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História Mortais e Deuses II - Capitulo 01 O Caminho Dos Filhos.


Escrita por: zariesk

Notas do Autor


“Mortais e Deuses I” foi criada por namikaze menma, eu era seu assistente no desenvolvimento, mas por motivos pessoais ele parou com a fic.
Eu recebi permissão para continua-la, quem já conhece a fic em questão pode continuar lendo esta como se fosse uma continuação direta.
Para aqueles que não a conhecem não se preocupem, esta fic pode funcionar muito bem de forma independente, mesmo assim eu recomendo que leiam a primeira parte se quiserem conhecer a história de Jashin e Kaguya como amantes.


Notas do 1º capitulo: que venha o primeiro capitulo desta historia, ele está curtinho mas é só o pontapé inicial, nas notas finais eu colocarei informações explicando qualquer coisa que ficou duvidoso, como por exemplo a diferença entre esta fic e a historia contada no mangá/anime.

Capítulo 1 - Capitulo 01 O Caminho Dos Filhos.


Fanfic / Fanfiction Mortais e Deuses II - Capitulo 01 O Caminho Dos Filhos.

Capitulo 01 – O Caminho Dos Filhos.

 

 

- O que está acontecendo? Por que a terra está tremendo? – perguntava-se um camponês.

 

Logo em seguida à centenas de metros, algo enorme brotou do chão crescendo várias dezenas de metros, as pessoas que testemunhavam o fenômeno estavam apavoradas e curiosas ao mesmo tempo.

Quando a terra parou de tremer todos viram o que realmente tinha acontecido, uma flor gigante estendia-se para cima com seu botão ainda fechado, aos poucos o botão se abria fazendo suas pétalas crescerem e revelando o seu interior.

 

- Aquilo é um olho? – perguntou uma senhora que via a flor de longe.

 

Todos concordavam que era um olho, grande e vermelho com anéis se estendendo do seu centro até a borda, o olho piscou uma vez e começou a irradiar uma luz vermelha em todas as direções, o brilho que emanava da flor se estendia por cerca de 10km ao seu redor.

Todos dentro dessa área sentiram uma vontade irresistível de continuar olhando para essa luz, e aos poucos suas consciências começavam a se esvair, traços idênticos aos da flor se manifestaram em seus olhos e assim as pessoas viraram zumbis, independente do que estavam fazendo ou o quanto era difícil essas pessoas começaram a caminha na direção da flor.

As pessoas que estavam mais próximas também começaram a andar, mas logo que chegaram próximas o bastante raízes brotaram da terra, essas raízes estendiam vinhas que se enrolavam nas pessoas prendendo-as em casulos, pouco a pouco a área ao redor da flor ficava cheia de raízes, e cada uma enfeitada com centenas de casulos.

E esse não era um fenômeno isolado, várias outras flores já tinham emergido por todo o continente, elas sempre brotavam próximas de grandes centros populacionais, vilas e até vilarejos, como se procurassem vítimas para capturar, em cada lugar a luz vermelha irradiava-se e todos eram atraídos para a flor, as pessoas não sabiam ainda, mas este acontecimento poderia levar à extinção da raça humana.

Em um local bem distante uma arvore gigantesca era o centro do mundo, a divina arvore Shinju existia há milhares de anos como um local sagrado e proibido, ao mesmo tempo em que todos a reverenciavam também a temiam, seus galhos mais altos tocavam as nuvens, mas o interior da sua copa estava um pouco abaixo.

E no centro dessa copa uma figura feminina observava o mundo, seus olhos podiam alcançar distancias longínquas ao se concentrar e observar a proeza do seu trabalho.

 

- Ainda não, ainda falta muito para ficar perfeito – dizia a mulher em trajes brancos puros – ainda falta muito para este mundo virar um belo jardim.

 

Outrora ela já foi chamada de deusa coelho, tudo por causa da pele quase branca e os dois chifres que lembravam orelhas de coelho, quando ela chegou a este mundo quebrou o maior tabu de todos e consumiu o fruto da arvore Shinju, graças a isso Otsuki Kaguya ganhou poderes que só poderiam ser chamados de divinos.

Com seus poderes Kaguya pôs fim à todas as guerras e conflitos nesse mundo, declarou-se soberana e ergueu um reino majestoso, enquanto aqueles que a serviam desfrutavam de um paraíso aqueles que se rebelavam encontravam a aniquilação, por causa disso ela também foi apelidada de demônio.

