História Morning, Laylor - Ela está bem!

Eu não tinha certeza do que estava acontecendo então logo respondi:

Não, isso não me remete nada! -engoli seco-

Imagino que não! Apesar de bem válida ela foi descartada pelo tipo do acidente. 

Você está jogando verde comigo enquanto a Taylor está por aí Deus sabe onde?! Alguém pode me dar uma notícia boa? -me sentei-

Se acalme! Está tudo bem com ela... -se aproximou o bombeiro me consolando-

SÉRIO?! GRAÇAS! -levei as mãos ao rosto aliviada- VOCÊS NÃO TEM NOÇÃO COMO ESSA NOTÍCIA INTERFERIU NA MINHA SAUDE...

Isso é bom? -perguntou a detetive num tom sarcástico-

Eu sorri, alimentando o clima que ficava cada vez mais pesado. 

Então Prepon, é o seguinte, recuperamos o telefone celular da srta Schilling e vimos algumas mensagens da namorada, noiva, mulher não sei. Nelas continham um conteúdo um pouco ofensivo e queríamos saber de você se isso pode ou não ter alguma relação com o tal acidente.

Eu creio que não, Detetive. Se isso tem alguma relação foi o fato da Taylor estar com pressa de encontra-la para resolverem o seu relacionamento. -falava enquanto observava a detetive escrever em seu bloco de notas-

Ok..... anotado. Então você confirma que elas tinham um relacionamento homoafetivo?

Sim, confirmo.

Ok..... -anotava- namoradas?

Noivas! -disse com um peso enorme na consciência-

Qual sua relação com Taylor? 

Onde você quer chegar? -respondi antes mesmo que a detetive acabasse a frase-

O ambiente silenciou-se enquanto ela anotava.

Sua resposta foi um pouco suspeita. Você sabe ne?! 

Não acho que tenha sido, apenas perguntei! -respondi nervosa-

Vocês podem nos deixar a sós por um minutinho -dirigia a palavra para o doutor e o bombeiro-

Claro! -responderam na mesma sincronia enquanto saiam-

Observei-os sair enquanto aquela detetive super atraente se aproximava de mim.

Olha, cai entre nós, eu te acho muito linda... pode parecer um flerte, mas não! Eu só não quero ver essa beleza toda depondo, jurando falar a verdade e acabar mentido. Preciso que seja sincera comigo pra que eles acreditem em você no tribunal, caso exista uma investigação aprofundada.

Amante.

Ok -anotava-

Pode nos dar detalhes?

Não acho que seja importante...

Queremos eliminar qualquer possibilidade de suicídio.

Tivemos uma briga momentos antes do acidente. Nos encontramos, mas não para fins sexuais nem amorosos e sim para que ela contasse a verdade para sua noiva, Carrie Brownstein.

Ok..... E então?

A noiva dela cancelou o noivado, elas discutiram, Carrie disse que sairia de casa e então Taylor saiu desesperada.

Complicado...

Pode me dar informações de sua saúde? Preciso saber se ela está bem!

Desculpa gatinha, isso é com o fortão.

Pode chama-lo aqui por favor?

Não tem nada mais a nos contar? 

Não! Só sei disso.

Ok, obrigada. A manterei informada sobre a investigação -disse enquanto me entregava um papel com um número de celular-

Mas... isso é pessoal... Não residência...

Sim, é meu número.

Por que?

Só adicione na sua lista de contatos! -piscou e saiu da sala-

Enquanto o som de seu salto ficava cada vez mais distante caiba real, não sabia ao certo o que sentir então mergulhei em um mar de confusão. Até que o bombeiro entra.

Olá! -entrou sorrindo-

É tão aliviante ver esse sorriso.

Ele tem motivo! O estado da Taylor não era um dos melhores, na verdade, era preocupante. Temíamos por sua vida mas fizemos o possível e ela respondeu muito bem. Retiramos um pouco do sangue acumulado em seu abdômen fazendo com que seus órgão tivessem mais espaço para funcionar. Ela está bem, estão observando constantemente seus ferimentos e vimos uma melhora significante.

AH..... -suspirei- que notícia confortante. 

Eu espero que você também saia dessa para que possa visitar sua amiga. Ela precisa de apoio.

Sim... Ela precisa....

Ela precisa de você -sorriu o bombeiro-

Eu não tenho certeza...

Espero que o tempo seja o bastante para trazer essa certeza pra você. 

Eu também espero, de coração. 

Licença -abria a porta o neurologista- eu posso trocar uma palavrinha com a Laura?

Claro, já estava de saída -levantou o bombeiro e me abraçou- vai ficar tudo bem!

A porta se fechou deixando apenas eu e o neurologista. 

Laura... seus exames saíram....