História Mortal Eyes: A Alvorada verdejante - Capítulo 6- Um toque de amor

No capítulo anterior de Mortal Eyes 2-A alvorada demoníaca:

O Tsuchikage olhava para o campo destruído onde um dia ficou a casa de. Roushi e em meio à destruição encontrara um pedaço de tecido negro como que o de uma túnica e havia nele uma pequena núvem vermelha estampada. 

_Então é verdade o que a Hokage um dia disse; essa tal Akatsuki está atrás dos jinchurick.-Falou o velho.

_O que temos de fazer agora é proteger Fuu a qualquer custo. Já perdemos uma bijuu, não podemos perder outra.-Falou Kurotsuchi a neta do  ancião pegando o tecido.

_Eles já devem ter atravessado a fronteira ojii-san; afinal o chão está frio. O confronto deve ter ocorrido a mais de duas horas.-Avisou Akatsuchi o neto de Oonoki.

_Certo. Vamos embora. Kurotsuchi, quero que mande uma equipe de anbu averiguar o local em busca de pistas. Akatsuchi redobre a guarda de Fuu, não podemos permitir que as putras vilas saibam que perdemos um jinchurick ou poderão pensar que estamos fracos e sucetíveis ha um ataque.-Ordenou o velho para seus netos que enfim sumiram em shunshin. 

O Tsuchikage estreitou seus olhos e pegando uma pedra no chão esmagou-a em suas mãos. 

_Esses nukenin malditos vão pagar por isso.-Ameaçou por fim o velho, e voou para longe do lugar. Em meio às rochas, os dois ninjas observadores estavam, ambos mortos com os corpos embebidos em sangue.

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O caminho à até o centro de treinamento dos raízes era difícil, e Sai sabia disso, passando por todas as armadilhas sem desarma-las  e tomando o cuidado para fazer o mínimo de barulho possível, ou poderia ser confundido com um invasor e ser morto antes que adentrasse as dependencias do centro. O Yamanaka tinha em suas mãos um pergaminho que detalhava cada passo da missão de resgate de Uzumaki Naruto. Lá o mesmo revelava alguns pontos sobre a técnica do loiro e seus formidáveis kekkei genkai. Algo  que certamente seria de muito valor para Danzou, visto que o desejo do mesmo era ter para si todos os sharingan que em sua concepção era o dojutsu mais poderoso. O jovem raiz ainda não entendia direito sentimentos e por isso não era sua culpa a lealdade que tinha ao homem que o treinou. Se fosse ainda outra equipe de shonobi de Konoha, não teriam sequer se importado com o desaparecimento repentino do moreno, mas, o mesmo timha em seu encalço, ninguém menos que Jiraya, o lendário ermitão da montanha myouboku e um dos três sennin lendários. 

O Yamanaka tentou por várias vezes se desvencilhar dele, usando de alguns artifícios de seu pergaminho das super-bestas, mais de nada adiantara e antes que sequer notasse foi pego por uma cotovelada na nuca e acabou que tudo virou breu. Certo tempo depois o mesmo recobrou a conciencia, e já não era mais dia como se lembrava. Era o início de uma nova noite e o mesmo estava coberto com um cobertor fino e ao se levantar percebeu o porque, já era frio. Olhou a sua volta e notou que estava dentro de uma caverna, pouco mais de dez metros a frente avistou Jiraya e lembrou-se que fora o mesmo que o nocauteara. Ele estava a frente de uma fogueira na qual um pequeno caldeirão se via perdurado em uma armação de madeira e pelo cheiro seu conteúdo era um chá de ervas, tal muito conhecido pelo moreno. Sabor leve e agradável.

_Jiraya-sama...-Chamou o moreno atraindo a atenção do cinzento.

_Oh; vejo que acordou, e muito mais bem disposto do que estava antes.-Analisou o homem de meia idade dando um largo sorriso._Venha, sente-se aqui e tome um chá.-Convidou com um sorriso sincero estampado no rosto.

O moreno aceitou o convite e com o cobertor nas costas sentou-se sobre uma pedra ao lado do sennin e o mesmo lhe deu uma caneca sem asa cheia de chá. O moreno depois de ter soprado um pouco o liquido para afastar o calor extremo, tomou um grande gole e depois suspirou.

_E então como está o chá?-Interrogou o ermitão pondo um pouco do mesmo liquido para si em outra caneca.

_Está bom...-Disse o moreno sincero, mais sem muita convicção fazendo com que o outro sorrisse._Mas...Jiraya-sama, por que me nocauteou?-Perguntou o jovem e logo após dar mais um gole o mais velho suspirou.

