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História Mortal Kombat Dark Shadows - O ser único


Escrita por: bellafsr

Capítulo 3 - O ser único


Milênios atrás... antes de existir qualquer reino.

- Shinnok, não está falando sério... Você enlouqueceu?

- Me escute Kalai, eu sei que podemos vencer a guerra contra o ser único... Mas apenas se fizermos do modo que eu disse... Confie em mim.

Kalai ficou pensativo por alguns instantes, era um risco dar credibilidade a Shinnok, ele havia desaparecido desde que ele mesmo declarou guerra contra o ser único. No íntimo do seu ser, Kalai sabia que era um erro confiar em Shinnok, mas por outro lado, e se ele realmente tivesse a resposta para o fim da guerra? Enquanto ele pensava no que responderia, seus olhos fitavam Shinnok do alto da cabeça até a ponta dos pés. Ele estava diferente, seus olhos transbordavam superioridade e o sorriso que de vez em quando saía de sua boca dizia claramente que ele estava tramando algo, ao mesmo tempo que demonstrava o quão superior ele estava se achando naquele momento. Tudo era muito confuso para Kalai, mas apesar de tudo, em seu coração ele sentia que não seria o fato de ser líder dos deuses anciões que descartaria a opinião de seus irmãos.

- Eu não decidirei isso sozinho Shinnok, você falará com os outros, e eles decidirão.

- Feito!

Um portal se abriu e levou Kalai e Shinnok a uma dimensão escura, desconhecida e secreta onde os outros deuses: Kalimah, Tokan, Auni, Bur e Yala estavam reunidos bolando um ataque contra o ser único. Kalimah era a irmã mais nova de Kalai e a segunda no comando, assim como seu irmão uma aura azul a revestia e apesar de ter um semblante quase angelical era uma guerreira e a mais forte de todos ali. Tokan e Bur eram guerreiros assim como Kalimah, possuíam uma brilhante aura vermelha, eles possuíam uma força descomunal e uma resistência impressionante, além de possuírem um forte senso de humor; Logo ao lado deles, estava a deusa Auni. Ela tinha a habilidade de se teleportar, além do fato de ser extremamente observadora e inteligente, costumava emanar uma aura branca, mas assim que seu irmão Atika morreu, sua aura desapareceu; E isolada em um canto observando o vazio estava Yala, ninguém sabe ao certo quando Yala surgiu, ou se ela ainda irir surgir, além de ter uma aura amarela que percorria todo o seu corpo, ela possuia a habilidade de controlar o tecido do espaço e do tempo, também era capaz de ver o futuro e todas as suas possíveis vertentes. Seu único problema se dava pelo fato de que ela tinha dificuldades de se comunicar com os outros, por isso em sua maioria era isolada e quieta. Quando Shinnok e Kalai chegaram, os deuses se alegraram pela volta de Kalai, mas sentiram um profundo ódio por ver que um ser indesejado o estava acompanhando.

- Kalai, o que este covarde faz aqui? – Perguntou Tokan enquanto cruzava os braços

Shinnok e Kalai se entreolharam, Kalai sabia que seria difícil tentar algum tipo de diálogo com os deuses se o assunto fosse sobre a idéia de Shinnok.

- Shinnok está aqui pois tem algo a dizer a todos nós, acho que deveríamos ouvir.

- Você já esqueceu o que ele fez a nós irmão? – Disse Kalimah – Deixe que eu o lembre Kalai, este covarde declarou guerra contra o ser único e depois nos deixou aqui para morrer.

- E por causa disso, perdemos meu irmão... – Disse Auni

- Atika morreu como um herói Auni – Disse Bur tentando em vão consolá-la– ele sempre estará vivo em nossos corações

Os deuses começaram a discutir entre si, se deveriam ou não expulsar Shinnok. Enquanto a discussão acontecia ele e Yala permaneceram calados. Até que ela ergueu seus olhos na direção de Shinnok e uma terrível visão lhe sobreveio. Imediatamente ela se pôs entre os deuses, e assustados com tal atitude, encerraram a discussão.

- O que houve Yala? – Disse Kalai

Alguns segundos se passaram sem que Yala dissesse uma palavra, apenas olhando o rosto de seus amigos procurando palavras para que eles pudessem compreendê-la. Enquanto todos os outros deuses olhavam para ela com surpresa e ao mesmo tempo ansiosos para saber o motivo de tal atitude, Shinnok a observava curioso... O que ela havia visto de tão importante que a levaria interromper aquela discussão?

- Shinnok... – Disse Yala olhando diretamente para ele.