Por décadas Kaguya governou absoluta esse mundo sem oposição, as pessoas até já tinham se acostumado com a deusa que governava o mundo, mas Kaguya em algum momento relaxou e deixou as pessoas livres para viverem como queriam, e não precisou mais que uma década de sua ausência para que pessoas gananciosas voltassem a disputar o espaço vazio no poder, como consequência as guerras retornaram.

Kaguya ficou extremamente furiosa com isso, o povo que cuspiu em sua bondade voltava a destruir o belo mundo que a acolhera, diante de tamanha ousadia Kaguya decidiu que a humanidade não era mais necessária.

Agora ela estava ligada à arvore Shinju através de uma raiz conectada em suas costas, comandando a arvore divina Kaguya lançou mão do seu plano de controlar todos os humanos, primeiro ela usaria o seu poder para capturar suas mentes, em seguida aprisionaria seus corpos para transforma-los mais tarde, o ápice do seu plano seria povoar a terra com uma raça de seres que lhe seriam absolutamente leais e não destruiriam esse mundo.

 

- Kaguya... – disse uma voz aproximando-se.

- Oh! Jashin meu amado, você veio! – disse Kaguya com os olhos refletindo emoção.

 

Kaguya desconectou-se da raiz e foi direto para os braços do seu amado, Jashin foi o humano pelo qual Kaguya apaixonou-se, foi o homem que lhe deu amor e a fez mais humana, e agora ele estava aqui do seu lado no topo da arvore Shinju.

Jashin era apenas um soldado que serviu em seu palácio sagrado, um homem sem grandes ambições e que nunca vira a deusa pessoalmente, decidido a ao menos ter um vislumbre dela Jashin esgueirou-se pelo palácio até encontra-la, Jashin quase foi morto por ela, mas após conversarem eles se aproximaram, e com o tempo o amor nasceu entre eles.

 

- O que houve? Você está diferente – dizia ela observando-o de cima a baixo – e esse chakra...

- Nossos filhos me emprestaram o poder deles – respondeu Jashin – para que eu pudesse chegar até aqui e vê-la.

- Ah meu amor, se você queria estar ao meu lado bastava dizer – disse ela encostando a cabeça em seu peito – eu teria lhe trazido junto.

- Eu soube o que você estava fazendo – respondeu ele abraçando-a com força.

- Sim meu amor, apenas espere mais um pouco certo? – pedia ela com um sorriso caloroso – creio que não devo levar mais que dois dias, em apenas dois dias eu vou purificar o mundo.

 

Kaguya parecia dançar enquanto pensava nisso, seus pés mal tocavam o chão enquanto ela girava o corpo, só de imaginar um mundo livre de impurezas a fazia feliz como uma criança.

 

- Os meninos me explicaram o que você estava fazendo, seu plano vai dizimar a humanidade – alertava Jashin.

- Ah não, não todos eles – respondeu Kaguya – os nossos servos que lealmente nos acompanharam, eu permitirei que habitem este mundo, seus descendentes formarão uma nova raça humana.

 

Kaguya sorriu animada ao lembrar dos seus filhos, Hagoromo e Hamura tinham feito amizade com os filhos dos servos, por isso ela permitiria que estes vivessem, ela até já imaginava seus filhos mais velhos pedindo as meninas em namoro.

 

- Kaguya, ainda dá tempo de parar com isso – pedia Jashin com um tom de voz triste – o que você está prestes a fazer é a coisa mais terrível possível.

- Parar? Por que deveria parar? – perguntou ela de costas e com a voz fria – essas criaturas não merecem misericórdia, não quando destroem meu belo jardim.

- Esse mundo já era deles antes de você chegar, você pode usar seus poderes para torna-lo mais bonito de outras formas – insistia ele – uma forma que não envolva matar todas as pessoas!

- É a única forma possível! – gritou ela furiosa.

 

Ao soltar sua raiva um relâmpago atingiu a terra, seu poder foi tão grande que abriu uma cratera com vários metros de profundidade, Jashin podia sentir o vento ficando mais forte e as nuvens negras cobrindo o céu.