_Eu sei o que iria fazer garoto...mais lhe garanto, este não é o caminho. Conheço bem o passado de um raiz, pois um grande amigo que tive fazia parte desta força militar. Vocês são criados como amigos e no fim tem de matar uns aos outros. Mais saiba que isso é culpa de Danzou, que tomou o poder dos raízes para si logo após a morte de meu aluno. Minato Namikaze.-Denotou o branco fazendo Sai realmente se impressionar._O garoto que enfrentou junto ao seu time na missão era filho dele.-Revelou._Orochimaru fez muitas experiencias com o garoto dando a ele muitos poderes com os quais todo shinobi sonha, mais o privando de uma vida muito bela que poderia ter. Talvez no caso dele isso tenha sido melhor, pois como sabe Naruto é um jinchurick, e o tratamento que ele recebeu em nossa vida não era muoto diferente do que você recebeu como raiz. Ele sofreu, foi enxotado e agredito pelas pessoas da aldeia como se ele fosse o demônio que está selado em seu ventre. Danzou não faz nada ao acaso, mais sim tramando planos sombrios. Se entregar a ele as informações detidas no pergaminho ele conseguirá o apoio do senhor feudal e dará um golpe de estado tomando o título de hokage para si. E com isso o poderio militar aumentará, mas, às custas de uma repressão aos civís o tipo de coisa que chamamos de ditadura. Seria semelhante aos tempos da névoa sangrenta. Acredite garoto, Danzou só o vê como objeto, um boneco do qual pode ditar os movimentos e os objetivos. Pode entregar a ele a arma que precisa; ou se restar em você um pouco de fé na paz, pode fazer parte de sua equipe, e entender aos poucos os laços que sei que Naruto teve de cortar para proteger a todos.-Terminou o branco impressionando ainda mais o moreno.

_Mais...como o senhor sabe que Naruto não se transformou em um homem como Danzou ao servir Orochimaru.

_Porque apesar de tudo o que fez; Naruto é filho de Kushina Uzumaki e Minato Namikaze. E sei que dentro do coração dele, essas duas vontades paternais sempre irão pulsar. Ainda não entendi o objetivo que meu entre aspas neto tem. Mais sei que se teve de derrotar seus companheiros da folha; foi com muita dor no coração. Por que apesar de todo o ódio que ele sempre recebeu das pessoas deste país, ele nunca conseguiu odiar de volta. O coração daquele garoto, tem muito mais amor do que qualquer coração Uchiha, poderia carregar. Por isso mesmo sei que se ele carrega agora um fardo de ódio é por um motivo de bem maior.-Disse o sennin e enfim os dois continuaram a tomar chá, e sai ascendendo dentro de si uma chama de esperança jogou o pergaminho com as informações que daria a Danzou na fogueira e o viram queimar à até que nada sobrasse.

       《Caverna na divisa entre o país do trovão e o país do vento》

Karin, Roushi e Kimimaru dormiam pesadamente, afinal passaram boa parte da madrugada e do dia correndo e isso para evitar que fossem pegos pelas patrulhas de fronteira dos países pelos quais passaram. Naruto estava sentado sobre uma rocha que se via dois metros a frente da entrada da caverna. O país do vento tinha certamente a vista mais bela do céu noturno. Todas as estrelas se viam pontilhadas, desde às mais azuis, à até vermelhas e amarelas. A núvem poeira cósmica se via como um rasto branco em meio ao negro céu, arrastando consigo bilhões de estrelas. O jovem se via maravilhado pensando no quão grande seria tudo lá fora, entre aquelas bolas de gás luminoso em combustão eterna. O mesmo sentiu então alguém se aproximar, mais não se moveu, pois aquele perfume de morangos silvetres o mesmo conhecia. Foi então que Tayuya finalmente se sentou ao seu lado e o olhou, de forma tão doce como jamais o loiro havia a visto olhar para alguém. Assim que Naruto se voltou para ela, a mesma virou o rosto corada, era estranho essa vergonha visto a coragem e rebeldia que emanava da mesma.

_Tayuya-chan...deveria descansar um pouco.-Sugeriu o loiro._Está frio.-Falou o jovem pegando um cobertor em sua mochila e o abrindo sobre as costas da ruiva ao sei lado. 

A garota corou ainda mais e mordeu seu lábio inferior como se quisesse falar algo.

_Quer dizer alguma coisa?-Interrogou o Uzumaki dazendo um desenho com a ponta do dedo sobre um punhado de areia que se via estendido perto de seus pés.

A ruiva então respirou fundo.