Ele deu um sorriso debochado e com seu andar de superioridade se dirigiu na direção de Yala, que apenas acenou com a cabeça e se isolou dos outros deuses.

 - Bom... Já que eu tenho a benção de Yala para falar...

- Diga logo Shinnok, não temos tempo para ouvir sua ladainha. Caso tenha esquecido, estamos em guerra. – Disse Kalimah

- Não... minha cara Kalimah, eu não esqueci... – Disse ele rapidamente olhando para a deusa e logo em seguida fitando os outros deuses – Meus amigos, é verdade que eu me ausentei por um tempo, mas logo vocês vão entender que tudo o que eu fiz, foi para que vençamos essa guerra maldita... Sabe, eu realmente fiquei intrigado com a força que o ser único possui, sendo que esta mesma força foi sendo retirada de nós por milênios... Logo eu cheguei a conclusão de que não podemos vencê-lo, não do jeito que estamos agora... Fracos e com uma força ridiculamente baixa se comparada a dele...

- Onde você quer chegar Shinnok? – Disse Bur

- Precisamos combate-lo a altura... foi por isso que eu criei isto...

Shinnok mostrou seu amuleto aos deuses, e de dentro dele um pequeno organismo completamente negro e com aspecto gosmento surgiu.

- Não brinque comigo Shinnok! Como essa coisa pode vencer a nossa guerra? – Disse Kalimah

- Sim é verdade Kalimah... Parece ridículo acreditar que este pequeno organismo pode vencer uma batalha que temos travado a muito tempo... De fato ele em seu estado atual não pode, mas se vocês aceitarem a minha idéia, este pequeno organismo pode sim vencer a guerra por nós... Chega de mortes, ou estratégias fracassadas. Dessa vez venceremos!

- Perdoe-me Shinnok... Mas isto não é um organismo. – Disse Auni enquanto olhava curiosa para aquilo – Não estou certa?

- Observadora como sempre Auni... Esta pequena coisinha foi extraída da minha própria essência, o que vocês estão vendo é a forma mais pura de poder que existe... Eu a chamo de anti-matéria, Nem mesmo o ser único possui ou possuiu algo tão puro... e tão mortal.

- Então a sua idéia é basicamente darmos a você a nossa essência pura, uni-la e simplesmente lança-la contra o ser único? – Disse Tokan

- Sim... ao contrário da essência que estamos acostumados, eu pude notar que a sua forma pura é muito mais... dependente. Quanto maior ela for, mais essência ela buscará para si. Como um buraco negro, sugando toda matéria, e tudo o que possuir essência.

- Então se a lançarmos dentro do ser único... – Disse Auni

- A anti-matéria o consumirá – Completou Shinnok

- Mas e depois? Se essa anti-matéria for realmente o que você disse, ela não vai parar até que tenha consumido tudo. Talvez ela seja mais perigosa do que o próprio ser único.

- É por isso minha cara Auni... que iremos armazená-la no corpo de alguém, alguém que a alimente não com essência que é um recurso esgotável... Mas com um recurso infinito que todo o ser possui, desde o mais simples ao mais complexo... Estímulos, ou emoções como preferirem. Acredito que as emoções produzem um tipo diferente de energia, algo que desabilita temporariamente a anti-matéria, e esse é um dos fatores que nos permitem estar aqui...

- Sacrificar mais um de nós? – Interrompeu Kalimah ao mesmo tempo em que ela desembainhava sua espada. A espada da deusa possuía a essência de milhares de estrelas e a essência de todos os inimigos que foram mortos em campo de batalha. A espada brilhava tanto como o sol e seu brilho tinha a capacidade de cegar todos os seus inimigos. A periculosidade alinhada as habilidades da deusa, tornava a espada a mais mortal das armas – sinto muito Shinnok, mas depois que Atika se foi eu jurei que não permitiria que nenhum outro sofresse o mesmo destino.

 - Não estou pedindo para sacrificar um de nós Kalimah... – Disse Shinnok enquanto tentava tapar seus olhos com uma de suas mãos – é fato que algo será sacrificado... – Ele então sorriu, uma idéia havia surgido em sua mente – Mas tudo é uma questão de ponto de vista...

Antes que uma resposta surgisse, Shinnok arremessou a anti-matéria na direção da espada de Kalimah. Bastou apenas a anti-matéria entrar em contato com a espada para que seu brilho desaparecesse e para que aquilo crescesse e tomasse a forma de um ser vivo. Assustada, Kalimah olhou para sua espada, que agora não passava de uma espada qualquer, e instintivamente a jogou no chão.

- O que você fez Shinnok? – Disse Kalai assustado enquanto observava o ser que havia acabado de se formar.