 

- O meu mundo foi destruído por guerras, eu vi morte e destruição que jamais serão esquecidas – dizia ela com um olhar sofrido – eu vim a este mundo com uma missão, mas aqui há tanta beleza e vida que eu não pude continuar, eu joguei fora o meu dever para viver feliz aqui!!

- Este mundo tem suas belezas naturais, mas a humanidade também é capaz de produzir beleza! – argumentava ele – esqueceu tudo o que vimos quando viajamos pelo mundo? Não foi seu encanto pelas criações humanas que lhe fez querer viver como uma? Nós estávamos vivendo felizes com apenas a nossa família e nossos criados!

- Chega! Eu não vou mais tolerar isso! – gritou ela fazendo a terra tremer – eu pensei que você me entenderia, que estaria do meu lado sempre, não foi isso que você jurou!?

- Eu jurei ficar ao lado da minha amada Kaguya, que sempre teve um coração bom – respondeu ele – não de um monstro que ameaça tantas vidas inocentes por causa do seu ódio!

- Eles não são inocentes! São destruidores! – gritou ela – todos eles querem destruir o mundo onde nossos filhos crescerão!

- Nossos filhos concordam comigo – avisou ele – eles me deram este poder para que viesse até aqui convence-la, eles não querem viver em um mundo que não seja este!

- Você colocou nossos filhos contra mim? – perguntou ela chocada – imperdoável, totalmente imperdoável!!

 

Kaguya começou a liberar seu chakra, e com sua fúria a natureza começou a reagir, tornados se formaram, ondas enormes varrias a costa, a terra tremia e vulcões explodiam, Kaguya agora parecia a manifestação da destruição, uma catástrofe viva.

 

*********************************

 

- h-ha-Hagoromo-sama!... – dizia a mulher assustada sentindo a terra tremer.

- Não tema, essa região é bem longe da arvore sagrada – dizia o menino de apenas 10 anos – ficaremos bem contanto que o papai detenha a mamãe.

- Pedir para não sentirem medo é demais não acha? – perguntou seu irmão Hamura.

 

Os dois olharam pra trás, os servos da mansão estavam todos reunidos de joelhos e mãos dadas orando, ironicamente eles oravam para a única deusa que conheciam, oravam pra que ela aplacasse sua fúria e fosse misericordiosa.

 

- O poder que demos ao papai, será o suficiente? – perguntou Hamura preocupado – demos tudo que tínhamos e vai levar muito tempo pra repor.

- Se será o suficiente? Contra nossa mãe que pode destruir um país inteiro num instante? – dizia Hagoromo quase rindo da pergunta – talvez nós dois juntos tenhamos um decimo do poder dela, na melhor das estimativas.

- Então como ele!...

- Nosso pai nunca foi para lá com a intenção de vence-la, ele queria convence-la – respondia o outro – demos o nosso poder para que ele pudesse lutar se preciso.

 

Hamura começou a entender o raciocínio do seu irmão, o seu pai Jashin queria deter Kaguya apelando para o seu lado humano, mas se precisasse ele teria que recorrer ao ultimo recurso, e certamente não tinha a intenção de voltar.

 

- Deveríamos ter ido também, a mamãe teria nos ouvido – resmungava Hamura tentando não chorar.

- A mamãe não é mais a mesma, o poder dentro dela tomou o seu coração – dizia Hagoromo – ela já foi assim antes, mas quando conheceu o papai conseguiu recuperar sua humanidade, só que agora ela está fora de controle.

 

Seu irmão Hamura odiava a forma como Hagoromo falava, sempre passava a impressão de que ele não se importava com nada, mas mesmo para Hagoromo essa situação era devastadora, por dentro ele se culpava por não poder fazer nada, e agora seus pais estavam lutando um contra o outro, com a possibilidade de nenhum dos dois voltar.

 

- Apenas por que as pessoas escolhem lutar? – se perguntava Hagoromo.

 

**************************

 

- JASHIN!! – gritou Kaguya furiosa.

 

A deusa furiosa fez cair uma chuva de granizo, caba bloco de gelo tinha mais de 1m de diâmetro e força suficiente pra esmagar qualquer coisa, mas Jashin habilmente se esquivava de todos, e aqueles que não podia esquivar ele cortava.

Jashin empunhava duas katanas, uma totalmente branca e outra totalmente negra, apesar de terem aspecto e forma física na verdade eram feitas de chakra puro, a katana negra cortava tudo que era feito de chakra, e a katana branca cortava tudo que era físico, uma combinação mortal que Jashin aprendeu a controlar com maestria.

