criar tantas expectativas e nem fazer tantos planos. Mas ao mesmo tempo eu estou a sua disposição, então faça bons planos para nós. Eu sempre vou esperar por você. Com todo o amor do mundo, Harry. "
Depois de ter engasgado algumas vezes ao ler tudo o que eu não esperava, mas, desejava muito ler, resolvi fazer o que eu mais queria desde que isso tudo começou, ou melhor desde que nosso termino se esvaiu.
Corri até seu apartamento segurando a carta e pouco tempo depois ele abriu a porta e estava tão deslumbrante próximo a luz pouca que vinha da janela aberta que eu me perdi em meu improvisado discurso
- Harry eu ...
Suas mãos logo foram para minha nuca e até que enfim nossos lábios se tocaram naquela sintonia perfeita, algo como o beijo do primeiro "eu te amo", passei meus braços em volta de seu pescoço e nós beijamos enquanto sorriamos como bobos apaixonados, o que na verdade éramos.
- Te amo, Kath.
*
- Te amo, Harry. Ficamos por algum tempo aninhados um ao outro no sofá.
- Eu te amo – ele sussurrou. – Isso, sabe, nós dois aqui, significa uma segunda chance, certo?
- Não sei. Me dê um tempo – pedi.
*
Não pudemos ficar juntos por muito tempo, ele logo teve que ir ao encontro de uma rádio local que o chamara para uma entrevista.
Fui para casa e deitei no sofá enquanto relia a carta.
*
Fui sacudida pelos ombros.
- O que? – perguntei desnorteada.
- O que é isso do lado da sua cabeça? Abri os olhos.
- Hã? O que? Ah, nada – escondi a carta para que ele não pudesse ver.
- Trouxe isto – ele ergueu uma mochila preta para que entrasse em meu campo de visão.
- Liam, que isso? – perguntei ainda sonolenta.
- Vamos jogar?
- Jogar o que?
Ele ergueu a mochila e revirou os olhos.
- Jogar mochila? Isso não machuca?
- Pelo amor, Kath! – Falou como se lidasse com um portador de problemas mentais – Playstation! Vamos jogar Playstation – respondeu eufórico.
- Ah, claro.
Ajeitei-me no sofá e escondi a carta por detrás das almofadas enquanto ele ajeitava o equipamento.
- Pensei que havia se esquecido da minha existência – ele murmurou.
- Claro que não – respondi incrédula.
Depois de poucos segundos de silêncio, fiz a pergunta que não queria calar:
- Como você conseguiu entrar?
- Bom, eu fui na casa do Harry para jogar com ele, mas ele não estava, então quando eu estava quase indo embora, vi o seu irmão saindo daqui com... ele está namorando com a Gemma? – perguntou.
- Uau, muito obrigada. Fico comovida ao saber que fui sua primeira opção para jogar vídeo game – me fiz de ofendida.
- Não, ah deixa. Então, ele está?
- Pelo que eu saiba não. Meu irmão está voltando para os Estados Unidos na madrugada de amanha, não creio que estejam namorando.
- Mas tem algo rolando entre eles?
- Acho que sim...
- O Harry saber disso?
- Deve saber.
Durante uma das partidas de um jogo de corrida, perguntei:
- O que você faria se tivesse amado uma pessoa e ela tivesse errado feio com você e agora esteja tentando se redimir e você não sabe que reação ter porque ainda não confia na pessoa?
- Você está falando do Harry? – perguntou desconcentrando-se um pouco do jogo que está ganhando.
Dei de ombros.
- Eu daria uma chance para a pessoa provar que merece meu amor e confiança – respondeu.
- Obrigada. – agradeci – Pelo conselho – acrescentei.
*
Mais tarde ajudei Matt a começar a arrumar sua mala. Homens parecem furacões, havia roupas dele até debaixo da cama!
- Você só está há quatro dias aqui e mesmo assim conseguiu fazer essa bagunça – disse eu.
- Você reclama demais – queixou-se.
- Você dá motivos.
- Você é uma chata.
- Cale a boca, sabe que eu estou certa.
- Só porque você tem mania de limpeza.
- Eu não tenho mania de limpeza – bati o pé no chão como uma criança mimada, mas a essas alturas ele já estava com as mãos tapando o ouvindo enquanto cantava Lálálá
- Você não suporta ouvir a verda...
Antes que eu pudesse terminar fui interrompida pelo som estridente da campainha.
- Vá atender – ele se fez de mandão.
- Idiota – acabei rindo. Não consigo brigar com ele.
*
- Oi – tive um mini ataque cardíaco.
Ele estava tão sexy com um topete no cabelo, e não aquela franja de cachos, uma blusa branca e um casaco pesado na cor caramelo, suas calças pretas que o deixa tão sexy, mesmo que estejam surradas por tanto ser usada, e seus inseparáveis sapatos que nunca são trocados e por isso têm chulé. Mas isso é o de menos se eu mencionar o lindo sorriso que iluminava seu rosto.
- Oi – respondeu.
- Oi – disse eu sem fôlego.
- Oi – ele riu.
- Oi – ri também. – Obrigada pelo, hm, café da manhã.
- Você leu a carta? – perguntou e percebi o quão constrangido estava: seu rosto vermelho como pimenta.
- Li.
- E o quê você achou?
- Que agradeço por você não ter sido educado para obedecer o que lhe propõem – sorri.
- O que quer dizer com isso?
Mesmo que ele não tenha pedido, respondi:
- Eu lhe dou mais uma chance.
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