_Naruto...-kun.-Disse a ruiva pela primeira vez como se chama-lo por aquele prefixo fosse algo difícil de dizer.

_Quando estavamos adentrando o país da pedra...v-você segurou firme minha mão e me guiou a frente...mais não fez o mesmo com os outros. E-eu queria saber por que?-Questionou a jovem com rubor nas bochechas.

_Porque eu queria protege-la. Você é importante pra mim.-Falou o loiro ainda olhando para o céu e a garota o olhou com um brilho a mais no olhar.

_Mais Naruto-kun, você poderia realizar essa missão sozinho...sei que com suas kekkei genkai poderia. Mas, preferiu nos trazer com você, assumindo assim muito mais riscos. Pode não parecer, mais eu o conheço...sei que contra aquele Uchiha você...bom quando disse aquelas palavras horríveis a ele, escutei seu coração e pela sincronia das batidas eu notei que você estava mentindo para ele. Se o ama tanto como se ama à um irmão, porque o humilhou daquela forma, cortando os laços que tinha com ele.-Interrogou a ruiva arrancando do loiro um olhar de tristeza.

O loiro suspirou tendo lembranças de tudo o que ocorrera e sabia naquele momento que jamais poderia esconder algo da ruiva ao seu lado. E então pegou a mão esquerda da mesma com a sua direita.

_Me diz...o que vê quando olha para as estrelas?-Interrogou o loiro com o olhar fixo no céu.

A ruiva não entendeu bem, mais então voltou seu olhar para cima e tudo o que via era um emaranhado de pontos de luz cercador por um negro profundo. O completo vazio.

_Eu vejo muitos pontos de luz, cercados por escuridão, como se cada qual estivesse sozinho tentando se aproximar de seus iguais.-Disse a ruiva com uma expressão de calma e serenidade que era um contraste aos sentimentos que tinha no momento. O de tristeza, pelo passado à que pertencia.

_Pois eu vejo ainda mais...-Falou o loiro e então seus olhos azuis adquiriram um tom mais luminoso e um circulo de luz se formou em sua íris ao redor da pupila, e seu chakra cobriu Tayuya mostrando a ela o que o mesmo via. 

A visão da jovem se focou tanto, ao ponto de que a mesma pôde ver outros planetas e também outros sistemas solares perpendiculares à ao que seu planeta pertencia.

_Vê aquele planeta azul?-Questionou o jovem._Aquele menorzinho.-Denotou e a ruiva fez que sim com um aceno de cabeça._Ele se chama Plutão, e nem é mais considerado um planeta, devido ao seu tamanho muito inferior aos demais e à distancia que está do sol. Eu me sinto como ele.-Revelou e a ruiva mordeu o lábio em tristeza._Eu acho que não deveria fazer isso, mais eu preciso mostrar isso à alguém.-Falou e a ruiva o olhou. 

O chackra se esvaiu e a mesma voltou à sua visão normal, assim como o loiro. A garota o encarava avaliativa, sem entender o porque de tais palavras. Foi então que o loiro voltou-se para ela e então seus olhos se tornaram rubros e três tomoe se viram em cada íris. E assim seus olhos se espelharam nos da ruiva e ela pôde ver o Naruto do futuro ao momento em que ele tocava a testa do Naruto do presente e assim uma luz se fez e as memórias do mesmo a ruiva pôde ver. A maior parte eram memórias felizes, mais outras tão tristes que lhe cortavam o coração à até o ponto em que ela fora morta por Kimimaru e sorrindo partiu do mundo nos braços de Naruto, seu amado. Do começo ao fim da vida tudo ela viu, e então chorando entendeu os sentimentos do loiro ao seu lado e o abraçou forte. A mesma soluçava e chorava e o loiro devolvia o abraço. Um longo minuto depois eles se separaram e os olhos de Naruto a ruiva viu marejados e os enxugou com o cobertor. 

_Você não está sozinho, Naruto-kun. Estarei sempre com você, para o que der e vier.-Disse Tayuya dando um sorriso doce e atencioso e então o loiro selou os lábios de ambos em um primeiro beijo sereno e suave, mais tão cheio de amor como só um momento que o destino de duas almas gêmeas poderia proporcionar.

Kimimaru olhava a cena de dentro da caverna com seu olho da verdade, o mesmo aguçando um pouco a audição escutara algumas palavras trocadas pelo casal, sabia que escondiam algo, mais sabia também que não era seu direito perguntar e feliz estava pois o amor que ele sempre vira de um pelo outro finalmente se havia consumado no doce gesto de um beijo carregado de paixão. E assim o albino virou para o outro lado e tranquilo voltou a dormir.