Já Kaguya parecia estar perdendo completamente o controle, diante dela estava uma pessoa que não tinha nem um decimo do seu poder, e mesmo assim ele a desafiava, quanto mais ela lutava mais se lembrava de tudo o que viveram juntos, e com isso seu ódio aumentava, o ódio a consumia deixando-a cada vez mais cega para a realidade.

 

- “O seu poder não é infinito, se eu puder esgota-lo eu posso para-la” – pensava Jashin agarrando-se a essa esperança – “se ela enfraquecer e puder conte-la vai ser possível dialogar”

 

Com esse plano em mente Jashin voou através da chuva de granizo e aproximou-se o máximo possível dela, Kaguya começou a ataca-lo com punhos de chakra que poderiam devastar uma montanha, o guerreiro usando toda a sua perícia esquivou-se por entre os punhos e começou a retalha-los com a katana negra, Kaguya irada atirou lanças ósseas contra ele e Jashin usou a katana branca para corta-los também, usando um mínimo de força ele estava enfrentando toda a fúria da sua esposa.

 

- Isso... isso não... isso não é possível!! – gritou Kaguya liberando toda a sua fúria.

 

Com o grito de Kaguya uma rajada de vento colossal tomou conta de tudo, Jashin tentou lutar contra o vento mas foi inútil, com a força de um furacão o vento o arremessou contra a arvore Shinju, Jashin chocou-se contra um dos seus galhos e quase perdeu a consciência.

 

- Você ousa usar o poder que lhe dei contra mim? Esse poder não lhe pertence!! – gritava ela – todo o chakra pertence a mim! Você não é digno desse poder!!

 

Kaguya ergueu a mão para o alto e uma gigantesca bola de fogo formou-se, com um movimento de arremesso ela jogou a bola de fogo em direção ao Jashin, ele sabia que sua katana negra não podia cortar algo tão grande, por isso estava na hora de usar o seu trunfo.

Unindo as duas katanas Jashin criou uma maior e mais forte de cor roxa, com ela Jashin desferiu um ataque que rasgou o próprio espaço, tudo ao redor desse espaço foi tragado por algo que parecia um buraco negro.

Kaguya assistiu surpresa sua bola de fogo ser engolida, todo o fogo que poderia incendiar uma cidade inteira foi levado pra outra dimensão subitamente, Jashin se livrara de um perigo eminente mas isso custara caro, ele sentiu seu chakra diminuir bastante após o ataque.

 

- “Se eu levar em conta apenas esta técnica o meu chakra vai se acabar após usa-la mais duas vezes” – pensava ele sentindo seu corpo pesar – “mas considerando o desenrolar dessa luta é melhor contar com ele só mais uma vez!”

 

Kaguya continuou com seus ataques furiosos de várias formas, controlando a arvore Shinju Kaguya fez brotar várias raízes para tentar esmagar Jashin, com a katana branca ele cortava as raízes antes que pudessem pega-lo, ela atirava lanças de relâmpagos e com a katana negra Jashin as cortava também, percebendo como enfrenta-la Jashin voou para o meio da vasta folhagem da Shinju escondendo-se lá.

 

- Acha que pode fugir de mim!? Eu posso ver tudo! – disse ela ativando seu byakugan – este mundo é o meu domínio, não há nada que eu não possa alcançar!!

 

Quando ela disse isso Kaguya aumentou ainda mais o seu poder, braços gigantes brotaram do tronco ao redor de Jashin, este ao ver o perigo começou a saltar por entre os galhos da Shinju para escapar deles, cortando o que podia com a katana branca e evitando o resto, mas num instante ele viu ataques vindo por todos os lados, seria impossível evitar ou cortar todos.

 

- Então só me restou uma alternativa – disse Jashin recriando a katana dimensional.

 

Jashin concentrou todo o seu poder restante na arma e fez um corte circular completo, uma onda dimensional se espalhou em todas as direções tendo ele como centro, e assim um portal gigante foi criado bem na copa da arvore Shinju, tudo naquele espaço foi tragado pelo buraco negro que se formou, e para desespero da Kaguya a maior parte da copa da Shinju foi sugada, os galhos que se separaram do tronco despencaram para a terra e assim o que restara foi o tronco puro da arvore divina.