- Resolvi um problema... – Disse ele enquanto olhava com desdém e superioridade para os deuses  

O ser formado a partir da anti-matéria abriu os olhos, sua aparência era feminina, cabelos longos e negros, pele acinzentada e olhos negros. Estava também vestida com um vestido negro completamente rasgado que se estendia até os joelhos.

- Diga-me – Disse Shinnok se aproximando do ser – como se chama?

O ser lentamente olhou para ele, se aproximou de seu ouvido e sussurrou algo que instantaneamente o fez soltar um sorriso.

- O que houve Shinnok? Como devemos chamá-la? – Perguntou Kalai

- Ela se auto intitulou “nossa salvação”, Tal como eu havia dito... Agora eu espero que vocês cooperem e transfiram uma parte da anti-matéria de vocês para ela.

Yala foi a primeira a erguer as suas mãos e concentrar seus poderes na direção do ser. Ao ver o que a deusa havia feito, Auni e Tokan a seguiram, assim como Kalai e Bur, mas Kalimah ainda resistia.

- O que houve Kalimah? – Perguntou Shinnok

- Essa coisa... deve haver outra solução, tem de haver!

- Talvez haja de fato... Mas quanto tempo demoraremos para descobri-la? – Dizia ele enquanto andava ao redor da deusa – A morte de Atika foi um infortúnio e uma grande perda para todos nós... quantas mortes mais terão de haver para que achemos essa outra solução? Você havia mencionado um juramento... – Ele então parou e se aproximou de seu rosto – será que ele acaba de ser quebrado?

Kalimah olhou para Shinnok e voltou seus olhos para o ser desconhecido, que se tornava cada vez mais forte.

- Jamais! – Bradou Kalimah enquanto estendia suas mãos e entregava ao ser uma parte de sua anti-matéria.

Poucos segundos se passaram e uma explosão de energia afetou a todos naquele lugar, jogando-os no chão. A transferência estava completa, agora aquele ser desconhecido possuía todas as habilidades dos deuses. E era mais poderoso do que o próprio ser único. Shinnok se ergueu do chão e perguntou novamente para o ser como se chamava... dessa vez o ser respondeu que se chamava matriz, pois era a matriz de todo o poder e de toda a essência existente. Os outros deuses se levantaram do chão, um ajudando o outro a se erguer. Kalimah então deu a ordem para que matriz destruísse o ser único. Então ela gerou um portal e todos os deuses, incluindo Shinnok o atravessaram juntamente com ela. Matriz os tinha levado para o forte do ser único, um imenso castelo cercado por enormes muralhas ambos feitos de energia, mantidos em pé apenas pelos poderes do ser único.  Sem dizer mais nenhuma palavra Matriz sugou completamente toda a essência das muralhas. Antes que prosseguisse em sua missão, Kalimah deu a ela sua espada e pediu que a cravasse no coração do seu adversário. Ela consentiu e seguiu em direção a maior concentração de energia do local, o ser único, consumindo tudo aquilo que estava em sua direção. Quando ela chegou a presença do ser único, ele congelou, como se já pressentisse que aquele seria o seu fim. Naquele momento, não importava o fato de ele ser dez vezes maior do que Matriz, o que importava é que a guerra acabaria, e não era ele quem sairia vencedor.

- É isso não é? – Disse o ser único a Matriz – Finalmente aquele fraco do Shinnok fez algo... Faça logo o que tiver que fazer... Mas lembre-se de uma coisa... Eu não sou derrotado tão facilmente.

- A partir de agora, sua energia e sua essência pertencem a mim – Disse ela um pouco antes de saltar do chão e cravar a espada de Kalimah no coração do ser único. Ao mesmo tempo em que utilizando a espada de condutor, sugava milênios de energia e essência acumulada para dentro de si.

Um clarão foi emitido, os deuses assistiam enquanto viam todo o forte ser sugado para dentro da Matriz. O lugar que antes emanava energia, se tornou um deserto completamente negro, uma estrela que trazia luz para o lugar teve seu brilho roubado e o lugar foi entregue a uma profunda e completa escuridão. O chão começou a rachar e a se tornar cinza. Tudo o que eles viram depois disso foi Matriz caminhando em sua direção.

- E então Matriz? – Disse Kalai

Ela apenas os olhou por alguns instantes.

- O ser único foi completamente neutralizado – ela olhou para Kalimah – Quanto a sua espada, ela se partiu em pedaços... E... bom...

- Diga o que houve – Interrompeu Auni

- Digamos apenas que daqui a umas centenas de anos vocês vão ter uma boa surpresa... – Disse Matriz enquanto dava um leve sorriso



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