 

- O QUE VOCÊ FEZ!? – gritou Kaguya desesperada – a Shinju... a Shinju... VOCÊ MATOU A SHINJU!!

 

A deusa tremia tamanho o ódio que fervia dentro dela, Jashin que estava completamente exausto e fraco caiu no tronco sem conseguir mover um dedo, quase sem consciência ele viu Kaguya flutuando em sua direção, a mulher parou a poucos passos dele e fez brotar da mão uma lança óssea.

 

- Eu não posso perdoa-lo, você destruiu o meu sonho – dizia ela com uma voz rancorosa – mas se eu não posso transformar os humanos então eu vou extermina-los, mesmo que seja um por um!!

 

Ela ia perfura-lo, mas por um mero segundo hesitou em faze-lo, Jashin percebendo isso concentrou toda a sua vontade e manifestou a espada dimensional novamente em um tamanho bem menor, com um grito de dor e fúria ele atravessou o peito de Kaguya com essa lâmina enquanto ela observava sem acreditar.

 

- Você... como ousa... – dizia ela sentindo seu corpo pesar uma tonelada.

- Ao fazer isso é como se uma lâmina de verdade atravessasse o meu peito também – dizia ele chorando – eu jamais quis fazer isso, você é a mulher que eu amo, a mãe dos meus filhos!

- Então por que escolheu os humanos e não a mim? – perguntou ela caindo de joelhos.

- Lá embaixo há outras famílias como nós, pais que se amam e amam seus filhos – respondia ele ofegante – você está destruindo tantas vidas inocentes por causa dos erros dos egoístas, pessoas que um dia farão parte das vidas dos nossos filhos!

 

Kaguya sentiu que todo o seu chakra estava sendo absorvido pela lâmina dimensional, na verdade era mais que isso, sua própria alma estava sendo selada em outra dimensão, e além da fraqueza atual ela estava sem força motivacional para resistir, sentia-se completamente derrotada.

 

- Você também está morrendo, o que vai ser dos nossos filhos agora? – perguntou ela sofrendo.

- Não precisa se preocupar, eles são mais maduros do que parece – respondeu ele com um sorriso – o Hagoromo provavelmente vai tentar concertar tudo que você fez, e o Hamura vai pensar em algo bem diferente.

 

Kaguya riu ao pensar nisso, seria bem a cara deles mesmo fazer esse tipo de coisa, apesar de terem apenas 10 anos eles mostravam uma maturidade e inteligência digna de adultos.

Jashin ao ver o sorriso da Kaguya percebeu que ela recuperou sua humanidade, seu coração que antes estava preenchido apenas com poder agora mostrava a bondade natural dela, ele mesmo sorriu de felicidade ao ver que ao menos pôde salva-la no final.

 

- Me desculpe, eu queria que houvesse outra forma – disse ele – eu rezo para que um dia nos reencontremos.

- Seu tolo, eu sou uma deusa, a vida e a morte não significa nada pra mim – disse ela acariciando o rosto dele – um dia eu voltarei, e eu vou lhe trazer de volta também, nem que seja para lhe dar uma surra por isso.

- Mal posso esperar – disse ele satisfeito.

 

Jashin a puxou suavemente e a beijou, um beijo carregando todos os seus sentimentos por ela, após isso ele caiu no chão já sem vida enquanto Kaguya o observava, mesmo agora com ele morto a espada continuava cravada em seu peito, drenando seu chakra e selando sua alma, não demorou muito para que ela também caísse ao lado dele, a espada desapareceu e ela já estava completamente selada.

 

**********************************

 

(2 dias depois)

 

- Ali estão eles – disse Hamura localizando-os com o byakugan.

 

As duas crianças tinham voado através do país em direção a Shinju, fizeram paradas para ajudar pessoas necessitadas e vítimas do cataclismo que assolou o continente, por onde passaram viram várias cidades e vilarejos consumidos pelas flores macabras da Shinju, suas populações completamente presas em casulos e com suas mentes mais aprisionadas num sonho eterno.

A caos se espalhou pelo continente, pessoas desesperadas procuravam por parentes desaparecidos, revoltas e conflitos iniciaram-se em todos os lugares, países que tiveram seus reis pegos pelas flores estavam agora entregues a própria sorte, esperando por invasões e destruição.

E no centro de tudo isso estavam a família Otsuki, Hamura correu até seus pais e caiu de joelhos ao lado deles, chorando muito pelo destino cruel que se abateu sobre eles, Hagoromo pôs-se ao seu lado tentando consola-lo, mas estava igualmente triste, não havia muito o que fazer além de um funeral apropriado para eles.

 

- Espere, a mamãe não está morta! – disse Hamura surpreso – ainda há chakra dentro dela, ela está...

- Não é isso, seus olhos não podem ver um pequeno detalhe – dizia Hagoromo – dentro dela só tem a energia yang, mas não há a energia yin, o corpo dela está vivo mas não há uma alma nele.

 

Hamura socou o chão, seu único consolo era que sua mãe não estava sofrendo nesse estado, Hagoromo estava surpreso com a condição do corpo dela, era o que se poderia chamar de imortalidade.

As duas crianças velaram os corpos dos seus pais, Hagoromo manipulou a madeira da Shinju e fez uma espécie de sarcófago para os dois, Jashin e Kaguya foram colocados juntos e em seguida o sarcófago fechado, uma placa de madeira talhada serviria de memorial para o casal que ali repousava.

 

- O que vamos fazer agora? – perguntou Hamura chorando.

- Eu vou desfazer tudo o que nossa mãe fez – respondeu Hagoromo – libertar as pessoas presas no sonho dentro dos casulos.

- Sendo assim eu vou ajudar o máximo de pessoas possível – disse Hamura – tudo está uma bagunça, se deixarmos como está o maior medo da nossa mãe vai se concretizar.

- Não deveríamos interferir com as pessoas, somos poderosos demais – alertou Hagoromo – se a mesma coisa que aconteceu com a mamãe acontecer conosco será o fim desse mundo.

- É nossa responsabilidade, esse caos começou porque a mamãe fez tudo isso! – respondeu o outro enfaticamente – se deixarmos as guerras eclodirem não vai ser muito diferente de deixa-la matar todo mundo!

 

Os dois ficaram se encarando, quando discutiam assim cabia a Jashin resolver o impasse, mesmo sendo irmãos gêmeos eles tinham personalidades muito diferentes, Hagoromo era do tipo que gostava de aprender quietamente, desenvolver seu controle do chakra e entender os mistérios do mundo.

Já Hamura era mais impulsivo, gostava de lutar e era muito curioso, sempre sonhou em viajar pelo mundo conhecendo coisas novas e pessoas interessantes, para ele o mundo proporcionava uma boa aventura.

Quando chegavam a um impasse eles sempre faziam o que tinham vontade, então Hagoromo e Hamura concordaram em se separar daqui pra frente, Hagoromo iria buscar o conhecimento e sabedoria para desfazer o mal que sua mãe fez, já Hamura agiria mais diretamente e tentaria trazer a paz que as pessoas precisavam.

Despedindo-se um do outro os dois iniciaram sua jornada, cada um indo para um lado diferente do continente, e assim iniciou-se a história que um dia seria conhecida por todos, esse foi o primeiro passo do nascimento do mundo shinobi.

 

 

Continua.


Notas Finais


muita coisa ficou mal explicada no mangá/anime, por isso eu estou colocando aqui tudo aquilo que eu acho que ficou faltando, e de uma maneira que faça sentido.
Por exemplo, se Kaguya usou o mugen tsukiyomi no mundo todo como sobraram humanos na terra? Faz mais sentido que ela tenha feito aos poucos.
Além disso nunca foi dito o que aconteceu com Kaguya quando ela decidiu recuperar todo o chakra pra si, se Hagoromo não sabia que sua mãe estava dentro do juubi ele não poderia ter sido quem a derrotou, faz mais sentido que alguém a tivesse derrotado antes, e mais tarde ela reviveu e se fundiu com a Shinju para recuperar seu chakra, então Hagoromo e Hamura selaram o juubi.
Neste capitulo vimos Jashin (outro personagem sem explicação que eu decidi explicar) derrotando a Kaguya, isso só foi possível porque Kaguya ainda não era tão poderosa como no mangá, do meu ponto de vista somente após se fundir com a Shinju é que ela set ornaria onipotente.

É isso ai pessoal, qualquer coisa que ficou faltando explicar podem perguntar que eu respondo, de agora em diante a historia se focará nos irmãos Otsuki e sua jornada, futuramente eu também falarei de indra e ashura.


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